O Náutico voltou a marcar um gol depois de 536 minutos.
Cincos jogos, um tempo inteiro e mais 19 minutos da etapa final, neste sábado, contra o Palmeiras.
O gol de Márcio Barros teria sido importante caso o time pernambucano não tivesse sofrido outros quatro tentos do adversário.
Antes de começar a partida, o campo completamente encharcado indicava uma partida mais equilibrada, devido ao fato de que a bola simplesmente não rolava no gramado.
Mas nem adiantou, pois com 6 minutos do jogo desta noite o Verdão abriu o placar, numa cabeçada de Maurício Ramos.
Quando o Alvirrubro marcou o seu, o jogo já estava 2 x 0. O Timbu ainda se lançou no ataque em busca do empate, mas o clube paulista consolidou a vice-liderança na Série A com mais dois gols, completando a goleada por 4 x 1.
Foi a 6ª derrota seguida do Náutico. Um má fase tão visível que igualou o pior resultado da história do time no Brasileirão, já que em 1975 o time também havia derrotado numa sequência de 6 jogos. 😯
Gente por todos os lados do Arruda. Um sábado supostamente festivo.
Foi nada menos que o 4º maior público de todas as séries do Campeonato Brasileiro.
45.007 torcedores. E olhe que o jogo era pela Série D… Disputa pernambucana entre Santa Cruz e Central.
O goleiro centralino Davi foi o grande destaque no primeiro tempo, com ótimas defesas. E no final da primeira etapa, Bibi ainda perdeu um gol incrível para a Patativa!
No segundo, começou o calvário coral.
Primeiro, aos 29 minutos. O lateral-direito Baiano cruzou e Guego marcou de cabeça, aos 29 do 2º tempo. Gol que silenciou um até então festivo estádio do Arruda.
Depois, aos 37, Central de novo. Novamente começando com Baiano, que cruzou para mais um gol de cabeça, dessa vez com Dinda. O gol fez parte da apaixonada torcida coral deixar o estádio.
A enorme maioria ficou. Não desiste nunca. E foi recompensada. 😎
Aos 41, Rossini marcou de cabeça, enchendo a torcida de esperança.
Nos descontos (no apagar das luzes mesmo), o gol de empate. Após falta (polêmica) cobrada por Neto Maranhão, a bola bateu na barreira. Depois, confusão na área, e Juninho, finalmente, mandou para as redes.
Gol que premiou o melhor em campo, conhecido como “Juninho Bergkamp”.
Tudo bem, o Santa não perdeu… Mas, de qualquer forma, o empate foi frustrante para os tricolores. E também para o centralinos, que tiveram o triunfo nas mãos.
O fim de semana será agitado para o futebol pernambucano em 3 das 4 divisões do Brasileiro. Abaixo, a agenda do torcedor pernambucano.
Sábado, 16h: Santa Cruz x Central, no estádio do Arruda (Série D)
Após a festa do lançamento da camisa azul (veja AQUI), agora é a vez da festa da torcida. Que deve ser bem numerosa no duelo pernambucano pela Série D. A Cobra-Coral e a Patativa venceram na estreia da competição, e a diretoria coral tratou logo de realizar promoções para levar 40 mil pessoas ao Arruda.
Sábado, 18h30: Palmeiras x Náutico, no Palestra Itália (Série A)
Um time sem treinador e outro com o treinador na corda bamba. Enquanto o Verdão está no G-4 e busca se aproximar da ponta, o Timbu vem de 5 derrotas seguidas. Um novo revés pode minar o lugar de Márcio Bittencourt. E nem mesmo mais uma vitória deve convencer Muricy Ramalho a repensar a decisão de não ir ao Palestra Itália.
Domingo, 16h: Salgueiro x ASA, no Cornélio de Barros (Série C)
Após vencer o Confiança, em Aracaju, o Carcará enfrentará o líder, e no Sertão. Como o vice-líder Icasa folgará nesta rodada, uma vitória deixaria o Salgueiro na zona de classificação à próxima fase. O time de Neco já começa a sonhar com um possível acesso à Segundona… Será? 😎
Domingo, 18h30: Sport x Goiás, na Ilha do Retiro (Série A)
Uma semana de queixa pra cá, reclamação de lá. Se falou muito de arbitragem na Ilha nesta semana. Sobre o time? Nem tanto. Dizem que vem aí o “novo Ciro“. O jovem atacante leonino vem numa seca de gols (12 jogos), mas ainda tem crédito (vide convocação pra Seleção Sub-20). Caso o “novo Ciro” não apareça no domingo, quem vai aparecer será a zona de rebaixamento.
No jogo de ida, em Porto Alegre, vitória surpreendente por 1 x 0.
Nesta quinta, chocolate por 3 x 0 sobre o Internacional, no belo estádio Casa Blanca, em Quito. Na velha altitude de 2.850 metros acima do nível do mar…
Apesar da liderança isolada da Série A (20 pontos), o Colorado mantém um centenário turbulento. Começou com o título gaúcho, com goleadas espetaculares. Mas agora já são 2 vices seguidos. Primeiro na Copa do Brasil e agora no confronto dos campeões sul-americanos de 2008.
O título da LDU, aliás, foi o 3º do futebol equatoriano. Considerando clubes e a seleção nacional. E profissionais e categorias de base.
Curiosamente, os outros dois haviam sido no mesmo local: o Maracanã.
Em 2007, a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, quando bateu a Jamaica por 2 x 1. Os países mandaram times Sub-17, e o Equador eliminou o Brasil com uma vitória por 4 x 2! 😯
No ano passado, o maior de todos. A Libertadores, conquistada pela LDU diante do Fluminense. O título, por sinal, foi o passaporte para a disputa da Recopa.
Obs. Com a perda do título, o Inter deixou passar a chance de superar o rival Grêmio em taças internacionais. A briga continua empatada (4 x 4), com vantagem tricolor, que tem 2 Libertadores…
Ainda estou tentando aprender direito como funciona essa nova febre da internet… Agora, o blog também está na rede do Twitter. Para seguir o blogueiro, clique AQUI.
Confira a matéria completa do Diario de Pernambuco do dia 27 de julho de 1909 sobre o primeiro Clássico dos Clássicos da história. A notícia do jogo entre Sport e Náutico, um amistoso disputado no domingo, saiu apenas na terça, pois nas segundas os jornais da cidade não circulavam. Perceba a que linguagem era bem diferente, com forte presença do inglês.
As 4h15 da tarde deu-se o kick off. Ambos os teams trataram de fazer o que estava ao seu alcance para ganhar. O Nautico, desde o princípio, fez um forte ataque, que foi repellido pelo Sport, ficando o jogo muito egual durante dez minutos, quando a bola, muito bem passada para o centro, coube a Maunsell que, por um bonito dribbling, a levou ao goal dos opponentes, entre os applausos dos espectadores.
O Sport tendo o kick off, o jogo tornou-se mais apressado, porém, o Náutico, mostrando ser o team mais forte, sendo a bola bem passada pelos seus fowards, que pareciam trabalhar bem juntos, magnificamente auxiliados pelos backs, estavam sempre ameaçando o goal do Sport.
Depois de um ou dois corners o Náutico fez o seu segundo goal. Até este momento o jogo tinha estado muito forte, de lado a lado, porém depois do segundo goal o Sport Club não fez tão boa defesa, como antes, nem tão pouco os seus fowards guardaram a mesma combinação, tomando o Náutico conta do jogo até o intervallo.
Terminado este, podia-se notar que o Sport estava disposto a mudar o jogo, tratando de tirar a desforra, depois do descanso. Sendo dado o kick off pôde-se observar um dos melhores momentos do jogo, tendo o dribbling e passes dos fowards melhorando e devolvendo os backs a bola com muita precisão.
Isto durou cerca de dez minutos, quando o Náutico, com uma esplendida avançada, fez o terceiro goal. Sendo a bola novamente posta em movimento, o team do Sport fez um jogo muito ligeiro. O team do Náutico, com a mudança de logares entre Maunsell, centre fowards e King goal-keeper ficou decididamente mais fraco na linha de fowards, do que o Sport se aproveitou para fazer o primeiro goal. Dali até o fim, o jogo com mudanças para ambos os lados, ganhando o Náutico por três goals contra um.
O SantaCruz lançou nesta quinta-feira o 3º padrão oficial do clube. Preto, branco e vermelho? Esqueça. A cor é azul. O Tricolor seguiu a moda atual de cores originais para o terceiro uniforme nos clubes, assim como o Fluminense, que adotou o laranja, e o Corinthians, com o roxo.
No Flu, a explicação é óbvia, pois é uma homenagem ao bairro do tradicional do clube carioca (Laranjeiras), enquanto o motivo do Timão vem da paixão do seu torcedor, “roxo pelo time”.
No Santa, o azul remete ao feito internacional do Mais Querido, que excursionou em 1979 no Oriente Médio e na Europa, e voltou para o Recife com uma invencibilidade de 12 jogos.
Assim, a equipe foi premiada com a Fita Azul do futebol brasileiro no ano seguinte pela CBD (atual CBF). O time era treinado por Evaristo de Macedo, e o maior destaque era o meia Givanildo Oliveira. A camisa será vendida por R$ 159 na Santa Cruz Store. Confira abaixo a campanha tricolor no exterior em 1979.
Santa, o Fita Azul de Pernambuco
Santa Cruz 5 x 1 Seleção do Kuwait
Santa Cruz 1 x 1 Seleção do Kuwait
Santa Cruz 3 x 0 Seleção do Bahrain
Santa Cruz 4 x 0 Seleção do Catar
Santa Cruz 4 x 1 Seleção do Catar
Santa Cruz 2 x 1 Seleção de Dubai
Santa Cruz 3 x 0 Seleção de Abu-Dhabi
Santa Cruz 3 x 0 Al-Aim
Santa Cruz 6 x 2 Nasser
Santa Cruz 3 x 0 Al Helal
Santa Cruz 4 x 2 Seleção da Romênia
Santa Cruz 2 x 2 Paris Saint-Germain
Ilustração (Europa e Oriente Médio): blog de Rubens Sousa