Chegou ao fim da saga de Dunga no comando técnido da Seleção Brasileira. Fim, também, da série cinematográfica “Dunga em um dia de Fúria”. Agora, o lançamento do 4º episódio. Confira abaixo. Veja um post sobre os três primeiros AQUI. Todos os curtas foram criados pelo mineiro Pablo Peixoto.
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24 horas depois…
O golpe no nosso Brasil foi duro.
Derroubou em um jogo a esperança de 192 milhões de torcedores (veja AQUI).
O pentacampeão do mundo estava fora da Copa do Mundo. Como a greia faz parte do futebol, os hermanos não tiveram pena.
O Olé, famoso e irônico jornal argentino, estampou logo a manchete “Brasil 2014”, em alusão ao Mundial que será organizado bem aqui dentro de quatro anos.
Na capa deste sábado, com um desolado Kaká, o Olé sugeriu aos torcedores brasileiros que comprassem uma televisão… Ok.
Agora, apenas 24 horas depois, o troco. Com a assinatura alemã, diga-se. E com um massacre constrangedor (veja AQUI).
Brasil e Argentina deixam a Copa do Mundo de 2010 nas quartas de final, a mesma fase em que foram eliminados há quatro anos. Já a Alemanha se classifica à semifinal como ocorreu na edição anterior. Fica a dica.
Uma Alemanha para mudar a história
O lance! O atacante Carlitos Tévez recebe no lado esquerdo da grande área e toca para Higuaín, que empurra para o gol vazio, aos 37 minutos do primeiro tempo. Festa dos hermanos, que lotaram o estádio Green Point neste sábado.
Mas a festa durou 1 segundo. Tempo suficiente para o árbitro anular o lance, corretamente. Antes mesmo do toque para Gonzalo Higuaín, Tévez já estava impedido. Por sinal, só a hinchada argentina na arena não estava impedida no lance.
Tirando isso… Atropelamento no clássico. Alemão!
Com 2 minutos, Thomas Müller marcou de cabeça e chegou ao seu quarto gol na Copa, se igualando na artilharia… Era o gol de número 200 da Alemanha em Mundiais.
Mas os germânicos chegaram a 203, pois no segundo tempo a armada de Maradona não conseguiu invadir o bunker e ainda viu uma série de contragolpes. Um futebol muito rápido e técnico. Uma atuação empolgante, que gera um leve saudosismo…
O segundo gol foi de Klose. O terceiro saiu com Friedrich. Argentina nocauteada.
O último gol saiu novamente com Miroslav Klose, agora com 14 gols em Copas, a um do recorde absoluto de Ronaldo. E o atacante alemão tem mais dois jogos para isso. Fora o fato de que, também na ponta da artilharia, o jogador de 32 anos pode se tornar o primeiro a ser “bi-artilheiro” da Copa.
Tudo isso no contexto da terceira goleada alemã nesta Copa. Desta vez por 4 x 0.
“Futebol é um esporte com 22 homens correndo atrás da bola e que no final a Alemanha vence”.
Frase antológica do inglês Gary Liniker, artilheiro da Copa do Mundo de 1986.
Foto: Fifa
Cisplatina quer o penta
O território do Uruguai tem apenas 62% da área do Rio Grande do Sul, que faz divisa com a ex-Cisplatina. A população do país vizinho, de 3,4 milhões de habitantes, é menor que a do Grande Recife, de 3,7 mi.
Um país curioso que está em um estágio bem avançado da Copa do Mundo de 2010.
Uruguai – O país poderia ter sido um estado brasileiro, devido ao capítulo dos nossos livros de história chamado de “Cisplatina” (veja AQUI). Obviamente, não é. É um dos países mais estabilizados politicamente do continente, o menos corrupto de toda a América Latina segundo estudos e com um padrão de vida elevado.
História – Campeão do mundo em 1930 e 1950. No primeiro, a honra de ter sido o primeiro anfitrião. No segundo, o ato como protagonista de uma das maiores vitórias do futebol em todos os tempos, o Maracanazo.
Tudo isso está gravado na era dos filmes em preto e branco. Mas passou e, infelizmente, o aguerrido país parou no tempo. Gerações inteiras sumiram dos gramados.
Loucura – Após tomar as ruas de Montevidéu pela vitória sobre Gana, o povo uruguaio já começa a sonhar com o pentacampeonato mundial. Repito: penta. A seleção é conhecida como Celeste Olímpica pelo sucesso antes mesmo da criação do Mundial, com as medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1924 e 1928 (vídeos abaixo).
Não por acaso, o escudo da Asociación Uruguya de Fútbol (AUF) tem quatro estrelas. Para eles, um tetra legítimo. Se o resto do mundo não pensa assim, azar o do mundo, costumam dizer os moradores da República Oriental do Uruguai.
El Pais – Confira a emocionate reportagem do principal periódico uruguaio sobre a heróica classificação celeste à semifinal do Mundial de 2010 AQUI.
Olimpíada de 1924, em Paris (estádio Colombes): Uruguai 3 x 0 Suíça:
Olimpíada de 1928, em Amsterdã (estádio Olympisch): Uruguai 2 x 1 Argentina:
Semifinal – Parte I
Um finalista do passado estará de volta ao ponto máximo da Copa do Mundo de 2010 no dia 11 de julho. Uruguai e Holanda, ambos com duas finais. Uruguaios bicampeões em 1930 e 1950 e holandeses vice-campeões em 1974 e 1978.
Uruguai x Holanda
Estádio Green Point
Cidade do Cabo, terça-feira (06/07), às 15h30
O primeiro confronto da semifinal do Mundial da África do Sul vai se repetir após 36 anos. Na Copa da Alemanha, em 1974, os dois times se enfrentaram na primeira fase da competição. A Holanda, que contava com a “Laranja Mecânica” de Johan Cruyff, venceu por 2 x 0, em Hanover (vídeo). O outro duelo na história das equipes foi em 1980, em Montevidéu, com vitória da Celeste também por 2 x 0.
“Acelera, motor”
Charge de Samuca, do Diario de Pernambuco, sobre a triste eliminação brasileira na Copa do Mundo de 2010 nesta sexta. Paciência…
Hexa, nos vemos em 2014
Lutamos todos…
Perdemos todos.
O árbitro japonês Yuichi Nishimura levanta as mãos e acaba a partida. Ato sincronizado com as nossas mãos, levadas instantaneamente à cabeça.
Depois de ficar uns cinco minutos diante da televisão sem falar uma palavra, com um olhar perdido, sem foco algum e sem acreditar num resultado tão adverso, dei uma volta dentro de casa. A mão ainda na cabeça e o pensamento inevitável…
“De novo, porra…”
Só mesmo o futebol é capaz de mudar o país de uma forma rápida. Tão crua e tão verdadeira. E, acima do futebol, a Copa do Mundo é centro disso tudo.
Foram 45 minutos que mudaram a nossa história. A Seleção Brasileira mandou no primeiro tempo. Abrimos o placar com a nossa arma mortal, o contragolpe. Tivemos outras chances. Controlamos a bola!
O intervalo parecia apenas uma pausa no script de uma classificação segura.
Era uma partida contundente, com cara de decisão para um time acostumado a vencer.
Mas a segunda metade do jogo revelou também a outra metade da laranja, sem bagaço algum. O time holandês nos engoliu em campo, virando para 2 x 1 e chegando a 24 jogos de invencibilidade. Falhamos na defesa, justamente o nosso melhor setor.
Perdemos a cabeça. Ficamos nervosos. Reações normais. Não é a hora de condenar, de pisar ou de fazer o que, infelizmente, sabemos tão bem, que é desconstruir qualquer time após a derrota. Após mais uma derrota, no mesmo degrau de quatro anos atrás.
Perdemos. Eu, você, Dunga, Mick Jagger e até o Felipe Melo…
A Copa da África não será nossa. Ela pertence a todos os povos.
Hexa, nos aguarde. Até 2014. Aqui.
Foto: Fifa
Descascando a história
Para muitos, o verdadeiro Mundial começa somente nas quartas de final, com a nata do futebol.
Uma fase marcada pelo equilíbrio, entre sucessos e fracassos. Como esquecer que há quatro anos o país parou para ver Roberto Carlos ajeitar a meia enquanto Zidane levantava a bola para Henry nos despachar?
Como não sonhar em ver o passo seguinte da Seleção desta vez? É a expectativa de ver o Brasil de novo no topo da Copa, formando a base vencedora para a geração que se prepara para receber a festa em 2014, até mesmo para evitar uma sobrecarga de pressão na próxima seleção. Fácil não será.
A história, reprisada inúmeras vezes nesse hiato de 48 horas da Copa do Mundo, mostra que brasileiros e holandeses sempre proporcionaram grandes jogos. A distância de títulos entre ambos separa a palavra “clássico” da leitura desta partida. Mas em nada muda o cenário que cerca o jogaço desta sexta, em Port Elizabeth.
A partir das 11h, o Brasil, bem vestido com o uniforme azul de seu primeiro título, em 1958, tentará repetir as alegrias de 1994 e 1998, quando a Seleção se desdobrou em campo contra a Holanda para seguir o sonho da nação.
Mas o lado de lá certamente está lembrando, com palavras repletas de consoantes coladas umas nas outras, o feito do timaço de Johan Cruyff em 1974, quando a Laranja Mecânica eliminou o então campeão do mundo. O desejo do adversário é um pouco mais simplório. Eles buscam um título inédito. Aqui, vale o hexa.
Leia a cobertura do Diario sobre a partida AQUI.
Vascão uh-lá-lá
Enquanto a bola rola solta lá na África do Sul, os times brasileiros vão curtindo um mês de ócio por causa do Mundial. Treino puxado e um ou outro amistoso.
E o ócio chegou às torcidas também… Tempo para se organizar, interagir etc.
A torcida uniformizada Força Jovem do Vasco foi além e lançou uma nova música para grudar na mente dos torcedores cruz-maltinos em São Januário e no Maracanã.
O grito de guerra é uma versão da música Bad Romance da cantora Lady Gaga (escute o original AQUI), em uma adaptação de Sandro Coutinho e MC Perninha.
Tenso demais.
Luz, câmera, Copa!
Aproveitando a leve pausa da Copa do Mundo de 2010, um post sobre o futuro, logo ali, em 2014. E com uma novidade interessante sobre a arena do estado.
Em março, o blog trouxe a informação de que a modelagem da arena pernambucana para o Mundial do Brasil poderia (poderá) sofrer algumas modificações em relação ao projeto que ilustra esta postagem (veja AQUI).
Mas uma outra mudança high-tech deverá reforçar o projeto que será desenvolvido pela Odebrecht, vencedora da licitação da parceria público-privada.
Luzes temáticas no estádio.
Uma espécie de “vida própria” a cada jogo… Para cada time.
Por mais que ninguém ainda tenha assinado com o consórcio (o Náutico foi o único clube a protocolar uma carta de intenções), essa ideia está em franco desenvolvimento, como apurou o blog.
É um projeto para transformar o estádio não só em uma arena moderna mas também em uma obra impactante, como é facilmente notado na África do Sul, com belíssimos palcos de futebol.
Ao lado, um exemplo desse jogo de luz no estádio, com a Allianz Arena, de Munique, local da abertura da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha.
Até 2014, a resposta sobre as cores da iluminação em Pernambuco…