Reprise bronzeada

Medalha de bronzeUruguai e Alemanha decidem o 3º lugar da Copa do Mundo da África do Sul. Para os alemães, o jogo não vale muita coisa. Para a Celeste, seria a melhor colocação além dos títulos mundiais de 1930 e 1950.

O jogo será uma reprise em plena sessão de sábado.

Em 20 de junho de 1970, charrúas e germânicos entraram em campo no estádio Azteca, na Cidade do México, também na disputa pela medalha de bronze.

A vitória foi alemã, com um gol de Overath. Confira o compacto abaixo, de sete minutos.

Prévia das boas… Assim como em 1970, a decisão aconteceu no dia seguinte.

Fúria econômica e histórica

Copa do Mundo de 2010: Espanha 1 x 0 Alemanha

Em 1954, a Alemanha foi campeã do mundo com um ataque arrasador.

Foram 25 gols em apenas seis jogos, com uma média impessionante de 4,16. Foi a única vez na história que um campeão superou a marca de quatro gols por partida.

Média de gols dos campeões mundiaisCom o formato atual, com uma campanha de sete jogos, o campeão teria que fazer 29 gols para obter a mesma média. Sem dúvida, é uma missão bem complicada…

Ainda mais numa entressafra de gols como nesta Copa de 2010 (veja AQUI). O resultado poderá ficar mais evidente caso a Espanha conquistar o título inédito.

Com apenas sete gols marcados (sendo cinco de David Villa), a Fúria precisa balançar as redes holandesas pelo menos quatro vezes para não ter o pior ataque da história.

Chegando a 11, a Espanha pelo menos “dividiria” o posto com o Brasil, que fez apenas 11 tentos na campanha do tetra, em 1994, com uma média de 1,57.

A atual média espanhola é de 1,16! O futebol de toque de bola pode impressionar pela beleza… O time pode até finalizar bastante, tanto que lidera a lista na África do Sul, com 103 chutes… Mas falta “algo”, pois gol mesmo a Espanha não fez até aqui.

Com 12 gols, a Holanda pode ficar despreocupada. Se for campeã, mesmo nos pênaltis após 120 minutos de 0 x 0, a Laranja Mecânica não será a recordista negativa.

Curiosidade: a Alemanha pode ter o recorde de gols de um campeão do mundo, mas o recorde absoluto numa Copa do Mundo pertence à Hungria, que fez 27 gols em cinco jogos (5,4), também no Mundial de 1954. Mas o time de Puskas acabou com o vice…

Fotos: Fifa

Agradeça a ele

Aldyr Garcia Schlee, criador do uniforme verde e amarelho do BrasilSe você é apaixonado pela Seleção Brasileira, apesar dos baques nos dois últimos Mundiais, a “culpa” é exclusivamente deste senhor ao lado.

Ex-craque? Treinador? Não. Desenhista.

Aldyr Schlee, hoje aos 75 anos e morador de Pelotas, no interior gaúcho.

Em 1953, com apenas 19 anos, ele desenhava lances esportivos e fazia caricaturas para jornais pelotenses. Até que viu um concurso do jornal carioca Correio da Manhã e se inscreveu.

Era algo bem “simples”: a escolha do novo uniforme da Seleção Brasileira. A ideia era esquecer o padrão branco, após o vice-campeonato mundial em 1950, em um Maracanã repleto. Foi demais.

Pois não é que Aldyr Schlee, hoje um escritor, enviou um croquis com o modelo de uma certa camisa amarela com gola verde, além do calção azul e meias brancas?

O gaúcho foi o criador do uniforme Canarinho, o vencedor entre os 201 trabalhos inscritos. Hoje, a camisa é sinônimo absoluto de futebol.

Um história assim merecia mesmo virar filme. Virou um documentário, produzido neste ano em 16mm pela RBS, afiliada da TV Globo de Porto Alegre. Confira o trailer abaixo.

Obrigado, Schlee!

 Post com a colaboração da gremista Iasmine Eidewein

Mais três gols e o fim do fantasma

Copa do Mundo

Dos 64 jogos programados para a Copa do Mundo de 2010, 62 já foram realizados. Ao todo, foram 139 gols marcados, por 93 atletas.

Assim, a baixa média de gols na África do Sul é de 2,241.

O índice de gols nos estádios africanos está no limite para ficar com a infeliz marca de pior da história dos Mundiais. E olhe que foram 19!

Esse “recorde” pertence há 20 anos à Copa da Itália de 1990, com 115 gols em 52 partidas. A média daquela competição, repleta de empates insossos, foi de 2,211.

Numa conta rápida, basta que os jogadores marquem mais três gols neste fim de semana para superar a  pior média. Com a missão, uruguaios e alemães na disputa pelo 3º lugar e holandeses e espanhóis na briga pelo título inédito.

Se o total de gols de 2010 chegar a 142, em 64 partidas, a média ficará em 2,218.

Se forem marcados apenas dois gols, o índice ficará com 2,203.

Foto: Fifa

A escolha de Sofia

Bola de Ouro de melhor jogador da Copa do Mundo

Os dez melhores jogadores da Copa do Mundo de 2010.

A Fifa divulgou nesta sexta os nomes dos dez candidatos ao prêmio de Bola de Ouro do Mundial (veja AQUI). O prêmio foi criado em 1982. Entre os postulantes, três espanhóis (Iniesta, Xavi e David Villa) e dois holandeses (Sneijder e Robben). Nenhum brasileiro…

O vencedor será anunciado em 11 de julho, logo após a final da Copa, no Soccer City. Ao vencedor, a Escolha de Sofia! Nas três últimas edições do Mundial da Fifa, o jogador que foi eleito como o melhor da competição acabou como vice-campeão…

Ronaldo em 1998, Oliver Kahn em 2002 e Zinedine Zidane em 2006. 😯

Então, a “dúvida”: campeão do mundo ou o prêmio melhor da Copa? Dos sete vencedores do prêmio, só três também ganharam o título, em 1982, 1986 e 1994. Assim, o último que realmente terminou feliz foi Romário. E olhe que o Baixinho ficou a um golzinho de levar também a chuteira de ouro de artilheiro do Mundial.

Vale lembrar que os segundo e terceiro lugares recebem, respectivamente, as Bolas de Prata e de Bronze. Falcão (1982) e Ronaldo (2002) receberam também a Bola de Prata. Veja a lista completa de vencedores da Bola de Ouro do Mundial AQUI.

Para evitar uma nova gafe, a Fifa vai esperar a decisão de 2010 para encerrar a eleição. Parece algo óbvio, mas não era assim.

Os meus eternos super-heróis

Rooney, Kaká, Messi, Cristiano Ronaldo e Robben

Por Lucas Fitipaldi, direito de Joanesburgo*

Era uma vez o craque, na acepção da palavra. Era uma vez extremo talento combinado com rara personalidade. Era uma vez Romário, Zidane, Ronaldo, Rivaldo… espécies em extinção. Os craques da moda são apenas midiáticos. A galeria dos monstros sagrados fechou pra balanço.

O que dizer de Cristiano Ronaldo, Messi, Rooney, Lampard… Kaká? Fenômenos do marketing? Suas belas performances nas peças publicitárias realmente são de cair o queixo. Até mesmo a realidade clubística tem sido benevolente com alguns. O problema é um certo livro, onde somente os grandes têm a honra de rabiscar eternidade.

As últimas páginas dos pergaminhos da Copa foram escritas por um singelo francês; craque, doce e explosivo. Antagônico. Quando veremos outra atuação como a de Zinedine Zidane diante do Brasil, em 2006? Que privilégio presenciar a magia do esplendor individual; um homem e a capacidade de definir a trajetória de uma equipe. Capaz de sobrepor esquemas táticos e outras asneiras do pragmatismo teórico. Raridade ontem, hoje e sempre.

A epidemia devastou a todos. Não sobrou nenhum para nos brindar na África. É a vez do triunfo coletivo, frio. Particularmente, prefiro ler sobre heróis e suas epopeias. Como a de um certo Baixinho desbocado, cheio de marra e auto-confiança. Cheio de ilusão a nos oferecer. Como se tivesse molas nos pés, saltava como anjo no meio dos gigantes. Messias, copiava o milagre de multiplicar, em vez de pães e peixes, pequenos espaços.

O francês referido tinha outros atributos especiais. Mutante, parava o tempo. Hipnotizava companheiros e adversários, todos no ritmo de sua cadência mágica. Jogava em câmera lenta para que pudéssemos desfrutar cada segundo do seu balé.

O magro desengonçado também aprontava. Tinha o dom da farsa. Enganava os que mordiam a isca e se atreviam a questioná-lo. Puro encanto. Capricho santo. Lá estava estava ele, sempre presente a honrar a tradição da camisa 10 amarela.

Seu fiel escudeiro era o highlander de chuteiras. Imortal. Usava o truque da invisibilidade para estar sempre no lugar certo, na hora certa. Nasceu virado pra lua, de menino selou pacto com as redes. Fenômeno, na acepção da palavra. Antimarketing.

*Lucas Fitipaldi é o repórter do Diario enviado para a Copa-2010 e colaborador do blog

Mistério de 1950

Esse post é um desafio aos historiadores de plantão.

No embalo do lançamento do emblema da Copa do Mundo de 2014, aproveitei para voltar ao primeiro Mundial no Brasil, em 1950. A imagem abaixo foi o poster oficial daquele torneio, que reeditou a Copa após o fim da Segunda Guerra.

O cartaz ficou famoso por causa da meia preenchida com as seleções participantes. No entanto, apenas 13 países disputaram aquela Copa do Mundo. Mas o cartaz trouxe todos os times que disputaram as Eliminatórias. E mesmo aqueles que desistiram no meio do caminho… Contabilizando todo mundo (inclusive Brasil, o país-sede, e Itália, a atual campeã), foram 34 países inscritos (veja AQUI).

Na imagem só é possível encontrar 30 bandeiras. O primeiro mistério, porém, é bem simples. A Grã-Bretanha, logo a primeira bandeira, conta com 4 nações, que disputaram um tradicional torneio local, o Home Championship, que também serviu como um torneio classificatório ao Mundial. Foi a primeira presença britânica numa Copa.

Agora, o desafio: Onde estão as bandeiras de Áustria, Indonésia e Índia? Um dos três foi esquecido do poster, enquanto os outros dois teriam utilizado pavilhões antigos…

Logotipo oficial da Copa do Mundo de 1950Confiras a relação de países presentes no cartaz de 1950.

1ª fileira: Grã-Bretanha (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte), Itália e Peru.

2ª fileira: Iugoslávia, Argentina, Portugal, Estados Unidos e Suíça.

3ª fileira: Burma, desafio, Uruguai, Chile e Equador.

4ª fileira: Espanha, Turquia, Filipinas e Bélgica.

5ª fileira: Luxemburgo, Finlândia, Síria e Irlanda.

6ª fileira: Suécia, Brasil e França.

7ª fileira: Cuba, México e Bolívia.

8ª fileira: Israel, Paraguai e desafio.

Outras curisidades do emblema da primeira Copa do Mundo no país: a presença do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, e a bola da competição, chamada de Super Duplo T.

Vamos tentar resolver esse mistério…

Para as mãos do capitão

Capitães dos títulos mundiais de 1930 a 2006

Quem será o 19º capitão a erguer a taça de campeão do mundo?

O goleiro espanhol Iker Casillas ou o lateral-esquerdo holandês Van Bronckhorst?

O vencedor do duelo no domingo, no Soccer City, entrará de vez na história. Casillas, campeão mundial de juniores há 11 anos, pode se tornar o primeiro goleiro a levantar o troféu com a braçadeira de capitão 28 anos depois do gesto do quarentão Zoff na Espanha. Já o experiente jogador da Laranja Mecânica, de 35 anos, quer encerrar a sua carreira na seleção com a quebra de um tabu bem curioso.

Até hoje, nenhum capitão campeão era lateral-esquerdo. Todas as outras posições já foram contempladas. Até mesmo a de líbero, em desuso. Bronckhorst seria o pioneiro.

Confira abaixo a relação de todos os capitães que ganharam a Copa. Nunca houve um bicampeão com a braçadeira nas duas campanhas. Já a imagem do post conta com todos os capitães campeões desde 1930, da esquerda para a direita (de cima para baixo).Vale lembrar que nove jogadores ergueram a Taça Jules Rimet entre 1930 e 1970, enquanto os outros nove levantaram a Taça Fifa, a partir de 1974.

1930 Jose Nasazzi (zagueiro, Uruguai)
1934 Giampiero Combi (goleiro, Itália)
1938 Giuseppe Meazza (atacante, Itália)
1950 Obdúlio Varela (volante, Uruguai)
1954 Fritz Walter (meia, Alemanha)
1958 Bellini (zagueiro, Brasil)
1962 Mauro Ramos (zagueiro, Brasil)
1966 Bobby Moore (zagueiro, Inglaterra)
1970 Carlos Alberto Torres (lateral-direito, Brasil)
1974 Franz Beckenbauer (líbero, Alemanha)
1978 Daniel Passarella (zagueiro, Argentina)
1982 Dino Zoff (goleiro, Itália)
1986 Maradona (meia, Argentina)
1990 Lothar Matthäus (meia, Alemanha)
1994 Dunga (volante, Brasil)
1998 Didier Deschamps (volante, França)
2002 Cafu (lateral-direito, Brasil)
2006 Fabio Cannavaro (zagueiro, Itália)

1930 Jose Nasazzi (zagueiro, Uruguai)
1934 Giampiero Combi (goleiro, Itália)
1938 Giuseppe Meazza (atacante, Itália)
1950 Obdúlio Varela (volante, Uruguai)
1954 Fritz Walter (meia, Alemanha)
1958 Bellini (zagueiro, Brasil)
1962 Mauro Ramos (zagueiro, Brasil)
1966 Bobby Moore (zagueiro, Inglaterra)
1970 Carlos Alberto Torres (lateral-direito, Brasil)
1974 Franz Beckenbauer (líbero, Alemanha)
1978 Daniel Passarella (zagueiro, Argentina)
1982 Dino Zoff (goleiro, Itália)
1986 Maradona (meia, Argentina)
1990 Lothar Matthäus (meia, Alemanha)
1994 Dunga (volante, Brasil)
1998 Didier Deschamps (volante, França)
2002 Cafu (lateral-direito, Brasil)
2006 Fabio Cannavaro (zagueiro, Itália)

Entre 1930 e 1970, o troféu foi a Taça Jules Rimet. Com o tricampeonato do Brasil, que ficou em definitivo com a relíquia, foi criada então a Taça Fifa.

Dividiram o Brasil em 2014…

Joseph Blatter, presidente da Fifa

Uma Copa do Mundo regionalizada. A Fifa anunciou nesta quinta-feira que o Mundial do Brasil, em 2014, será dividido em quatro regiões, numa tentativa de evitar o caos aéreo durante a competição. Segundo estudos, a “nossa” Copa deverá atrair cerca de 3,7 mihões de turistas, sendo 600 mil gringos (veja AQUI).

O assunto rendeu uma boa discussão na editoria de Esportes do Diario de Pernambuco. E rendeu a ideia de um post. A decisão da Fifa corresponde aos 48 jogos da fase de grupos. Considerando que são 12 estádios, como ficaria essa devisão de subregiões? Abaixo, as distâncias aéreas o Recife em relação às outras 11 subsedes.

Pelas longas distâncias, a cidade de Manaus torna-se um fator complicador para essa subdivisão, sem contar que as suas ligações aéreas passam por Brasília.

Ideia proposta na discusão para as 4 regiões, caso a escolha seja uniforme:

1) Recife, Natal e Fortaleza
2) Manaus, Cuiabá e Brasília
3) Porto Alegre, Curitiba e São Paulo
4) Rio de janeiro, Salvador e Belo Horizonte

Você concorda? Monte o seu “esqueleto” do próximo Mundial…

Distâncias aéreas a partir do Recife:

254 km – Natal
629 km – Fortaleza
675 km – Salvador
1.640 km – Belo Horizonte
1.657 km – Brasília
1.874 km – Rio de Janeiro
2.129 km – São Paulo
2.453 km – Cuiabá
2.459 km – Curitiba
2.834 km – Manaus
2.977 km – Porto Alegre

Distâncias aéreas a partir de Manaus:

1.453 km – Cuiabá
1.932 km – Brasília
2.384 km – Fortaleza
2.556 km – Belo Horizonte
2.606 km – Salvador
2.689 km – São Paulo
2.734 km – Curitiba
2.765 km – Natal
2.834 km – Recife
2.849 km – Rio de Janeiro
3.132 km – Porto Alegre

Veja as demais distâncias aéreas entre as subsedes da Copa AQUI.

Agora é com a gente

Copa do Mundo de 2014A Copa do Mundo de 2010 ainda não chegou ao seu epílogo, mas o prólogo de 2014 já foi lançado.

Com alguns ajustes, o emblema oficial é o mesmo que vazou no fim de maio (veja AQUI).

Agora, serão 47 meses até a realização da próxima edição da maior  competição da Fifa. No Brasil. Como país-sede, a Seleção já está garantida no Mundial.

Dessa forma, nossa única preocupação (e principal, diga-se) é com a organização da segunda Copa no Brasil, 64 anos após a primeira edição.

Em 1950 foram foram 13 países, 6 subsedes e 22 jogos. Dentro de quatro anos serão 32 seleções, 12 estádios e 64 partidas. Abaixo, dados do estudo do Ministério do Esporte sobre o impacto econômico da Copa.

R$ 183 bilhões. Esse deverá ser o valor total de recursos investidos e gerados no país (antes e durante a competição), de forma direta ou indireta.

Para calcular esse montante, foi colocado tudo na mesa, da matéria-prima de todas as obras ao consumo da população, passando por novos empregos e tributos ao país.

R$ 33 bilhões, o investimento em infraestrutura (estradas, aeroportos etc). Deste total, 78% será bancado pelo setor público.

710 mil novos empregos, sendo 330 mil permanentes.

3,1 milhões de turistas nacionais.

600 mil turistas estrangeiros.

A Eliminatória da Copa deve começar no segundo semestre do ano que vem e vai até o segundo semestre de 2013. A expectativa da Fifa é que o número de países inscritos supere os 205 para o Mundial de 2010. A Fifa tem 208 filiados.

Você gostou do emblema da Copa do Mundo de 2014? Comente!