África do Sul, com ou sem visto

Patrocinadores oficiais da Copa do Mundo de 2010

A guerra da publicidade será fortíssima na Copa do Mundo de 2010. Uma competição milionária. Do início ao fim. E olhe que estou falando do ciclo de 4 anos mesmo…

São nada menos que 18 patrocinadores para a competição que vai parar o planeta em junho (veja AQUI). Começando pelos patrocinadores oficiais da Fifa: Adidas, Coca-Cola, Emirates, Hyundai, Sony e Visa. Cotas bem maiores, é claro.

Depois, as marcas oficiais do Mundial da África do Sul: Budweiser, Castrol, Continental, McDonald’s, MTN, Satyam, Yngli Solar. Esta última, por sinal,  é uma empresa de energia solar chinesa… A primeira marca da China a patrocinar uma Copa do Mundo. Até mesmo o comunismo chinês está na onda do futebol.

Além dessas empresas, outras marcas sul-africanas também estão no grupo, completando a “Série C”: Ultimate, FNB, NeoAfrica, Prasa e Telkon.

Agora, a segunda parte do post… 😎

Quem ficou de fora do bolo vai acabar dando um jeitinho… Começando pela maior disputa entre marcas de refrigerantes no mundo, Coca-Cola x Pepsi. A primeira investiu uma fortuna de R$ 6 bilhões (sim, bilhões), entre 2005 e 2009, para divulgar o pioneiro Mundial da África. Mais! A empresa já anunciou que vai injetar R$ 11 bilhões entre 2011 e 2014, para a Copa no Brasil. Abaixo, um vídeo da empresa para a edição deste ano.

Já a Pepsi tratou de se virar nas savanas para também chegar forte no público, mesmo sem dizer uma única palavra relacionada ao Mundial de fato. Para isso, montou um timaço num comercial espetacular. Estão no vídeo Lionel Messi, Kaká, Thierry Henry, Frank Lampard, Andrei Arshavin (meia russo que não vai à copa) e Didier Drogba. Admita… Era mesmo preciso dizer que se tratava da Copa? E nem tem o selo Fifa.

Cuidado, Messi… 😈

A saga

Goal, o filme

Início da década. Um mexicano atravessou a fronteira dos Estados Unidos para tentar a sorte em Los Angeles. Santiago Muñez, um imigrante ilegal. Vivendo como motorista e ajudando o pai num trabalho de jardinagem, o jovem não abria mão de sua paixão, o futebol. Jogava num time amador da cidade norte-americana. Até ter sido encontrado por um olheiro escocês.

A contragosto do pai (que não via futuro no futebol), Muñez, então com 20 anos, viaja para a Inglaterra. É levado para o Newcastle United, da Premier League. Sofrendo de asma e sem um condicionamento físico ideal, ele quase foi dispensado. A sua técnica, porém, o manteve no grupo. No time aspirante. Logo, foi chamado para o profissional. Começou a se destacar na equipe e em 2005 faz o gol da vitória por 3 x 2 sobre o Liverpool, que garantiu o Newcastle na Liga dos Campeões da Uefa.

O sucesso do jogador latino, que durante a temporada inglesa chegou a conhecer Raúl e Zidane, o levou para o Real Madrid. Ele vai juntamente com o companheiro de ataque, o badboy Gavin Harris, ídolo do Newcastle. Do subúrbio de Los Angeles, Muñez se torna um dos atletas mais bem pagos do planeta, jogando nos Galáticos. Na Espanha, o atacante conquista o maior título europeu de clubes. Vem o sucesso, as cobranças e a volta por cima. O apoio da família.

Vem a glória de poder defender o México na Copa do Mundo de 2006. Um desejo interrompido por um acidente de carro, que o tira dos gramados justamente durante Mundial. Mas as amizades construídas nos campos o levam para a Alemanha, para assistir a participação de dois amigos ingleses na copa.

No fim, uma transferência para o Tottenham, no fim de 2006. Lá, de volta à Premier League, ele assina um contrato de 2 anos. Desde então, 37 gols em 64 jogos.

Mas é tudo ficção. Uma história dividida na trilogia GOAL!, cujos filmes foram lançados em 2005 (O Sonho Impossível), 2007 (Vivendo o sonho) e 2009 (Conquistando o mundo). Abaixo, o trailer do primeiro filme.

O protagonista da trilogia é interpretado pelo ator mexicano Kuno Becker, 4 anos mais velho que o seu personagem. 😯

Uma cine-série que foi apontada como das melhores adaptações do futebol nas telonas e que contou com o apoio total da Fifa, que cedeu imagens oficiais. As cenas dos jogos, aliás, são tão bem feitas que chega a ser difícil imaginar que o jogo não aconteceu. Dezenas de atletas participam dos 3 filmes. Entre eles, muitos brasileiros, como Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Juninho Pernambucano.

Alistamento

Brasil 2 x 0 Irlanda

A Seleção Brasileira está pronta para o primeiro Mundial da África. Essa vitória sobre os irlandeses, em Londres, serviu apenas para encerrar o calendário “econômico” da CBF pré-copa. O grupo já está definido faz tempo. Fechado. Nas mãos do treinador.

Jogadores conscientes do esquema de Dunga.

Dentro e fora de campo. Uma base formada a partir de 2006.

Um Brasil renovado, parcialmente, em relação à última Copa do Mundo. Essa era a missão do treinador, como queria o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Nomes de peso ficaram de fora.

Ronaldo Fenômeno? Não se esforçou para ir. Só a mídia a seu favor não basta. O talento é visível, assim como a forma física longe do ideal.

Ronaldinho Gaúcho? Esse era uma peça-chave da Seleção de Dunga. Foram várias chances, mas o meia-atacante não correspondeu em campo. Foram 2 anos de marasmo nos gramados. Até que resolveu voltar a destruir, no Milan. Está jogando muito. Muito!

Mas já é tarde… Ainda mais para um técnico com requintes militares de profissionalismo.

O exército de Dunga já foi convocado. Só falta mesmo o alistamento oficial.

A Batalha do Hexa se aproxima. Sem dois gigantes da artilharia.

Fotos: CBF

Brazilian Team

Londres

Último amistoso da Seleção Brasileira antes da Copa do Mundo de 2010. Na vitória sobre a Irlanda por 2 x 0, nesta terça-feira, ficou a certeza (99%) de que Dunga não deverá ceder aos apelos para levar Ronaldinho Gaúcho para a África do Sul.

Jogo em Londres. De novo.

Se aqui no país existe a queixa pela perda da identidade da Seleção com a torcida brasileira, o mesmo não acontece na capital inglesa. É a nova casa do Brasil.

Desde 2006, já na Era Dunga, foram nada menos que 7 partidas em Londres (veja abaixo). Cinco delas no moderníssimo Emirates Stadium, do Arsenal. Dessas partidas, apenas uma foi contra Inglaterra! Fica claro o interesse do patrocinador da Canarinha de jogar sempre num poderoso centro econômico do football.

Basta uma folguinha no calendário e lá vai a Seleção para Londres… O carimbo no passaporte é quase sempre o mesmo. Futebol é negócio? Ok. Mas levando em consideração que a Seleção é um “patrimônio nacional”, essa ação de marketing no exterior é bem nociva ao perfil da torcida verde e amarela.

Também impressiona saber que no mesmo período a Seleção jogou só 9 vezes no Brasil.

03/09/2006 – Brasil 3 x 0 Argentina (Emirates)
05/09/2006 – Brasil 2 x 0 País de Gales (White Hart Lane)
06/02/2007 – Brasil 0 x 2 Portugal (Emirates)
01/06/2007 – Brasil 1 x 1 Inglaterra (Wembley)
26/03/2008 – Brasil 1 x 0 Suécia (Emirates)
10/02/2009 – Brasil 2 x 0 Itália (Emirates)
02/03/2010 – Brasil 2 x 0 Irlanda (Emirates)

Já que Londres é a nova capital da Seleção, saiba mais sobre cidade britânica AQUI.

Última chamada

Cidade da Copa

Coordenador do comitê de Pernambuco para a Copa do Mundo de 2014, Ricardo Leitão, que também exerce a função de secretário da Casa Civil do estado, garante: em 22 de março finalmente será confirmada a modelagem da Cidade da Copa.

Repito: 22 de março de 2010, data da licitação. Anotado.

Mais uma vez o coordenador ratificou a Arena Capibaribe, orçada em R$ 452 milhões.

“Pernambuco não ficará sem jogos em 2014 por falta de uma arena. Esse risco não existe. A frustração de não ter jogos seria tão grande quanto a alegria de vencer a disputa para virar subsede.”

Veja a entrevista completa do secretário para o Diario AQUI.

Lembrando que já foram divulgadas quatro datas anteriormente: 31/08, 16/09 e 26  de outubro de 2009 e 7 de fevereiro deste ano… Principais motivos para as mudanças: exigência da licença ambiental (Leed – Leadership in Energy and Environmental Design) e ação do Ministério Público Federal sobre uma cláusula restritiva.

Abaixo, as 2 opções sobre a modelagem do projeto pernambucano para 2014.

Opção A – Através de uma Parceria Público-Privada, como desejam os governistas. O estado cede o terreno em São Lourenço para um consórcio construir e operar o estádio. Em troca, o estado dará uma contrapartida aos investidores.

Opção B – Uma obra pública, caso a licitação, que terá apenas um dia de inscrição, for “deserta” (sem candidatos). Neste caso, o estado construiria o estádio e depois do Mundial realizaria uma nova licitação, para que uma empresa opere a arena.

A entrevista com o secretário repercurtiu o post “Pedra fundamental ou erro fundamental?”, publicado aqui no blog no domingo (veja AQUI).

Pedra fundamental ou erro fundamental?

Cidade da Copa1º de março de 2010.

Prazo máximo dado pela Fifa para que começassem as obras dos novos estádios para a Copa do Mundo de 2014.

Um deles ainda se enrola em centenas de papeis, articulações políticas e incerteza perante o público.

A Cidade da Copa.

Lançado com toda pompa em 15 de janeiro do ano passado, o megaprojeto orçado em R$ 1,59 bilhão deveria registrar a sua pedra fundamental na manhã desta segunda-feira.

Mas o terreno de 230 hectares em São Lourenço da Mata continua do mesmo jeito.

Uma viatura da Polícia Militar segue patrulhando a entrada e saída de pessoas da comunidade de Jardim Penedo de Baixo. Moradores sem informações sobre a data da desocupação. Nem o novo endereço, o que é ainda mais grave.

Continua tudo na mesma, como há um ano, quando a arena pernambucana para o Mundial foi apresentada pelo governo do estado.

O resultado da futura licitação, hoje, seria “deserto”, jargão para definir a ausência de candidatos.

Bastaria um.

O suporte do consórcio era uma parceria com dois dos três grandes clubes do Recife.

Proposta inicial: jogar sem custo algum em um estádio com “padrão Fifa” durante 30 anos e ainda dividir os lucros (ficando com a maior porte).

Dirigentes de Sport, Santa Cruz e Náutico bocejaram.

Rubro-negros bateram o pé e decidiram ficar isolados numa ilha. Do Retiro.

Alvirrubros ainda negociaram um acordo com os governistas, mas a Arena Recife, no Engenho Uchôa, acabou atraindo toda a atenção timbu.

O Náutico não só deixou o projeto pernambucano como passou a fazer lobby para o mais novo estádio de papel da cidade.

Enquanto isso, tricolores continuaram com a mesma posição, divagando sobre a construção de um “elefante branco” a 9 quilômetros do Marco Zero e a possibilidade de tocar o velho projeto da Arena Coral.

O governo avançou pelos flancos e mandou uma segunda proposta.

Além das benesses da primeira carta, o clube que aceitasse (neste momento, o governo já apelava para contar com pelo menos “um” time) ganharia um centro de treinamento novinho em folha, bancado pelo grupo de investidores da arena.

Nessa, o Santa Cruz balançou. Pediu 15 dias. Tempo suficiente para avaliar e negar.

Logo em seguida, a terceira oferta.

Tudo o que estava escrito nas duas primeiras propostas e mais R$ 10 milhões.

E aí? Nada.

O governo ficou de mãos atadas. Ficou não. Está.

O discurso oficial é de que Pernambuco vai construir o estádio independentemente da aceitação dos clubes locais. Uma medida de quem não quer perder (ou cogitar perder) o status de subsede de um Mundial, ainda mais num período de avanço econômico.

Nada de pedra fudamental nesta segunda-feira. Será mais um dia para pensar numa solução para o erro fundamental: como tocar o ousado e caro projeto sem a força motriz de uma torcida de massa?

A conferir.

Os mais odiados

Copa do Mundo de 1990: Alemanha 1 x 0 ArgentinaEu admito que gosto de rankings e listas históricas. Mas não é nada que se compare ao fanatismo dos ingleses. Na Terra da Rainha existe ranking de tudo. No futebol então…

O site inglês Goal.com elaborou uma lista com os 10 times mais odiados da história do futebol, considerando clubes e seleções. Nenhum representante brasileiro foi lembrado para o top-10.

A equipe mais odiada de todos os tempos…? A Argentina que disputou o Mundial de 1990. Mesmo vice-campeã, aquela seleção foi descrita da seguinte forma:

“É o time mais odiado da história da Copa do Mundo. Os homens de Carlos Bilardo (técnico), que defendiam o título conquistado há quatro anos, no México, incorporaram a definição moderna de antifutebol, exceto na genialidade individual do grande Diego Maradona, além de Claudio Caniggia”.

Abaixo, a lista completa. Veja no link do site Goal.com a explicação para cada equipe, como antijogo, trapaças, negociatas, excesso de sorte (???) etc. Com esse “regulamento”, bem que alguns times brasileiros poderiam estar na lista! 😎

1º) Argentina de 1990
2º) Bayern de Munique da década de 70
3º) Estudiantes de La Plata, entre 1967 e 1970
4º) Leeds United, entre os anos 60 e 70
5º) Grécia de 2004
6º) Juventus, sempre
7º) Manchester United, pós-1993
8º) Itália, sempre
9º) Arsenal, entre 1986 e 1995
10º) Real Madrid de Ramón Calderón (presidente entre 2006 e 2009)

Foto: site da Fifa

Despedida na estreia

Estádio Vivaldão, em Manaus/AMEm 2007, uma frustração daquelas. Eliminação na 1ª da Copa do Brasil, com duas derrotas. O adversário? Um tal de Ulbra Ji-Paraná, de Rondônia.

Em 2008, novo revés na abertura do mata-mata. Novamente diante de um clube inexpressivo. Foi o Fast/AM. Eliminação na Ilha do Retiro.

Em 2009, duas derrotas para o Americano, do Rio. Eliminação logo na 1ª fase. De novo! Com direito a um humilhante 2 x 4 no Arruda.

Chega, Santa Cruz!

Nesta quarta-feira, o Tricolor volta ao estádio Vivaldão (foto) após dois anos. Agora contra o América/AM. O atual campeão amazonense, com uma folha de R$ 50 mil.

Lá em Manaus, com o apoio da torcida tricolor (acredite, muitos pernambucanos moram por lá), o Santa Cruz tem a missão de passar de fase. Algo que é quase uma obrigação para os grandes clubes na Copa do Brasil se tornou um martírio para a Cobra-Coral.

Provavelmente, esta será a última partida de um clube pernambucano no tradicional estádio de Manaus. O Vivaldão será demolido no próximo mês. No seu lugar, a arena que será uma das 12 subsedes da Copa do Mundo de 2014 (veja AQUI).

Uma despedida logo de cara… Mas do estádio, e não da Copa do Brasil, ok?

Ele estava lá

Copa do Mundo de 1930: Uruguai 4 x 2 Argentina

La Plata, 5 de fevereiro de 1910.

Nesta cidade argentina, a 50 quilômetros da capital Buenos Aires, nascia neste dia Francisco Varallo. Um goleador nato, ainda “guri”. Com apenas 14 anos disputou a 1ª divisão da Argentina. 😯

Após defender o Gimnasia Y Esgrima, de sua cidade, partiu para a capital do país. Foi jogar num tal de Boca Juniors.

Lá, assinou o seu primeiro contrato profissional, por 7 mil pesos. Com a camisa xeneize, ele fez valer cada centavo investido pelo clube mais popular da Argentina.

Varallo foi campeão nacional em 1931 1934 e 1935. Em 222 partidas pelo Boca, marcou incríveis 194 gols! Marca que o transformou no maior artilheiro do clube. Só perdeu esse status em 2008, quando foi ultrapassado por Martín Palermo.

Ok… E daí!?

Francisco Varallo, ou simplesmente “Don Pancho”, é o único atleta vivo entre os 245 jogadores que participaram da Copa do Mundo de 1930, a primeira da história. Ao todo, 13 seleções disputaram o Mundial do Uruguai. Com apenas 20 anos, ele disputou a final contra os uruguaios, mas ficou o gosto amargo do vice.

Uma lesão no joelho esquerdo fez com que Varallo encerrasse a carreira com apenas 29 anos. Há 71 anos, ele vive com a lembrança de um final de Copa.

Abaixo, um vídeo raríssimo daquele Mundial. Imagens que Francisco Varallo viveu in loco, no gramado. Nesta sexta-feira, ele chega a um século de vida, podendo contar a todos, argentinos ou não: “Eu estava lá. Eu vi. Eu joguei!”

Mistério da esfinge

Egito

Egito.

No ranking da Fifa, a seleção aparece em 24º lugar. No continente africano, o país ocupa a 4ª posição. Uma das seleções mais tradicionais da África. Tem nada menos que 6 títulos da Copa Africana. É o maior campeão. Ganhou as duas últimas edições…

E está na final do torneio de 2010, cuja final será no domingo, contra Gana, em Luanda, em Angola. Egípcios em busca do inédito tricampeonato.

Ok. Mas e daí…? O Egito está fora da Copa do Mundo. Aliás… O Egito é um verdadeiro fracasso no Mundial. Só esteve lá 2 vezes. A primeira em 1934 e a última em 1990. Um hiato de 20 anos. E que não acabará neste ano, na África do Sul.

Em 18 de novembro, o país disputou um jogo-desempate das Eliminatórias contra a Argélia, em campo neutro (Sudão), e acabou perdendo por 1 x 0. Diante do mesmo adversário, na semifinal da atual Copa Africana, os egípcios golearam por 4 x 0… 😯

Uma potência em casa e um fiasco fora dela.

É curioso, porém, perceber que outros países africanos vêm se firmando com participações efetivas na Copa do Mundo. Gana, adversária na decisão africana, irá para o seu 2º Mundial seguido. Mesma situação viviva pela seleção da Costa do Marfim. Em 2010, Camarões estará pela 6ª vez numa Copa!

Como é possível uma disparidade tão grande? Experiência, técnica, tradição?

É complicado avaliar, mas é possível afirmar que o time egípcio é basicamente formado por atletas que jogam no país, sem intercâmbio algum. No exterior, apenas os meias Shawky (Middlesborough, da Inglaterra) e Abd Rabo (Al-Ahli, dos Emirados Árabes), o goleiro El-Hadary (Sion, da Suíça) e o atacante Mohamed Zidan, o mais bem sucedido, no Borussia Dortmund.

Os adversários do continente, porém, exportam dezenas de atletas para a Europa. Abaixo, três grandes exemplos.

Camarões: Eto’o, na Internazionale (Itália)
Costa do Marfim: Drogba, no Chelsea (Inglaterra)
Gana: Essien, no Chelsea (Inglaterra)

Mas essa “explicação” acaba não sendo suficiente porque o Egito mantém uma hegemonia na África contra esses mesmos jogadores. Estaca zero.

O problema, então, seria a “Copa do Mundo“?