A responsabilidade de toda a uma geração

Ganso e Neymar na Seleção. Foto: Nike/divulgação

Buenos Aires – Em um processo de renovação, a Seleção Brasileira terá um jogo-chave na Copa América contra o Equador, em Córdoba, nesta quarta-feira. Dois atletas, Neymar e Paulo Henrique Ganso, talentosos e principais expoentes desta fase, já lutam contra qualquer estigma histórico na Canarinha, pela porta dos fundos.

Em caso de eliminação, o Brasil sairá na fase de grupos pela primeira vez desde 1987, quando um time com Dunga, Branco e Bebeto foi despachado pelo Chile, curiosamente na última Copa América na Argentina.

Abaixo, uma declaração de Ganso em Los Cardales, negando o “peso” da camisa 10 do Brasil, até porque ele também veste a camisa 10 do Santos, cujo antigo dono era o mesmo. O jogador admite a responsabilidade na Copa América, mas garante que o “futebol que o povo gosta” ainda vai aparecer…

Toque de bola de Pedra a Ganso

Paulo Henrique Ganso no treino da Seleção Brasileiro em Los Cardales, na Copa América 2011. Foto: CBF/divulgação

Buenos Aires – Camisa 10 da Seleção na Copa América, o meia Paulo Henrique Ganso tem um estilo bem diferente do amigo e companheiro de Santos, Neymar.

Comedido nas entrevistas, no Twitter e no corte de cabelo. Em campo, a personalidade de um jogador diferenciado. Mesmo caladão, Ganso já virou referência entre os demais jogadores do Brasil. Eis uma expressão constante nos treinos em Los Cardales:

“Boa, Ganso!”

Neste exemplo, o grito foi dado por André Santos ao também lateral-esquerdo Adriano Correia, após um cruzamento na medida para Pato, que cabeceou para as redes em um treino de fundamentos. Sim… O passe certeiro ganhou o apelido de “Ganso”.

Por outro lado, quando o passe sai desordenado, os jogadores não perdoam…

“Segura essa pedrada!”

Ganso e Neymar na Seleção. Foto: Nike/divulgação

Camisa 20 de Campana

Buenos Aires – Em Campana, acompanhando pela primeira vez o treinamento da Seleção Brasileira na Argentina, uma surpresa nesta terça-feira…

De fato, o momento foi bem atípico durante os 26 minutos de bola rolando em metade do campo, no treino do Brasil.

Eram 21 jogadores no gramado. Além dos goleiros, 10 atletas com a camiza cinza e nove com a vermelha. Titulares e reservas, respectivamente.

Prática para uma situação de jogo com um a mais em campo? Nada disso. O volante Sandro sentiu um desconforto muscular e acabou desfalcando a atividade.

Então, alguém teria que atuar como um “coringa”… Habilidoso, com uma visão de jogo fora do normal e muito técnico, o camisa 10 da Canarinha, Paulo Henrique Ganso, vestiu a camisa verde limão, além de um gorro para combater frio e o vento.

A regra era simples, em um jogo de toques rápidos.. Ganso só poderia jogar para o time com a posse de bola. E aí, no passe, ele comanda…

América 3 – Para virar um timaço, precisa ser um time

Copa América 2011: Brasil 0x0 Venezuela. Foto: CBF/divulgação

Buenos Aires – Badalada, a Seleção Brasileira estreou disposta a vencer e convencer. O show parecia bem ensaiado, com os artistas afinados.

O desempenho na partida contra a fraca, porém aguerrida, Venezuela não foi muito diferente do que o torcedor brasileiro tem visto nos últimos tempos.

Uma equipe de uma nota só, com um ou outro lampejo de técnica e explosão (Pato, no travessão). Falta o conjunto. Só com o nome não funciona mais…

O regulamento da Copa América evita qualquer desespero mesmo em um tropeço como esse 0 x 0, neste domingo, uma vez que dos três grupos, dois vão classificar três equipes, com os dois melhores terceiros colocados.

Portanto, tranquilidade na volta à Campana. De volta ao rachão com goleadas e treinamentos com muitas firulas, tudo sob o olhar sério do técnico Mano Menezes.

Qualidade o time tem. Basta olhar as duas fotos desta postagem. No entanto, transformar uma convocação em equipe é um passo à frente.

Por sinal, esse passo começa com algo simples no futebol, o passe.

Copa América 2011: Brasil 0x0 Venezuela. Foto: CBF/divulgação

Como será o desempenho do Brasil na Copa América?

Neymar, Pato e Ganso, jovem trio de ouro da Seleção Brasileira. Foto: Fifa/divulgação

Começa a saga da Seleção Brasileira em território “inimigo”.

Atual bicampeão (2004 e 2007), o Brasil tentará igualar um recorde da Argentina, único país a ter conquistado três edições seguidas da Copa América, em 1945, 1946 e 1947.

Tabela do Brasil na primeira fase da competição continental em 2011, no grupo B:

03/07 – Brasil x Venezuela – La Plata
09/07 – Brasil x Paraguai – Córdoba
13/07 – Brasil x Equador – Córdoba

No embalo da estreia verde e amarela, com os jovens craques Neymar, Pato e Ganso, participe da nova enquete do blog!

Qual será o desempenho do Brasil na Copa América de 2011?

  • Campeão (47%, 75 Votes)
  • Semifinalista (16%, 25 Votes)
  • Primeira fase (15%, 24 Votes)
  • Vice (11%, 18 Votes)
  • Quartas de final (11%, 18 Votes)

Total Voters: 160

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Camisas 10 e 11, a qualidade em estado bruto na Seleção

Copa América: numeração da Seleção Brasileira. Foto: CBF/divulgação

Numeração definida para os craques da Seleção Brasileira na Copa América de 2011.

Os 23 jogadores conheceram os seus números na camisa nesta quarta-feira, através de um anúncio oficial da CBF à Conmebol. Duas camisas nobres já estão com novos donos.

Camisa 10 – Paulo Henrique Ganso

Camisa 11 – Neymar

Brasil do 1 ao 11, de acordo com as camisas no grupo treinado por Mano Menezes:

Júlio César; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires, Ganso e Robinho; Alexandre Pato e Neymar.

É um bom time. Mas acho que o Lucas, meia do São Paulo e com a camisa 18 na Canarinha,  vai brigar por uma vaga na Seleção durante a busca pelo tri das Américas.

El delantero Ronaldo

Olé, da Argentina: 16-04-11Em visita à Argentina, o agora aposentado Ronaldo Fenômeno foi um alvo letal dos periodistas.

Em entrevista exclusiva ao jornal Olé, o diário esportivo mais popular entre os hermanos, o brasileiro apontou Messi como o melhor, de “longe”.

Disse que gostaria de ser 10 anos mais novo para atuar junto ao craque/gênio argentino.

Assim, também jogaria ao lado dos conterrâneos Ganso e Neymar.

Na edição de sábado ele também se declarou hincha do Real Madrid no clássico contra o Barcelona.

Em relação à tapa do Olé, nenhum contexto de fato, somente a velha provocação da rivalidade…

Veja a entrevista completa, em espanhol, clicando AQUI.

Primeiro pôster. Primeiro protesto

Seleção Brasileira vence a amistoso contra os EUA por 2 x 0, em Nova Jersey (10-08-2010). Foto: CBF/divulgação

Não vi o jogo da Seleção Brasileira na noite de terça-feira, assim como muitos milhões de brasileiros. No meu caso, eu estava envolvido com os clubes locais na Série B. Muitos brasileiros não assistiram porque não quiseram, é claro. Mas a maior parcela da torcida (indiscutível) ficou alheia ao primeiro amistoso da Era Mano por causa da transmissão da partida, que simplesmente não existiu em sinal aberto na TV.

De qualquer forma, pelos melhores momentos da vitória por 2 x 0 sobre os Estados Unidos e com o respaldo do restante da imprensa, vale colocar aqui a foto oficial da CBF da primeira “esquadra” do Brasil até a Copa do Mundo de 2014.

Agora, o protesto. Naturalmente, não é para o futebol apresentado em Nova Jersey, mas para a organização fora dele. Uma “dica” para a CBF:

Na próxima vez que assinar um contrato para a concessão de transmissão de jogos pela TV, coloque a cláusula de obrigatoriedade de todas as partidas… Se a emissora detentora dos direitos, por qualquer que seja o motivo, não quiser passar, que ela repasse os direitos daquele jogo a outra emissora (como multa). Grato.

Em tempo: a Uefa obriga por contrato a transmissão da final da Liga dos Campeões da Europa para quem adquirir os direitos da competição.

Time do pôster da estreia. Em pé: Thiago Silva, Pato, André Sandos, David Luiz, Ganso e Victor; agachados: Daniel Alves, Lucas, Neymar, Robinho e Ramires.

Luis Venker, o Mano

Primeiro treino da Seleção Brasileira sob o comando de Mano Menezes, em 8 de agosto de 2010, em Nova Jersey. Foto: CBF/divulgação

Luis Antônio Venker, o Mano.

Gaúcho de Passo do Sobrado, 48 anos. Os primeiros passos, porém, foram na frente de batalha em gramados acidentados. Há décadas.

Mas ele ultrapassou os flancos frios dos Pampas. Levou consigo as características de raça e liderança que transformariam o seu perfil para sempre.

Já neste século, venceu a Batalha dos Aflitos, em uma odisseia quase insuperável.

Avançou para novas terras e comandou um bando de loucos.

Caiu algumas vezes. A pior delas em uma ilha, quando os seus cruzadores sucumbiram diante da pressão. A invasão fracassou.

Mas teve calma e perspicácia para levantar os guerreiros coríntios.

Agora, comanda uma esquadra com os melhores. Um grupo jovem, recrutado pela habilidade e força, e que se propõe na missão de provar essa superioridade.

No primeiro choque campal, na arena de New Meadowlands, irá encarar os descendentes dos anglo-saxões, misturados após anos e já sem a coroa da Rainha.

O duelo está marcado para esta terça. No domingo, o primeiro reconhecimento com o novo manto, já com a insígnia de toda a nação verde e amarela.

Dentro de quatro anos, a grande guerra nos trópicos.

E a taça de ouro não poderá deixar o país… É a chance de fazer história.

Mas vale lembrar: não se anime muito para este confronto. Entenda o motivo AQUI.

Rara justiça

Santos perde do Vitória por 2 x 1, mas fica com o título da Copa do Brasil de 2010, no Barradão. Foto: Santos/divulgação

De vez em quando, o futebol é justo. O Santos se tornou, na noite desta quarta-feira, o 13º campeão da história da Copa do Brasil. Conquista absolutamente merecida. E emblemática, pois deu a hegemonia da competição ao futebol paulista, com sete taças. Os gaúchos, em jejum desde 2001, seguem com seis.

Em um Barradão com 35 mil vozes, o Vitória até venceu por 2 x 1, mas não levou. A vantagem de 2 x 0 na Vila Belmiro, há uma semana, foi decisiva para o time do Rei.

No fim, uma campanha sólida em casa. Ao todo, 7 vitórias e 4 derrotas, todas elas fora de casa. Porém, o Peixe sempre fisgou a vaga com certa facilidade em casa.

Foram nada menos que 39 gols em 11 jogos, com a ótima média de 3,5. Gols gerados em trocas de passes com categoria, finalizações belíssimas e muita alegria.

A taça é de Robinho, Ganso, Neymar e André. O quarteto santástico, convocado para a Seleção Brasileira. De uma jovem geração comandada pelo competente Dorival Júnior.

E o zagueiro Durval, caladinho como sempre, levanta a mesma taça dois anos depois…

Que futebol bonito! Digno de um país que sonha com outra Copa, em 2014.