Consumada a metamorfose no ranking de clubes da CBF

Formato do novo ranking da CBF a partir de 2012

Com uma profunda transformação, a CBF anunciou nesta terça-feira o formato do seu novo ranking de clubes, através da resolução da presidência de número 11.

O formato, que irá contemplar apenas as últimas cinco temporadas a cada atualização em vez de todos os torneios nacionais desde 1959, havia sido adiantado ao blog no ano passado pelo então diretor da FPF, Leonardo Cruz (veja aqui).

Na visão do blog, a mudança foi positiva, reforçando o desempenho técnico, atual.

O novo critério acabou com pontuações polêmicas, como o fato de o título da Copa do Brasil valer menos que o da Série B. Antes, 30 x 40. Agora, 600 x 400. Acima, a nova pontuação oficial do ranking brasileiro. Abaixo, a antiga.

Outra novidade nesta nova versão é o “peso” por temporada, partindo de 5 e indo até 1, seguindo a ordem cronológica do ano vigente para o mais antigo.

Ou seja, a pontuação de cada ano será multiplicado pelo peso correspondente. A ideia é padronizar o ranking nacional com o ranking de clube da Conmebol (veja aqui).

Eis um exemplo da nova pontuação… O título do Sport na Copa do Brasil de 2008 entrará como peso 1 no ranking de 2012, conferindo 600 pontos ao Leão. O Palmeiras, que venceu a competição nesta temporada, ganhará 3 mil.

Em 2013, o ano de 2008 será descartado e a taça de 2012 terá “peso 2”, dando ao Verdão 2.400 pontos por essa conquista na atualização do no que vem.

Em Pernambuco, o maior “prejudicado” com o novo formato será o Santa Cruz, que sempre fez parte do top 25. Sem o histórico, os corais agora terão que se contentar na primeira lista com as duas participações na Série C e três na Série D.

Poderá ficar até atrás do Salgueiro, com quatro anos na Série C e um na Série B.

Quanto ao Náutico, que perdeu os pontos o vice-campeonato nacional de 1967, a boa participação na elite vigente será recompensada com a multiplicação por cinco.

Se acabar em 10º, como pretende, o Timbu somará 2.560 pontos de uma tacada.

Além do status no quadro do futebol do país, o ranking serve para definir vagas na Copa do Brasil aos clubes que não as alcançaram nos Estaduais.

Além de ganho indireto, com a melhora da imagem na busca por investidores…

Critério do ranking de clubes da CBF até 2011

Sem resistência na estrutura e organização do Superclássico

Superclássico das Américas 2012: Argentina x Brasil, cancelado em Resistencia. Foto: Juan Mabromata/AFP

Antes fosse piada. Quase centenário, o clássico entre Brasil e Argentina viveu na noite desta quarta um de seus mais insólitos episódios desde 20 de setembro de 1914.

Não tem relação com o futebol praticado pelas seleções. Pelo contrário. O segundo jogo do Superclássico das Américas foi cancelado por falta de energia elétrica no estádio.

Se a história terminasse aí, seria um incidente. Mas vai além, como consequência da falta de organização de duas entidades de peso no esporte, CBF e AFA.

A acanhada cancha dos hermanos era até nova, inaugurada no ano passado. Fica na cidade de Resistencia, de 300 mil habitantes, a 941 quilômetros de Buenos Aires.

Seria o grande jogo da história da Província del Chaco, até porque o time local, o Sarmiento, nunca disputou a elite nacional. Pois três torres de refletores apagaram durante a execução do hino brasileiro, num portunhol desde já histórico.

Esperava-se que os geradores normalizassem a situação. Após mais de uma hora de indefinição, os dirigentes das duas poderosas entidades chegaram a um acordo.

Ou quase… Cancelaram o jogo, sem previsão para a realização da partida.

Numa situação normal de temperatura e pressão, seria no dia seguinte. Neste caso, a pressa em liberar os atletas, uma vez que não era uma data Fifa, inviabilizou a ideia.

O que parecia simples ficou para ser “conversado depois”, nas palavras dos cartolas. Com direito a frases como “o título é nosso”, levando em conta a vitória no jogo de ida.

Um desfecho constrangedor para duas escolas dotadas de arte no esporte.

A reedição da Copa Roca, de forma anual, surgiu como uma ideia interessante. Contudo, é grande o descaso com o que o jogo vem sendo tratado há dois anos.

Audiência baixa, regulamento sendo feito em cima da hora, jogadores recusando a convocação e agora um estádio sem estrutura, escolhido de forma meramente política.

Brasil x Argentina um dia foi um jogo de parar o mundo. Desta vez, a bola nem rolou…

Superclássico das Américas 2012: Argentina x Brasil, cancelado em Resistencia. Foto: Club Atletico Sarmiento/divulgação

Libertando o futebol feminino em Pernambuco

Copa Libertadores Feminina. Foto:  Pasión Libertadores

Nos últimos anos, o futebol feminino no estado teve lampejos de desenvolvimento.

Em 2008 e 2011, Sport e Vitória foram vice-campeões da Copa do Brasil. Também no ano passado, a Seleção Brasileira disputou um amistoso no Arruda, com Marta.

Agora, em 2012, o ponto alto em relação à organização do esporte por essas bandas.

O estado será a sede da 4ª edição da Copa Libertadores da América Feminina, com a chancela da Conmebol. A ideia vinha sendo costurada há bastante tempo.

No início do mês, o torneio já era tida como certo. Neste sábado, a FPF bateu o martelo e irá assumir a organização da competição, que contará com doze clubes representando os dez países que integram a Conmebol (veja aqui).

Jogos no Recife (Aflitos), Vitória de Santo Antão (Carneirão) e Caruaru (Lacerdão).

Clubes tradicionais como Boca Juniors da Argentina, Nacional do Uruguai e Colo Colo do Chile deverão ser representados por suas mulheres.

Ao país-sede, fato que sempre coube ao Brasil, uma vaga extra. Além do São José, atual campeão continental, a Acadêmica Vitória. Tricampeão estadual, o clube mantém um elenco e vem estruturando a categoria de base com um centro de treinamento.

Por mais amador que o futebol feminino ainda seja, um torneio deste porte, que terá transmissão pela televisão, colabora bastante para o crescimento do esporte.

Times femininos de Boca Juniors (Argentina), Nacional (Uruguai) e Colo Colo (Chile)

A 53ª conquista internacional dos clubes brasileiros

Recopa Sul-americana 2012: Santos 2x0 Universidad de Chile. Crédito: Ivan Storti / Divulgação Santos FC

Com o título da Recopa Sul-americana, o Santos chegou a 10 taças internacionais.

O Peixe, de Neymar e cia, venceu a Universidad de Chile por 2 x 0, diante de 23.876 torcedores no Pacaembu, nesta quarta-feira, sacramentando a disputa que reuniu os vencedores da Taça Libertadores da América e da Copa Sul-americana de 2011.

O clube da Baixada Santista ficou a um troféu do São Paulo, o maior detentor de taças internacionais no Brasil. No continente, liderança absoluta do Boca Juniors, com 18.

Essa foi a 53ª conquista estrangeira dos clubes brasileiros. Até hoje, o voo mais alto de um nordestino foi o do CSA de Maceió, vice-campeão da Copa Conmebol, em 1999.

Os argentinos, sempre eles, estão na ponta, com nove taças a mais. Até quando?

Eis o ranking envolvendo os torneios da Conmebol e os intercontinentais, com 161 taças nas 18 competições oficiais organizadas desde 1948, extintas ou não (veja aqui).

Argentina – 62 títulos, com 12 clubes
18 – Boca Juniors, 16 – Independiente, 6 – Estudiantes de La Plata, 5 – River Plate e Vélez Sarfield, 3 – Racing Club, 2 – Argentinos Juniors, San Lorenzo e Arsenal, 1 – Lanús, Rosário Central e Talleres

Brasil – 53 títulos, com 11 clubes
11 – São Paulo, 10 – Santos, 7 – Cruzeiro e Internacional, 4 – Grêmio e Flamengo, 3 – Vasco, 2 – Corinthians, Palmeiras e Atlético Mineiro, 1 – Botafogo

Uruguai – 18 títulos, com 2 clubes
9 – Peñarol e Nacional

Paraguai  – 8 títulos, com 1 clube
8 – Olimpia

Colômbia – 8 títulos, com 4 clubes
5 – Nacional, 1 – Once Caldas, America de Cali e Millonarios

Equador – 4 títulos, com 1 clube
4 – LDU

Chile – 4 títulos, com 2 clubes
3 – Colo Colo, 1 – Universidad de Chile

Peru – 2 títulos, com 1 clube
2 – Cienciano

Bolívia – 1 título
1 – Mariscal

México – 1 título
1 – Pachuca

Recopa Sul-americana 2012: Santos 2x0 Universidad de Chile. Crédito: Ivan Storti / Divulgação Santos FC

Sul-americana, eterna candidata à sombra da Libertadores

Troféus da Taça Libertadores da América e da Copa Sul-americana

Há muito tempo a Conmebol tenta emplacar uma segunda competição de clubes, abaixo da consolidada Taça Libertadores da América.

Em 1988, a confederação criou a Supercopa, reunindo apenas os campeões da Libertadores. A ideia com clubes tradicionais vingou no início.

Depois, com a mesmice, o critério de vaga automática acabou esvaziando o torneio, com muitos campeões desnivelados. Foi extinto em 1997.

No ano seguinte veio a Copa Mercosul, com os grandes times da época, mas com um critério ainda mais discutível: convite. Durou apenas quatro temporadas.

Em 2002, nova tentativa, com a Copa Sul-americana, semelhante à Copa Conmebol, terceira força entre 1992 e 1999. Os melhores do país, exceto o campeão nacional.

Desinteressados, os clubes brasileiros sequer participaram da primeira edição. Este ano celebra a 11ª, o que torna a competição a segunda mais longa da história do continente envolvendo clubes de futebol. Ainda assim, não há muito o que comemorar.

Falta maturação à Sul-americana, que à procura disso vai sendo inchada ano a ano. Desta vez serão 47 participantes, sendo oito times do Brasil (veja aqui).

Os contratos de naming rights e televisionamento existem, assim como as verbas a cada fase, como na Libertadores, mas o interesse do público é bem menor.

Os estádios seguem vazios, com jogos de qualidade duvidosa e emoção só a partir das quartas de final. Como incentivo, o campeão disputa a Recopa, desde 2002, a Copa Suruga , desde 2007, e ainda garante vaga na própria Libertadores, desde 2010.

Esses prêmios gradativos são uma clara tentativa da Conmebol para fortalecer o torneio. O que falta? Um calendário melhor? Segue muito distante da principal taça.

A participação brasileira, com quatro chaves nacionais, começa mais uma vez começa sem empolgação alguma, com times mistos. Instigação pontual, só.

A tal “zona da Sul-americana” na Série A é um prêmio de consolação para os grandes clubes e a meta para os médios. Até aí, ok. No entanto, após a vaga, o interesse desaparece, inclusive nos times medianos. Incoerente, não?

Não por acaso, o histórico brasileiro é pífio. Em dez anos, apenas um título e três finais. Na Libertadores, neste período, cinco conquistas e nove decisões…

De fato, a própria CBF encampa o pouco comprometimento. Basta dizer que pretende mudar o critério de classificação para uma fórmula incompreensível, literalmente, misturando o desempenho na Série A e na Copa do Brasil.

A entidade encontrou resistência da Conmebol e da Fox, detentora dos direitos de transmissão. Resultado? O Brasileirão está com treze rodadas e começará a participação do país no torneio de 2012, mas não há definição sobre a classificação para 2013…

Não surpreende o fato de a Copa Sul-americana sequer fazer sombra à Libertadores.

Um segundo torneio continental é importante. É preciso torná-lo um objetivo real.

Supercopa América

Américas do Norte, Central e do Sul

Há quase vinte anos começou a aproximação política entre as confederações de futebol das Américas, com a Conmebol no Sul e a Concacaf na região Central e no Norte.

Tudo a partir de um convite do presidente da entidade sul-americana, Nicolás Leoz, aos dirigentes de México e Estados Unidos, que toparam na hora a ideia de jogar a encorpada Copa América de 1993, no Equador. O torneio passaria de dez a doze  países.

Desde então foram oito edições, sempre com convidados. Também já viajaram para cá Honduras e Costa Rica, além da inusitada presença do Japão em 1999.

Contudo, o termo “convite” está com os dias contados. Uma longa articulação projeta o que se imagina há muito tempo. Um torneio em larga escala com os três continentes.

Colabora para isso uma data especial. Em 2015 haverá a Copa América no Chile, já acordada. No ano seguinte, porém, será o centenário da competição, que em 1916 teve Buenos Aires como sede, apenas quatro países e seis jogos.

Argentina, Uruguai, Brasil e Chile entraram em campo nos acanhados estádios de Gimnasia y Esgrima e Racing, com título celeste. Já naquela temporada a tradicional taça, comprada em uma joalheria na capital argentina por dois mil francos suíços.

Para a provável edição especial, a Copa Centenário, seriam dezesseis seleções, sendo dez da Conmebol e seis da Concacaf. Para quebrar qualquer laço histórico, a inédita competição teria como sede… os Estados Unidos, e sua infraestrutura imbatível.

A ideia poderá ser estendida para torneios de clubes, que já contam com times mexicanos. Entrariam representantes de outros países na Libertadores.

As Américas do futebol caminham para se tornar um único continente, enfim.

Aliviado, Blatter reaparece na Argentina

Joseph Blatter na decisão do 3º lugar da Copa América de 2011, entre Venezuela e Peru. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – Presença ilustre na Copa América. Com uma agenda bem apertada, o suíço Joseph Blatter, presidente da Fifa, desembarcou em Ezeira para participar de todos os eventos finais da principal competição da Conmebol.

Ações ao lado do mandatário da entidade, o paraguaio Nicolás Leoz. O primeiro ato foi já na disputa pelo terceiro lugar, neste sábado.

Após conseguir contornar daquele jeito o escândalo de corrupção durante o processo eleitoral da Fifa, Blatter agora se mostra mais aliviado para visitar os filiados…

Aqui na Argentina ele esteve o tempo todo cercado por três seguranças. Trio de terno, óculos escuros e mão no ouvido o tempo todo para captar o som dos eletrônicos.

Sepp Blatter até acenou para a torcida no estádio Único após cumprimentar os jogadores no campo. Depois, se dirigiu ao camarote exclusivo da organização da Copa América. Evitou o batalhão de repórteres na beira do surrado gramado.

Blatter, de 75 anos, está à frente da Fifa desde 1998. Trabalha no 4º mandato.

Leoz, de 83 anos, comanda a Conmebol desde 1986. Já está no 6º mandato.

Parece coincidência… Talvez seja mesmo!

Joseph Blatter na decisão do 3º lugar da Copa América de 2011, entre Venezuela e Peru. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Naming rights que habla

Copa América 2011

Buenos Aires – Não importa se quase todos os jogos terminam empatadosou se os maiores favoritos mal conseguem balançar as redes… Ainda assim, a Copa América de 2011 vai distribuir prêmios para todos os lados.

Ao todo, o Comitê Organizador da Copa América 2011, José Luis Meizner, conseguiu arrecadar US$ 60 milhões em patrocínios.

Assim como ocorreu com a Fan Fest, a Conmebol acabou adotando outra ideia da Fifa em seu torneio continental. Através do naming rights, a Copa América conseguiu expor marcas em prêmios individuais na competição.

Abaixo, a lista completa com os troféus em disputa e a empresa relacionadas.

1) Melhor jogador da partida (prêmio distribuído nos 26 jogos) – LG
2) Melhor jogador da Copa América – LG
3) Melhor goleiro – Petrobrás
4) Revelação – Claro
5) Melhor fotografia – Canon

Sim, existe até a “melhor fotografia”! A Canon vem cedendo cinco fotos a cada partida. No fim, as 130 fotos postadas no site oficial da Copa América entrarão numa votação na web para a melhor imagem. Tecnicamente, os prêmios seguem sem favoritos…

Como não ignorar uma Copa

Copa América 2011, no Aeroparque. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Logo ao desembarcar no Aeroparque, um dos dois aeroportos internacionais da cidade, fica nítido o tamanho da divulgação da Copa América.

Não é para menos, pois apenas em ações de marketing e publicidade foram investidos 140 milhões de dólares. Os cartazes estão por toda parte. Enormes.

De fato, é algo que ajuda a entrar no “clima” da competição, como neste domingo.

Mas a estrutura para receber turistas não mudou muito. Na alfândega, apenas quatro guichês funcionavam para autorizar a entrada dos brasileiros, quase a totalidade do voo. Esse problema está cada dia mais evidente também no Brasil, diga-se.

Minutinhos a mais à parte, a Copa América passou mesmo a ser tratada como prioridade para a Albiceleste, que não ganha um torneio na categoria principal desde 1993.

Tirando a casa de câmbio, com atendentes robóticas, o primeiro contato com os hermanos foi no táxi até o hotel. A frustração da estreia não diminuiu o ânimo.

Talvez isso já seja um reflexo da campanha maciça na TV sobre a competição. Ganhar a Copa América para a Argentina virou questão de honra. Pelo jejum e pelo fato de jogar em casa, claro. Há quem diga que pensamento foca 2030, no centenário do Mundial…

Copa América 2011, quiosque oficial. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Seguindo em Buenos Aires, a exposição tenta dar conta do recado também no comércio.

Em um dos quiosques oficiais – acima, a lojinha em frente ao centro de imprensa na Recoleta -, o movimento era tímido. Segundo o vendedor, o domingo na capital vizinha esvazia qualquer lugar – fato confirmado na procura por um lugar para jantar.

O jantar, aliás, ocorreu na volta de La Plata, onde o Brasil jogaria. Até lá, o som da Radio Deportiva (AM 950), com o interminável debate sobre a qualidade de Messi – um ídolo sob eterna desconfiança.

Para esquentar a discussão, é claro que Maradona foi envolvido. “Messi é um fenômeno, mas Maradona é Deus”, disse um dos radialistas, com a aprovação irretocável.

Todas aquelas frases que sempre escutamos no Brasil sobre El Pibe, e que parecem brincadeira, são levadas bem a sério por aqui…

Menos mal que os cartazes oficiais estão tentando criar uma nova identidade na seleção local, sem Maradona. Para isso, acredita o povo local, só com a Copa… Onipresente.

Copa América, placa na autopista. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Real e Peso à parte, um gol = 1.000 Dólares

Copa América de 2011, mascote Tangolero. Crédito: AFA/divulgação

Gol solidário em Buenos Aires… Com um “preço”, é claro.

Patrocinador da Copa América – e também da Taça Libertadores da América, onde “faz parte” da denominação oficial -, o banco espanhol Santander vai doar US$ 1 mil para cada gol marcado durante as 26 partidas da disputa continental na Argentina.

O dinheiro vai entrar no Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

No site oficial do torneio há um “contador de gols” para as doações…

Em 2007, na última Copa América, foram 86 gols marcados, com uma boa média de 3,3 gols por jogo. Será que é possível pelo menos repetir a marca?

Curiosamente, coube ao mesmo banco escolher o nome do mascote da Copa América, o Tangolero. A definição ocorreu após uma pesquisa com 6 mil pessoas na América…

O nome é uma referência direta à tradição cultural da Argentina (tango) e ao futebol (goleiro). Se tem alguém que vai faturar com isso tudo é a Conmebol, e não o Unicef…