O borderô do clássico carioca na Arena Pernambuco, divulgado pela CBF, apresentou o primeiro prejuízo do novo empreendimento.
O duelo entre Botafogo e Fluminense, que valeu a liderança da Série A no domingo, terminou com saldo negativo nas finanças, apesar da renda de R$ 368 mil proporcionada pelos 7.882 pagantes.
As despesas foram bem maiores…
Mandante, o Fogão alugou o estádio, pagando R$ 270 mil. Ou seja, só o alguel do espaço correspondeu a 73% de toda a receita.
Porém, ainda houve gasto com ingressos (R$ 36 mil) e taxas para as federações do Rio (R$ 36 mil) e Pernambuco (R$ 18 mil).
No fim, a conta do alvinegro foi de R$ 41 mil, mas no vermelho.
A escolha pelo Recife não foi mesmo das melhores, pois o rombo foi superior aos jogos do clube em Volta Redonda, onde o estádio já vinha apresentando públicos pífios.
O jogo anterior do Botafogo como mandante no Brasileiro havia sido no Raulino de Oliveira, contra o Cruzeiro. Na ocasião foram apenas 2.685 pagantes.
A renda foi negativa, mas o fumo foi menor, de R$ 410.
Ou seja, o prejuízo no Recife foi 100 vezes maior…
Enquanto os clubes brasileiros contam com ônibus customizados, a Seleção Brasileira está um passinho à frente, com uma avião temático para a delegação. Em 2013 e 2014, o boeing 737-800 da GOL vai transportar a Canarinha país afora. Quando não estiver a serviço da CBF, a aeronave entrará na operação regular da companhia. Será a primeira vez que a GOL irá transportar a Seleção num Mundial. De 1962 a 2006 a viagem foi via Varig. Em 2010, a TAM.
Abaixo, os aviões anteriores, de 1994 a 2010. Qual foi o mais bonito?
Em 2010, na África do Sul, a TAM escolheu um Airbus A330 de sua frota, com capacidade para 219 pessoas. O nariz foi pintado com a bola do Mundial de 70.
Na última viagem da Canarinha a bordo da Varig, em 2006, o avião foi um MD-11. Antes de chegar na Alemanha, a festa na intertemporada em Weggis.
Na viagem mais longa já feita, para o outro lado do mundo, em 2002, a Varig utilizou um boeing 767-300. Na Ásia, o pentacampeonato mundial.
Na primeira tentativa para o penta, na França, a Varig disponibilizou um boeing 737. Em 1998 a companhia já havia apresentado um novo logotipo.
Em 1994 a seleção tetracampeã mundial foi transportada por um DC-10 da Varig. Na volta, o desembarque aconteceu no Aeroporto dos Guararapes
As minhas primeiras lembranças da Copa do Mundo vêm de 1990. De partidas tenebrosas com pouquíssimos gols na Itália e do pênalti convertido por Andreas Brehme no finzinho do jogo contra a Argentina de Maradona, no Stadio Olimpico.
Tinha oito anos e a vontade de assistir ao maior número de partidas do torneio foi natural. Minha, dos amigos e de quem gostasse de futebol. Difícil ficar alheio.
Apesar disso, o Mundial sempre me pareceu algo bem distante. Pela tempo desde a única edição brasileira, em 1950, antes do nascimento dos meus pais, e sobretudo pelas viagens que a Taça Fifa fez pelo globo.
Estados Unidos, França, Coreia do Sul, Japão e Alemanha. Há quatro anos a África do Sul quebrou paradigmas sobre o poder econômicos das sedes, até então países riquíssimos, estruturados.
Em condições normais de temperatura e pressão, francamente, o Brasil teria poucas chances para competir por uma nova chance. A concorrência era alta.
Mas o rodízio, que contemplou primeiramente justamente os africanos, chegou na América do Sul. Candidata único, a nação ganhou a chance e a “responsabilidade”, como frisou o presidente da Fifa em 2007, Joseph Blatter.
Seis anos atrás. Nesse tempo todo, as dúvidas sobre a realização de um evento tão grande assim por aqui continuou. Ou já esqueceram dos boatos sobre o plano B que levaria a Copa para a Inglaterra caso algo desse errado por aqui?
Na verdade, erros aconteceram sim. Várias situações saíram do controle e o investimento bilionário tornou-se o maior da história da competição. E mesmo com o gasto ainda incalculável, a infraestrutura segue criticada, lenta, temerária.
Com o grande teste do Mundial, a Copa das Confederações, batendo na porta, surge uma data emblemática: 12 de junho 2013.
Estamos a exatamente um ano do jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014.
365 dias, nada mais. Haja correria na preparação.
Aquelas lembranças de grandes seleções construídas em imagens na televisão terão a companhia de novas imagens, in loco.
Continuo com a mania de assistir a 30, 40, 50 jogos da Copa do Mundo. Ter a chance de ver um deles aqui ainda causa parafuso… Tão perto, tão longe.
O departamento técnico da Confederação Brasileira de Futebol enfim refez a tabela do grupo A da Série C, incluindo o Rio Branco do Acre.
A mudança atende ao termo de conciliação assinado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal há uma semana. Entenda aqui.
Abaixo, todo o primeiro turno, com onze times no grupo dos tricolores. Portanto, o Santa Cruz jogará 20 vezes na primeira fase, em vez dos 18 jogos previstos.
A disputa nos tribunais entre Gama e CBF no ano 2000 durou 251 dias.
E o clube candango ganhou a queda de braço, forçando a confederação a aceitar a sua inclusão no Campeonato Brasileiro.
As seguidas vitórias do time na justiça comum resultaram numa competição nacional, rebatizada de Copa João Havelange, com 25 clubes.
Número ímpar, deixando claríssimo o buruçu causado. Mas o tempo passou, com a Fifa apertando ainda mais o cerco sobre ações fora da esfera esportiva.
Ainda assim, por mais que grite, que pressione, a verdade é que essa norma não se sobrepõe à soberania brasileira – o blog havia abordado o tema aqui.
E de vez em quando alguém se aventura no universo das liminares. Veio Treze e um pedido pouco ortodoxo para disputar a Série C de 2012.
O time paraibano não havia alcançado o acesso ao torneio no ano anterior, mas viu uma brecha causada pelo acordo extrajudicial entre Rio Branco e CBF, que haviam se engalfinhado na justiça.
Começou assim um roteiro bem semelhante, com ameaças da CBF, bravatas de dirigentes, até mesmo do presidente da FPF, e pouca ação de fato.
O Treze jogou a terceira divisão nacional de 2012 e o Rio Branco acabou se dando mal. Obviamente, o excluído da vez se mexeu e a confusão só aumentou.
Foi parar no Supremo Tribunal Federal, que, francamente, tem mais o que fazer.
Contudo, o ministro Luiz Fux acabou mediando a conciliação. Sem surpresa, todos foram contemplados. E o Brasileiro da Série C deste ano terá 21 clubes.
Número ímpar, de novo….
No mapa da competição, uma longa viagem até o Acre. O desfecho refletiu diretamente no Santa Cruz. O grupo A ganhou mais um integrante. Em vez de 18 partidas, 20. O tempo de toda a história? Foram nada menos que 371 dias.
Justiça Comum x Justiça Desportiva. Não se decide do dia pra noite, no grito…
A Copa do Nordeste passará por uma grande renovação em 2014. Em relação ao torneio deste ano serão nove novos clubes na disputa. Entre as novidades, o Náutico, principal ausência desta temporada, marcada pelo sucesso de público. A média foi de 8.350, superior a qualquer campeonato estadual país.
Por outro lado, a ausência do atual campeão, o Campinense, expõe a maior falha do regulamento. O torneio não prevê vaga para o vencedor no ano seguinte. Todas as vagas são conquistadas nos estaduais. No Paraibano a Raposa foi eliminada na semifinal e ficou de fora do próximo regional.
Numa enquete realizada pelo blog em janeiro, com 834 votos, o públicou se mostrou 90% favorável à vaga automática para o campeão nordestino.
Isso já ocorreu no regional entre 1998 e 2000. Para reativar a ideia, a CBF teria que “mexer” nas vagas dos estados. São três lugares para pernambucanos e baianos e dois para cearenses, potiguares, alagoanos, paraibanos e sergipanos.
Sugestões, mantendo a estrutura atual com 16 participantes.
1) O campeão entraria na última vaga do seu estado. Em Pernambuco ou na Bahia, ficaria no lugar do 3º colocado. Nos demais, no do vice-campeão.
2) Levar em consideração o ranking de federações da CBF e tirar uma vaga da federação com a pior colocação. Atualmente o posto é de Sergipe.
Clubes classificados ao Nordestão 2014: Santa Cruz, Sport e Náutico (Pernambuco); Vitória, Bahia e Vitória da Conquista (Bahia); Ceará e Guarany (Ceará), Potiguar e América (Rio Grande Norte); CRB e CSA (Alagoas), Treze e Botafogo (Paraíba) e Sergipe e River Plate (Sergipe).
De 1959 a 2012 foram realizadas 56 edições do Campeonato Brasileiro, considerando a unificação oficializada pela direção da CBF em dezembro de 2010 após um estudo sobre os extintos torneios nacionais de elite. Portanto, foram dez edições da Taça Brasil (1959/1968), quatro do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970) e 42 da vigente Série A (1971/2012).
O futebol pernambucano foi representado em 94 campanhas, sendo 10 na Taça Brasil, 3 no Robertão e 81 na Série A, com até quatro times em um mesmo campeonato, com o recrde estabelecido em 1986. Na armada, rubro-negros, alvirrubros, tricolores e centralinos. Abaixo, as estatísticas absolutas dos clubes.
Agregando todos os dados do quarteto, incluindo os clássicos entre eles no Nacional, a campanha geral é a seguinte: 1.901 partidas, 618 vitórias, 532 empates, 751 derrotas, 2.239 gols marcados e 2.493 gols sofridos.
Considerando o sistema de três pontos por vitória em todos os anos, apesar de ter sido instituído pela Fifa apenas em 1994, o futebol local conquistou 2.386 pontos até hoje, o que corresponde a um aproveitamento mediano de 41,83%.
Em 2013, na 95ª participação, a exclusividade timbu…
Sport – 35 participações
Melhor colocação: campeão (1987)
Nº de vezes entre os 10 primeiros lugares: 13 (1959, 1962, 1963, 1978, 1981, 1982, 1983, 1985, 1987, 1988, 1996, 1998 e 2000)
Total: 760 jogos, 259 vitórias, 213 empates, 288 derrotas, 884 gols marcados e 922 gols sofridos. Aproveitamento com os 990 pontos conquistados: 43,42%
Taça Brasil (3): 17j, 8v, 5e, 4d, 32 gp, 19 gc
Série A (32): 743j, 251v, 208e, 284d, 852 gp, 903 gc
Náutico – 33 participações
Melhor colocação: vice-campeão (1967)
Nº de vezes entre os 10 primeiros lugares: 7 (1961, 1964, 1965, 1966, 1967, 1968 e 1984)
Total: 628 jogos, 208 vitórias, 149 empates, 271 derrotas, 755 gols marcados e 851 gols sofridos. Aproveitamento com os 773 pontos conquistados: 41,02%
Central – 2 participações
Melhor colocação: 36º lugar (1986)
Série A (2): 32 jogos, 7 vitórias, 11 empates, 14 derrotas, 30 gols marcados e 48 gols sofridos. Aproveitamento com os 32 pontos conquistados: 33,33%
Com a definição de todas as participações dos clubes pernambucanos nos campeonatos nacionais desta temporada, confira a quantidade de campanhas de cada um nos torneios oficiais organizados pela CBD e pela CBF e as melhores colocações, respectivamente. Os 19 times que já representaram o estado disputaram 276 edições de 8 competições diferentes.
Atualização em 14 de maio de 2013.
Náutico – 70 participações de 1961 a 2013
Brasileirão (34)
6 – Taça Brasil (vice em 1967)
1 – Robertão (17º em 1968)
27 – Série A (6º em 1984)
18 – Copa do Brasil (3º em 1990)
1 – Copa dos Campeões (12º em 2002)
16 – Série B (vice em 1988 e 2011)
1 – Série C (4º em 1999)
Sport – 67 participações de 1959 a 2013
Brasileirão (35)
3 – Taça Brasil (4º em 1962)
32 – Série A (campeão em 1987)
19 – Copa do Brasil (campeão em 2008)
2 – Copa dos Campeões (vice em 2000)
11 – Série B (campeão em 1990)
Santa Cruz – 66 participações de 1960 a 2013
Brasileirão (23)
1 – Taça Brasil (4º em 1960)
2 – Robertão (12º em 1970)
20 – Série A (4º em 1975)
20 – Copa do Brasil (11º em 1997)
17 – Série B (vice em 1999 e 2005)
3 – Série C (14º em 2012)
3 – Série D (vice em 2011)
Central – 30 participações de 1972 a 2013
2 – Série A (36º em 1986)
2 – Copa do Brasil (26º em 2008)
17 – Série B (1º em 1986, não oficializado como título)
6 – Série C (8º em 2000)
3 – Série D (12º em 2009)
Porto – 10 participações de 1994 a 2011
1 – Copa do Brasil (57º em 1999)
8 – Série C (4º em 1996)
1 – Série D (39º em 2011)
Salgueiro – 7 participações de 2008 a 2013
1 – Copa do Brasil (2013, em andamento)
1 – Série B (19º em 2011)
4 – Série C (4º em 2010)
1 – Série D (a disputar, em 2013)
América – 5 participações de 1972 a 1991
4 – Série B (8º em 1972)
1 – Série C (26º em 1990)
Vitória – 5 participações de 1992 a 2005
5 – Série C (11º em 1992)
Ypiranga – 4 participações de 1995 a 2013
2 – Série C (64º m 2006)
2 – Série D (28º em 2012)
Estudantes – 2 participações de 1990 a 1991 1 – Série B (37º em 1991)
1 – Série C (11º em 1990)
Petrolina – 2 participações de 2008 a 2012
1 – Série C (58º em 2008)
1 – Série D (39º em 2012)
Santo Amaro – 1 participação em 1981
1 Série C (vice em 1981)
Paulistano – 1 participação em 1988
1 – Série C (19º em 1988)
Itacuruba – 1 participação em 2004
1 – Série C (23º em 2004)
Unibol – 1 participação em 1999
1 – Série C (28º em 1999)
Serrano – 1 participação em 2005
1 – Série C (43º em 2005)
Centro Limoeirense – 1 participação em 1997
1 – Série C (47º em 1997)
Flamengo de Arcoverde – 1 participação em 1997
1 – Série C (54º em 1997)
Vera Cruz – 1 participação em 2007
1 – Série C (58º em 2007)
A Seleção Brasileira está formada para o primeiro torneio da Fifa no país depois de 63 anos, a Copa das Confederações. O técnico Luiz Felipe Scolari chamou 23 jogadores, com as discussões de sempre em relação à lista. Desta vez, destaque para a ausência de Ronaldinho Gaúcho, do Galo.
Ainda assim, o elenco convocado, com onze jogadores no futebol brasileiro, ultrapassa a marca de R$ 1 bilhão em direitos econômicos. Para ser mais exato, R$ 1.162.500.000. Na média, uma projeção de R$ 50,5 milhões por cada atleta, segundo o software da Pluri Consultoria, com 77 critérios de avaliação.
Trata-se de um valor maior que a Canarinha formada para o torneio oficial anterior, os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, quando os 18 nomes listados pelo então treinador Mano Menezes foram avaliados pela consultoria em R$ 818 milhões, com índice de R$ 45,4 milhões (veja aqui).
Nas duas equipes, sete nomes em comum: o zagueiro Thiago Silva, o lateral Marcelo, os meias Lucas e Oscar e os atacantes Hulk, Damião e Neymar.
O craque do Peixe, por exemplo, passou de R$ 139,2 milhões para R$ 143 mi, com valorização de 2,7%. Já o meia Lucas, que saiu do São Paulo para o PSG no período, passou de R$ 50,6 mi para R$ 96,7 milhões, registrando o impressionante aumento de 91% nos direitos ecnômicos.
O que você achou da convocação para a Copa das Confederações?
A classificação alvirrubra à Copa do Nordeste de 2014 garante a força máxima do futebol do estado depois de doze anos. A última vez em que Náutico, Santa Cruz e Sport estiveram juntos no Nordestão foi em 2002, no auge do regional.
Das dez edições anteriores, Pernambuco teve três representantes em seis temporadas. O pior momento foi em 2003, quando os times locais declinaram ao campeonato, esvaziado devido à briga entre CBF e Liga Nordeste.
Em 2014, quando o torneio completará vinte anos com a denominação atual, o campeão ganhará uma vaga na Copa Sul-americana. Tal fato deve turbinar a média de público, que neste ano registrou o bom índice de 8.212 pessoas por jogo. Abaixo, todas as participações dos times do estado.
1994 – Sport (1º), Santa Cruz (7º) e Náutico (12º)
1997 – Sport (3º), Náutico (6º) e Santa Cruz (8º)
1998 – Santa Cruz (5º), Sport (9º) e Náutico (15º)
1999 – Sport (3º) e Porto (10º)
2000 – Sport (1º) e Santa Cruz (10º)
2001 – Sport (2º), Náutico (3º) e Santa Cruz (5º)
2002 – Santa Cruz (3º), Náutico (4º) e Sport (10º) 2003 – Nenhum
2010 – Santa Cruz (8º) e Náutico (10º)
2013 – Santa Cruz (6º), Sport (7º) e Salgueiro (13º)
2014 – Náutico, Santa Cruz e Sport