“Sport” em Abu Dhabi

Mundial de Clubes-2009: Pohang Steelers x MazembeO sonho do Sport era disputar o Mundial de Clubes da Fifa, em Abu Dhabi.

O título da Libertadores de 2009 realmente chegou a ser um sonho para a torcida da Ilha do Retiro.

Apesar da brilhante campanha na primeira fase, o time caiu nos pênaltis, nas oitavas de final, diante do Palmeiras. Diante do goleiro Marcos.

Agora, o Mundial está sendo realizado pela primeira vez nos Emirados Árabes Unidos.

E nesta sexta-feira os torcedores do Leão descobriram um clube para torcer na competição.

O Pohang Steelers, da Coreia do Sul. O atual campeão da Copa dos Campeões da Ásia. Rubro-negro como o Sport. Os números dourados deixaram o uniforme ainda mais parecido com a camisa do Leão. A única diferença é a meia, na cor vermelha. E os olhos puxados, naturalmente…

E o time asiático começou bem. Venceu o Mazembe, do Congo, por 2 x 1, e se garantiu na semifinal. Na próxima terça, o Pohang enfrentará o Estudiantes de La Plata, campeão da Libertadores. Vale lembrar que até hoje a final da competição sempre foi disputada por um clube sul-americano e um europeu.

Cazá-cazá em coreano…? Essa eu quero ver.

Foto: Fifa/Getty Images

O sexto grande

Os 5 grandes clubes da ArgentinaNo Brasil, a expressão “os 12 grandes” se tornou popular numa referência aos maiores times do país.

São eles: São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos; Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo; Grêmio e Internacional; Cruzeiro e Atlético-MG.

A diferença entre alguns é gritante. Apesar do bom momento nesta Série A, o Atlético tem apenas 1 título brasileiro, e conquistado logo na primeira edição, em 1971. O São Paulo, por sua vez, tem 6, sendo o atual tricampeão, fora as 3 Libertadores e os 3 Mundiais.

Mas não importa a disparidade atual… Segundo a mídia e grande parte da torcida, esse grupo é “fechado”. Algo construído durante décadas, de fato.

Mas isso não é uma exclusividade brasileira. O mesmo ocorre na Argentina.

Lembram do Estudiantes? Aquele mesmo que venceu a Libertadores, na última semana… Ganhou a sua 4ª Libertadores, por sinal. Tetra! Fora o Mundial de 1968 e os 4 títulos nacionais na era profissional (sendo o último em 2006).

Pois é. No país vizinho, o Pincha ainda briga pelo reconhecimento como um ‘grande’. Basta ler a entrevista do presidente do clube, Rubén Filipas, ao Olé (veja AQUI).

“O Estudiantes está à altura dos grandes.” 😯

Lá, historicamente, apenas 5 times tem o status de “clube grande”: Boca Juniors, River Plate, Independiente, San Lorenzo e Racing. Os 5 maiores campeões argentinos. Ok.

Mas destes times, o Racing tem apenas um título nacional desde 1967, enquanto o San Lorenzo jamais foi campeão da Libertadores (*).

Na Argentina, a explicação para isso volta bastante no tempo. Volta até 1934, quando foi fundada a AFA (a “CBF” dos hermanos), e os clubes mais populares (os 5 listados acima) pressionaram a entidade em busca de mais poder.

O sistema de votação foi dividido em 3 categorias, e na principal os requisitos eram os seguintes: clubes com mais de 15 mil sócios, 20 anos de participação ininterrupta nos torneios oficiais (considerando a era amadora) e mínimo de dois títulos da 1ª divisão.

Coincidentemente, apenas Boca, River, Racing, Independiente e San Lorenzo preencheram o “formulário”. Mesmo com a boa fase de outras equipes, jamais mudou.

No entanto, sempre houve a discussão sobre o “sexto grande”. Uma penca de times disputa o posto, como Vélez Sarsfield (atual campeão nacional), Huracán (vice), Estudiantes, Rosário Central e Newell’s Old Boys (os dois maiores times do interior)…

Tudo, porém, é discutido segundo tabelas de títulos (nacionais e internacionais), médias de público, estrutura etc… Veja todas as tabelas (e mais história) AQUI.

Você acha que algum clube pode ‘furar’ a casta dos ‘grandes’? O que é necessário para esse reconhecimento…? Opine!

* Devido ao fato de não ser campeão continental, os hinchas rivais brincam com as iniciais do San Lorenzo (C.A.S.L.A.). De Club Atletico San Lorenzo de Almagro para Club Atletico Sin (sem) Libertadores de America. 😎

Libertadores update – Menos hinchas

A Conmebol divulgou a média de público da Libertadores de 2009. A edição conquistada com méritos pelo Estudiantes ficou 15,9% abaixo da competição do ano passado. Os 2,4 milhões de ingressos vendidos proporcionaram uma média de 18.031 torcedores nos estádios das Américas (confira abaixo os dados das últimas três Libertadores).

Ao contrário do total de 138 jogos, neste ano foram apenas 134, pois os times mexicanos não participaram das oitavas de final, devido à polêmica da gripe suína (veja todos os públicos de 2009 AQUI).

MineirãoAno – Total (média)
2007
– 2.198.919 (15.934)
2008 – 2.959.178 (21.443)
2009 – 2.416.216 (18.031)

O Cruzeiro teve a maior média entre os 38 participantes, com 41.269 torcedores por jogo no Mineirão. Marca fantástica, de fato. E o maior público foi a decisão, em BH, com 64.800. A festa, porém…

O Sport colaborou com 88.637 ingressos em 4 jogos (média de 22.159). É claro que poderia ter sido bem mais, caso a diretoria rubro-negra não tivesse aplicado o ‘fumo’ no valor do bilhetes. Com a capacidade de 32,5 mil, a Ilha poderia ter recebido nos mesmos quatro jogos um público de 130 mil leoninos. Fica pra próxima…

Curiosidade: Apesar da regra da competição ser clara em relação à capacidade de público para a final (mínimo de 40 mil torcedores), o jogo de ida, em La Plata, teve apenas 36.789 hinchas do Estudiantes. 😯

De pai para filho

Libertadores-2009: Cruzeiro 1 x 2 Estudiantes

Juan Ramón Verón fez história vestindo a camisa do Estudiantes.

O ponta-esquerda foi revelado no Pincha no início dos anos 60. Em 1968, começou a sua saga no gigante de La Plata, quando ganhou a sua 1ª Libertadores e marcou o gol do título mundial, diante do Manchester United, do craque maluco George Best.

Nos anos seguintes, já com o apelido La Bruja (a bruxa), ganhou mais duas Libertadores, transformando o Estudiantes no primeiro tricampeão da competição.

Em 1975 nasceu o filho de Juan Ramón. Batizado de Juan Sebastián. O novo Verón.

À sombra do pai, Verón cresceu no velho estádio Jorge Luis Hirschi. Além de ser um hincha (torcedor) fanático do clube, ele também passou pelas categorias de base do Pincha. Exibia certa categoria e liderança, mas a comparação com o seu pai, uma lenda viva (hoje com 65 anos), era um peso enorme.

Um peso do tamanho do futebol daquele meia que receberia anos depois o apelido de La Brujita (a bruxinha). Aos 19 anos, vestiu a camisa do clube pela 1ª vez, já como grande promessa. Diante de grande expectativa. Mas acabou migrando para Buenos Aires, onde passou uma temporada no Boca. Depois foi uma década na Europa (Itália e Inglaterra). Nesse meio tempo, inúmeras partidas pela seleção argentina.

Com 31 anos, quis voltar para casa. Sabia que ainda devia algo ao clube que o formou, que idolatra o seu pai. O clube que é a sua paixão. Mesmo com mercado, Verón topou uma proposta menor do Estudiantes. Jogou pela camisa. Uma camisa de tradição. Silenciada por décadas, é verdade…

Chute, passe, marcação, liderança, raça… Verón conseguiu se livrar da imagem do velho Juan Ramón. E também conseguiu deixar o seu nome escrito na história pincharrata. Primeiro, com o título nacional de 2006, quando o Estudiantes ganhou o Apertura após um jogo-desempate duríssimo contra o Boca. Só isso já seria algo histórico, pois eram 23 anos sem nenhum troféu argentino.

Mas La Brujita foi além. O careca, que é o dono da camisa 11, ensaiou a glória na América no ano passado, quando o título da Copa Sul-Americana bateu na trave, escapando apenas na prorrogação, no Beira-Rio, diante do Inter de Nilmar.

Quase 3 mil hinchas estiveram naquela noite em Porto Alegre. Eles festejaram a garra da equipe. Simbolizada no seu capitão, que ainda jogou a camisa para os fiéis após a partida. Veio 2009. Verón continuava em La Plata, já aos 34 anos, e num clube que se modernizava ano a ano. Não jogava mais naquela cancha acanhada, e inaugurada em 1907, mas sim no mais moderno estádio do país, o Ciudad de La Plata.

Com a nova temporada, veio o desejo final: “É o título da minha vida”.

A frase acima foi a que Verón cansou de repetir na Argentina sobre a disputa da Taça Libertadores. Uma edição emblemática. Nada menos que a 50ª. Três delas expostas no museu do clube, graças ao seu pai. Ele queria o mesmo.

Com uma campanha sólida (não levou um gol sequer jogando em casa e ainda teve o artilheiro da competição – Boselli, com 8 gols), o Estudiantes foi caminhando a passos largos até a final. E enchendo de esperança aquele antigo hincha, cujo primeiro sonho era apenas virar jogador de futebol.

Chegou a decisão. Contra o Cruzeiro, um time com 100% de aproveitamento em casa. Nos primeiros 90 minutos, em La Plata, 0 x 0. Um empate que tornou a façanha ainda mais surreal. Mas o sangue de Verón naquele jogo (o volante/apoiador levou uma cotovelada) não seria por nada…

Semana seguinte, capítulo final em Belo Horizonte. O jornal argentino Olé estampa na sua capa de quarta-feira, com uma foto de Verón treinando no gramado do Mineirão: Campo grande. Coração enorme”. Perfeito!

Jogo tenso, brigado. Placar em branco na primeira etapa. Acompanhado de perto por 62 mil cruzeirenses e 4 mil pincharratas, que atravessaram uma distância de 2.170 km para ver de perto uma glória alcançada há 39 anos. Hinchas que cresceram ouvindo histórias fantásticas dos pais. Viram ao vivo. Vão poder contar para as próximas gerações.

Viram Henrique acertar uma bomba no 2º tempo, balançando as redes e, também, as arquibancadas do Mineirão com o gol celeste. Com uma tranquilidade que parece natural para os times argentinos na Libertadores, o Estudiantes conseguiu a virada… Primeiro com Fernández e depois com Boselli, numa cabeçada aos 27 minutos.

Fim de jogo. O Estudiantes é tetracampeão da Libertadores. Foram 620 partidas desde a estreia de Juan Sebastián Verón como profissional, em 24 de abril de 1994. Tempo suficiente para alimentar um desejo de criança. Agora realizado.

1968, 1969, 1970 e 2009.

Gigante.

Novo capítulo continental

Santos, campeão da Libertadores de 1963O Cruzeiro poderá devolver a Taça Libertadores ao Brasil nesta quarta. Diante dos argentinos do Estudiantes, o time celeste poderá fazer com que o país consiga a sua 14ª Libertadores.

O título não fica aqui desde 2006. E o termo “ficar” é bem apropriado, pois desde 2005 todas os jogos finais vêm sendo realizados em estádios brasileiros.

Nos últimos dois anos, porém, os visitantes a levaram para casa. Curiosamente, nas duas primeiras decisões, isso não teria sido relevante, pois foram finais 100% nacionais.

Grêmio, campeão da Libertadores de 1983Flamengo, campeão da Libertadores de 1981Apesar da tradição recente, a saga de títulos brasileiros começou em 1962, com o Santos do Rei Pelé.

Na verdade, o Peixe foi bicampeão, pois além de bater o Peñarol, o time da Baixada venceu o Boca Juniors na final de 1963, na Bombonera.

Depois foi a vez do Cruzeiro, de Piazza e Palhinha. Com 13 gols deste último, o time celeste conquistou o seu 1º título, numa final duríssima contra o River Plate, em 1976. Decidida apenas na “negra”, que aconteceu em Santiago, no Chile.

O Brasil só voltaria a comemorar um título continental de clubes em 1981, com o Flamengo. O Rubro-negro carioca viveu a sua melhor fase no início daquela década. Foram 3 títulos brasileiros, a Libertadores e o Mundial. Com participação marcante do atacante Nunes, revelado pelo Santa Cruz.

São Paulo, campeão da Libertadores de 1992Dois anos depois, o Grêmio seria campeão da América. Com direito ao capitão uruguaio Hugo de León levantando a taça após a decisão de 1983, contra o Peñarol. Alegria ainda maior para o zagueiro, que era torcedor pelo Nacional, clube onde despontou em Montevidéu.

A conversa por aqui no Brasil sempre foi a mesma: A de que os clubes locais não davam tanta importância à Libertadores. A verdade é que os mata-matas contra argentinos e uruguaios eram verdadeiras guerras, sem policiamento suficiente para conter os torcedores rivais, conivência dos árbitros para a pancadaria em campo e até suspeita de doping! 😎

Cruzeiro, campeão da Libertadores de 1997Enfim… Verdade ou não, foram 9 anos de fila. Até a defesa de Zetti numa disputa de pênaltis contra o Newell’s Old Boys, em 1992. Diante de 100 mil pessoas no Morumbi (isso mesmo), o São Paula sagrava-se campeão pela 1ª vez.

No ano seguinte, Raí comandou a festa tricolor que dominou o início da década passada. Após um chocolate por 5 x 1 no jogo de ida, em Sampa, o São Paulo só fez administrar a vantagem em Santiago, contra a Universidad Católica, e comemorou a glória de 1993.

Em 1995, Grêmio bicampeão. Quem ergueu o troféu? O agora treinador cruzeirense Adilson Batista… Que na época ficou conhecido como “Capitão América”! Dois anos depois, o mesmo Mineirão desta quarta recebeu o jogo final. Cruzeiro x Sporting Cristal.

Assim como em 2009, o time mineiro empatou sem gols no primeiro jogo. No segundo, um magro 1 x 0, gol de Elivélton, de fora da área. Cruzeiro bi em 1997… Depois, foiVasco, campeão da Libertadores de 1998 a vez do Vasco, que venceu em 1998. Para desespero rival rubro-negro, o time cruz-maltino ainda comemorava o seu centenário. Em grande estilo.

Completando a única sequência de três títulos do país, o Palmeiras, de Felipão, conseguiu o seu maior desejo. Um título chorado, nos pênaltis, e com o prazer de ter eliminado o Corinthians durante a campanha de 1999.

Pausa pra respirar… E chegamos a 2005. Primeira final com 2 times do mesmo país na história da competição. O surpreendente Atlético-PR, porém, foi aniquiliado pelo São Paulo com um 4 x 0 na decisão.

Palmeiras, campeão da Libertadores de 1999Os torcedores do Furacão criticaram bastante a atuação do zagueiro Durval, que depois seria liberado para o Sport (algum leonino achou ruim?).

No ano seguinte, nova final 100% nacional – feito que levou a Conmebol a modificar o regulamento, para tornar mais difícil a soberarina brasileira.

Em 2006 não deu para o Tricolor Paulista, que viu o timaço do Internacional (Fernandão, Rafael Sóbis, Tinga…) acabar com todas as piadas que existiam em Porto Alegre. “Inter-regional”, nunca mais. O nome do clube finalmente fez sentido.

Internacional, campeão da Libertadores de 2006Agora… É a vez do Cruzeiro de virar mais um capítulo nesta história. E pela 3ª vez. 😎

Nada de “já ganhou”, mas o Cruzeiro é favorito sim. Mas cuidado com o Pincha!

Sem gripe

Libertadores-2009: Estudiantes 0 x 0 Cruzeiro

O inferno estava armado no estádio Ciudad de La Plata.

Quer dizer… Quase armado, pois a cancha, apesar de ser a mais moderna da Argentina, ainda está inacabada, já que falta a cobertura das arquibancadas – que deverá ficar pronta até 2011, quando o estádio receberá a final da próxima Copa América.

De qualquer forma, o Cruzeiro já havia enfrentado o Estudiantes neste palco, nesta mesma Libertadores. Com goleada argentina por 4 x 0… 😯

Na noite fria desta quarta, os dois times voltaram a se enfrentar na Argentina, e agora com a polêmica da gripe suína, da influenza A e da gripe H1N1 (entenda o trio AQUI).

Libertadores-2009: Estudiantes 0 x 0 CruzeiroE valendo o título continental.

O tricampeonato para os mineiros ou o tetra para o Pincha. Tradição pura!

Após 12 minutos de fumaça no gramado, com a belíssima festa da torcida do Estudiantes, finalmente começou a decisão da 50ª Libertadores.

E começou com o time de Verón pressionando, como era de se esperar. E catimbando ainda mais. Que o diga o zagueiro Rolando Schiavi, que bateu o quanto pôde.

Mas o Cruzeiro contava com o goleiro Fábio para evitar o pior. E o camisa 1 teve uma atuação brilhante. Fez belas defesas. Plásticas e difíceis. Não deixou passar um espirro.

Depois de sofrer um bocado com a pressão dos 36 mil hinchas no estádio, o Cruzeiro começou a se soltar no segundo tempo, criando ótimas oportunidades.

Primeiro aos 28 minutos, numa cabeçada do zagueiro Leonardo Silva.

Depois, aos 35, numa chance incrível, que foi desperdiçada pelo atacante Kléber, que conseguiu chutar pra fora diante de um gol vazio. Sem apelação, 0 x 0. 😎

Que esse “gol” de Kléber não faça falta na próxima quarta, no Mineirão. Serão 70 mil torcedores do time estrelado. Sem gripe.

Fotos: site oficial do Olé

Sorria, você está sendo manipulado

A 9ª rodada do Brasileirão teve apenas 9 jogos no fim de semana.

Faltou um, Corinthians x Fluminense. Ambos no meio da tabela, com o Timão em 10º e o Flu em 15º. Uma partida normal, cujo maior atrativo é a volta corintiana após o título da Copa do Brasil, conquistado na última semana, em Porto Alegre.

TelevisãoA partida será disputada nesta quarta-feira, às 21h50. Quarta, 21h50…? 😯 Mas esse não é o horário básico da transmissão pós-novela da Rede Globo? Sim.

No mesmo horário de Estudiantes x Cruzeiro, primeiro jogo da final da Taça Libertadores. Argentina x Brasil em campo, e com o bom time mineiro tentando o tricampeonato.

Mas por uma questão de mercado, prepare-se… Em Pernambuco, quem não tiver TV por assinatura terá que aguentar Corinthians x Fluminense (veja AQUI).

Para o Recife, o jogo da Libertadores será transmitido apenas pelo Sportv. O mesmo vai acontecer em outros estados. A disputa do título continental está sendo colocada em segundo plano para tentar reforçar a audiência nas maiores praças do Ibope.

De fato, com o Corinthians em campo o ibope é garantido. Dos 12 jogos que passaram dos 30 pontos de audiência em Sampa, em 2009, o Timão esteve presente em 11. A exceção foi Brasil x Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa. Na final da Copa do Brasil foram 39,6 pontos… Cada ponto equivale a 60 mil domicílios.

A média na Série A, porém, está estacionada nos 20 pontos. O jogo Avaí x São Paulo, em 7 de junho, teve apenas 16 pontos. E era a 2ª maior torcida paulista em campo…

Espero que em Belo Horizonte passe o jogo do Cruzeiro. Eles merecem assistir ao melhor jogo desta semana.

La Bestia Negra

Cruzeiro, finalista da Libertadores de 2009

Assim como o Corinthians fez no Beira-Rio, o Cruzeiro também abriu 2 x 0 no 1º tempo, “matando” logo a disputa no Olímpico, pela semifinal da Libertadores.

Assim como o Inter, o Grêmio também empatou. E não passou disso. E o Cruzeiro retomou a sua mística copeira. 😈

O Cruzeiro é conhecido nos outros países sul-americanos, desde o início dos anos 90, como La Bestia Negra. Apelido dado pelo bom retrospecto nos campos argentinos, uruguaios, paraguaios e chilenos… Contra o Boca Juniors, por exemplo, são 14 jogos, com 6 vitórias mineiras e 3 do poderoso time argentino. Contra o River é um massacre: 9 vitórias e apenas 3 derrotas.

E La Bestia Negra está de volta a uma final de Libertadores, após 12 anos, desde o bicampeonato no Mineirão, contra o Sporting Cristal. O grande estádio de Belo Horizonte, por sinal, será novamente o palco da finalíssima, no dia 15 de julho. Antes, no dia 8, o time azul terá que enfrentar o inferno do estádio Ciudad de La Plata. Onde enfrentará o já tricampeão continental Estudiantes.

Os dois times já se enfrentaram 4 vezes, com 2 vitórias para cada lado. Dois desses jogos foram na atual edição da Libertadores (pelo grupo 5). No primeiro jogo, Cruzeiro 3 x 0, no Mineirão. Em La Plata, Estudiantes 4 x 0… 😯

Os cruzeirenses levam o apelido tão a sério que tem até blog com esse nome (veja AQUI). Até a Fifa já se referiu ao clube como La Bestia Negra (confira AQUI).

Libertadores update – Argentina 8 x 3 Brasil

Taça LibertadoresO título do post é o placar em finais de Libertadores envolvendo os dois países mais vencedores da América do Sul… É isso mesmo. O Brasil é freguês. 😯

A vantagem dos hermanos é realmente grande. Eles venceram as últimas 4 decisões contra clubes brasileiros, três delas com o Boca Juniors – que ainda tem mais um trofeú contra brasileiros, em 77, contra o Cruzeiro. Confira no quadro abaixo.

Será que o Estudiantes de La Plata conseguirá manter a tradição argentina na competição? Em 1968, o time conseguiu isso, ao bater o Palmeiras. Ao todo, a Argentina tem 21 títulos da Taça Libertadores, contra 13 do Brasil.

Brasil x Argentina em finais da Libertadores

Estudando há 38 anos

Libertadores-2009: Nacional 1 x 2 Estudiantes de La Plata

O Nacional foi eliminado.

Mas o estádio Centenário, em Montevidéu, não ficou em silêncio, como eu havia dito que ficaria em caso de fracasso. A torcida uruguaia cantou muito, reconhecendo a campanha do time, que chegou a uma semifinal depois de 21 anos.

Mas a vaga na decisão é do Estudiantes de La Plata. El Pincha!

O vice-campeonato da Copa Sul-Americana do ano passado, quando só caiu diante do Inter na prorrogação, no Beira-Rio, já avisava:

O gigante argentino estava acordando… 😈

E acordou, depois de 38 longos anos desde a sua última final da Taça Libertadores. No período, apenas 3 títulos nacionais (1982, 1983 e 2006). Pouco para os padrões dos grandes times do futebol dos hermanos.

Eliminou o rival uruguaio (com quem já decidiu 2 Libertadores) com 2 vitórias. Primeiro, 1 x 0 em La Plata. Na noite desta quarta, 2 x 1, com gols de Boselli.

Gols que levaram o tricampeão à sua 5ª final na maior competição das Américas. E olhe que o craque Veron não jogou… Na final, jogará. 😎

Obs. Seja qual for o adversário (Cruzeiro ou Grêmio, que jogam nesta quinta), a partida de volta da final será no Brasil, pela 5ª vez seguida.

Foto: site do Olé