Na Fonte Nova, o Náutico empatou com o Bahia e conquistou o seu primeiro ponto na condição de visitante. Apesar disso, a diferença em relação ao G4 aumentou, de 1 para 3 pontos. Agora, em casa, tem a chance de se reaproximar. Na arena, vale lembrar, o alvirrubro marcou os seus oito gols na competição. Lá no topo, Vasco e Atlético perderam o 100%. O time goiano saiu derrotado, enquanto o carioca ao menos empatou, chegando a 32 jogos de invencibilidade.
Em sua terceira partida como visitante, o Náutico passou novamente em branco. Desta vez, porém, pontuou. O 0 x 0 na Fonte Nova acabou sendo um resultado aceitável para o time pernambucano devido ao nível do adversário, o segundo mais rico desta Série B. No entanto, é bem provável que o torcedor alvirrubro que assistiu à partida tenha discordado do blog neste parágrafo.
Afinal, é impossível não lembrar do gol perdido por Rafael Coelho, aos 21 da segunda etapa – antes, Rony também desperdiçara. Ali, o contragolpe saiu certinho, de pé em pé, abrindo pela ponta direita, buscando jogadores desmarcados. Até chegar no camisa 9, com plenas condições de marcar. Isolou a bola, na maior chance timbu. Caso algum seguidor baiano também leia esta postagem, a sensação será oposta, lembrando do lance de Luisinho, ex-Santa.
No rebote de uma cobrança de falta, que explodiu no travessão, o atacante ficou com o gol escancarado. Assim como Rafael Coelho, sequer acertou a meta, cabeceando pra fora. No Bahia, é verdade, o ataque não é um deserto, com o Brocador no elenco – nesta noite em branco. Já o Náutico tem na função do “camisa 9” o seu o maior calo. Fora de casa, vem desperdiçando seguidas chances. Ganhou um ponto até agora. Pelas chances criadas, poderia ter mais.
Duas vitórias em casa, duas derrotas fora. O Náutico goleou o Sampaio Corrêa na arena, confirmando o mando mais uma vez. Assim, voltou a subir na classificação. Até agora, o clube vive uma gangorra, natural na Série B. Para consolidar uma arrancada, só em caso de um bom resultado fora. Hoje, com seis pontos, voltou a ficar pertinho do G4, a um de distância. Na verdade, cinco clubes somam sete, um deles o Bahia, próximo adversário alvirrubro
Foi a maior goleada do Brasileiro, implacável do começo ao fim. Na arena, que especificamente nesta noite merecia um público bem melhor, o Náutico fez 5 x 0 no Sampaio Corrêa e manteve o ritmo, perdendo fora e vencendo em casa. A inhaca como visitante, ainda zerado, destoa completamente deste início de Série B nos jogos como mandante, com oito gols. Encontrar o equilíbrio é o objetivo, válido a qualquer um em busca de algo mais na competição, claro.
Na goleada sobre o time maranhense, que chegou ao Recife como lanterna e sai ainda mais, Rony foi o destaque. Marcou um gol, deu uma assistência, ajudando Rafael Coelho a desencantar, sofreu um pênalti, convertido por Bergson, em seu primeiro tento após 100 dias de recuperação, e ainda cruzou no lance que o goleiro se atrapalhou, no gol de Jefferson Nem. Ou seja, participou diretamente de quatro gols. O próprio jogador classificou a atuação como sua melhor.
Uma surpresa e tanto para os 1.546 alvirrubros, querendo acreditar no potencial do time, cuja obrigação, histórica, é de brigar pelo G4. Voltou a se aproximar do pelotão. Para entrar, precisa se impor fora de casa também. Na próxima terça, numa rodada cheia, o time pernambucano vai à Fonte Nova enfrentar o Bahia, um dos favoritos ao acesso. Que a atmosfera de “arena” inspire o ataque a manter a pegada longe de São Lourenço. O crescimento depende disso.
Vasco e Atlético-GO se mantêm 100% após três rodadas da Série B. Já abriram quatro pontos de vantagem no G4, sendo os únicos times que ainda não sofreram gols na competição. Enquanto isso, o Náutico foi vazado nas três partidas que disputou. Perdeu as duas com visitante porque o ataque não colaborou – perdeu inúmeras boas chances no Sul, passando em branco. A derrota alvirrubra em Londrina derrubou o time do 11º para o 15º lugar. Hoje, o time já precisa de duas rodadas para alcançar a zona de classificação.
No G4, um carioca, um goiano, um catarinense e um baiano.
A 4ª rodada do representante pernambucano 27/05 (21h30) – Náutico x Sampaio Corrêa (Arena Pernambuco)
Em 2008, então com 19 anos, Keirrison teve um desempenho excelente no Brasileirão. Defendendo o Coritiba, marcou 21 gols e foi um dos artilheiros da competição, ao lado dos experientes Kléber Pereira, do Santos, e Washington, do Fluminense. Se transferiu imediatamente para o Palmeiras, que pagou R$ 2 milhões referentes aos 20% dos direitos econômicos pertencentes ao alviverde paranaense. Jogador fatiado desde sempre. Do verdão paulista, um negócio de 15 milhões de euros para o Barcelona. Auge aos 20? Não se firmou, nem perto.
Transformou-se em em moeda de troca, sendo sempre emprestado. Benfica, Fiorentina, Santos, Cruzeiro. Até voltar ao Coxa, quatro anos depois. Lá, sofreu um trauma incurável, a perda do filho. Sem jamais repetir a forma de 2008, acabou indo parar no Londrina, no interior. Na Série B, aos 27 anos, é mais um entre tantos atletas em busca de uma evolução na carreira. Para Keirrison, especificamente, uma recuperação. Com direito à cláusula de produtividade, até o fim de 2017, o atacante surpreendeu a todos ao marcar o gol da vitória sobre o Náutico. Cabeceando quase no chão, no segundo tempo de um jogo de baixo nível técnico, o “K-9” fez o solitário gol no Estádio do Café, 1 x 0.
Acompanhando um time sem criatividade e sem poder de finalização (não marcou nas duas derrotas como visitante), os alvirrubros se perguntavam na hora do gol sofrido: “É aquele?!” Sim, era. Pela lembrança, foi difícil não imaginar Keirrison como a solução do ataque pernambucano. Pela fama precoce, pelo potencial. Pela carreira, não teria como. Se bem que ele voltou a marcar…
Resumindo logo, o jogo foi ruim. Tecnicamente, Náutico e Vila Nova deixaram muito a desejar na arena. O placar foi movimentado, é verdade, com cinco gols e um visível esforço dos dois alvirrubros até o último lance da noite, mas, segundo o Footstats, foram 66 passes errados (27 pernambucanos e 39 goianos), atrapalhando inúmeras jogadas. Melhor para o Timbu, que se recuperou da má estreia, fez 3 x 2, e ganhou seus primeiros pontos na Série B.
Diante de apenas 1.514 pessoas, em um dos horários mais cruéis em São Lourenço, o Alvirrubro atuou com uma curiosa formação adotada por Gallo, tendo como símbolo o uruguaio Gastón na zaga. Nas redes sociais, no instante seguinte à divulgação, veio o temor sobre o desempenho do afobado lateral dentro da área. Desta vez, passou. Após sofrer o primeiro gol, numa desatenção grande, o Timbu virou antes do intervalo, num golaço de falta de Mateus Muller e num pênalti cobrado pelo Rafael Pereira. Entre os dois lances, uma confusão de cinco minutos, com um adversário expulso após denúncia do bandeirinha.
Aproveitando a vantagem numérica, Jefferson Nem arrancou para marcar o terceiro gol logo na retomada. O que parecia uma vitória certa virou aperreio no gol de Vandinho e nas seguidas investidas do Vila, com direito a uma bela defesa de Júlio César, celebrando cem jogos. Com dois times nervosos, pelos erros e pelo placar apertado, o jogo acabou em discussão. Ao Náutico, a terça-feira valeu pelos pontos. Pelos testes pontuais? Só com boa vontade.
A arrancada do Náutico na Série B de 2015 foi espetacular, com cinco vitórias e um empate. Pela tabela, não seria fácil repetir o desempenho em 2016. Mas da forma como aconteceu a derrota na estreia, o alvirrubro tem bastante a se lamentar. Começando pela falta de pontaria, com Rafael Coelho sendo um caso à parte. A chance perdida aos 19 minutos, embaixo da barra, fez muita falta.
A outra queixa é além da equipe, com um impedimento clamoroso não assinalado no lance decisivo da tarde no Heriberto Hülse. Gustavo concluiu um cruzamento da direita, aos 6 da etapa completamente, bem adiantado. Nem precisou de replay. Além da vantagem de 1 x 0, que seria definitiva, o lance acabou desestabilizando visitante, completamente acuado. Com mudanças pontuais, o Criciúma fez o básico para largar com três pontos no Brasileiro.
Quanto ao Náutico, o tempo de lamentação é curtíssimo, com o próximo jogo já na terça-feira, retomando a tradicional agenda da segundona. Na Arena, o técnico Alexandre Gallo já poderá contar com os primeiros reforços, como Maylson. Se tem algo que o time aprendeu no último ano, quando ficou a dois pontinhos do acesso, é que a recuperação precisa ser imediata. Numa Série B com Vasco, Bahia e Goiás não haverá espaço para má fase.
O Náutico cumpriu o seu dever na Arena Pernambuco e confirmou a terceira vaga do estado na Copa do Nordeste de 2017. Ainda que a goleada sobre o Salgueiro não apague a frustração da eliminação na semifinal após a melhor campanha da competição, ao menos o time, ainda sob desconfiança, garante o calendário alvirrubro no início do próximo ano – um ganho técnico e na autoestima da torcida em relação às principais disputas. Considerando as cotas da primeira fase deste ano, R$ 505 mil no Nordestão e R$ 200 mil na Copa do Brasil. O 3 x 0 sobre o Salgueiro, com gols de Rafael Coelho, Rony e Jefferson Nem, completou o cenário positivo diante dos sertanejos na competição.
10/02 – Náutico 1 x 0 Salgueiro 10/04 – Salgueiro 0 x 2 Náutico 04/05 – Salgueiro 0 x 1 Náutico 07/05 – Náutico 3 x 0 Salgueiro
Quatro vitórias em quatro jogos, sem sofrer gols, descontando o duplo revés de 2015. Dentro de uma semana, contra o Criciúma, o time já larga na Série B, com o objetivo de alcançar os rivais na elite. Na última edição, ficou a dois pontos. Agora, sob o comando de Gallo, precisa de reforços. Mais qualidade para dar uma motivação de fato. Tudo bem que jogar pelo 3º lugar no Pernambucano não empolga, mas o Timbu precisa melhorar nas 38 próximas apresentações à vera.
A disputa de 3º lugar é desanimada até na Copa do Mundo. Não seria diferente nessas bandas. Ainda assim, o “bronze” no Estadual tem um peso considerável para a temporada seguinte, com a vaga no Nordestão. O Náutico que o diga, fora da última edição, sofrendo uma séria lacuna técnica e financeira. Consciente disso e se esforçando para levar a sério a disputa, o time vermelho e branco foi ao Sertão e venceu o Salgueiro pela terceira vez no torneio, 1 x 0.
O gol de Rony, aos 4 minutos do segundo tempo, garantiu a vantagem do empate no sábado, na arena. Mas, vantagem à parte, o futebol foi paupérrimo. Na estreia de sua terceira passagem pelo clube, o técnico Alexandre Gallo escalou um time rápido, com Rony, Esquerdinha, Caíque e Jefferson Nem. Apesar de leve, a infinidade de passes errados é um entrave. Lá atrás, Rodrigo Souza deu conta do recado, ajudado pela inércia do Carcará durante quase todo jogo, tendo a maior chance nos descontos, mas parando em Júlio César.
Para dar tranquilidade ao início de trabalho, já visando a Série B, a classificação à Lampions, pela 9ª vez, é vital. O lote de insucessos no ano está esgotado.