A experência fez falta…

Thomas Müller, chuteira de ouro e revelação da Copa do Mundo de 2010

Thomas Müller, um meia-atacante alemão de apenas 20 anos.

Há menos de dois anos, o rápido jogador atuava no time B do Bayern de Munique. A sua estreia no time profissional foi em 15 de agosto de 2008. Pela seleção germânica, a primeira chance no time principal foi em 3 de março deste ano.

A conceituada revista esportiva de seu país, a Kicker, o  escolheu como a revelação da Bundesliga (o campeonato alemão) da temporada 2009/2010.

Agora, em 11 de julho, o resultado dessa ascensão meteórica.

Müller deixa a África do Sul com dois troféus oficiais do Mundial: a Chuteira de Ouro e o prêmio de revelação da Copa de 2010 (veja AQUI).

O camisa 13 da mannschfat foi um dos quatro artilheiros do Mundial, com cinco gols. Para receber a Chuteira de Ouro da Adidas, o critério de desempate foi o número de assitências. Thomas Müller teve três nos seis jogos que disputou. Bateu os três rivais.

E como não lembrar que os santistas Ganso e Neymar foram preteridos pelo técnico Dunga com a explicação de que não tinham experiência na Seleção Brasileira…

Invictos

Filme "Invictus"Invencibilidade.

Não é para qualquer um… Nem mesmo para a campeã mundial. A Espanha venceu seis jogos, ficou com a taça, mas perdeu na estreia. A vice Holanda vinha com 100% de aproveitamento, mas foi derrotada justamente na decisão…

Assim, das 32 seleções que disputaram a Copa da África do Sul, apenas um time deixa a competição sem uma derrota sequer.

E, acredite se quiser, essa honra é da Nova Zelândia. Caiu na primeira fase, é verdade, mas empatou os três jogos e ficou em 22º lugar.

Nova Zelândia 1 x 1 Eslováquia
Nova Zelândia 1 x 1 Itália
Nova Zelândia 0 x 0 Paraguai

Mas não dá para esquecer de um outro invicto, que não vestiu camisa alguma. E nem poderia… O polvo Paul termina a Copa com 8 palpites corretos. A chance disso acontecer era de 1 em 256, com 0,39% de chance.

Bola de Forlán

Diego Forlán, craque da Copa do Mundo de 2010

Atacante de 31 anos.

Jogou no sacrifício na Copa do Mundo de 2010. Como meia. Armando.

Mas não deixou de ser decisivo…

Até porque é craque. E também é filho de craque.

Vestindo a camisa 10, Diego Forlán suou em prol de uma tradicional camisa celeste. Em prol da garra charrúa, de dois títulos mundiais.

E jogou muito bem até o minuto do Mundial, acertando o travessão na disputa pela medalha de bronze. Foi o último ato do melhor.

Forlán marcou cinco gols. Foi artilheiro na África do Sul. Dividiu o topo com o holandês Sneijder, o espanhol David Villa e com o alemão Thomas Müller.

Mas não vai dividir a Bola de Ouro.

O prêmio de melhor jogador do Mundial é sul-americano. É uruguaio.

Um prêmio bem curioso… O Uruguai acabou a Copa em 4º lugar. Assim, Forlán se tornou o ganhador da Bola de Ouro com a pior colocação da história desde a criação do prêmio, em 1982. Antes, a marca pertencia a Schillaci, 3º lugar com a Azzurra em 1990.

Você concorda com a eleição da Fifa? Opine!

Foto: Fifa

A nova ordem do futebol

Final da Copa do Mundo de 2010: Espanha 1 x 0 Holanda

Acabou mais uma Copa do Mundo. A Copa de todos os povos na África.

Salve a nova seleção campeã mundial de futebol.

MundoA Espanha!

Campeã da Euro de 2008 e campeã do mundo em 2010.

O time de Xavi, Iniesta, David Villa, Casillas… Um grande time, com um futebol refinado, envolvente. Cadenciado em muitos momentos, de uma plasticidade impressionante, que abusa do (bom) toque de bola.

A nova dona da bola é aquela mesma Fúria que estreou na África do Sul com uma derrota surpreendente para a fraca Suíça. O time, um dos maiores favoritos ao título, se recuperou e engatou seis vitórias seguidas. No mata-mata, quatro triunfos por 1 x 0. Econômica e letal. O último deles no estádio Soccer City, neste domingo.

Foi a maior vitória da história do futebol espanhol. Muito acima das conquistas estelares de Real Madrid e Barcelona…

Para erguer a Taça Fifa, a Espanha precisou se superar nos últimos minutos da prorrogação em um duelo equilibradíssimo contra a Holanda. No primeiro tempo, muitas faltas. Foram cinco cartões amarelos. No segundo, gols perdidos. Cara a cara.

Na prorrogação, o novo herói: Iniesta. Vitória magra, por 1 x 0, mas muito além do suficiente. Até porque final não é mesmo para jogar bonito. É para ganhar! A Copa do Mundo é da Espanha. Com a melhor defesa da história, com apenas 2 gols sofridos, repetindo a campanha da Itália em 2006.

Mas é impossível não citar que a Fúria entra na história, também, com o pior ataque de um campeão… Foram apenas 8 gols em 7 jogos. Média de 1,14 por jogo. Pífia. Até este domingo, a pior média de gols pertencia ao Brasil, com 1,57 em 1994. Mesmo ali, fizemos 11 gols (veja AQUI).

Atualização da lista de campeões. Parabéns, Espanha!

1958, 1962, 1970, 1994 e 2002 – Brasil
1934, 1938, 1982 e 2006 – Itália
1954, 1974 e 1990 – Alemanha
1930 e 1950 – Uruguai
1978 e 1986 – Argentina
1966 – Inglaterra
1998 – França
2010 – Espanha

Foto: Fifa

1990, a escassez de gols

Poster oficial da Copa do Mundo de 1990A Copa da África está salva.

O recorde mais ingrato das Copas é mesmo do Mundial da Itália.

Realizada há 20 anos.

Uma competição repleta de empates insossos.

Apesar da primeira fase econômica, a Copa na África do Sul engrenou no mata-mata.

A dois jogos do fim, a competição “precisava” de mais três gols para superar a infeliz marca de 1990, como o blog já havia informado (veja AQUI).

Graças ao ótimo jogo entre alemães e uruguaios, neste sábado, acabou o temor. Com os cinco gols na disputa pelo 3º lugar, com a medalha de bronze para os germânicos, o Mundial chegou a 144 gols em 63 jogos, com uma média de 2,28.

Mesmo que a decisão no Soccer City acabe em um empate sem gols, a média já está garantida em pelo menos 2,25.

Em 1990 o índice foi 2,21. Ufa!

Paul, o invicto

Copa do Mundo de 2010: Uruguai x Alemanha

O polvo Paul, que vive em um aquário na cidade alemã de Oberhausen, havia acertado todos os seis resultados da mannsfhaft na Copa do Mundo de 2010. Até mesmo a surpreendente derrota para a Sérvia ainda na primeira fase…

Para este fim de semana, o polvo escolheu a Alemanha como a vencedora da disputa pelo 3º lugar. Era a senha para a derrota do Uruguai. Mas Paul teve que ter muita confiança no palpite, pois o jogo deste sábado em Port Elizabet foi muito acirrado.

Antes da partida que reuniu cinco títulos mundiais, os torcedores charrúas até provocaram: “Prato especial da noite: polvo grelhado à uruguaia”.

A revelação alemã, Thomas Müller, que foi um sério desfalque na semifinal contra a Espanha, abriu o placar. Cavani empatou logo depois. No início do segundo tempo, Forlán marcou mais um belo gol no Mundial e encostou na artilharia, com 5 gols. Era a virada celeste. Mas Jansen empatou logo depois, em uma falha do goleiro Muslera.

A dez minutos do fim, Sami Khedira virou novamente, 3 x2. Agora era a Alemanha em vantagem. Aos 47, Forlán acertou a trave. Não teve jeito. Paul, que tem dois anos e meio, segue invicto! Para o domingo, então, cresce a chance da Espanha conquistar o inédito título mundial. É o palpite de Paul.

Miroslav Klose? Pode ficar tranquilo, Ronaldo. O recorde de 15 gols em Mundiais é do Fenômeno. É brasileiro. Essa, nem o polvo… 

Alemanha na disputa pela medalha de bronze:

1934 – Alemanha 3 x 2 Áustria
1958 – Alemanha 3 x 6 França
1970 – Alemanha 1 x 0 Uruguai
2010 – Alemanha 3 x 2 Uruguai

Foto: Fifa

Reprise bronzeada

Medalha de bronzeUruguai e Alemanha decidem o 3º lugar da Copa do Mundo da África do Sul. Para os alemães, o jogo não vale muita coisa. Para a Celeste, seria a melhor colocação além dos títulos mundiais de 1930 e 1950.

O jogo será uma reprise em plena sessão de sábado.

Em 20 de junho de 1970, charrúas e germânicos entraram em campo no estádio Azteca, na Cidade do México, também na disputa pela medalha de bronze.

A vitória foi alemã, com um gol de Overath. Confira o compacto abaixo, de sete minutos.

Prévia das boas… Assim como em 1970, a decisão aconteceu no dia seguinte.

Fúria econômica e histórica

Copa do Mundo de 2010: Espanha 1 x 0 Alemanha

Em 1954, a Alemanha foi campeã do mundo com um ataque arrasador.

Foram 25 gols em apenas seis jogos, com uma média impessionante de 4,16. Foi a única vez na história que um campeão superou a marca de quatro gols por partida.

Média de gols dos campeões mundiaisCom o formato atual, com uma campanha de sete jogos, o campeão teria que fazer 29 gols para obter a mesma média. Sem dúvida, é uma missão bem complicada…

Ainda mais numa entressafra de gols como nesta Copa de 2010 (veja AQUI). O resultado poderá ficar mais evidente caso a Espanha conquistar o título inédito.

Com apenas sete gols marcados (sendo cinco de David Villa), a Fúria precisa balançar as redes holandesas pelo menos quatro vezes para não ter o pior ataque da história.

Chegando a 11, a Espanha pelo menos “dividiria” o posto com o Brasil, que fez apenas 11 tentos na campanha do tetra, em 1994, com uma média de 1,57.

A atual média espanhola é de 1,16! O futebol de toque de bola pode impressionar pela beleza… O time pode até finalizar bastante, tanto que lidera a lista na África do Sul, com 103 chutes… Mas falta “algo”, pois gol mesmo a Espanha não fez até aqui.

Com 12 gols, a Holanda pode ficar despreocupada. Se for campeã, mesmo nos pênaltis após 120 minutos de 0 x 0, a Laranja Mecânica não será a recordista negativa.

Curiosidade: a Alemanha pode ter o recorde de gols de um campeão do mundo, mas o recorde absoluto numa Copa do Mundo pertence à Hungria, que fez 27 gols em cinco jogos (5,4), também no Mundial de 1954. Mas o time de Puskas acabou com o vice…

Fotos: Fifa

Agradeça a ele

Aldyr Garcia Schlee, criador do uniforme verde e amarelho do BrasilSe você é apaixonado pela Seleção Brasileira, apesar dos baques nos dois últimos Mundiais, a “culpa” é exclusivamente deste senhor ao lado.

Ex-craque? Treinador? Não. Desenhista.

Aldyr Schlee, hoje aos 75 anos e morador de Pelotas, no interior gaúcho.

Em 1953, com apenas 19 anos, ele desenhava lances esportivos e fazia caricaturas para jornais pelotenses. Até que viu um concurso do jornal carioca Correio da Manhã e se inscreveu.

Era algo bem “simples”: a escolha do novo uniforme da Seleção Brasileira. A ideia era esquecer o padrão branco, após o vice-campeonato mundial em 1950, em um Maracanã repleto. Foi demais.

Pois não é que Aldyr Schlee, hoje um escritor, enviou um croquis com o modelo de uma certa camisa amarela com gola verde, além do calção azul e meias brancas?

O gaúcho foi o criador do uniforme Canarinho, o vencedor entre os 201 trabalhos inscritos. Hoje, a camisa é sinônimo absoluto de futebol.

Um história assim merecia mesmo virar filme. Virou um documentário, produzido neste ano em 16mm pela RBS, afiliada da TV Globo de Porto Alegre. Confira o trailer abaixo.

Obrigado, Schlee!

 Post com a colaboração da gremista Iasmine Eidewein