Em 2008, o Íbis alcançou os 70 anos de vida, de muitas, muitas derrotas. Entre 1980 e 1984, com três anos e onze meses no período, o time ficou sem vencer um joguinho sequer. Formações históricas com Mauro Shampoo deram fama. Ao todo, o Pássaro Preto disputou 678 jogos na primeira divisão do Campeonato Pernambucano, com 504 derrotas. Entretanto, em algum momento da já duradoura história, também venceu. Inclusive fez frente ao Trio de Ferro.
Entre 1947, na sua primeira participação, e 2000, na última, o time sofreu muitas goleadas. O Santa Cruz chegou a vencer por 13 x 0. Não uma, mas duas vezes, em 1978 e 1981. Já Náutico e Sport ganharam por até 11 x 0. Mas o Pior time do mundo também teve os seus dias de glória, quase num universo paralelo.Abaixo, as oito vitórias do setentão Íbis diante dos grandes.
28/08/1947 – Íbis 5 x 4 Sport (Aflitos) 29/01/1948 – Íbis 1 x 0 Náutico (Aflitos) 01/08/1948 – Íbis 5 x 3 Náutico (Aflitos) 30/11/1952 – Íbis 2 x 0 Sport (Ilha do Retiro) 16/06/1961 – Íbis 1 x 0 Náutico (Aflitos) 18/07/1965 – Íbis 1 x 0 Santa Cruz (Aflitos) 10/05/1970 – Íbis 1 x 0 Sport (Arruda) 25/03/2000 – Íbis 1 x 0 Náutico (Aflitos)
Voltando às derrotas, eis um “belo” registro, com Santa 10 x 1 Íbis, em 1991. Na reportagem, Stênio José, então na Globo e posteriormente colunista do Diario de Pernambuco. Reparem na entrevista do torcedor antes do jogo.
“O Íbis já ‘deu’ em todos os times que disputam o Campeonato Pernambucano de futebol. Torcedor nenhum tem direito de falar do Íbis”.
Lema do clube: Íbis Sport Club, para apaixonados por futebol. Faz sentido…
Uma das vantagens de escrever em um blog é a liberdade de poder “divagar”, por mais que a idéia proposta esteja distante da realidade. Então, vamos lá.
Qual é o jogo que abre oficialmente o calendário do futebol brasileiro?
Resposta: nenhum.
Mas deveria existir… Como ocorre na Europa. Rentável e atrativo.
No Velho Mundo são disputadas regularmente as supercopas nacionais, entre os campeões das ligas locais e os vencedores das copas dos vários países do continente. A FA Charity Shield, da Inglaterra, foi realizada pela primeira vez em 1908. O troféu mudou de nome em 2002, para FA Community Shield.
Em 10 de agosto deste ano, o Manchester United (campeão inglês) venceu o Portsmouth (zebra da Copa da Inglaterra) nos pênaltis, após um 0 x 0 no tempo normal, em um estádio de Wembley repleto por 84.808 pagantes. Foi o 17º título do United, o maior vencedor.
Essa idéia, porém, já foi implantada no Brasil há quase 2 décadas. De forma embrionária.
A Supercopa do Brasil – devidamente organizada pela CBF, após a criação da Copa do Brasil em 1989 – teve apenas 2 edições, em 1990 e 1991, respeitando os mesmos critérios adotados no futebol europeu.
1990 – Vasco (Série A de 89) x Grêmio (Copa do Brasil de 89) 1991 – Corinthians (Série A de 90) x Flamengo (Copa do Brasil de 90)
No primeiro ano, pela falta de datas (que problema antigo, viu…), os dois jogos do mata-mata foram os mesmos que valeram pela primeira da fase da Libertadores. No primeiro jogo, no Olímpico, o Grêmio venceu por 2 x 0, e depois segurou o 0 x 0 em São Januário. No ano seguinte houve apenas um jogo, em São Paulo. Vitória corintiana por 1 x 0, no clássico com as duas maiores torcidas do país.
Provavelmente não deve dar mais tempo de organizar a Supercopa do Brasil de 2009, mas bem que a diretoria do Sport poderia ter articulado nos bastidores um “amistoso” na próxima temporada contra o novo campeão brasileiro. Uma partida em campo neutro (Campo Grande/MS, Teresina/PI ou até mesmo na nova Arena do Gama/DF). Valendo taça, é claro!
Segundo o vice-presidente de Marketing do Leão, Carlos Frederico, o jogo não é viável por causa da ausência de datas (de novo!).
“Seria interessante essa disputa, mas infelizmente não existe data. Principalmente em Pernambuco, com um Estadual com 12 times. Mas como desportista, eu gostaria sim, até porque já existe a Recopa da Conmebol”.
Enquanto a nadadora pernambucana Joanna Maranhão conquistava 2 medalhas (prata e bronze) na etapa sueca da Copa do Mundo de natação em piscina curta (25 metros), a sua amiga Larissa começava os preparativos para o Chá de Panela da atleta, que irá se casar no final do mês que vem, aqui no Recife. A festa vai acontecer em 29 de novembro, na casa da mãe da nadadora.
Antes do casamento, Joanna ainda irá disputar o 4º Brasileiro Open (50 metros), em Florianópolis.
Foto: Jaqueline Maia/DP
Post com a colaboração absoluta da repórter Ana Paula Santos
O horário acima é um dos mais tradicionais da Série B do Brasileiro.
Quando o Corinthians foi rebaixado em 2007, o site de humor Kibe Loco tirou uma onda, fazendo um vídeo que simulava uma chamada comercial da Rede Globo para o jogo do clube paulista na Série B deste ano. E logo contra o Avaí…
Mas não é que os dois times conseguiram o acesso à elite!? E a chamada acabou se concretizando. De forma surpreendente, pois o Avaí – como já foi dito no blog – era membro cativo da Segundona.
“O Timão busca a reabilitação depois da derrota para o Íbis”
Há exatos 11 anos, o então jovem Dutra, lateral-esquerdo do Santos, recebeu uma placa comemorativa pelo golaço que fez contra o Bahia, na vitória por 3 x 1 na Vila Belmiro, no Brasileirão daquele ano. Veja o vídeo clicando AQUI.
Quando a contratação de Dutra foi anunciada em julho do ano passado, admito que não fiquei satisfeito (durante as resenhas diárias na redação do DP). Afinal, o jogador de 34 anos (na época) estava há 7 anos no Yokohama Marinos, do Japão, e essa passagem no futebol pernambucano parecia ser mais uma de um jogador perto de encerrar a carreira (lembram de Zetti no Sport, em 2001?).
Mas me enganei feio. E não achei ruim. Dutra não só voltou com todo o gás ao Sport, como ainda parece estar longe de querer se aposentar. Em um período mais ameno neste ano, ele chegou a confessar a hipótese ao repórter Marcel Tito, do Diario, mas logo voltou atrás na decisão.
Hoje, aliás, acredito que Dutra tenha mesmo é que permanecer no Sport para a disputa da Taça Libertadores em 2009 (claro que a diretoria precisará reforçar o seu setor). O contrato do ala acabará em 10 de dezembro, mas ele deverá ser chamado para renovar por mais uma temporada.
E olhe que não deram moleza para o menino Dutra, pois mesmo aos 35 anos, ele atuou em 52 partidas neste ano. E ainda fez 3 gols (veja abaixo).
02/04 – Brasiliense 1 x 2 Sport (Copa do Brasil)
30/04 – Sport 4 x 1 Palmeiras (Copa do Brasil)
31/08 – Sport 1 x 0 Internacional (Série A)
81 gols em 29 jogos (sendo 25 do artilheiro Marcão, que no começo do ano se chamava “Marquinhos”)
73,56% de aproveitamento
Mesmo folgando na noite de quarta-feira, os jogadores do Atlético-GO comemoraram bastante.
Direto da concentração, o grupo acompanhou a derrota do Campinense diante do Rio Branco (2 x 1). Um resultado que garantiu antecipadamente o título da Série C para o time rubro-negro. O segundo campeão brasileiro da temporada (o primeiro foi o Corinthians, no Nacional da Série B)
O time de Goiânia – treindo por Mauro Fernandes (ex-Sport, Santa e Náutico) – ainda jogará 3 vezes no octogonal final da Terceirona. O primeiro jogo dessa série será nesta noite, contra o Brasil de Pelotas, em uma festão agendado no Serra Dourada.
O Atlético Clube Goianinese (fundado em 2 de abril de 1937) tornou-se também o primeiro bicampeão brasileiro da Terceirona (!!!), pois o time já havia vencido a edição de 1990. Compare as duas campanhas:
1990 (10 jogos) – 7 vitórias, 2 empates e 1 derrota; 23 GP e 6 GC 2008 (29 jogos) – 20 vitórias, 4 empates e 5 derrotas; 81 GP e 28 GC (lembrando que ainda restam 3 partidas)
Após conquistar o título goiano de 1988, o time começou a despencar (semelhante ao que aconteceu com o Avaí, como você pode ver AQUI). Tanto que em 2005 o Atlético disputou a 2ª divisão do Estadual (e venceu). No entanto, o time não conseguia rivalizar com o Vila Nova. E muito menos com o Goiás – quase o “dono” do futebol do Centro-Oeste.
A recuperação começou em 2007, com o 10º título goiano do clube, acabando com o jejum de 19 anos. Depois, veio a reforma na sede, nas categorias de base, a volta da torcida… Tudo aquilo que é de praxe em uma volta por cima.
Obs. Este foi o 4º título nacional do futebol goiano, todos em categorias de acesso, sendo 1 Série B (1999, Goiás) e 3 Séries C (1990 e 2008 com o Atlético e 1996 com o Vila Nova).
Parabéns ao Atlético-GO, campeão brasileiro de 2008. 😎
Primeiro campeão brasileiro (1971), o Atlético-MG iniciou a temporada sonhando alto. O Galo completaria 100 anos em 2008, e o mínimo que a fanática torcida alvinegra esperava era comemorar um título.
Na sua primeira tentativa, o Atlético chegou à final do Campeonato Mineiro, contra o velho rival Cruzeiro. Mas o golpe foi duro. O time sofreu uma incrível goleada de 5 x 0 já no primeiro jogo. No segundo jogo, nova derrota e vice-campeonato.
No Brasileirão, uma campanha frustrante… Repleta de goleadas.
São Paulo 5 x 1 Atlético-MG
Botafogo 4 x 0 Atlético-MG
Vasco 6 x 1 Atlético-MG
Atlético-MG 0 x 4 Grêmio
Atlético-MG 2 x 5 Botafogo (essa foi pela Copa Sul-Americana)
A péssima fase foi suficiente para proporcionar uma revolução no clube, cuja torcida é considerada uma das mais fanáticas do país. Sempre presente no Mineirão, e conhecida como a “Massa”, a torcida balança o estádio com o seu volume. Uma torcida que ficou – com toda razão – indignada com a água no chope da festa prevista para a temporada.
O presidente Ziza Valadares não aguentou a pressão e renunciou, em 18 de setembro. Não se sabe se a pressão foi da torcida ou da dívida de R$ 200 milhões…
O recomeço administrativo teve como ponto de partida a eleição do novo presidente. Popular entre os torcedores, o empresário Alexandre Kalil, de 49 anos, ganhou a disputa em 30 de outubro, com 271 votos do Conselho Deliberativo (a imagem abaixo foi retirada da comunidade do Galo no Orkut).
A primeira medida da nova gestão foi lançar a garotada, com destaque absoluto para Renan Oliveira, de 18 anos (impressionante como quase sempre isso acontece, e a garotada corresponde mesmo).
Além disso, Kalil (que já havia sido diretor de futebol do clube e presidente do CD) baixou o preço dos ingressos para R$ 5,00 nesta reta final da Série A. O Galo, aliás, estava ameaçado de ser rebaixado para a Segundona. Seria um castigo muito grande para um time tão tradicional em pleno centenário.
Mas o Atlético Mineiro afastou esse risco. E na noite desta quarta-feira, o time de Belo Horizonte goleou o Vasco por 4 x 1, no Mineirão, chegando a 3 vitórias seguidas pela primeira vez neste Brasileirão.
O triunfo veio, é claro, no embalo da massa, composta por 42.182 torcedores que deram um show, cantando do início ao fim.
Frases folclóricas de Alexandre Kalil:
Perguntado sobre o motivo de uma goleada sofrida para o Corinthians, veio a pérola: “O time se borrou!”
“Meu pai (Elias Kalil, ex-presidente do clube, entre 80 e 85) já dizia: o Atlético é como um trem, e a locomotiva é o futebol”.
Questionado por um repórter em 2005 se o Galo corria risco de rebaixamento: “O Atlético é maior que o buraco do rebaixamento!”
No ano seguinte, após o vexame da queda, respondeu ao mesmo jornalista sobre a frase acima: “É muita gente cavando!”
“Se eu for eleito, acabou a ‘pedofilia’ no Atlético!” (sobre o assédio de empresários aos jogadores da base)
“É… Todos nascem atleticanos, mas no decorrer da vida alguns fracassam“.
“Prometo que não prometo nada“.
“A torcida do lado de lá (cruzeirenses) precisa de um vendaval para ir ao campo e a nossa só precisa de um sopro“.
Obs. A vitória do Galo sobre o Vasco deve ter sido muito comemorada pelo Náutico…
O folclórico Íbis Sport Club completará 70 anos no próximo sábado. O clube, que recentemente lançou o seu site oficial (veja AQUI), planeja se remodelar, prevendo até a construção de um centro de treinamento orçado em R$ 15 milhões.
Mas não tem jeito de a história “mudar”, pois o Pássaro Preto continuará ostentando o “título” de pior time do mundo.
Mas até para esse título o combalido Íbis já sofre concorrência. O time pernambucano acompanha a ruindade no futebol brasileiro à distância, vendo outros times bizarros se esforçando para alcançar o posto que perte ao clube há quase 30 anos. O concorrente atual (e mais “forte”) é o Cruzeiro de Rondônia, apresentado no Jornal Nacional, da Rede Globo. Mas outros times já lutaram muito por esse feito… Confira.
Recorde do Íbis
3 anos e 11 meses sem vencer um jogo oficial
20/07/1980 – Íbis 1 x 0 Ferroviário do Recife
17/06/1984 – Íbis 3 x 1 Santo Amaro
Jejum: 55 jogos
7 empates e 48 derrotas; 25 GP (média: 0,45), 231 GC (média: 4,2) e saldo negativo de 206.
Maior goleada sofrida: Santa Cruz 13 x 0 Íbis (05/08/1981)
Cruzeiro (Rondônia)
3 anos e 5 meses sem vencer um jogo oficial
Última vitória – Cruzeiro 1 x 0 Pimentense (26/05/2005)
Jejum: 22 jogos
4 empates e 18 derrotas; 18 GP (média: 0,81), 70 GC (média: 3,1) e saldo negativo de 52.
Maior goleada sofrida: Ji-Paraná 10 x 0 Cruzeiro (07/05/2005)
Curiosidade: o Cruzeirinho vem levando ferro até nos amistosos. Desde a última vitória oficial, foram 14 amistosos, com 5 empates e 9 derrotas. “Só grito para reclamar do time, nunca para comemorar. Daqui a pouco vamos bater o recorde do Íbis”, diz o presidente Domingos Machado.
Perilima (Paraíba)
3 anos e 2 meses sem vencer um jogo oficial
27/02/2005 – Perilima 1 x 0 Nacional de Cabedelo
27/04/2008 – Perilima 2 x 1 Paraíba
Jejum: 28 jogos
2 empates e 26 derrotas; 16 GP (média: 0,57), 120 GC (média: 4,28) e saldo negativo de 104.
Maior goleada sofrida: Treze 11 x 0 Perilima (31/01/2007)
Curiosidade: o time foi vice-campeão da segunda divisão local em 2004 e 2006. Nas duas ocasiões, porém, o torneio teve apenas dois clubes. O Perilima foi derrotado 4 vezes nessas finais (sendo duas por 5 x 0 e um por 7 x 0). Aos 59 anos, o fundador e presidente Pedro Ribeiro Lima (perceberam!?) é o jogador profissional mais velho em atividade no mundo, reconhecido pela Fifa.
GAS (Roraima)(Grêmio Atlético Sampaio)
2 anos e 11 meses sem vencer um jogo oficial
08/05/2004 – GAS 5 x 1 Rio Negro
03/04/2007 – GAS 4 x 3 Rio Negro (!)
Jejum: 20 jogos
20 derrotas; 12 GP (média: 0,6), 93 GC (média: 4,65) e saldo negativo de 81.
Maior goleada sofrida: Atlético/RR 10 x 0 GAS (21/05/2005)
Curiosidade: o GAS chegou a vencer um jogo durante o jejum, em 8 de abril de 2006, mas a vitória sobre o Progresso foi por W.O. (oficialmente, 1 x0 para o Atlético Sampaio). Em 2007, o time terminou o Estadual sem marcar um golzinho sequer.
Já pensou em uma competição envolvendo os 4 clubes acima?
Sport e Náutico irão percorrer, de forma desnecessária, 824 quilômetros no Estadual de 2009.
Nas 2ª e 3ª rodadas do próximo Pernambucano, o Leão e o Timbu enfrentarão Salgueiro e Serrano.
Mas ao contrário do segundo turno deste ano, quando os confrontos foram “casados”, com dois jogos seguidos no Sertão e depois mais dois no Recife, na próxima temporada a fórmula será bem mais desgastante (e mais cara).
No dia 14 de janeiro, o Sport enfrentará o Carcará na noite de uma quarta-feira. A 100 quilômetros dali, o Náutico jogará contra o Serrano, em Serra Talhada.
Três dias depois, o Alvirrubro volta a campo, contra o Salgueiro, num sábado à tarde, já nos Aflitos. No dia seguinte, o Sport recebe o Serrano, na Ilha do Retiro.
Desgaste para os 4 times…
1.856 km, a soma das viagens de ida e volta para Salgueiro e Serra Talhada, alternadamente.
1.032 km, a soma das viagens para Salgueiro e Serra Talhada na mesma “turnê”.
No entanto, provavelmente não irá adiantar reclamar, pois o secretário geral da FPF, João Caixero, já mandou o seu recado.
“A tabela não será mexida. Será essa mesmo que foi apresentada. A única coisa que poderá mudar é o horário de um jogo por rodada, que será transmitido pela Rede Globlo. E nós ainda temos 10 dias para divulgar essa modificação”.
Distâncias entre o Recife e…
…Serra Talhada: 412 km 😐
…Salgueiro: 516 km 🙁
Estadual/2009 (1º turno)
14/01 – Salgueiro x Sport
14/01 – Serrano x Náutico
17/01 – Náutico x Salgueiro
18/01 – Sport x Serrano
Há anos, o Avaí só fazia bater na trave. E em todas as competições possíveis. Outrora apontado como o maior clube de Santa Catarina, o time do coração do ex-tenista Gustavo Kuerten havia se colocado à margem dos demais times do estado. A sua última participação na Série A do Brasileiro foi em 1979…
De lá para cá, apenas 2 títulos catarinenses, em 1988 e 1997. E entre os dois, a maior decepção da história do Avaí. Nada menos que a segunda divisão regional, após o rebaixamento em 1993.
Azar? Além de um menor investimento e administrações ruins, é possível sim que o azar também tenha contornado o estádio da Ressacada (o nome já deixa claro o sentimento da torcida a cada nova frustração).
Azar ou coincidência, o Avaí caiu para o fundo do poço (naquela época ainda não existia Série D) após ficar em 13º lugar no Estadual. No ano seguinte, porém, o time de Florianópolis foi o campeão da Segundona. Mas até no acesso a sina parecia continuar, pois o outro time promovido se chamava “Sombrio“. 😯
O segundo acesso importante veio em 1998, quando o time ganhou o seu único título nacional, na Terceirona. Desde então, o Avaí virou membro quase vitalício da Série B, ao lado de Ceará e CRB (que também está se despedindo da B, mas pra visitar a C).
Na Série A foram apenas 4 (pífias) participações: 1974 (39º), 1976 (36º), 1977 (43º) e 1979 (90º).
Mas em 2009, depois de 30 anos de marolas, o “Hawaii” estará novamente na elite.
Uma elite bem diferente daquela em 79, na última participação do clube. No ano quem vem serão 20 clubes, com turno e returno, em um campeonato rentável e de alto investimento. Ao contrário do passado, quando foram 94 clubes (isso mesmo, 94), desorganizado, arrastado e repleto de fases (apesar do Avaí ter sido eliminado logo na primeira).
A classificação “avaiana” veio na noite desta terça-feira, na vitória por 1 x 0 sobre o Brasiliense. Em um jogo que ainda teve a sua parcela dramática, com gol de Evando saindo apenas aos 36 minutos do segundo tempo.
Triunfo que ratificou o ótimo desempenho em casa: 13 vitórias e 4 empates (é o único invicto como mandante nesta Série B).
No final, Gustavo Kuerten foi até o gramado, representando todos os 13 mil torcedores nas arquibancadas. A maior festa da história do Avaí.
“Com 8 anos eu já estava aqui, na Ressacada. Sempre foi difícil, como um Roland Garros. Mas foi uma novela que terminou com um final feliz. Vitória na Ilha da Magia”, disse Guga, que tinha apenas 3 anos quando o seu time esteve na Primeirona pela última vez.
Obs. Apesar da conotação que os torcedores usam para o nome Avaí (remetendo ao arquipélago do Hawaii), o nome do clube alviazulino é uma homenagem, na verdade, à Batalha do Avaí, um dos episódios da Guerra do Paraguai, no século XIX. Leia mais sobre o assunto clicando AQUI.