Dos onze primeiros colocados na Série A, apenas um apresenta um saldo negativo de gols. Trata-se do Sport. Porém, o critério não vem fazendo diferença alguma na campanha do Leão, presente no G4 após dez rodadas disputadas.
O salto na classificação aconteceu com as três vitórias consecutivas, todas por 1 x 0. Já são quatro partidas sem levar gol. Na volta do Brasileirão após o Mundial, os rubro-negros viram um gol espetacular de Neto Baiano, a 46 metros de distância.
Na opinião do blog, o objetivo do Rubro-negro ainda é a briga contra o rebaixamento. No entanto, acumulando pontos assim o time pernambucano poderá mudar de vez esse status… tudo para fazer um campeonato tranquilo.
A 11ª rodada do representante pernambucano
20/07 – Goiás x Sport (18h30)
Jogos em Goiânia pela elite: 2 vitórias leoninas, 3 empates e 6 derrotas.
Um jogo foi adiado na Série A. Por causa da disputa na Recopa, o jogo do Atlético-MG contra a Chapecoense foi remarcado para 6 de agosto.
Em 2009, Sandro Goiano arriscou do meio de campo. A distância era superior a 55 metros. Com visão de jogo, tentou encobrir Bruno. O goleiro flamenguista (aquele) correu bastante e conseguiu evitar o quinto gol do Sport na ocasião. O duelo rubro-negro terminou 4 x 2, mas com a sensação que de faltou o golaço.
Cinco anos depois, enfim, o gol de placa. A distância foi um pouco menor, de 46 metros. O adversário no Brasileirão mais uma vez era um time carioca, mas o Botafogo. Não foi uma partida movimentada no placar. Na verdade, apenas uma bola foi parar nas redes. Na mesma trave que Sandro tentou, no lado da sede.
Coube a Neto Baiano terminar a obra-prima. No gol, o jovem Andrey, estreando como profissional. Mais adiantado do que devia, viu o centroavante do Sport mandar de canhota, levando à loucura os 19 mil torcedores na Ilha do Retiro.
Marcando muito, sem sofrer sustos – mas ainda precisando melhorar na transição ofensiva -, o Leão venceu a terceira seguida por 1 x 0. Chegou ao G4 após dez rodadas. Excelente largada. O torcedor só se dará conta disso depois. Por enquanto, está curtindo um raríssimo gol de placa…
Serão 70 dias até o jogo de volta, num intervalo incomum na Copa do Brasil.
Hiato grande no confronto entre Santa Cruz e Botafogo, do empate em 1 x 1 no Almeidão até a volta nos Aflitos ou na Arena Pernambuco. O tempo é suficiente para o Tricolor se preparar para o duelo decisivo, tática e fisicamente. A passagem à terceira fase valerá uma cota de R$ 430 mil.
Na noite desta quarta, numa partida que teve apenas a torcida local, por causa de uma solicitação do Ministério Público, os corais bem buscaram a vitória.
Abriram o placar com Pingo, e tiveram outras chances, com o próprio atacante, substituindo o machucado Caça-Rato, e o meia Carlos Alberto. Apagado, só Léo Gamalho. O veterano Lenilson empatou sete minutos depois, mas os tricolores continuaram articulando jogadas na linha de fundo.
A disputa seguida equilibrada. No início do segundo tempo, o Santa teve duas ótimas chances, com Pingo chutando cima do goleiro e Carlos Alberto mandando na trave. Após o bom volume de jogo, o visitante cansou, sofrendo uma certa pressão do Belo, que ainda mandou uma bola no travessão e teve um gol corretamente anulado. Agora, é preciso esperar até 23 de julho…
E olhe que já se sabe o futuro adversário. É o Santa Rita de Alagoas, valendo uma cota ainda maior, de $ 530 mil. Só mesmo após a Copa do Mundo.
Tão logo foram disputados os primeiros jogos nas arenas brasileiras do Mundial, surgiram também as novas punições. Os árbitros foram autorizados a mostrar o cartão amarelo para quem subir a escadinha entre o gramado e a arquibancada.
A norma vale no gol ou até mesmo no apito final, após uma vitória ou título. Entre os pernambucaos, registros com o Náutico, no 3 x 0 sobre o Internacional na Arena Pernambuco, e com o Sport, no título nordestino no Castelão.
Por mais que essas comemorações tenham sido emocionantes, inovadoras, a CBF encaminhou logo um ofício, ainda em 2013, proibindo a conduta, tendo como justificativa a “segurança do público e dos jogadores”. A comissão de arbitragem alega que a norma está na regra do jogo, de forma preventiva.
As escadinhas existem como rota de fuga do público em caso de emergência.
Ainda assim, de vez em quando alguém esquece da regra, indo para o abraço na galera. Foi assim no primeiro Fla-Flu do Brasileirão de 2014, na vitória tricolor.
O Campeonato Pernambucano já foi subsidiado pelo programa Todos com a Nota, do governo do estado, em oito edições: 1998 e 2008/2014.
A troca de notas fiscais por ingressos foi copiada na Paraíba em 1998, com o Vale Legal, e nesta temporada, com o Gol de Placa, com previsão de investimento de R$ 3 milhões. Em Pernambuco, com uma estrutura estendida a oito torneios junto à FPF, só no ano passado o total injetado foi de R$ 13 milhões.
Em 2015, segundo o presidente da federação pernambucana de futebol, Evandro Carvalho, o programa estatal poderá ser implantado em até onze estados. Apenas o Piauí teve o nome revelado. Todos teriam solicitado junto à secretaria da fazenda do estado uma transferência tecnológica do programa.
Nos últimos quinze anos a aplicação do TCN foi modernizada, mas basicamente no Recife. Da troca física de notas fiscais por um vale lazer ao cartão magnético acumulando pontos, com reservas por telefone ou internet, aplicativos e cadastro biométrico. Só na capital são 370 mil usuários.
De fato, a implantação do projeto em 1998 fez a média de público saltar de 2.080 para 10.895. Nas últimas edições, contudo, a torcida não foi tanto a campo no interior, apesar das médias oficiais de 5.548 e 6.318.
Caso confirmada a exportação de “know-how”, os demais campeonatos estaduais da região deverão registrar um aumento imediato nas médias de público.
Mas que o cenário seja o de 1998, com arrecadação e estádios realmente cheios.
1968 – Torneio Norte-Nordeste
1987 – Campeonato Brasileiro (Série A)
1990 – Campeonato Brasileiro (Série B)
1994 – Copa do Nordeste
2000 – Copa do Nordeste
2008 – Copa do Brasil
2014 – Copa do Nordeste
Não há outro clube nordestino que possua tantos títulos regionais, interregionais e nacionais oficiais, no futebol, quanto o Sport Club do Recife.
A condição de maior campeão da região já existia, pois os gigantes baianos Bahia e Vitória somam quatro troféus neste contexto.
7 – Sport (Séries A e B, Copa do Brasil, Norte-Nordeste e 3 Copas do Nordeste)
4 – Bahia (Série A, Taça Brasil e 2 Copas do Nordeste)
4 – Vitória (4 Copas do Nordeste)
4 – Sampaio Corrêa (Séries B, C e D e Copa Norte)
1 – América-RN (Copa do Nordeste)
1 – Campinense (Copa do Nordeste)
1 – Ceará (Norte-Nordeste)
1 – Fortaleza (Norte-Nordeste)
1 – Santa Cruz (Série C)
1 – ABC (Série C)
1 – Guarany (Série D)
1 – Botafogo-PB (Série D)
Parabéns ao Rubro-negro de Pernambuco.
Observações:
1) Oficialmente, o Nordeste já teve 14 torneios regionais oficiais, entre Copa do Nordeste e Torneio Norte-Nordeste. Porém, já foram realizadas outras 18 competições regionais desde 1946, sem a chancela da CBF (entenda aqui).
2) Central e Treze se consideram campeões brasileiros da Série B de 1986, que ainda teria como campeões, também, Criciúma e Inter de Limeira (todos juntos). Contudo, a CBF ainda não oficializou a conquista.
Uma verdadeira saga em quase de três décadas. O que parecia objetivo tornou-se puro folclore. Três vezes artilheiro do Campeonato Brasileiro, o atacante Túlio Maravilha chegou ao auge em 1995, vestindo a camisa do Botafogo. Então com 26 anos, o centroavante foi artilheiro e campeão nacional pelo Fogão.
A partir disso, estipulou o gol 1.000 como o oásis. Ao perambular em todos os cantos do país para repetir os feitos de Pelé (1969) e Romário (2007), o jogador caiu em descrédito, inclusive a sua conta. Assim, considerando seus dados em mais de trinta equipes, Túlio chegou ao 1.000º gol de sua carreira, neste sábado.
O Rei chegou ao milésimo aos 29 anos, enquanto o Baixinho marcou, contra o Sport de Magrão, aos 41. Ambos de pênalti. Túlio esperou até os 44 anos. Curiosamente, na estreia pelo Araxá, na segunda divisão mineira, ele também balançou as redes em uma penalidade. E repetiu o famoso gesto do Pacaembu.
“A saga do milésimo termina aqui. Missão cumprida no futebol.”
Antes dos três, houve um outro certo gol 1.000. O atacante paulistano Arthur Friedenreich chegou a ter 1.329 tentos reconhecidos pela Fifa, entre 1909 e 1935, dos 17 aos 43 anos. Uma estatística acima até mesmo de Pelé. Contudo, uma recontagem nos jornais O Estado de S. Paulo e Correio Paulistano, através do escritor Alexandre da Costa, reconduziu o número para 554.
Será que uma recontagem também atingiria as estatísticas de Romário e Túlio?
Independentemente desta polêmica, relembre os gols históricos…
O preço reduzido nos ingressos tinha o objetivo de alimentar a Ilha do Retiro, com ingredientes para um caldeirão, nesta quinta.
Repetir o futebol competitivo do último clássico era a esperança da torcida. Os rubro-negros compareceram, com 18 mil presentes, e apoiaram. Porém, precisou ter muita paciência, numa noite que seria longa…
O primeiro tempo foi bastante truncado, com muitos passes errados e pouquíssimas chances de gols, tanto do Sport quanto do Botafogo. O técnico interino Eduardo Batista havia escalado basicamente a mesma formação.
O objetivo era claro, o de fazer a bola chegar ao centroavante Neto Baiano. Aos 39, Genivaldo fez uma defesaça numa bomba do atacante, na cara do gol.
O segundo tempo seria mais movimentado. Começando pela chuva forte. Com ela, a vaga leonina. Neto Baiano, de tanto insistir, marcou aos 14 minutos.
Brigou pela bola e encheu o pé de esquerda, no ângulo.
Atento, Magrão ainda se esforçou para manter o placar de 1 x 0. Foi a única vitória do Sport na Ilha do Retiro na primeira fase, com apenas oito pontos.
O que parecia impossível há uma semana, a classificação às quartas de final, agora está consumada – mesmo que o Belo recupere os pontos na justiça -, com o confronto já marcado contra o CSA.
Ainda necessitando de melhora – técnica e fisicamente -, o Leão se mantém na luta pelo tricampeonato nordestino.
Se na Arena Pernambuco o Náutico não vem fazendo um bom papel, no Nordestão, fora de casa o time alvirrubro vai somando pontos preciosos.
Nesta terça-feira, segurou o Botafogo na Paraíba e se manteve vivíssimo na luta por um lugar nas quartas de final do regional.
No empate em 1 x 1, à noite, o Belo abriu o placar no comecinho da etapa complementar, com Doda, numa falha da defesa pernambucana. O Timbu empatou com Hugo, escorando um cruzamento rasteiro, cirúrgico.
O jogo não foi dos melhores, mas o visitante voltou a impor um sistema mais fechado, limitado. Até porque a pressão em João Pessoa foi considerável. O estádio Almeidão contou a presença de 8.480 torcedores. Nenhum deles do Náutico, por força de uma decisão exagerada do Ministério Público, vetando as torcidas visitantes no local.
Assim, a torcida alvirrubra acompanhou apenas do Recife. Respiraram aliviados. Com o empate, o clube de Rosa e Silva conseguirá a classificação em caso de vitória por dois gols de diferença sobre o Guarany, em Sobral, ou com uma vitória simples desde que o Sport tropece diante do Botafogo.
A sexta e decisiva rodada do grupo D será na quinta-feira. E o Timbu está vivo…
A operação comercial da Arena Pernambuco completará um ano em junho de 2014. Embora esteja no início de um longo contrato – de 33 anos -, o grupo gestor peca em alguns conceitos básicos na organização de um jogo de futebol.
Um deles, uma queixa recorrente dos alvirrubros – torcedores do único clube de contrato assinado com o estádio -, é o preço dos ingressos, bem acima dos que eram praticados nos Aflitos. Um aumento seria natural, claro, devido à maior estrutura proporcionada e ao custo do empreendimento. Porém, a brusca mudança – associada aos gastos extras, como estacionamento – e a falta de vantagens aos sócios fomentaram as reclamações.
Caro para os mandantes e ainda mais para os visitantes. Teoricamente, ilegal.
Artigo 84/2º “Os preços dos ingressos para a torcida visitante deverão ter necessariamente os mesmo valores dos ingressos para a torcida local, quando referidos aos mesmos setores do estádio ou equivalente”
Não é possível que a direção do consórcio não saiba. Mesmo assim, a Arena Pernambuco vem cobrando ingressos com preços diferenciados entre os clubes, em uma setorização que nitidamente precisa de ajustes.
Tomando por base os três primeiros jogos do Náutico no ano, pelo Nordestão – contra Guarany de Sobral, Botafogo de João Pessoa e Sport -, os visitantes pagaram R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia).
O local reservado para a torcida cearense foi no anel inferior, bem atrás da barra. Do outro lado, estava o setor do Todos com a Nota. Se for considerado o ingresso mais barato para o Timbu, os valores seriam de R$ 50 e R$ 25.
Já paraibanos e rubro-negros foram para o anel superior, atrás de uma barra. Tendo como mesmo setor oposto e proporcional os ingressos subsidiados pelo estado. Enquanto isso, os bilhetes mais baratos para o Timbu foram estipulados em R$ 40 e R$ 20, no anel inferior, também atrás de um dos gols.
É preciso ressalvar que no clássico Sport x Náutico na Ilha, também em 2014, os alvirrubros ficaram na geral, setor contrário ao TCN leonino. O bilhete cobrado ao alvirrubro foi o mais barato no dia, o de arquibancada (R$ 40).
Uma última curiosidade. Os ingressos do Todos com a Nota na Arena, no setor oposto ao dos visitantes, custam R$ 25 ao governo do estado – nos demais estádios os valores também são distintos. Onde está a lógica?