A verdadeira camisa comemorativa do Nordestão, à venda 1 hora após a final

Camisa comemorativa do Santa Cruz para o título da Copa do Nordetse. Foto: Santa Cruz/divulgação

No sábado, véspera da decisão da Copa do Nordeste, circularam imagens de supostas camisas comemorativas de Santa Cruz e Campinense. Ambas rechaçadas pelos clubes. No domingo, na festa coral pelo título regional de 2016, ainda no gramado do Amigão, a camisa especial se fez presente, como era esperado – e necessário. Porém, a versão foi bem diferente, na cor preta e focando a alcunha “Terror do Nordeste”, atrelada à já icônica taça da competição. Grafite, claro, foi o principal garoto-propaganda.

Paralelamente ao resultado no campo, o departamento de marketing agia. O perfil oficial da Loja Cobra Coral no facebook publicou às 19h17, uma hora após o jogo, o anúncio da venda da camisa. Na sede, no Arruda, modelos à venda por R$ 39 para sócios e R$ 49 para não sócios. Bola dentro do tricolor, engajando o consumo da torcida para uma lembrança (de custo baixo) da conquista.

O que você achou da versão lançada, tricolor?

Para o blog, no fim das contas, a camisa comemorativa oficial foi a mais bonita.

Topper oficializada no Náutico até 2019. Aposta no novo ou na tradição?

Uniformes do Náutico produzidos pela Topper em 1984. Crédito: Arquivo Alvirrubro/facebook

O Náutico volta a vestir a Topper em 14 de maio, já primeira rodada da Série B de 2016, no interior catarinense, diante do Criciúma. Em jogo ao vivo na tevê, o novo padrão alvirrubro retoma a parceria após 32 anos. A última vez havia sido no biênio 1983/1984, com o time saindo campeão pernambucano no segundo ano. Com o contrato oficializado pelo clube, até o fim de 2019, fica a expectativa sobre o modelo que substituirá a Umbro.

Aposta no novo ou relembrando a tradição? Torcedores alvirrubros, ansiosos, publicaram imagens das camisas usadas na primeira passagem da Topper, titular e reserva. Por uma releitura de design – e já sob nova gestão -, a marca não será preta, uma vez que hoje adota outro desenho, tendo como cor base o verde. Assim como os distintivos, ambos bem antigos – sobretudo o da camisa branca – , fora as listras mais finais e as golas distintas. Driblando a espera, vamos aos “mockups”, os modelos de demonstração não oficiais. Confira oito camisas criadas pelo torcedor Arthur Nogueira clicando aqui.

Alvirrubro, você prefere uma linha nova ou relembrando o passado?

Fornecedores de material esportivo do Timbu
1981/1982 – Rainha

1983/1984 – Topper
1985/1987 – Dell’erba
1987/1991 – Finta

1991 – Campeã
1991/1995 – Kyalami
1996 – Finta
1997/2000 – Penalty
2001/2005 – Finta
2006/2008 – Wilson (EUA)
2009 – Champs
2009/2010 – Lupo
2011/2014 – Penalty
2014 – Garra
2014/2016 – Umbro (Inglaterra)
2016/2019 – Topper

Camisa de campeão produzida na véspera? Errado seria não fazer

Supostas de camisas do título da Copa do Nordeste de 2016. Crédito: twitter/reprodução

Na véspera da decisão do Nordestão, entre Santa e Campinense, a polêmica da vez foi o compartilhamento nas redes sociais de imagens de supostas camisas comemorativas, relacionadas ao título de 2016. Produzidas pelos clubes? Encomendadas por torcedores? Confeccionadas pelos próprios rivais, como contrainformação? Francamente, pouco importa. Faz parte do jogo e há algum tempo os campeões vestem camisas de título após o apito final. É claro que o material é criado com antecedência e a ideia é que a camisa não seja vazada.

Indo além, é preciso destacar que se ganha dinheiro com isso. Nos esportes americanos os campeões da NFL e NBA comercializam produtos (camisas, bonés, chaveiros, copos etc) em seus sites no instante seguinte aos títulos. Na pilha de uma decisão, há quem ache a divulgação prévia determinante para o resultado, motivando o adversário. Na prática, só um time desconcentrado reage a tal influência. O que não parece ser o caso de corais e raposeiros.

Em caso de título, uma dessas camisas aparecerá no gramado? Talvez. De fato, os modelos oficiais podem ser outros. O que importa é o pensamento do clube com esse viés de marketing. Como provocação, Corinthians (Copa do Brasil 2008), Sport (Estadual 2011) e Náutico (fase internacional da Sul-Americana) já tiveram versões encalhadas, feitas pelos clubes e por torcedores. Acontece.

Censo do Flamengo lista 908 mil pessoas e Pernambuco tem menor % do Nordeste

Censo Rubro-negro, do Flamengo, em 28/04/2016. Crédito: nrnoficial.com.br/reprodução

Durante 59 dias, o Flamengo abriu o cadastro para o Censo Rubro-negro, um site criado para mapear a torcida do clube no Brasil. Ao todo, 908.013 pessoas se cadastraram, fornecendo dados do CPF. Promovido pela empresa Golden Goal Gestão Esportiva, o cadastro oficial teve uma média diária de 15 mil adesões, encerrando o prazo original de inscrição em 28 de abril. Tema em outras oportunidades no blog, vamos à influência do Fla no Nordeste.

Comprovando o cenário de resistência, com preferência local, Pernambuco apresentou o menor percentual do time mais popular do país, o único abaixo de 1% na região. O índice é ainda mais relevante ao considerar que o estado tem a segunda maior população (9,2 milhões), abaixo apenas da Bahia (15,1 milhões). Em todos os estados, porém, é necessário destacar a possível influência do cadastro via internet, o que pode limitar a participação da torcida de baixa renda.

Segundo a pesquisa nacional de torcida mais recente, da Paraná Pesquisas, em 2016, o Mengo teria 33 milhões de aficionados, com grande parte fora do Rio de Janeiro. O cadastro do clube manteve essa perspectiva, com 57% da torcida fora do estado de origem, sendo o Distrito Federal o maior colaborador (6,4%). Lembrando que o presidente do Fla, Eduardo Bandeira de Mello, havia dito que o clube teria a maior torcida em 24 estados, o que incluiria Pernambuco, estatística rechaçada pelo blog, através de todas as pesquisas já divulgadas.

Percentual absoluto do Censo Rubro-Negro (até 28/04/2016)
4,40% – Bahia (39.952)
2,30% – Maranhão (20.884)
1,90% – Ceará (17.252)
1,90% – Paraíba (17.252)
1,70% – Rio Grande do Norte (15.436)
1,40% – Piauí (12.712)
1,40% – Sergipe (12.712)
1,20% – Alagoas (10.896)
0,87% – Pernambuco (7.899)

Cara ou coroa para o título do Nordestão

Moeda do árbitro na final da Copa do Nordeste de 2016. Foto: Esporte Interativo/instagram

A escolha do lado do campo e a posse de bola inicial na largada da final do Nordestão de 2016 será definida pelo árbitro Arílson Bispo da Anunciação através de uma moeda especial. De um lado, o troféu da Copa do Nordeste, e do outro, o mascote Zeca Brito – uma versão melhorada de 2015, veja aqui.

Com a moeda dourada alçada, surgem as primeiras escolhas de Santa e Campinense em um confronto histórico. Com os corais em busca de um título inédito, sacramentando uma retomada de 2011, hoje marcada pela presença no primeiro degrau do futebol nacional e por uma sede insaciável de taças. E com os raposeiros lutando por um improvável bicampeonato. Improvável mesmo, pois, assim como na primeira final, ainda buscam uma vaga na quarta divisão. Cenário incompatível com uma campanha deste porte na Lampions League.

Cara ou coroa, Arruda ou Amigão…?

A certeza é que o Nordeste terá um novo grande campeão. Digno demais.

Moeda do árbitro na final da Copa do Nordeste de 2016. Foto: Esporte Interativo/instagram

A bola especial para as finais da Copa do Nordeste de 2016, no Arruda e no Amigão

A bola oficial do primeiro jogo da final do Nordestão, entre Santa e Campinense. Crédito: divulgação

A decisão da Copa do Nordeste de 2016, entre Santa Cruz e Campinense, terá uma bola especial. Em cada jogo, aliás, as sete bolas reservadas terão os escudos dos clubes e as datas das respectivas partidas, numa ação de marketing para tornar o confronto em algo marcante (ainda mais, claro). Abaixo, assista à produção da pelota da Umbro para o jogo de ida, no Arruda. A ação será repetida na volta, no Amigão.

A decisão está cercada de outras de ações pontuais. Os uniformes também terão “patchs” exclusivos, com os nomes dos finalistas, emulando a ação já vista na Copa do Mundo. Falando em “copa”, o troféu dourado da Lampions League estará exposto na beira do campo no Arruda. Será a segunda vez neste ano, uma vez que o regional começou justamente no Mundão, no jogo contra o Bahia, na fase de grupos. Até a moeda do árbitro será personalizada.

Tudo com o objetivo de fincar a marca do Nordestão, que neste ano chega ao ápice numa disputa entre pernambucanos e paraibanos.

Os 40 anos do Dia do Goleiro, graças ao interminável pernambucano Manga

Dia do Goleiro. A curiosa data é celebrada no futebol brasileiro há exatamente quarenta anos. Desde 26 de abril de 1976, em homenagem ao aniversário do goleiro pernambucano Manga, então ídolo do Internacional, mas revelado pelo Sport vinte anos antes, quando era conhecido como “Ayrton Correia”. O jogador, hoje aos 79 anos, foi um dos melhores do país na posição, numa carreira duradoura. Quando surgiu a data, idealizada por professores de educação física do Rio de Janeiro, Manga se tornaria o campeão brasileiro mais velho da história, aos 39 anos! Uma marca ainda não superada.

Veja o primeiro contrato profissional de Manga, de 1956, clicando aqui.

Abaixo, as homenagens oficiais dos clubes do Recife em 2016, via facebook.

Náutico
“Ser goleiro é ser o coração do time, mesmo num jogo onde o principal objetivo você deve evitar. Parabéns aos nossos goleiros, do passado e do presente, pelo seu dia. Rodolpho, Júlio César e Bruno.”

Homenagem do Náutico ao Dia do Goleiro em 2016. Crédito: Náutico/facebook

Santa Cruz
“Das mãos dele vem o movimento preciso, seguido do grito: MILAAAAAGRE!!! O Santa Cruz sempre teve em sua história grandes defensores, que escreveram o seu nome na história do Time do Povo. Hoje, Dia do Goleiro, parabenizamos todos os atletas que escolhem a defesa como ofício da vida. Em especial, parabéns aos goleiros corais: Fred, Edson Kolln, Miller e Tiago Paredão Cardoso.”

Homenagem do Santa Cruz ao Dia do Goleiro em 2016. Crédito: Santa Cruz/facebook

Sport
“Há quem seja cruel a ponto de dizer que nem grama nasce onde os goleiros jogam. Há também quem crave que eles nasceram predestinados a serem vilões. Não sabemos se é coincidência, mas nossos goleiros fogem a essa regra. Ao todo, no elenco profissional, temos cinco verdadeiros paredões, todos excepcionalmente treinados por Gilberto Melo, ex-jogador do Leão e melhor arqueiro do Brasil em 1992. Magrão, Danilo Fernandes, Luiz Carlos e Lucas, são os ‘titulares’, os de verdade, os de todos os dias. O quinto elemento dessa equipe quase intransponível estreou no dia 17 de maio de 2015, fez gol no Maracanã e apontou para a 87. Vocês sabem de quem estamos falando…”

Homenagem do Sport ao Dia do Goleiro em 2016. Crédito: Sport/facebook

Sport lança campanha contra pirataria com genérico de Danilo Fernandes

Vídeo do Sport contra a pirataria. Crédito: Sport/youtube

No combate à pirataria, o Sport vem denunciando o comércio ilegal de produtos ligados ao clube, sobretudo as versões genéricas dos uniformes produzidos pela Adidas. À parte da atuação do departamento jurídico, o marketing lançou uma curiosa campanha antipirataria (“Parece, mas não é”). De fato, o goleiro no vídeo abaixo, interpretado pelo torcedor João Paulo Barbosa, lembra da Danilo Fernandes. Tecnicamente, não. Falsiê.

Na primeira ação efetiva, em 1º de abril, após denúncia do clube na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Material, foram apreendidas 511 camisas na Avenida Dantas Barreto. As ações seguem acontecendo nos jogos na Ilha do Retiro. A direção do Sport ainda não tem um dado concreto, mas já estima em “milhares” o número de produtos falsificados apreendidos em 2016, entre camisas (rubro-negra, preta, azul e retrô), shorts e bandeiras.

Vale lembrar que os clubes têm direito a royalties sobre as vendas licenciadas, ou seja percentuais no faturamento. É assim com Sport/Adidas, mas também se aplica com Santa/Penalty e Náutico/Umbro. A fiscalização é mesmo necessária, assim como uma política de produtos acessíveis aos torcedores.

A bola da final pernambucana em 2016

Bola da Penalty para a final do Campeonato Pernambucano de 2016. Crédito: FPF/divulgação

A ideia de confeccionar uma bola especial para a final surgiu na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, quando a Adidas criou a dourada Teamgeist Berlin, exclusiva para a partida entre Itália e França. Desde então, inúmeros torneios copiaram a ideia, inclusive o Campeonato Pernambucano, desde 2013.

Começou com a Duelo Final, marrom. No ano seguinte, a Gorduchinha, com as cores brasileiras. Nos últimos dois anos, a versão final. Novamente produzida pela Penalty, fornecedora do campeonato local desde 2008, a Bola 8 trocou os gomos pretos pelo dourado, num tom semelhante ao do troféu oficial.

Ao contrário da última temporada, quando a bola especial começou a ser utilizada na semifinal, desta vez a bola dourada de 2016 foi reservada mesmo para os dois jogos finais, com a bola alvinegra nas outras 90 partidas.

As bolas dos turnos e das finais: 2013, 2014, 2015 e 2016.

A bola do Campeonato Pernambucano de 2016. Crédito: FPF/divulgação

O troféu do Campeonato Pernambucano de 2016, inspirado na Champions League

O troféu do Campeonato Pernambucano de 2016. Crédito: FPF/divulgação

O troféu do Campeonato Pernambucano de 2016 é o primeiro da história do futebol local a ter um naming rights, incorporando o nome da patrocinadora da competição, a Celpe. Encomendada pela FPF a uma empresa de design, a peça dourada de 60 centímetros lembra a orelhuda prateada da Champions League. Com um formato de “diamante”, a taça foi elaborada como a “maior joia do Nordeste”. Entre os detalhes, a base lembrando uma bola de futebol, as cores da bandeira pernambucana e o distintivo da entidade no alto. Na visão do blog, bem acima da média dos modelos apresentados nos últimos anos.

Medalhas do Campeonato Pernambucano de 2016. Crédito: FPF/divulgação

Seguindo a identidade visual da taça, também foram confeccionadas medalhas douradas e prateadas para o campeão e vice da temporada local, com destaque para a estrela da bandeira. Inicialmente a ideia era homenagear Miguel Arraes, que completaria 100 anos. Com o contrato firmado com a fornecedora de energia durante o Estadual, o troféu acabou entrando na pauta da negociação. Porém, a homenagem ao ex-governador foi mantida, na festa de premiação

O que você achou do troféu do campeonato estadual de 2016?

2006 – Troféu Diario de Pernambuco (Sport)
2007 – Troféu 100 Anos do Frevo (Sport)
2008 – Troféu Radialista Luiz Cavalcante (Sport)
2009 – Troféu Governador Eduardo Campos (Sport)
2010 – Troféu Tribunal de Justiça de Pernambuco (Sport)
2011 – Troféu 185 anos da Polícia Militar de Pernambuco (Santa Cruz)
2012 – Troféu Rede Globo Nordeste (Santa Cruz)
2013 – Troféu FPF (Santa Cruz)
2014 – Troféu 100 anos do Campeonato Pernambucano (Sport)
2015 – Troféu Centenário da FPF (Santa Cruz)
2016 – Troféu Pernambucano Celpe A1 (Náutico, Salgueiro, Sport ou Santa?)

Troféus do Campeonato Pernambucano de 2006 a 2015