Resquício do centenário do Clássico dos Clássicos, em uma charge de Samuca, do Diario de Pernambuco.
Infelizmente, a situação é essa mesma… Todo mundo lascado nos gramados. Pelo menos no último fim de semana.
Bora reagir, Pernambuco!
Esportes e números
Resquício do centenário do Clássico dos Clássicos, em uma charge de Samuca, do Diario de Pernambuco.
Infelizmente, a situação é essa mesma… Todo mundo lascado nos gramados. Pelo menos no último fim de semana.
Bora reagir, Pernambuco!
Em 26 de março de 1978, o Sport ainda não tinha estrelas acima do seu escudo. Hoje são 3. No Diario de Pernambuco, o nome do clube era publicado como “Esporte”, em uma linha editorial polêmica para ‘aportuguesar’ palavras estrangeiras.
Títulos pernambucanos? Eram apenas 21. Fora das fronteiras do estado, a única taça oficial era a do Torneio Norte-Nodeste, de 1968.
A Ilha do Retiro ainda não possuía as duas gerais. O setor de cadeiras tinha a metade do tamanho atual. Arquibancadas especiais? Essas aí só foram erguidas décadas depois. “Arena”? Conversa sobre gladiadores…
Mas o estado do gramado da Ilha era melhor, vale ressaltar.
Naquele mesmo ano, numa atitude corajosa, o Sport não participaria – meses depois – do Estadual, que estava sendo deficitário.
O “craque” do time era Biro-Biro. Aquele mesmo, melhor que Maradona… Mas que naquele ano estava no começo da carreira, com apenas 19 anos.
Ele não sabia se era atacante, meia ou volante. E terminou a carreira sem saber.
Não existia Torcida Jovem. Muito a menos a Rádio Ilha.
A hoje histórica Bafo do Leão havia sido criada há pouco tempo.
Lotto? Era nome de loteria mesmo. Marketing? Mais uma palavra em inglês.
O blogueiro aqui estava longe de nascer ainda.
Só uma coisa era igual.
A paixão rubro-negra. A mesma que fez a torcida acreditar em uma vitória diante do Cruzeiro naquele 26 de março, em pleno Mineirão. E ela veio, por 2 x 1, gols de Mauro e Darci.
Mas, infelizmente, foi um caso único, pois nos 8 jogos realizados depois contra o mesmo adversário, no mesmo palco, o Leão só viu estrelas. Bordadas na camisa do Cruzeiro.
Nesta quarta, a paixão leonina continuará igual. Ou maior… É ver para crer.
Cartilha básica para o rebaixamento no Campeonato Brasileiro:
1) Não transformar o mando de campo em pontos;
2) Troca sistemática de técnicos;
3) Atrito entre jogadores e diretoria;
4) Pressão da torcida sobre o próprio time;
5) Contratações para fazer número no grupo, e não para aumentar a qualidade;
6) Perder todos os duelos possíveis justamente para os adversários diretos na briga contra a zona de rebaixamento.
Algo comum no Recife, não é verdade? 😯
Um Clássico dos Clássicos eletrizante. Um empate por 3 x 3 digno de um jogo que completou 100 anos.
Tecnicamente foi o clássico dos sonhos? É claro que não… Mas como o técnico Leão disse no fim (e Geninho, em outras palavras, concordou), os torcedores sofreram, se emocionaram e viram dois times com uma “vontade ímpar de buscar a vitória”. 😎
Tudo bem que Sport e Náutico seguem mal na classificação do Brasileiro (ambos na zona de rebaixamento), mas neste domingo, na Ilha do Retiro, os rivais pareciam estar disputando algo muito maior.
Na verdade, estavam. Estavam disputando a ‘história‘.
Pouco mais de 20 mil torcedores foram à Ilha, e assistiram a um jogo limpo, com apenas 2 cartões amarelos. Viram o Sport perdendo gols no início da partida e Carlinhos Bala mantendo a sua sina de marcar em clássicos – vestindo a camisa de Náutico, Santa Cruz ou Sport.
Brigador, o atacante ganhou a disputa com César, avançou e bateu no canto de Magrão. No fim do 1º tempo, o ‘menino Dutra’, agora cobrador de escanteios e faltas, bateu um corner na medida para Fabiano empatar. Alívio no intervalo entre os rubro-negros. Nem adiantou…
Com 30 segundos na etapa final, César já havia derrubado Bala na área. Ele mesmo, o outrora ‘Profeta da Ilha’. Gilmar (apagadinho) bateu e fez o seu 6º gol na Série A (três de pênalti). Neste momento, não dava nem para dizer que o placar eletrônico mostrava a vantagem alvirrubra, pois o placar pifou.
Mas nas arquibancadas o clima era tenso em 90% do estádio. A parte vermelha e branca fazia a festa. Que parou após a virada do Sport. Sempre de cabeça. Primeiro com Durval (6º gol dele contra o Náutico, impressionante), e depois com o ultracontestado Guto.
Finalmente em vantagem, o Sport tentou liquidar o clássico, mas os erros na finalização impediram o 4º gol. Outro erro definiu o jogo. E logo de quem quase não erra no Leão. Numa saída ruim de Magrão, a bola sobrou para… Carlinhos Bala, que, mesmo com apenas 1,62m, devolveu o veneno do adversário, marcando de cabeça também.
Com o empate por 3 x 3, a FPF irá encomendar uma réplica da Taça 100 Anos de Clássicos, que agora será entregue aos dois clubes. Assim, as salas de troféus dos rivais terão uma taça idêntica. Para celebrar para sempre uma disputa centenária.
Fotos: Helder Tavares/DP
O Clássico dos Clássicos completou 100 anos neste sábado. Confira o especial do diariodepernambuco.com.br clicando AQUI, com a história do 3º clássico mais antigo do Brasil, fotos, curiosidades e estatísticas.
Neste domingo, às 16h, como sabemos, Sport e Náutico vão se enfrentar na Ilha do Retiro pelo Campeonato Brasileiro. Em disputa, a Taça 100 Anos de Clássicos e, acima de tudo, 3 pontos importantíssimos na luta contra o rebaixamento na Série A. Jogo tenso! 😎
Como era de se esperar, a polêmica declaração de Ronaldo – que afirmou que o Corinthians teria mais torcida que o Flamengo – resultou em novas pesquisas sobre o tamanho das torcidas dos clubes brasileiros. E o jornal Valor Econômico foi o primeiro a divulgar um levantamento, através do Instituto Análise, desmentindo o Fenômeno. Mas por pouco. Na pesquisa mensal com a população adulta brasileira (16 anos ou mais), o instituto monitorou o tamanho das torcidas durante três meses neste ano (março, abril e maio). Foram entrevistadas 1.000 pessoas.
Assim, a diferença entre Flamengo e Corinthians seria de apenas 3 milhões de torcedores. Distância que já chegou a ser mais de 10 milhões. Os números da pesquisa correspondem à 65% da população brasileira.
A porcentagem acima foi correspondeu ao total de brasileiros que disseram torcer por algum time do país. Assim, aos invés de “193 milhões” de fanáticos, existem, na verdade, 123,5 milhões de torcedores. Todos responderam apenas um time. No Nordeste, o Bahia ficou na liderança, com quase 2,5 milhões de aficionados. O Tricolor de Aço é seguido pelo Sport, o outro time da região que figurou entre os primeiros lugares.
Abaixo, a porcentagem de torcedores, considerando toda a população do Brasil. Entre parênteses, o percentual correspondente à pesquisa, com 65% da população que gosta de futebol.
Instituto Análise / Brasil 2009
Período: de março a abril
Público: 1.000 (nº de municípios não divulgado)
Margem de erro: não divulgada
População estimada (IBGE/2009): 190.755.799
1º) Flamengo – 13,6% – 25.942.788 (21%)
2º) Corinthians – 11,7% – 22.318.428 (18%)
3º) São Paulo – 7,1% – 13.543.661 (11%)
4º) Palmeiras – 5,2% – 9.919.301 (8%)
5º) Seleção Brasileira – 3,9% – 7.439.476 (6%)
6º) Vasco – 3,2% – 6.104.185 (5%)
7º) Grêmio – 2,6% – 4.959.650 (4%)
8º) Santos – 1,9% – 3.624.360 (3%)
8º) Cruzeiro – 1,9% – 3.624.360 (3%)
8º) Inter – 1,9% – 3.624.360 (3%)
8º) Botafogo – 1,9% – 3.624.360 (3%)
12º) Fluminense – 1,3% – 2.479.825 (2%)
12º) Bahia – 1,3% – 2.479.825 (2%)
14º) Sport – 0,6% – 1.144.534 (1%)
Foram divulgados apenas as 14 primeiras opções (incluindo a Seleção). Segundo a pesquisa, o Atlético-MG (cuja torcida já venceu a média de público do Brasileiro em 10 temporadas) foi o único dos chamados “12 grandes” de fora.
Abaixo, a “versão” pernambucana daquela conhecida propaganda da Amanco… Crédito do site www.perronha.blogspot.com.
Na versão original, o vídeo terá que ser atualizado, já que o encanador argentino berra “21 Libertadores”. Como sabemos, o Estudiantes de La Plata faturou o tetra no Mineirão e aumentou o número para 22. 😎
Tem alguma montagem ‘tirando uma onda’ do rival? Mande para o blog!
Vou postar aqui dois vídeos com dois grandes jogos envolvendo Sport e Náutico nesta década. Ambos na Ilha, mesmo palco do clássico centenário deste domingo. 😎
O primeiro logo em 2001, no Campeonato Pernambucano, quando o volante Adílson marcou um gol antológico de falta, na vitória por 2 x 1. O segundo na Série B de 2006, quando o Sport arrancou para o acesso com uma vitória por 2 x 0, gols de Fumagalli.
Lembra de algum jogo histórico? Comente e indique o vídeo!
Mais um post sobre o centenário do Clássico dos Clássicos, que será disputado neste domingo, na Ilha. Trata-se do 3º mais antigo do país.
Abaixo, a lista dos clássicos estaduais mais antigos do país, levando em consideração também a tradição dos principais jogos do Brasil. Por exemplo: Fluminense x Bangu um dia foi considerado clássico (entenda “um dia” como décadas atrás). Hoje não é mais.
1º) Fluminense 6 x 0 Botafogo (Clássivo Vovô), desde 22/10/1905
2º) Grêmio 10 x 0 Internacional (Gre-Nal), 18/07/1909
3º) Náutico 3 x 1 Sport (Clássico dos Clássicos), 25/07/1909
4º) Ponte Preta 1 x 0 Guarani (Dérbi Campineiro), 1911
5º) Fluminense 3 x 2 Flamengo (Fla-Flu ou Clássico das Multidões), 07/07/1912
6º) Botafogo 1 x 0 Flamengo, 13/03/1913 (*)
7º) Santos 6 x 3 Corinthians, 22/06/1913 (*)
8º) Remo 2 x 1 Paysandu (Re-Pa ou Clássico-Rei da Amazônia), 10/06/1914
9º) Santos 7 x 0 Palmeiras (Clássico da Saudade), 03/10/1915
10º) Sport 2 x 0 Santa Cruz (Clássico das Multidões), 06/05/1916
11º) Palmeiras 3 x 0 Corinthians (Derby Paulista), 25/10/1936
12º) Santa Cruz 3 x 0 Náutico (Clássico das Emoções), 29/06/1917
13º) Ceará 2 x 0 Fortaleza (Clássico Rei), 17/12/1918
14º) Cruzeiro 3 x 0 Atlético-MG (Raposa x Galo), 17/04/1921
15º) Vasco 3 x 2 Fluminense (Clássico dos Gigantes), 11/03/1923
16º) Vasco 3 x 1 Botafogo (Clássico em Preto e Branco), 22/04/1923
17º) Vasco 3 x 1 Flamengo (Clássico dos Milhões), 29/04/1923
18º) Figueirense 4 x 3 Avaí, 13/04/1924
19º) Coritiba 6 x 3 Atlético-PR (Atletiba), 08/06/1924
20º) São Paulo 2 x 2 Palmeiras (Choque-Rei), 30/03/1930
21º) Santos 2 x 2 São Paulo (San-São), 11/05/1930
22º) Corinthians 2 x 1 São Paulo (Clássico Majestoso), 25/05/1930
23º) Bahia 3 x 0 Vitória (Ba-Vi), 18/09/1932
(*) – Apesar da tradição, esses jogos não têm uma denominação específica.
Finalmente, o centenário do Clássico dos Clássicos…
O aniversário de 100 anos do 3º clássico mais antigo do país será neste sábado, mas o jogão está marcado para o domingo, na Ilha do Retiro, às 16h.
Os velhos rivais não estão numa grande fase, é verdade. Mas de qualquer forma, a partida será histórica, e pelo menos a dupla não perdeu no meio desta semana.
490 jogos
192 vitórias do Sport (679 gols)
164 vitórias do Náutico (626 gols)
133 empates
1 jogo de placar desconhecido (disputado em 1931)
Sport
Maiores goleadas
8 x 0, em 01/10/1916, no British Club
8 x 1, em 19/10/1941, nos Aflitos
Principais artilheiros
1º Traçaia (década de 50) – 13 gols
2º Djalma Freitas (décadas de 50 e 60) – 12 gols
3º Roberto Coração de Leão (década de 80) – 11 gols
Náutico
Maiores goleadas
8 x 1, em 31/05/1935, na Avenida Malaquias
5 x 0, em 23/07/1936, na jaqueira
Principais artilheiros
1º Fernando Carvalheira (década de 30) – 26 gols
2º Bita (década de 60) – 23 gols
3º Baiano (década de 80) – 18 gols