Os doze cartazes oficiais da cidades-sede da próxima Copa do Mundo de futebol foram apresentados neste domingo. Confira todos os modelos aqui.
Eis a explicação da Fifa para o exemplar pernambucano:
“O pôster do Recife traz a essência de um lugar litorâneo, repleto de movimento, arte e alegria. No Recife, o Frevo é a manifestação cultural mais genuína e característica, pois nasceu na cidade; é música e dança; tem mais de 100 anos; é patrimônio cultural imaterial do Brasil, declarado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Com uma sombrinha colorida na mão, o passista brincante realiza movimentos plásticos que parecem ferver o mundo. Movimentos ágeis e leves, como as acrobacias dos hábeis jogadores, que fazem com a bola o mundo ferver. A ligação entre o Frevo e o Futebol é a tônica do pôster. O Futebol invade o Frevo. O passista, no meio da dança, torna-se também jogador. E desta união surgem as cores vivas da cidade, em uma composição que traz as paisagens características, com pontes, rios, barcos ao mar, a arquitetura e claro, o povo em pleno carnaval.”
Fim do mistério sobre a cor das cadeiras da Arena Pernambuco.
O blog havia apurado em setembro que seria apenas uma cor, ao contrário de outros estádios em desenvolvimento para a próxima Copa do Mundo, como o Maracanã, que usará todos os tons da bandeira brasileira num mosaico colorido.
A dúvida na arena em São Lourenço da Mata era sobre qual tom suportaria o clima local, com forte exposição ao sol durante o ano, aumentando o desgaste do material plástico.
O vermelho, divulgado nas primeiras imagens em 3D, acabou sendo mantido.
Confira a imagem acima em alta resolução clicando aqui.
Coincidentemente, vermelho é a cor comum nos três grandes clubes do Recife…
O alvrrubro Náutico, o rubro-negro Sport e o tricolor Santa Cruz. De certa forma, as três torcidas estarão representadas no novo estádio.
Falando em cadeira, começou a pré-venda de ingressos para os três jogos na Arena Pernambuco na Copa das Confederações, no site da Fifa.
Apesar da capacidade de 46.214 torcedores, a arena terá uma disponibilidade de 46.154 ingressos durante as competições da Fifa, em 2013 e 2014.
Para a Fifa, a apresentação de uma seleção nacional só é considerada um jogo oficial diante de outra seleção nacional, formada por profissionais. Competição ou amistoso.
Nesse critério, ficam de fora partidas contra clubes (profissionais ou não), combinados (de clubes ou até países) e adversários de categoria mais baixa (Sub 20 ou Sub 17).
Para a Confederação Brasileira de Futebol, o amistoso contra a Colômbia, nesta quarta, será o milésimo jogo da Canarinha, quase centenária. Palavra oficial, mas polêmica.
O primeiro jogo foi em 21 de julho de 1914, no estádio das Laranjeiras, na vitória por 2 x 0 sobre o Exeter City, então na terceira divisão inglesa. Na ocasião, um time formado por atletas amadores do Rio de Janeiro e de São Paulo (veja aqui).
Dos supostos 999, seriam 640 vitórias, 206 empates e 153 derrotas.
Para a Fifa, o pioneiro duelo do escrete brasileiro seria alguns dias depois, em 20 de setembro daquele mesmo ano, contra a Argentina. Derrota pro 3 x 0 em Buenos Aires.
Considerando o critério internacional, o próximo jogo será o 894º do Brasil, segundo o arquivo do RSSSF. O site de pesquisas no futebol, aliás, aponta que o Brasil já ultrapassou a aguardada marca, com 1.012 jogos contando os critérios gerais.
Indo além, considerando a Seleção Olímpica, com amistosos, Pré-Olímpicos e Jogos Olímpicos, incluindo ainda a equipe que representou o país nos Jogos Pan-americanos, o dado atual subiria para 1.297, o que mostra o desencontro de informações.
Em Pernambuco, a mudança na avaliação da Fifa reduziria drasticamente a “presença” da Seleção Brasileira no Recife. Ao todo, foram 17 partidas da equipe verde e amarela, espalhadas no Campo da Avenida Malaquias, Ilha do Retiro e Arruda (veja aqui).
O que se pretende é ignorar essa história, iniciada em Pernambuco ainda em 1934?
Apenas nove jogos foram disputados contra outros países, todos no Mundão. A única derrota do Brasil no estado, por sinal, foi justamente para um clube, o Santa Cruz.
Nas imagens do post, uma contradição… Em 2004, no jogo que marcou o centenário da Fifa, o Brasil enfrentou a França no Stade de France, num empate em 0 x 0, com um uniforme inspirado justamente naquele utilizado contra o Exeter City…
Na sua opinião, os jogos da Seleção Brasileira contra clubes e combinados deveriam ser considerados oficiais para a Fifa? Comente!
Pernambuco foi confirmado como uma das doze subsedes da Copa do Mundo em 30 de maio de 2009, em um evento oficial da Fifa organizado nas Bahamas.
O pleito local havia começado a ser costurado em 15 de janeiro do mesmo ano, logo no último dia de inscrição de candidaturas. Ali surgiu a arena de R$ 532 milhões.
Como se sabe, o complexo da Cidade da Copa acabou sendo a última cartada pernambucana, que havia articulado inicialmente a Arena Recife-Olinda, ainda em 2007.
Passou o tempo e as obras começaram em São Lourenço. Mesmo com um ritmo aquém do necessário para postular um lugar na Copa das Confederações, realizada um ano antes do Mundial, o governo do estado topou a parada. Novamente, em cima da hora…
Articulação intensa. Ricardo Teixeira, Dilma, Valcke, Blatter etc. O sinal positivo foi dado em 20 de outubro de 2011, de forma condicionada. Obviamente, à execução do projeto.
Seria preciso mudar radicalmente o trabalho. Com o plano de aceleração, formado por treze tópicos, a arena saltou de 20% para 70% em 365 dias. Também ficou mais cara.
O período foi suficiente para uma nova avaliação da Fifa, com a resposta definitiva.
Esta quinta, 8 de novembro de 2012, direto de São Paulo, marca o anúncio da entidade que comanda o futebol sobre o torneio-teste da Copa do Mundo por essas bandas.
A Arena Pernambuco, que tem cinco jogos garantidos no Mundial, abrigará mais três caso seja aprovada como um dos seis palcos da Copa das Confederações.
Mais jogos, mais turistas, mais receita, mais visibilidade, mais responsabilidade.
O Diario de Pernambuco acompanha todos os passos desse empreendimento desde o período pré-licitação, quando a área escolhida ainda tinha uma cara rural (veja aqui).
No início, a política suplantou o desempenho técnico sobre o estádio. Atualmente, talvez o cenário seja exatamente o oposto. Contudo, se valer apenas a análise técnica, o “sim” projetado pela manchete do jornal desta quinta-feira chegará…
O “sim” da Fifa veio, sem surpresa. Que o ritmo no canteiro siga acelerado.
As regras do futebol foram firmadas em 1863, na Inglaterra. As bolas eram feitas de couro inflado e a cor marrom durou anos. Um século, na verdade.
Até a Copa de 1966, essa cor predominava nas pelotas produzidas mundo afora. Depois disso, o branco se popularizou de maneira incrível nos gramados.
O motivo? Por causa da televisão, literalmente. A introdução da bola branca com detalhes pretos foi uma exigência das emissoras de TV para a transmissão das partidas do Mundial de 1970, uma vez que parte do planeta só tinha acesso a imagens P&B.
Depois, formou-se uma tradição com a “bola branca” durante 40 anos (veja aqui).
A exceções, na prática, eram um jogos na neve. Para não competir com o branco, a bola podia ter uma cor alternativa, geralmente vermelha.
Atualmente, com exibições em HD ou 3D, a cor não é mais uma “necessidade”. Ou seja, campo livre para a fábricas de material esportivo, com tons berrantes.
Em 2013, Nike e Adidas apostam num amarelo que lembra, ainda que vagamente, as bolas de um passado já distante, como os modelos abaixo, de 1924 e 1935.
Bola branca e futebol já não são mais sinônimos…
Deveria haver uma cor específica para bolas oficiais ou é válida a mudança?
Uma nova data para a abertura da Arena Pernambuco.
14 de abril de 2013, às 17h.
No primeiro jogo, apenas 50% dos 46.214 lugares serão ocupados, justamente porque irá se tratar de um teste oficial.
Os times ainda estão sendo estudados.
Uma possibilidade já estudada seria uma apresentação da seleção pernambucana, conhecida como Cacareco, contra um clube do exterior.
Segundo o secretário Ricardo Leitão, poderia ser de algum “país vizinho”. Boca Juniors? River Plate? Peñarol? Estudiantes? Nacional? Opine…
A data foi protocolada de forma oficial pela Secretaria Extraordinária da Copa, em sintonia com a Odebrecht, a construtora responsável pela obra.
Em 20 de abril do ano passado, Silvio Bompastor, substituto do então licenciado Ricardo Leitão na Secopa no estado, também anunciou uma data…
A inauguração seria no primeiro domingo de janeiro de 2013, dia 6. Na ocasião, a Odebrecht não confirmou a data, talvez consciente pelo andamento das obras
Como o cronograma foi mudado, a data foi reavaliada… Agora vai?
Certamente, o novo anúncio da abertura do estádio foi uma pressão positiva para a decisão final da Fifa sobre a presença do Recife na Copa das Confederações. O anúncio da entidade será em 8 de novembro.
Segundo o governo do estado, a arena multiuso será aberta independentemente de sua confirmação no festival de campeões da Fifa…
Um prêmio cobiçado, quase sempre entregue a quem de fato trata a bola com maestria.
Seja na finalização certeira ou na qualidade do passe, da visão de jogo.
Desde 1991, quando o prêmio de melhor jogador foi criado pela Fifa, apenas um defensor saiu vencedor. O italiano Cannavaro, campeão mundial com a Azzurra em 2006.
Nos demais anos, a Bola de Ouro ficou doze vezes com atacantes e oito com meias.
Em 2012, o prêmio está encaminhado mais uma vez para o ataque, corroborando a tese de que a plasticidade é essencial para tornar um jogador como o melhor do mundo.
No futebol, destruir é mais fácil que construir. Quem constrói, fica à frente. O valor das negociações para os atletas da linha ofensiva mostra essa diferença.
Pois bem. Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, duas “unanimidades” sobre o futebol atual, devem voltar à disputa particular pelo status de melhor do planeta (veja aqui).
Atual tricampeão, o argentino poderá ser o primeiro jogador eleito quatro vezes como o melhor. Já o português quer reconquistar a bola dourada após quatro edições.
Abaixo, a opinião das torcidas pernambucanas, mostrando o equilíbrio sobre a eleição. A resposta será divulgada apenas em 7 de janeiro de 2013, em Zurique, na Suíça.
Quem é o favorito para vencer o prêmio de melhor do mundo em 2012?
Sport – 459 votos
Lionel Messi – 50,54%, 232 votos
Cristiano Ronaldo – 47,05%, 216 votos
Outro jogador – 2,39%, 11 votos
Uma sequência de amistosos com adversários nada promissores. Nada atrativos.
África do Sul (76º no ranking da Fifa), China (85º), Iraque (80º) e Japão (23º).
É difícil convencer algum torcedor que jogos contra essas equipes possam servir como preparação para uma seleção do porte do Brasil, com cinco títulos mundiais e sede da próxima Copa do Mundo. Obviamente, não servem. Até a CBF sabe disso.
Após engordar a sua já abarrotada conta bancária, a entidade abriu mão de organizar os amistosos da Canarinha por um longo período. Tanto adversários quanto os locais.
Seguidas partidas na Inglaterra, Estados Unidos e Suécia, mesmo sem enfrentar os donos da casa, indicam um contexto pouco ortodoxo nas apresentações do Brasil.
Pagou, levou. E pagaram mesmo, com petrodólares.
O primeiro contrato desta era foi executado de 2006 a 2010, quando a Confederação Brasileira de Futebol embolsou 805 mil dólares a cada partida promovida pela empresa International Sports Events (ISE), da Arábia Saudita.
Pouco antes de deixar o comando da CBF, Ricardo Teixeira assinou a renovação do acordo, aumentando a cota para US$ 1,05 milhão.
Se você acha estranho o atual nível técnico dos rivais da Seleção, nem adianta se aperrear. O prazo foi estendido até a Copa do Mundo de 2022, no Catar…
A Seleção Brasileira foi praticamente arrendada. A peso de ouro.
De acordo com o balanço oficial de 2011, o patrimônio da CBF saltou de R$ 181 milhões para R$ 258 milhões em um ano. Um aumento de 42,5%.
Enquanto isso, goleadas sem peso algum, como o 8 x 0 sobre os chineses e o 6 x 0 diante dos iraquianos. Tanto que o país só faz cair no ranking mundial.
A assinatura do documento com as iniciais R e T mostram que o interesse é outro.
Inegavelmente, o pernambucano Rivaldo já jogou bola suficiente para ser marcado como um dos grandes nomes da história do futebol.
Nem por isso o craque revelado pelo Santa Cruz deixa de “tietar” novos atletas.
Como esse tal de Lionel Messi, que exatamente dez anos depois também foi eleito como o melhor, vestindo o mesmo uniforme blaugrana (veja aqui).
Mas o argentino não parou de empilhar prêmios…
Melhor do planeta em 2009, 2010 e 2011.
Na foto, duas gerações distintas da pelota. Rivaldo, 40 anos, e Messi, 25.
Um abraço e muita técnica, contundência, velocidade e plasticidade.
Ambos chegaram ao topo do esporte num intervalo de uma década, pelo mesmo clube. Não é coincidência. É fruto do garimpo, profissionalismo e estrutura do Barça.
De Paulista e Rosário para Barcelona, a humildade de dois astros.