Os clubes cariocas vêm num ritmo itinerante na Série A. Com o Engenhão fechado para reformas e sem acordo para atuar no Maracanã, os times vêm buscando opções e tentando desbravar mercados…
Pernambuco se fez presente no roteiro futebolístico.
Neste domingo o estado recebeu o tradicional Clássico Vovô, com integrantes do G4 do campeonato brasileiro. Botafogo e Fluminense.
Partida envolvendo o campeão carioca e o campeão brasileiro, com Seedorf e Fred, jogadores diferenciados. A vitória valeria a liderança da Série A.
De fato, uma boa atração no papel. Já na arquibancada da Arena Pernambuco isso não foi traduzido em sucesso de público. E olhe que o consórcio administrador do estádio estimava em 20 mil torcedores.
Os mosaicos vermelhos, tão corriqueiros no Engenhão, com cadeiras na cor azul, tomaram conta do estádio em São Lourenço da Mata. A presença foi tão baixa que não foi preciso sequer abrir o anel superior.
Foram apenas 7.882 pagantes, com um borderô de R$ 368.550.
Em Brasília, também com uma nova arena, ainda mais cara, em busca de fontes de receita, o Flamengo jogou duas vezes no Brasileirão, ambas com sucesso estrondoso de público e renda.
Nas partidas contra Santos e Coritiba a torcida rubro-negra lotou as arquibancadas do Mané Garrincha. Foram nada menos que 116.326 pagantes, com uma renda agregada de inacreditáveis R$ 9.653.710.
A população da capital federal, uma cidade de apenas 53 anos, colabora para isso. Uma região formada por “migrantes”, muitos de origem carioca. Mas também de outros estados com menos tradição no futebol.
No Recife, um conhecido reduto com forças locais na massa, o jogo seria um teste. Um caso a ser estudado pelo mercado da bola.
Certamente, a resposta financeira de Botafogo 1 x 0 Flu não foi das melhores.
Há público para jogos do tipo? Há.
Se irá cobrir os custos da arena é outra questão.