Com apenas 437 pessoas no Arruda, time reserva do Sport vence o Belo Jardim

Pernambucano 2017, 7ª rodada: Belo Jardim 0 x 1 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O Sport utilizou uma formação alternativa pela 4ª vez no Campeonato Pernambucano de 2017, seguindo o planejamento de poupar o grupo principal para as fases decisivas dos torneios em andamento – e a partir de agora tal cenário será constante. Com muitos jogadores da base, sobretudo do meio pra frente, “este” time segue invicto, com duas vitórias e dois empates. Foram relacionados quinze atletas revelados na base, dos quais oito entraram em campo. Apesar da oportunidade, a atuação geral foi fraca. Com mando do Belo Jardim, novamente obrigado atuar no Recife, o Leão fez 1 x 0 num Arruda às moscas – em mais um reflexo do campeonato esvaziado.

Ainda que o Calango tenha mostrado vontade, a limitação técnica foi a mesma dos jogos anteriores do hexagonal. O placar magro foi consequência da falta de ímpeto de alguns leoninos, como Everton Felipe. Outros, como os volantes Thallyson e Fabrício, mostraram qualidade. E o Leão até criou chances. Só não teve pontaria – e não só os jovens atacante, como Alison e Wallace.

Com contrato mais curto, Paulo Henrique foi um dos profissionais de maior bagagem em ação. Marcou o gol da vitória, mas não saiu como herói. Antes, havia desperdiçado cinco chances, duas embaixo da barra. No próprio gol tentou duas vezes, marcando no rebote. Chegou a dois no Estadual, ambos sobre o Belo Jardim, o que, com todo respeito, não quer dizer muita coisa…

Escalações alternativas (entre parênteses, os leoninos oriundos da base):
02/02 – Salgueiro 0 x 0 Sport (6)
15/02 – Sport 1 x 0 Belo Jardim (5)
01/03 – Sport 1 x 1 Náutico (6)
19/03 – Belo Jardim 0 x 1 Sport (8)

Pernambucano 2017, 7ª rodada: Belo Jardim 0 x 1 Sport. Foto: Rafael Martins/DP

Com péssima atuação, Sport perde do Coritiba na Ilha pela 1ª vez e se complica

Série A 2016, 26ª rodada: Sport 0x1 Coritiba. Foto: Coritiba/site oficial (coritiba.com.br)

Mesmo bastante desfalcado, incluindo a sua principal peça, o atacante Kléber, o Coritiba venceu o Sport na Ilha do Retiro, feito inédito em sua história. Se saiu melhor num confronto direto na briga contra o descenso, deixando o time pernambucano muito próximo do Z4, com a confiança abalada. Num contexto geral, foi um péssimo dia para o Leão. O horário era até favorável, 16h de um domingo, com ingressos a R$ 10 para os sócios. Ainda assim, apenas 7.496 torcedores foram ao estádio, num cenário preocupante, com rivais diretos enchendo as arquibancadas nesta reta final, como Cruzeiro, Inter e Vitória.

Em campo, o time teve a volta de Diego Souza (mal em campo, mais uma vez iniciando jogo de costas para o gol), mas não contou Rithely, vetado outra vez. Peça-chave no meio, que acabou tendo Gabriel Xavier, com pouca intensidade no ataque e na recomposição. Pior, atuando os 90 minutos. Antes de se desorganizar de vez, no segundo tempo, o Sport se viu pressionado pelo placar após a falha de Agenor. Substituto de Magrão (expulso contra o Galo), o goleiro teve mais uma chance para conquistar a torcida. E novamente decepcionou – nas cinco partidas em que atuou, o time perdeu todas. Numa cobrança de falta na ponta da área, na primeira bola levantada pelo Coxa, Agenor catou borboletas, com Amaral desviando de cabeça, 1 x 0

Enquanto isso, do outro lado, as bolas paradas (escanteio e faltas) eram batidas apenas em jogadas ensaiadas, com todas mal executadas, irritando a torcida. Completando o ciclo, Oswaldo de Oliveira. O treinador tem uma considerável parcela de culpa. Ao bancar Neto Moura (fraquíssimo na marcação e desatento na transição) e Gabriel Xavier (já comentado) e nas mexidas. A primeira, ok. Rogério foi acionado na segunda etapa, talvez como escape (só isso justificaria não ter iniciado). Porém, entrou mal demais. Em seguida, Renê por Rodney (e o camisa 6 voltou com o mesmo futebol que o levou ao banco) e, a pior de todas, Vinícius Araújo por Everton Felipe. Não pelo centroavante, que até vem contribuindo, mas pela saída do ponta, o melhor do time, responsável pelas melhoras oportunidades no segundo tempo. Foi difícil entender. Aliás, nem tanto. Basta ver a atual situação do Leão na tabela após a segunda derrota seguida…

Série A 2016, 26ª rodada: Sport 0x1 Coritiba. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Sport perde do líder Palmeiras, na Ilha, e emperra no Z4, em 11 das 13 rodadas

Série A 2016, 13ª rodada: Sport 1 x 3 Palmeiras. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Uma vitória simples alçaria o Sport ao 14º lugar, o que corresponderia ao melhor momento do time na tabela. A bronca era ter neste contexto justamente o líder, o Palmeiras. Ainda que os paulistas tivessem vencido apenas uma vez como visitante – os outros oito triunfos foram em casa -, o conjunto do time bancava o favoritismo, somado a destaques individuais como Gabriel Jesus, já cobiçado pelo Barcelona e atual artilheiro do Brasileirão. Empurrado por 26 mil torcedores, na noite do 79º aniversário da Ilha do Retiro, o time se doou em campo. Lutou, demais mas esbarrou na disparidade técnica do confronto.

Quando ganhou moral na partida, no empate com Gabriel Xavier, aos 13 minutos do segundo tempo, acabou sofrendo um duro revés numa falha clara de Rithely. O volante, que já não havia acompanhado Erik no primeiro gol, perdeu a bola que resultou no 10º gol de Gabriel. Pulmão do time, Rithely destrava o jogo Sport no meio-campo. Tanto na marcação quanto na busca por espaço no ataque, sendo peça-chave. O próprio jogador reconheceu a má atuação, determinante. Passa. Pior é ter o recorrente desempenho de Serginho, trotando na segundo etapa, marcando à distância e errando passe de dois metros.

Ao perder o meio, a derrota por 3 x 1 se torna compreensível, tendo outros desempenhos abaixo, como Agenor (inseguro) e Edmílson, que já faz o que se esperava (à parte do “Edmito” no início). Ou seja, quase nada. Não finalizou, saindo bastante da área e de suas características. Já Diego Souza, marcado além da conta, pouco conduziu a bola, se limitando a toques de prima (alguns, eficientes). No apito final, o 18º lugar foi mantido, com 12 pontos em 13 rodadas, a mesma pontuação de 2009, quando foi lanterna. Apesar da “reação”, a realidade mostra que a equipe só saiu do Z4 duas vezes. Hoje, segue lá…

Série A 2016, 13ª rodada: Sport 1 x 3 Palmeiras. Foto: Ricardo Fernandes/DP