Tecnologia da linha do gol a caminho da arena pernambucana

Tecnologia do gol da Fifa. Crédito: Fifa/divulgação

Os 16 jogos da Copa das Confederações de 2013 terão o monitoramento de um moderno sistema de câmeras no gol.

Entre as quatro tecnologias oficializadas pela Fifa, para este torneio foi escolhido o sistema de câmeras posicionadas para as traves (veja aqui).

Ao todo, serão 14 câmeras espalhadas no estádios, posicionadas no alto, direcionadas para as traves. Mediante consulta dos árbitros, os jogos poderão ser paralisados para a avaliação se a bola entrou ou não.

Em breve, portanto, a Arena Pernambuco contará com a tecnologia da linha do gol (TLG), produzido pela empresa alemã GoalControl GmbH.

O uso de tecnologia nos jogos de futebol foi aprovado em uma decisão histórica em 5 de julho de 2012 pela International Football Association Board (IFAB).

Se o equipamento for mantido posteriormente, as futuras decisões do campeonato estadual poderão ser menos polêmicas…

Arena Pernambuco com nome de cerveja? Mas sem cerveja à venda, ainda

Itaipava. Crédito: marca coficial om arte de Cassio Zirpoli

A costura para os nomes “mercadológicos” das arenas brasileiras da Copa do Mundo de 2014 vem sendo paulatina. Não se trata apenas de assinar um contrato com uma empresa interessada e batizar o estádio.

É preciso verificar a viabilidade do nome, a chance de emplacar a denominação no público consumidor do empreendimento.

Ações de marketing de longa duração com torcedores se tornam regra nesse caso. Antes disso, acordos com os canais de mídia detentores dos direitos de transmissão dos principais campeonatos de futebol.

No fim de 2012 foi revelado o acordo da Rede Globo, que atendeu ao pleito dos clubes mais populares do país e irá chamar, em tese, o nome dos novos estádios de acordo com os contratos de naming rights vigentes.

Pois bem, a revista Veja traz a notícia de que a Arena Fonte Nova, construída pela Odebrecht, firmou um contrato com a cervejaria Itaipava (veja aqui).

Eis o nome: Itaipava Arena Fonte Nova.

A cerveja faz parte do Grupo Petrópolis, que está erguendo uma fábrica em Alagoinhas, a 107 quilômetros de Salvador. A primeira unidade na região.

Tentando fortalecer a marca no Nordeste, segundo a mesma nota, a empresa agora aponta para a… Arena Pernambuco, erguida pela mesma construtora.

O cofre do consórcio irá agradecer, com R$ 10 milhões a cada temporada.

Itaipava Arena Pernambuco? Ou com outros produtos do grupo, como a cerveja Crystal ou energético TNT. Prepare-se, pois o contrato seria de 10 anos…

Em 2009 era Cidade da Copa. Depois foi sugerido Arena Capibaribe. Já havia se firmado como Arena Pernambuco e agora outro nome. É bom decidir logo.

Curioso mesmo seria este nome num estádio com a venda de cerveja probida. O que deve se tornar mais um motivo para rever a lei em vigor no estado.

Itaipava Fonte Nova. Crédito: Grupo Petrópolis/divulgação

Passo a passo do grafismo no jornalismo esportivo

No jornalismo moderno nem sempre um bom texto e uma foto marcante são suficientes para a produção de uma reportagem.

Na verdade, a situação atual demanda bem mais do que isso, com a produção de um conteúdo diferenciado, gráficos, artes etc. Ilustradores e diagramadores têm um papel tão importante quanto repórteres e fotógrafos.

Abaixo, um exemplo do caderno Superesportes, no Diario de Pernambuco, com uma página dupla, limpa, sem anúncio algum tomando espaço das matérias.

Da concepção da reportagem sobre os caminhos das seleções nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2014, com rabiscos em papel e projeções, passando pela produção inicial e resultando na diagramação final, com ilustrações, textos e imagens tratadas, na edição desta quarta.

1º passo – A ideia

Reportagem da caderno Superesportes, no Diario de Pernambuco

2º passo – A concepção

Reportagem da caderno Superesportes, no Diario de Pernambuco

3º passo – O resultado

Reportagem da caderno Superesportes, no Diario de Pernambuco

Alvo de dirigentes no Recife, Sandro Meira Ricci está na lista do Mundial

Árbitro Sandro Meira Ricci em ação em Pernambuco. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Sandro Meira Ricci foi contratado pela FPF em março de 2012. A chegada do árbitro tinha o objetivo de suprir a falta de um emblema da Fifa no criticado quadro local. Nascido em Poços de Caldas, no interior mineiro, e radicado em Brasília, Ricci apitava jogos do campeonato do Distrito Federal quando acertou a transferência. Logo no primeiro ano aqui comandou a finalíssima do Estadual.

Entrou no quadro da CBF em 2006. Em 2011 veio a Fifa. Ainda que seja um dos dez brasileiros com esse status, o juiz segue contestado por dirigentes locais. Basta acontecer um clássico. Se Ricci busca reconhecimento aqui, fora a sua imagem tem uma avaliação melhor. Ou não surpreende a sua aprovação como o representante nacional na lista de 52 juízes para a Copa 2014?

Aprovado no teste físico no Paraguai, no ano passado, ele aguardava uma decisão da organização sobre Wilson Luiz Seneme e Leandro Vuaden, então pré-selecionados. Tanto Seneme quanto Vuaden foram reprovados nos exames. Caminho livre para Ricci, oficializado pela Fifa nesta terça-feira (veja aqui).

Assim, o árbitro deverá ser o 14º árbitro do num Mundial. Deverá participar do evento com 40 anos. Nos 19 Mundias anteriores, em apenas três o Brasil não teve representantes. O recordista é o Carlos Simon, com três Copas. Já Arnaldo Cézar Coelho e Romualdo Arppi Filho tiveram a honra de apitar uma final. Obviamente, isso só aconteceu porque a Seleção não disputou o título.

1930 – Gilberto de Almeida Rego – RJ (49 anos)
1934 – sem representante
1938 – sem representante
1950 – Mário Vianna – RJ (42 anos), Alberto da Gama Malcher – RJ (42 anos) e Mário Gardelli – SP (42 anos)
1954 – Mário Vianna – RJ (46 anos)
1958 – sem representante
1962 – João Etzel Filho – SP (46 anos)
1966 – Armando Marques – RJ (36 anos)
1970 – Ayrton Vieira de Moraes – RJ (46 anos)
1974 – Armando Marques – RJ (44 anos)
1978 – Arnaldo Cézar Coelho – RJ (35 anos)
1982 – Arnaldo Cézar Coelho – RJ (39 anos)
1986 – Romualdo Arppi Filho – SP (47 anos)
1990 – José Roberto Wright – RJ (46 anos)
1994 – Renato Marsiglia – RS (43 anos)
1998 – Márcio Rezende de Freitas – MG (38 anos)
2002 – Carlos Eugênio Simon – RS (37 anos)
2006 – Carlos Eugênio Simon – RS (41 anos)
2010 – Carlos Eugênio Simon – RS (45 anos)

Árbitros pré-selecionados para a Copa do Mundo de 2014. Foto: Fifa/divulgação

Conclusão da Arena “consumada” reforça discurso de Eduardo focando 2014

Eduardo Campos, governador de Pernambuco, em evento da Fifa sobre operação da Copa das Confederações 2013. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Pavimentação da candidatura, dissociação da atual gestão federal, articulação política, sondagens nacionais etc.

São muitas as expressões e caminhos apontados para o governador Eduardo Campos e seu futuro político, sobretudo a curto prazo, em 2014, no Planalto.

Em uma semana foi do almoço com o senador Jarbas Vasconcelos, com direito à frase “O novo não nasce sem dor”, passando ao encontro com a presidente Dilma Rousseff em Serra Talhada, repleto de recados indiretos de ambas as partes, ao foco na Arena Pernambuco como exemplo de superação.

Há tempos o governador apostava as suas fichas no estádio em São Lourenço.

Primeiro em 2009, quando rechaçou qualquer possibilidade de reforma nos três estádios do Recife e bancou um projeto bilionário numa nova centralidade urbana, a dezone quilômetros do Marco Zero.

Depois, com as seguidas desconfianças em torno do andamento da obra. Se reuniu com autoridades, federais, da CBF e da Fifa, e projetou a aceleração.

Foi até o limite do prazo, com cobranças quinzenais de Zurique, mas conseguiu. Sim, a conclusão da Arena Pernambuco já é tratada como consumada.

Questionado no evento da Fifa sobre as operações da Copa das Confederações em relação à prioridade do estado, o governador levantou a própria bola.

“Não há uma preocupação específica. Era o estádio, se ficaria pronto, mas hoje isso é matéria vencida”.

Oficialmente, o empreendimento alcançou 94%.

Faltam vinte dias até a entrega do estádio. Ou seja, vinte dias com o discurso. Eduardo iIrá repetir o quanto puder. Hora de focar no resultado deste esforço.

Vai ajudá-lo nas sondagens nacionais, articulação política, dissociação da gestão federal, pavimentação da candidatura. Seja lá o que Eduardo pretende.

Eduardo Campos, governador de Pernambuco, em evento da Fifa sobre operação da Copa das Confederações 2013. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

As cinco casas londrinas da Seleção Brasileira

Londres

Um contrato nebuloso mudou a Seleção. A CBF tem um acordo firmado com a International Sports Events (ISE), da Arábia Saudita, com prazo até 2022.

Até lá, cabe aos sauditas a definição da agenda da Seleção Brasileira. Em troca disso, a confederação embolsa US$ 1,05 milhão a cada amistoso (veja aqui).

No entanto, já causa desconforto em torcedores, dirigentes e imprensa o cronograma da Canarinha, quase sempre presente na capital da Inglaterra.

Virou o campo neutro da Seleção, até porque das onze partidas desde 2006, quando foi assinado o primeiro contrato com a ISE, apenas duas foram contra o English Team. Vale ainda destacar que Londres abrigou o time pentacampeão do mundo em cinco estádios diferentes! Um verdadeiro tour londrino.

O mítico Wembley é do governo. Já os demais pertencem a Arsenal (Emirates), Tottenham (White Hart), Fulham (Craven Cottage) e Chelsea (Stamford Bridge).

Impossível não provocar um distanciamento na torcida brasileira…

03/09/2006 – Brasil 3 x 0 Argentina (Emirates)
05/09/2006 – Brasil 2 x 0 País de Gales (White Hart Lane)
06/02/2007 – Brasil 0 x 2 Portugal (Emirates)
01/06/2007 – Brasil 1 x 1 Inglaterra (Wembley)
26/03/2008 – Brasil 1 x 0 Suécia (Emirates)
10/02/2009 – Brasil 2 x 0 Itália (Emirates)
02/03/2010 – Brasil 2 x 0 Irlanda (Emirates)
27/03/2011 – Brasil 2 x 0 Escócia (Emirates)
05/09/2011 – Brasil 1 x 0 Gana (Craven Cottage)
06/02/2013 – Brasil 1 x 2 Inglaterra (Wembley)
25/03/2013 – Brasil 1 x 1 Rússia (Stamford Bridge)

Estádios em Londres: Fulham, Arsenal, Wembley, Tottenham e Chelsea

Gramado pronto e com 59 dias de preparação até o primeiro teste oficial

Gramado da Arena Pernambuco 100% plantado, em 25 de março de 2013. Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press

Em menos de três dias foi concluído o plantio do gramado na Arena Pernambuco. O transporte do centro de treinamento do Náutico, na Guabiraba, até o estádio em São Lourenço foi rápido. O corte linear das placas de grama e o traslado de 15 quilômetros ocorreu sem transtorno algum.

Nesta segunda, os 7.140 metros quadrados da área oficial de jogo já estavam fixados no solo. O trabalho foi iniciado sem alarde na manhã sábado (veja aqui).

Agora, o campo do tipo Bermuda Celebtrarion receberá os cuidados em seu palco definitivo, com a operalão dos novos sistemas de irrigação e drenagem.

Gramado da Arena Pernambuco 100% plantado, em 25 de março de 2013. Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press

Até o fim de março serão colocadas as traves. Na verdade, elas serão recolocadas, pois as barras passaram boa parte da construção no canteiro, mas como figuras ilustrativas na época. Agora, a instalação será à vera, somada à pintura do campo também na próxima semana.

O primeiro teste oficial da Fifa será em 22 de maio, com o Náutico. Portanto, serão 59 dias de preparação para que o tapete verde apresente as condições de jogo exigidas pela Fifa. Tudo para evitar problemas registrados em outros campos, como na arena do Grêmio, visivelmente sem condições na abertura.

Gramado da Arena Pernambuco 100% plantado, em 25 de março de 2013. Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press

Clássico dos maiores campeões mundiais mantém incômodo jejum da Seleção

Amistoso 2013, em Genebra: Brasil 2x2 Itália. Foto: Wander Roberto/VIPCOMM

A última vitória da Seleção Brasileira diante de um campeão mundial, com força máxima, foi em 14 de novembro de 2009, no Khalifa Stadium, no Catar. Com um gol de Nilmar, o time então treinado por Dunga venceu a Inglaterra por 1 x 0.

Depois veio a frustrante Copa do Mundo na África, a mudança no comando, com Mano Menezes, e um incômodo jejum. Foram cinco derrotas consecutivas diante de ex-campeões do mundo. A estatística desconsidera os duelos do Superclássico das Américas de 2011 e 2012, quando as convocações de brasileiros e argentinos foram restritas aos atletas que atuavam nos dois países.

Nesta quinta, no clássico dos maiores campeões mundiais, o penta Brasil e a tetra Itália, a Canarinha até abriu dois gols de vantagem, com Fred (matador) e Oscar (esbanjando tranquilidade). Foi um bom 1º tempo, com boas defesas de Júlio César e um Neymar solidário, buscando uma atuação decente na Europa.

Na etapa final o técnico Prandelli surpreendeu Felipão, com duas mudanças no intervalo. Com três atacantes, inverteu o jogo. O brasileiro não soube equilibrar o time. Em doze minutos a Azzurra empatou, com De Rossi após bobeira de Daniel Alves e num golaço do marrento Mario Balotelli, diferenciado.

E a Itália ainda teve duas boas chances para virar, o que repetiria o placar de 1982, na última vitória do país sobre a Seleção. No lado verde e amarelo, um time confuso, com Hulk constrangedor. Sequer ameaçou o goleiro Buffon.

O amistoso ficou mesmo no 2 x 2, mantendo o Brasil longe de triunfos contra a nata do futebol, sem contar que este foi o quarto jogo seguido sem vitória, seja qual for o adversário. Um passo para tentar fazer um bom papel em “sua” Copa é acabar logo com qualquer fantasma. Por enquanto, o fantasma só cresce…

14/11/2009 – Brasil 1 x 0 Inglaterra (Doha, Catar)

17/11/2010 – Brasil 0 x 1 Argentina (Doha, Catar)
09/02/2011 – Brasil 0 x 1 França (Saint-Denis, França)
10/08/2011 – Brasil 2 x 3 Alemanha (Stuttgart, Alemanha)
09/06/2012 – Brasil 3 x 4 Argentina (Nova Jersey, EUA)
06/02/2013 – Brasil 1 x 2 Inglaterra (Londres, Inglaterra)
21/03/2013 – Brasil 2 x 2 Itália (Genebra, Suíça)

Amistoso 2013, em Genebra: Brasil 2x2 Itália. Foto: Wander Roberto/VIPCOMM

Fundo Monetário Fifa, sempre em expansão no mercado

Reserva financeira da Fifa de 2007 a 2012. Crédito: Fifa/divulgação

A Fifa divulgou as suas finanças nas últimas seis temporadas.

Faturamento de US$ 6,425 bilhões e despesa de US$ 5.669 bilhões. O superávit, que no ano passado era de 667 mi, chegou a 756 milhões de dólares.

Convertendo, um lucro no período de 2007 a 2012 de R$ 1,5 bilhão.

Com esse saldo positivo, as reservas da Fifa chegaram a US$ 1,378 bilhão. Convertendo para a moeda brasileira, o caixa é de R$ 2,74 bilhões.

Confira o relatório financeiro da entidade que comanda o futebol aqui.

Nos últimos dois anos a Fifa registrou um lucro “enxuto”, segundo o gráfico da própria entidade que comanda o futebol, abaixo.

A tendência é aumentar a receita na Copa do Mundo, o seu principal produto.

Apesar do volume financeiro gigantesco, ainda assim há a necessidade de voluntários para a organização das grandes competições mundo afora. Em 2014, no Mundial do Brasil, a previsão é de 20 mil pessoas, de graça.

Entre outras coisas, eis um dos segredos do sucesso…

Relatório financeiro da Fifa de 2007 a 2012. Crédito: Fifa/divulgação

Caminho da luz até a Arena Pernambuco

Arena Pernambuco e o projeto de energia solar. Crédito: Odebrecht

A ideia de transformar a Arena Pernambuco em um “projeto verde” na Copa do Mundo passa sobretudo pela energia solar. Ou seja, energia limpa. Um dos braços da companhia responsável pela obra, a Odebrecht Energia firmou uma parceria com a Neoergia para a implantação dos painéis solares.

O portal da construtora divulgou um gráfico sobre o processo. A luz captada pelas células fotovoltáicas, num área próxima, irá resultar na geração de energia para operar o próprio estádio. A usina terá capacidade para 1MW de potência.

A redução no consumo de energia convencional, da rede da Celpe, poderá ser de até 85%. Quando não abastecer o estádio, a energia deverá ser destinada às moradias previstas para a futura Cidade da Copa, em São Lourenço.

Que o sol reduza a possibilidade de apagões no futuro do futebol do estado…

Saiba mais sobre os tópicos autosustentáveis da arena aqui.