A incompetência do Sport em Goiás coloca o time na briga contra o descenso

Série a 2015, 24ª rodada: Goiás 1x0 Sport. Foto: Goiás/site oficial

A incompetência do Sport em um Serra Dourada deserto deixou o time em uma situação preocupante em relação à permanência na Série A. Isso mesmo, o mesmo time que chegou a liderar durante cinco rodadas, agora acumula uma sequência de dez jogos sem vitória, descendo a ladeira na classificação (hoje em 11º). O revés diante do Goiás, por 1 x 0, deixou o Leão a seis pontos do Z4.

Em Goiânia, a performance foi de domínio territorial, mas com muitos erros nos passes e nas finalizações. Os rubro-negros tiveram quatro chances claríssimas para abrir o placar, duas delas (Maikon Leite e Elber) cara a cara, parando no goleiro Renan. Após o desperdício em série e com as trocas de seis por meia dúzia, o empate zerado parecia encaminhado. Se o resultado já não agradava – seria o 13º empate, sem tirar a equipe do canto -, imagine um contragolpe aos 35, a partir de um lateral quase na linha de fundo do adversário? Pois é. A bola foi retomada e enfiada para Carlos Eduardo, que acabara de entrar. Ferrugem não matou a jogada e Danilo Fernandes saiu de forma precipitada.

Derrota consumada, fazendo o jejum se aproximar do pior da história leonina no Brasileirão (12 partidas em 1999). E a zona de rebaixamento próxima deve trazer outro problema a curto prazo. A Copa Sul-Americana, preterida há um mês pelo técnico Eduardo Batista e pela diretoria, por causa da “busca pelo G4″, talvez seja preterida mais uma vez, “para escapar do rebaixamento”.

Série A 2015, 24ª rodada: Goiás 1x0 Sport. Foto: ANDRÉ COSTA/ESTADÃO CONTEÚDO

Sport empata pela 12ª vez, se firmando na zona intermediária do Brasileirão

Série A 2015, 23ª rodada: Sport 1x1 Santos. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A partida entre Sport e Santos encerrou a 23ª rodada do Brasileirão. Numa Ilha deserta, numa soma de feriadão e má fase do time, o Leão entrou em campo sabendo que um resultado positivo o elevaria na tabela, do 10º para o 8º lugar. Deixaria o time a três pontos do G4 e a dez do Z4. Por outro lado, outra derrota como mandante, o time pernambucano ficaria numa situação crítica, a seis da zona de classificação à Libertadores e a sete da zona de rebaixamento. Era uma decisão disfarçada, com a “coluna do meio” como opção.

Eduardo Batista teve o elenco completo à disposição, enquanto o Peixe veio ao Recife sem o ex-rubro-negro Lucas Lima, servindo à Seleção. Vivendo um bom momento no campeonato, o meia não fez falta, pois o visitante abriu logo o placar (aos 20), apesar do claro impedimento. Forçou o treinador do Sport a mexer logo. Colocou Régis entrou no lugar de Wendel, com Diego Souza sendo recuado, jogando quase como segundo volante (como nos primórdios de sua carreira). O mesmo Régis cobrado pela torcida e que “precisava se empenhar mais nos treinos”. O empate não demorou a sair, com André (aos 24), 1 x 1.

Houve até um maior domínio, mas a impaciência dos sete mil torcedores estava focada na entrada de Samuel no lugar de Maikon Leite. Por mais que o “CK” justifique a saída, a opção por Samuel inviabiliza a ofensividade. Foi assim em Curitiba na quarta, foi assim no Recife no domingo. Portanto, mais um empate, o 12º. Fica a impressão que uma ousadia maior, ainda que custasse algumas derrotas no caminho, poderia ter gerado mais resultados positivos. Sobre projeção lá em cima, acabou ficando a cinco do G4 e a oito do Z4.

Série A 2015, 23ª rodada: Sport 1x1 Santos. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Empate sem gols entre Coritiba e Sport, no jogo mais chato da rodada

Série A 2015, 22ª rodada: Coritiba 0x0 Sport. Foto: Site oficial do Coritiba (coritiba.com.br)

O Sport chegou a oito jogos sem vitória na Série A. Em Curitiba, um empate sem gols na partida mais chata da rodada. O time da casa, pressionado pela zona de rebaixamento, não produziu absolutamente nada, numa noite tranquila para o goleiro Danilo Fernandes. O time pernambucano, o único da competição que ainda não venceu na condição de visitante (após 11 jogos!), teve duas boas chances, ambas com André, livre, mas a bola sequer foi na meta.

No finzinho, já com o Brocador na posição do centroavante, ainda teve uma bola escorada no travessão, mas com a recuperação rápida do goleiro coxa-branca. Pronto, isso resume a ofensividade rubro-negra na noite, com 54% de posse, tecnicamente superior ao adversário, domínio territorial e boa troca de passes, mas numa corrente pragmática à frente, previsível. Outrora elogiado, o sistema de Eduardo Batista, 4-2-3-1, parece fatigado.

No começo do jogo, devido ao CK alto de Maikon Leite, Samuel ocupou a ponta direita. Uma atuação correta, sem sustos, mas ofensivamente nula (sem surpresa). Na esquerda, Marlone não vem exercendo a função. A sua cadência parece gritar por um reposicionamento em campo, mas faltou ousadia (ao técnico). São apenas observações sobre um time sem vitórias na Série A, se afastando de um objetivo que parecia crível – agora está a quatro pontos do G4. O 0 x 0 no Couto Pereira ao menos estancou a arrancada com derrotas no returno, mas matematicamente pouco ajudou o Sport.

Série A 2015, 22ª rodada: Coritiba 0x0 Sport. Foto: Site oficial do Coritiba (coritiba.com.br)

Nervoso e com mudanças controversas, Sport perde do Flamengo na Arena

Série A 2015, 21ª rodada: Sport 0x1 Flamengo. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Nas últimas quatro rodadas da Série A, o Sport perdeu três vezes. Com a instabilidade, vai se afastando de seu objetivo na competição, o G4 (o indicado a partir do que a montagem), e eleva a pressão sobre o trabalho atual, cujo mês de setembro só não começará pior porque a classificação na Sula ajudou um pouco o ambiente. Mas a partida seguinte seria contra outro adversário histórico do Leão, que se impôs numa Arena Pernambuco tomada por 34 mil pessoas. Mesmo seriamente desfalcado (Guerrero no ataque e Ederson no meio), o Flamengo foi melhor, sem entrar na pilha do time pernambucano, nervoso em campo, tendo como ponto alto a expulsão infantil de Samuel Xavier.

O vermelho para o lateral-direito foi o primeiro do Leão no Brasileirão, mas o segundo de Samuel em 12 dias (expulso pelo mesmo motivo contra o Bahia, em Salvador). Àquela altura, com 23 minutos, o Mengo já estava à frente, com o 1 x 0 anotado por Everton. Antes de buscar algo, o Sport precisava se recompor. Após alguns minutos cobrindo o setor, Marlone cedeu o lugar a um lateral de origem, Ferrugem (uma leitura correta, mas o substituto entrou mal). No intervalo, duas mudanças equivocadas de Eduardo Batista, na visão do blog.

Saíram Brocador e Diego Souza, entrando André e Elber. Ou seja, a equipe ficou sem um jogador de força (e talento) no meio-campo, só para manter os pontas. Aconteceu o óbvio, a falta de articulação, com André recuando para buscar a bola, sobrecarregado. Fora a overdose de ligações diretas. O visitante, empurrando por uma barulhenta torcida, pode não ter usado as alas (segundo o técnico leonino, na coletiva), mas fez o que quis no meio, ganhando a posse. Os pernambucanos só finalizaram uma vez na meta, sem perigo. Do outro lado, várias chances. Faltou Guerrero. Quer dizer, não faltou, pois a vitória saiu de todo jeito, acabando a invencibilidade de 30 jogos do Sport como mandante.

Série A 2015, 21ª rodada: Sport 0x1 Flamengo. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Com emoção até o fim, Sport goleia o Bahia e vai pela primeira vez à Argentina

Copa Sul-Americana 2015, 2ª fase: Sport 4x1 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

No futuro, o placar da partida talvez tire a tensão do jogo, da emoção nos minutos finais a cada bola disputada na Ilha do Retiro, com quase todo mundo em pé, tentando empurrar um time que não cansava de lutar. Aí, quem sabe, alguém lembre de ver algo básico, a ficha técnica. Lá, o clássico nordestino começará a ser desvendado, com o 1 x 1 até os 33 minutos do segundo tempo, em um mata-mata no qual o adversário havia vencido pelo score mínimo em Salvador, indo à loucura com o gol marcado no Recife.

E o gol de Maxi Biancucchi só não mandou todo mundo de vermelho e preto para a casa antes da madrugada porque os pernambucanos eram bem superiores. Para comprovar isso, lá na frente, basta acessar ao Youtube ou outra rede social a ser criada até lá e assistir aos melhores momentos. O Sport foi melhor de forma categórica, marcando mais, tocando mais a bola e, acima de tudo, finalizando muito mais, o jogo inteiro. O time da casa chutou nove vezes em direção ao gol, contra apenas um, letal, do visitante indigesto até então. O empate àquela altura, francamente, era um castigo, que boa parte da torcida entendeu. Tal condição pode ser comprovada por quem esteve no estádio.

Copa Sul-Americana 2015, 2ª fase: Sport 4x1 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Mas enfim veio a reviravolta da noite. O time de Eduardo Batista partiu pra cima, acuando o tricolor, vendo uma vantagem tão grande sumir. Pela ordem, Hernane Brocador (33), Elber (41) e Brocador (49) de novo, com vaga pra mais. Os gols marcaram uma vitória maiúscula, a primeira em muito tempo contra o Baêa, diminuindo o péssimo retrospecto. Um resultado que apaga o rendimento na Fonte Nova, que era mesmo para esquecer.

O importante torneio internacional – que hoje, no “presente”, não sabemos até onde o time irá, claro – desta vez recebeu em campo a disposição tão cobrada por quem faz o clube, a sua torcida. Classificado às oitavas de final da Copa Sul-Americana, o Sport carimbou o passaporte para ir à Buenos Aires pela primeira vez. Foi difícil, foi festejado, foi com o corazón. E o 4 x 1, no fim das contas, para a história, só deixa esse capítulo ainda melhor…

Copa Sul-Americana 2015, 2ª fase: Sport 4x1 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Sem vencer há um mês, o Sport perde do Figueirense e alimenta a crise

Série A 2015, 20ª rodada: Figueirense x Sport. Foto: THIAGO PEDRO/FUTURA PRESS

O Sport não vence há mais de um mês, desde o 2 x 0 sobre o São Paulo. De lá pra cá, a queda de rendimento é vertiginosa, com seis jogos que derrubaram o time na classificação. Daquela equipe compacta, firme no G4, sobrou pouca coisa. Hoje, estamos vendo um time desordenado, com a confiança cada vez menor. No Orlando Scarpelli, os pernambucanos abriram o placar como visitante pela 5ª vez nesta Série A. Em todas, deixaram a vitória escapar. Até esta noite, ao menos empatava. Mas o Figueirense foi bravo no segundo tempo. Partiu com três atacantes e virou para 2 x 1, em duas bolas paradas, cruzadas na área, justamente a maior defiência do já previsível time de Eduardo Batista.

No primeiro tempo, o incomum gol de Renê, de pé direito e de fora da área, até fazia justiça ao futebol apresentado pelo Leão, que teve 54% de posse e finalizou mais que o adversário (9 x 3). Como de praxe, não ampliou a vantagem, não “matou” o jogo. Na volta do intervalo, o time veio sonolento. Em duas bolas levantadas na área, Dudu e Bruno Alves balançaram as redes sem qualquer dificuldade, com a marcação distante, reclamando de qualquer outra coisa.

O curioso é que no gol de empate, Eduardo trocava Marlone por Elber, que vem muito mal (e não rendeu novamente). Após a virada, tirou Mancha e colocou o Brocador, recuando Diego Souza e dando mais espaço ao Figueira, que só não ampliou por causa de suas limitações técnicas. Lá na frente, com dois centroavantes, nenhuma assistência certa. E assim o Sport chegou à indigesta sequência de 1 vitória em 10 jogos no Brasileirão. Mesmo assim, a direção e o técnico enfatizaram o discurso de priorizar a competição em detrimento da Sul-Americana. Pra isso? Neste momento, o Sport está priorizando a crise.

Série A 2015, 20ª rodada: Figueirense x Sport. Foto: THIAGO PEDRO/FUTURA PRESS

Contra a Ponte, o Sport empata pela 10ª vez e termina o turno em sua pior posição

Série A 2015, 19ª rodada: Sport 1x1 Ponte Preta. Foto: Rafael Martins/DP/D.A Press

O Sport encerrou o 1º turno da Série A mantendo a regularidade: empatando. Foram 10 em 19 apresentações, fazendo com o que time ocupasse hoje a sua pior colocação até aqui, o 7º lugar. Mais uma vez, deixou a vitória escapar no finzinho. Tudo bem que contra a Ponte, no retorno à Ilha, o gol de Borges não saiu nos descontos (ocorreu aos 36 minutos), mas o tento parecia desenhado durante todo o segundo tempo. O contexto do 1 x 1 foi bem conhecido levando em conta essa campanha leonina, com o time de Eduardo Batista dominando o primeiro tempo, abrindo o placar e perdendo a chance de definir logo a peleja – aliás, só conseguiu fazer isso contra o Inter, com três gols em 45 minutos.

Diego Souza marcou após boa troca de passes e a intensidade continuou enquanto ainda havia sol. Aos poucos, veio a noite e a deficiência (técnica) na direita apareceu. Era um setor com os suplentes Ferruguem e Elber nas vagas de Samuel Xavier (suspenso) e Maikon Leite (ainda poupado). E na etapa final a Macaca usou bastante as laterais, aproveitando as bolas perdidas pelos leoninos em ataques pouco inspirados. O foco era sempre o experiente Borges. A defesa afastou várias bolas, mas em uma delas, após vacilo de Régis lá na frente, o contragolpe, nas costas de Ferrugem, terminou em gol do centroavante.

Àquela altura, André havia perdido um gol incrível (a Ponte também, sendo justo). Com o Brocador acionado na reta final, esperava-se ao menos uma bola para o artilheiro desempatar, mas nos descontos as duas chances foram para Neto Moura, que entrou perdido no jogo. Pelo empate (mais um), pela atuação (ruim), pela queda na tabela, a vaia na Ilha do Retiro foi digna.

Série A 2015, 19ª rodada: Sport 1x1 Ponte Preta. Foto: Rafael Martins/DP/D.A Press

A numeração oficial do Sport na Sul-Americana 2015, do 1 ao 30

Numeração oficial do Sport na Copa Sul-Americana 2015. Crédito: Conmebol

A Conmebol publicou em seu site a relação oficial de jogadores inscritos pelo Sport para a Copa Sul-americana de 2015. Cada clube pode inscrever até 30 atletas no torneio internacional. E o Leão larga com os 30 nomes inscritos, sem nenhuma grande surpresa na lista. Uma curiosidade no torneio internacional está na numeração, sem espaço para qualquer número marketeiro. Nada de Diego Souza 87 ou André 90, por exemplo.

O regulamento da Sula adota numeração fixa de 1 a 30. No caso, os dois rubro-negros citados vão vestir as camisas 30 e 28. Outros jogadores seguem com seus números clássicos, como Magrão (1) e Durval (4) e Brocador (9).

A numeração será exclusiva no torneio, a princípio em agosto, nos dias 19 em Salvador e 26 no Recife, contra o Bahia. Dá pra ir mais longe…?

Apesar da reação com o Brocador, Sport perde do Corinthians em jogo de 7 gols

Série A 2015, 18ª rodada: Corinthians 4x3 Sport. Foto: Corinthians/site oficial

Antes do início da 18ª rodada, o Corinthians tinha 21 gols marcados. Dois pontos atrás do líder Galo, com 32 gols. O poder ofensivo do time paulista sofria críticas apesar do sistema tático competitivo de Tite, com a melhor defesa até então (10 tentos). Em Itaquera, contra o Sport, tudo se inverteu. A zaga não ajudou, sendo vazada três vezes, algo raro. Ainda mais raro foi o desempenho lá na frente, com quatro gols, garantindo o 4 x 3 e a liderança provisória. Ao Rubro-negro, ficou a frustração, uma vez que o time teve uma reação impressionante.

Após o gol contra de Samuel Xavier aos 14 do segundo tempo – o terceiro dos leoninos na Série A, sendo o time que mais cometeu essa besteira -, a equipe se entregou. Com 3 x 1 para o Timão à aquela altura, ocorreram jogadas sem verticalização, muitas falhas de posicionamento e nenhum chute. Não parecia o Sport visto em boa parte do Brasileirão. Até que Eduardo Batista foi para o tudo ou nada, colocando Hernane Brocador e Régis nas vagas de André (que já deixara o dele) e Elber (pouco instigado). No primeiro toque na bola o Broca diminuiu, num belo gol por cobertura. No segunda finalização, aos 31, empatou, escorando um cruzamento rasteiro. Mostrou o esperado faro de gol.

Com a igualdade no placar somada à derrota do Flu em Porto Alegre, o Leão dormiria no G4. Uma reação pontual, que acordou o time. Até que, aos 39 minutos, o árbitro paulista Luis Flávio de Oliveira marcou pênalti de Rithely, que cortou um cruzamento com o braço direito, totalmente aberto. Por mais que não tenha sido intencional, não há como negar que o volante se expôs no lance, duvidoso. Jadson cobrou bem e definiu a vitória alvinegra. Ao Leão, que perdeu apenas a 2ª partida em 18 apresentações, resta retomar o equilíbrio entre ataque e defesa contra a Ponte Preta, na Ilha, encerrando o turno.

Série A 2015, 18ª rodada: Corinthians 4x3 Sport. Foto: RODRIGO GAZZANEL/FUTURA PRESS

Sport sofre gol aos 52 do segundo tempo e fica no empate na Arena da Baixada

Série A 2015, 17ª rodada: Atlético-PR 1x1 Sport. Foto: Gustavo Oliveira/Atlético-PR (site oficial)

A história de Atlético-PR x Sport começa pelo último lance. Aos 52 minutos e 10 segundos do segundo tempo, após a cobrança de escanteio pelo lado direito, o zagueiro chileno Vilches ganhou a disputa para o até então invencível Matheuz Ferraz e acertou o cantinho de Danilo Fernandes, cuja cota de milagres estava em dia mais uma vez, com duas defesaças em Curitiba. Mas não deu nessa derradeira tentativa, que empatou o jogo em 1 x 1, evitando a primeira vitória do Leão como visitante neste Brasileirão, que mesmo assim tem apenas um revés em 17 jogos. Os rubro-negros (pernambucanos) se queixaram do acréscimo dado pelo árbitro Anderson Daronco, do quadro gaúcho. Só por isso?

Foram sete minutos além dos 45. Antes dos erros do Sport (chegaremos lá), vale esmiuçar o tempo extra. A parada técnica para hidratação durou 1min35s e foram efetuadas quatro substituições (as outras duas ocorreram no intervalo), além do atendimento ao goleiro Danilo Fernandes, após uma bolada no estômago. Sete minutos parece um exagero. Pior. O gol ainda saiu depois disso, e em tese o juiz só precisa esperar em caso de pênalti. Gol nos descontos à parte, até porque o Sport também marcou na mesma circunstância contra Goiás, Santos, Avaí e Palmeiras, o maior problema foi a mudança de postura.

O primeiro tempo foi exemplar, com as linhas bem postadas e domínio das ações, mesmo em vantagem – num jogo bom, com 70% de bola rolando. Na virada de campo, o Furacão abriu as pontas e acelerou a transição, dando trabalho demais, mesmo com Walter apagado. Com o Leão se limitando a tirar a bola da área, Eduardo Batista mexeu três vezes, acionando os reservas imediatos de cada posição. Mesmo pressionado, o time da Ilha fazia a sua parte e teve a chance pra matar, com Diego Souza, pouco antes de sofrer o empate. Cara a cara, o camisa 87 desta vez não decidiu. Acontece, empate amargo.

Série A 2015, 17ª rodada: Atlético-PR 1x1 Sport. Foto: Gustavo Oliveira/Atlético-PR (site oficial)