Os grandes clubes pernambucanos estrearam oficialmente em 2017, com jogos pela Copa do Nordeste. Saldo positivo, com duas vitórias no Recife e um empate em Campina Grande, com o tricolor buscando o mesmo resultado da última decisão regional. Hora de analisar as novas formações, as estreias dos reforços, com destaques e críticas através do podcast 45 minutos. Ao todo, foram 73 minutos em três gravações exclusivas com muito futebol.
Estou nessa com Cabral Neto, Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Salgueiro, Belo Jardim e Central foram os classificados, nesta ordem, para o hexagonal principal do Campeonato Pernambucano de 2017. Se juntam a Náutico, Santa e Sport, pré-classificados por disputarem as Séries A e B. Com o sexteto definido, vamos à tabela, que sofreu ajustes a partir da grade televisão, com a Globo Nordeste no sinal aberto e o Premiere no pay-per-view, além do choque de datas com Nordestão e Copa do Brasil – Sport x Belo Jardim, por exemplo, saiu de 08/02, que era o dia de CSA x Sport, pelo torneio nacional. Além disso, há a exigência da polícia militar, evitando mais de um jogo na capital no mesmo dia. Por isso, três rodadas (3ª, 8ª e 9ª) devem ser modificadas. O regulamento é o mesmo dos últimos anos, com os quatro melhores colocados avançando ao mata-mata, com semifinal (16 e 30 de abril) e final (3 e 7 de maio).
Entre os classificados da primeira fase, Central e Belo Jardim também se garantiram na Série D de 2018 – o Salgueiro está na C. A terceira vaga do estado será dada ao campeão do hexagonal da permanência. Lembrando que em 2017 o estado será representado na quarta divisão por Central, América e Serra Talhada, através das classificações obtidas na última edição do Estadual.
Participações no hexagonal do título (2014-2017) 4 – Central, Náutico, Salgueiro, Santa Cruz e Sport 1 – América, Belo Jardim, Porto e Serra Talhada
Número de clubes por mesorregião
2017 – RMR 3, Agreste 2, Sertão 1, Mata o
2016 – RMR 4, Agreste 1, Sertão 1, Mata 0
2015 – RMR 3, Sertão 2, Agreste 1, Mata 0
2014 – RMR 3, Agreste 2, Sertão 1, Mata 0
A seguir, a tabela do hexagonal, com o horário do Recife. Lembrando que o Belo Jardim vem mandando os seus jogos em Caruaru, uma vez que o Mendonção não foi aprovado na vistoria da FPF (o clube ainda tenta uma mudança).
Post atualizado em 03/04 (após o detalhamento da FPF)
1ª rodada 28/01 (16h00) – Sport x Central (Premiere) 29/01 (16h00) – Náutico x Santa Cruz, Arena (Globo NE) 29/01 (16h00) – Belo Jardim x Salgueiro, Antônio Inácio
2ª rodada 01/02 (20h30) – Central x Náutico, Antônio Inácio (Premiere) 01/02 (21h30) – Santa Cruz x Belo Jardim, Arruda (Globo NE) 02/02 (20h30) – Salgueiro x Sport, Cornélio de Barros (Premiere)
3ª rodada 08/02 (20h30) – Náutico x Salgueiro, Arena (Premiere) 09/02 (20h30) – Central x Santa Cruz, Arena (Premiere) 15/02 (20h30) – Sport x Belo Jardim, Ilha do Retiro (Premiere)
4ª rodada 18/02 (16h30) – Santa Cruz x Sport, Arruda (Globo NE) 19/02 (20h00) – Salgueiro x Central, Cornélio de Barros
20/02 (20h30) – Belo Jardim x Náutico, Arruda (Premiere)
5ª rodada 01/03 (21h45) – Sport x Náutico, Ilha do Retiro (Globo NE) 02/03 (15h00) – Central x Belo Jardim, Carneirão 02/03 (20h30) – Santa Cruz x Salgueiro, Arruda (Premiere)
6ª rodada 05/03 (16h00) – Náutico x Sport, Arena (Premiere) 05/03 (16h00) – Salgueiro x Santa Cruz, Cornélio de Barros (Globo NE) 05/03 (16h00) – Belo Jardim x Central, Antônio Inácio
7ª rodada 18/03 (16hh0) – Santa Cruz x Central, Arruda (Premiere) 18/03 (18h30) – Salgueiro x Náutico, Cornélio de Barros (Premiere) 19/03 (16h00) – Belo Jardim x Sport, Arruda (Globo NE)
8ª rodada 25/03 (16h00) – Náutico x Belo Jardim, Arena (Premiere) 26/03 (16h00) – Sport x Santa Cruz, Ilha do Retiro (Globo NE) 26/03 (16h00) – Central x Salgueiro, Lacerdão
9ª rodada 03/04 (20h00) – Sport x Salgueiro, Ilha do Retiro (Premiere) 05/04 (19h30) – Náutico x Central, Arena (Premiere) 05/04 (21h45) – Belo Jardim x Santa Cruz, Arena (Globo NE)
10ª rodada* 09/04 (16h00) – Central x Sport, Arruda (Globo) 09/04 (16h00) – Salgueiro x Belo Jardim, Cornélio de Barros 10/04 (20h30) – Santa Cruz x Náutico, Arruda (Premiere)
Nº de jogos transmitidos na Globo (9) 6 – Santa Cruz 5 – Sport 3 – Belo Jardim 2 – Náutico
1 – Salgueiro e Central
Nº de jogos transmitidos no Premiere (15) 8 – Náutico
5 – Sport, Salgueiro e Central
4 – Santa Cruz 3 – Belo Jardim
Em competições nacionais, a presença da torcida visitante é restrita a 10% da capacidade do estádio, segundo o regulamento geral de competições da CBF. A controversa medida, válida até nos clássicos, foi tomada por questão de segurança, sempre em caráter reducionista. No Recife, de forma excepcional no Estadual, a federação pernambucana elevou o dado para 20%, em 2009, apenas nos confrontos entre Náutico, Santa Cruz e Sport. Em 2017, até 30%, numa releitura do último regulamento geral da FPF. Em 2016, o texto dizia que o visitante poderia reservar até 49% dos ingressos, mas ressalvando sobre o requerimento com cinco dias de antecedência e a garantia a compra antecipada. Ninguém deu conta nos dez clássicos realizados. Agora, há mais tempo para a solicitação, segundo o artigo 82 do RGC 2017 (em itálico). Alguém dá conta?
Art. 82 O clube visitante, salvo disposição diversa do REC, terá o direito de adquirir, com pagamento prévio, a quantidade máxima de ingressos correspondente a 30% (trinta por cento) da capacidade do estádio ou da capacidade permitida pelos órgãos de segurança, desde que se manifeste em até 03 (três) dias úteis antes da realização da partida através de ofício dirigido ao clube mandante, obrigatoriamente com cópia à DCO-FPF.
§ 1º Caso os órgãos de segurança informem, após inspeção, quantidade diferente da prevista no caput, esta prevalecerá, cabendo ao clube mandante repassar o relatório da referida inspeção à FPF no prazo de 10 (dez) dias de antecedência para a partida ou, em caso de partida eliminatória (mata-mata), antes da partida de ida do confronto.
§ 2º Em cumprimento à disposição do REC ou ao acordo assinado entre os clubes, inclusive para situações de reciprocidade, a disponibilidade de ingressos para o visitante poderá ser superior aos 30% da capacidade do estádio.
Abaixo, as cargas de ingressos dos maiores estádios locais. Regra à parte, vale lembrar que na decisão de 2016, por exemplo, os corais só tiveram 2.235 ingressos, ou 8,12% da capacidade da Ilha, devido ao veto dos bombeiros. Foi criado um parágrafo, o 1º, para evitar uma nova polêmica. A conferir.
Arruda* Capacidade: 50.582 lugares Mandante: 45.523 ingressos no Brasileiro (90%) e 35.407 no Estadual (70%)
Visitante: 5.058 ingressos no Brasileiro (10%) e 15.174 no Estadual (30%)
Arena Pernambuco*
Capacidade: 45.845 lugares
Mandante: 41.260 ingressos no Brasileiro (90%) e 32.091 no Estadual (70%)
Visitante: 4.584 ingressos no Brasileiro (10%) e 13.753 no Estadual (30%)
Ilha do Retiro* Capacidade: 27.435 lugares Mandante: 24.691 ingressos no Brasileiro (90%) e 19.204 no Estadual (70%)
Visitante: 2.743 ingressos no Brasileiro (10%) e 8.230 no Estadual (30%)
* Os limites autorizados pelo Corpo de Bombeiros, por questão de segurança
Em jogo isolado, o Náutico venceu o Uniclinic por 4 x 0, na abertura oficial da Copa do Nordeste de 2017. De volta ao torneio regional após breve ausência, o alvirrubro não encontrou dificuldades para superar o vice-campeão cearense. O estreante, que ocupa o 7º lugar no estadual após três rodadas, se mostrou bem limitado tecnicamente. Basicamente, assistiu à troca de passes do time pernambucano, que até então havia disputado apenas jogos-treinos.
Na primeira apresentação oficial nesta segunda passagem de Dado Cavalcanti, o time jogou desfalcado de Marco Antônio e Maylson no meio-campo e de Anselmo no ataque. Ainda assim, manteve o ritmo treinado na pré-temporada, com a valorização da posse de bola, desde a saída com os zagueiros Éwerton Pascoa e Tiago Alves. Buscando espaço e contando com alguma paciência dos 2.410 espectadores – bem ressabiados da última partida na arena, pela Série B -, o Náutico marcou dois gols no primeiro tempo, com Giva (cabeçada) e Jefferson Nem. O mesmo Nem ampliou logo aos três da segunda etapa, num chute cruzado. Depois, 40 minutos de passeio, evitando desgaste para a pesada agenda pela frente, com um Clássico das Emoções já no domingo, pelo Pernambucano. Nos descontos, Juninho pegou um rebote e definiu a goleada.
Sem dúvida, foi um resultado importante em um grupo tido como parelho, com Santa e Campinense. Como apenas três vice-líderes avançam às quartas, o que não aconteceu nas participações anteriores do timbu, em 2014 e 2015, o cálculo (mesmo cedo) passa por seis pontos diante do Uniclinic. Três já foram.
Desde abertura oficial da Arena Pernambuco, em junho de 2013, já foram realizados 16 clássicos pernambucanos no local, considerando o período até 2016. Os duelos ocorreram em quatro competições distintas: Pernambucano, Nordestão, Série B e Copa Sul-Americana, com públicos entre 4 mil (ou 10% de ocupação da capacidade) e 30 mil (65%). Precisamente, o borderô registrou a entrada de 181.884 torcedores. Em quatro temporadas de clássicos, portanto, a média é de 11.367. Em relação à arrecadação, números melhores (por causa do preço aplicado no estádio), com R$ 4.382.275, com um índice de R$ 273.892.
Para 2017, ao menos quatro clássicos estão garantidos, todos com mando do Náutico. Dois pelo Estadual, contra tricolores (29/01) e rubro-negros (05/03), com o primeiro já na abertura da fase principal, um Clássico das Emoções na Lampions (12/03) e outro pela Segundona, em data a definir. Como nos anos anteriores, negociações entre o governo estadual e Santa e Sport podem resultar em mais duelos – além de fases mata-matas com o Náutico presente.
A seguir, um resumo de cada clássico no local entre 2013 e 2016.
Náutico x Sport O primeiro clássico da história da Arena foi logo um duelo internacional, pela Sula. Apesar da derrota, os leoninos avançaram nos pênaltis. Embora tenha sido mandante só uma vez, o rubro-negro venceu a maioria dos jogos. Sobre os públicos, quatro foram abaixo de 10 mil, com a média se mantendo acima disso graças à decisão do Estadual 2014, com 30 mil, ainda recorde em clássicos.
7 jogos (6 mandos alvirrubros e 1 rubro-negro) 2 vitórias do Náutico (28%) 1 empate (14%) 4 vitórias do Sport (57%)
86.850 torcedores, média de 12.407 R$ 2.248.625 de renda absoluta, média de R$ 321.232
Santa Cruz x Náutico Com oito gols, o primeiro duelo, vencido pelos corais, é o recorde de tentos na arena, considerando os clássicos. Apesar da média menor em comparação a Náutico x Sport, o Clássico das Emoções apresenta mais regularidade nos públicos, com cinco acima de 10 mil espectadores. Destoa o jogo pela primeira fase do Estadual 2015, com 4,6 mil espectadores, a menor assistência até hoje.
7 jogos (6 mandos alvirrubros e 1 tricolor) 3 vitórias do Santa Cruz (43%) 2 empates (28%) 2 vitórias do Náutico (28%)
82.947 torcedores, média de 11.849 R$ 1.959.725 de renda absoluta, média de R$ 279.960
Sport x Santa Cruz O inédito Clássico das Multidões pela Sula, no centenário do confronto, acabou ocorrendo integralmente na Arena depois que os dois rivais se acertaram com o governo do estado. Ou seriam os dois jogos ou nenhum. Se salvou apenas a festa tricolor, avançando às oitavas, pois a presença das torcidas foi frustrante nos dois jogos, com os menores públicos do clássico nesta década.
2 jogos (1 mando 1 rubro-negro e 1 tricolor) 0 vitória do Sport (0%) 1 empate (50%) 1 vitória do Santa Cruz (50%)
12.087 torcedores, média de 6.043 R$ 173.925 de renda bruta, média de R$ 86.962
Há dois anos, o Borussia Dortmund ampliou Signal Iduna Park para até 81.360 torcedores nos jogos do campeonato alemão, incluindo um setor em pé, a chamada “muralha amarela”. Com isso, alcançou um patamar incrível. Com a fidelidade de sua torcida, o clube quebrou o recorde de média de público, agora de 80.760, com uma taxa de ocupação de 99,2%! O índice em 2015/2016 superou a própria marca de 2014/2015, a primeira a passar de 80 mil. No futebol, Barça e Real, devido à capacidade de seus estádios, também poderiam chegar a tanto, mas vêm um pouco abaixo. O quadro está presente no levantamento da consultoria inglesa Deloitte, com os vinte clubes mais ricos do mundo.
Já são cinco anos consecutivos com o Borussia liderando a média de público no mundo, considerando os números oficiais das ligas nacionais. A última vez que não ficou à frente, neste contexto, foi em 2010/2011, por pouco. Barcelona 79.186 x 78.416. Vale lembrar que na Champions League o clube é obrigado a colocar assentos em todos os setores, com a capacidade do Signal caindo para 65.829. Apesar da torcida robusta, via season ticket, a bilheteria representa apenas 22% do faturamento do Borussia, o 11º clube mais rico.
Segundo o relatório da Deloitte (Football Money League), seis dos vinte mais ricos tiveram uma assistência superior a 60 mil torcedores. O Arsenal ficou a um triz, 20 pessoas. Os londrinos cobram os ingressos mais caros da Europa (que representam 29% da receita do clube). Outra curiosidade é o Zenit, listado mesmo com apenas 16 mil espectadores por jogo. O borderô equivale a 5% do faturamento, enquanto as áreas comercial e de marketing geram 74%.
Confira as médias dos times mais abonados nas últimas quatro temporadas. Como curiosidade, os índices do Trio de Ferro do Recife no mesmo período.
2015/2016 (os 20 mais ricos) 80.760 – Borussia Dortmund (Alemanha, 17 jogos) 79.724 – Barcelona (Espanha, 19 jogos) 75.327 – Manchester United (Ingleterra, 19 jogos) 75.017 – Bayern de Munique (Alemanha, 17 jogos) 71.280 – Real Madrid (Espanha, 19 jogos) 61.076 – Schalke 04 (Alemanha, 17 jogos) 59.980 – Arsenal (Inglaterra, 19 jogos) 54.013 – Manchester City (Inglaterra, 19 jogos) 46.160 – Paris Saint-Germain (França, 19 jogos) 45.538 – Internazionale (Itália, 19 jogos) 44.108 – Liverpool (Inglaterra, 19 jogos) 43.087 – Atlético de Madrid (Espanha, 19 jogos) 41.500 – Chelsea (Inglaterra, 19 jogos) 39.106 – Juventus (Itália, 19 jogos) 37.777 – Milan (Itália, 19 jogos) 35.839 – Tottenham (Inglaterra, 19 jogos) 35.321 – Roma (Itália, 19 jogos) 32.024 – Leicester (Inglaterra, 19 jogos) 34.873 – West Ham (Inglaterra, 19 jogos) 16.813 – Zenit (Rússia, 15 jogos)
2014/2015 (+60.000 entre os 20 mais ricos) 80.423 – Borussia Dortmund (Alemanha, 17 jogos) 77.632 – Barcelona (Espanha, 19 jogos) 75.335 – Manchester United (Inglaterra, 19 jogos) 72.969 – Real Madrid (Espanha, 19 jogos) 72.882 – Bayern de Munique (Alemanha, 17 jogos) 61.577 – Schalke 04 (Alemanha, 17 jogos)
2013/2014 (+60.000 entre os 20 mais ricos) 79.856 – Borussia Dortmund (Alemanha, 17 jogos) 75.203 – Manchester United (Inglaterra, 19 jogos) 71.988 – Barcelona (Espanha, 19 jogos) 71.131 – Bayern de Munique (Alemanha, 17 jogos) 70.739 – Real Madrid (Espanha, 19 jogos) 61.269 – Schake 04 (Alemanha, 17 jogos) 60.014 – Arsenal (Inglaterra, 19 jogos)
2012/2013 (+60.000 entre os 20 mais ricos) 79.893 – Borussia Dortmund (Alemanha, 17 jogos) 75.530 – Manchester United (Inglaterra, 19 jogos) 71.235 – Barcelona (Espanha, 19 jogos) 71.000 – Bayern de Munique (Alemanha, 17 jogos) 65.268 – Real Madrid (Espanha, 19 jogos) 61.000 – Schalke 04 (Alemanha, 17 jogos) 60.000 – Arsenal (Inglaterra, 19 jogos)
As médias dos clubes pernambucanos no Campeonato Brasileiro:
2016 16.004 – Sport (Série A, 19 jogos) 9.855 – Santa Cruz (Série A, 19 jogos) 8.039 – Náutico (Série B, 19 jogos)
2015 17.132 – Sport (Série A, 18 jogos*) 14.733 – Santa Cruz (Série B, 19 jogos) 6.851 – Náutico (Série B, 19 jogos) * Ainda houve um jogo de portões fechados
2014 18.324 – Sport (Série A, 19 jogos) 13.140 – Santa Cruz (Série B, 19 jogos) 6.582 – Náutico (Série B, 19 jogos)
2013 28.150 – Santa Cruz (Série C, 13 jogos) 17.472 – Sport (Série B, 19 jogos) 11.301 – Náutico (Série A, 19 jogos)
O perfil exportador do futebol nordestino é bem antigo, com craques negociados desde o início do profissionalismo no país, como Ademir Menezes, do Sport para o Vasco em 1942. E do clube carioca para a Copa do Mundo. Caminhos para o Sul-Sudeste e também para o exterior. Ainda bem, há o caminho inverso. Mais recente e numa rotação menor, o clubes da região também vêm contratando jogadores com cifras milionárias. O blog reuniu as negociações (divulgadas) no Plano Real, em circulação desde 1º de julho de 1994 – considerando ao menos R$ 1 milhão independentemente do percentual adquirido sobre os direitos.
À parte da década atual, surpreende o Vitória em 1997, com quatro compras seguidas, no embalo da parceria com o Banco Excel, que bancou R$ 10,8 milhões nos reforços, além de mediar o empréstimo de Túlio Maravilha, então no Corinthians, também patrocinado pelo banco. Na temporada seguinte, também respaldado por um banco (o Opportunity), o Bahia entrou na estatística. A partir de 2012, no início da era das supercotas da televisão, no Brasileirão, quatro clubes da região conseguiram realizar transações neste porte, até o Náutico, o único ‘não cotista’, mas presente na elite no ano da vinda de Kieza.
Número de jogadores comprados (20 nomes até 11/01/2018*): 8 – Sport 7 – Vitória 4 – Bahia* 1 – Náutico
* O Bahia também comprou 55% de Hernane Brocador e 50% de Edgar Junio, mas com valores desconhecidos
Número de jogadores comprados por estado: 11 – Bahia 9 – Pernambuco
O ranking é apresentado tanto em reais quanto em dólares. Isso porque, em mais de duas décadas, o valor da moeda nacional já flutuou bastante. Se no início chegou a valer mais que o dólar, em determinado momento caiu para 1/4 da moeda americana. Por sinal, apesar de o euro ser a versão mais utilizada, hoje, no futebol internacional, o blog opta pelo dólar uma vez que a moeda europeia só foi criada em 1999, sendo impossível calcular valores anteriores.
A pesquisa engloba valores oficiais e extraoficiais, esses divulgados na imprensa (jornais e sites), uma vez que os clubes raramente revelam os números oficiais – nem em seus balanços financeiros. Na maioria dos casos, cada compra foi informada em um valor (real, dólar ou euro), com o blog convertendo nas duas colunas abaixo de acordo com o câmbio de cada época, precisamente no dia da notícia.
Ah, existe a possibilidade de alguns nomes terem sido esquecidos. Por isso, caso lembre, pode deixar o seu comentário no post, que a lista será atualizada.
De Guilherme de Aquino, na introdução do futebol no Recife, passando por nomes como Ademir Menezes, Raúl Betancor, Dadá, Roberto Coração de Leão, Leonardo, Durval, Magrão e, recentemente, Diego Souza, o Sport escreveu mais de um século de história no futebol. Sobretudo, em sua casa, a Ilha do Retiro, que se torna octogenária em 2017, de uma tradição incomparável para a sua torcida.
Mergulhando no acervo de Carlos Celso Cordeiro e atualizando os dados mais recentes, totalizando 113 temporadas que dão consistência à história do Leão, vamos ao retrospecto geral nas principais competições oficiais disputadas pelo clube, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Entre os dados, a colocação no ranking (quando possível) e o aproveitamento em cada torneio, sempre considerando 3 pontos por vitória, para padronizar o cálculo. Na sequência, o rendimento do Sport atuando na Ilha do Retiro, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa rubro-negra (Magrão, imbatível) e os maiores públicos.
Primeiro jogo: Sport 2 x 2 Englis Eleven, em 22/06/1905, no Derby.
Total (competições oficiais e amistosos*) 1905-2016 4.986 jogos (9.306 GP e 5.392 GC, +3.914) 2.593 vitórias (52,00%) 1.171 empates (23,48%) 1.212 derrotas (24,30%) 59,8% de aproveitamento * 10 jogos com placar desconhecido
Estadual 1915-2016 (ranking: 1º) 2.197 jogos (4.921 GP e 2.038 GC, +2.873) 1.390 vitórias (63,26%) 428 empates (19,48%) 379 derrotas (17,25%) 100 participações (entre 1916 e 2016) 40 títulos (entre 1916 e 2014) 69,7% de aproveitamento
Copa do Nordeste 1994-2016 (ranking: 3º) 112 jogos (195 GP e 104 GC, +91) 56 vitórias (50,00%) 31 empates (27,67%) 25 derrotas (22,32%) 11 participações (entre 1994 e 2016) Campeão em 1994, 2000 e 2014 59,2% de aproveitamento
Série A 1971-2016 (ranking: 17º) 857 jogos (990 GP e 1.042 GC, -52) 293 vitórias (34,18%) 240 empates (28,00%) 324 derrotas (37,80%) 35 participações (entre 1971 e 2016) Campeão em 1987 43,5% de aproveitamento
Brasileiro unificado 1959-2016 874 jogos (1.022 GP e 1.061 GC, -39) 301 vitórias (34,43%) 245 empates (28,03%) 328 derrotas (37,52%) 38 participações (entre 1959 e 2016) Campeão em 1987 43,7% de aproveitamento
Copa do Brasil 1989-2016 104 jogos (164 GPC e 110 GC, +54) 48 vitórias (46,15%) 24 empates (23,07%) 32 derrotas (30,76%) 22 participações (entre 1989 e 2016) Campeão em 2008
53,8% de aproveitamento
Taça Libertadores da América 1960-2016 14 jogos (18 GP e 14 GC, +4) 7 vitórias (50,00%) 2 empates (14,28%) 5 derrotas (35,71%) 2 participações (1988 e 2009) Oitavas em 2009 54,7% de aproveitamento
Copa Sul-Americana 2002-2016 12 jogos (9 GP e 16 GC, -7) 2 vitórias (16,66%) 2 empates (16,66%) 8 derrotas (66,66%) 4 participações (entre 2013 e 2016) Oitavas em 2013 e 2015 22,2% de aproveitamento
Histórico em decisões no Estadual Sport 12 x 12 Santa Cruz Sport 11 x 6 Náutico
Sport na Ilha do Retiro* (1937/2016) 2.112 jogos 1.302 vitórias (61,64%) 459 empates (21,73%) 351 derrotas (16,61%)
68,8% de aproveitamento
* Competições oficiais e amistosos
Clássico das Multidões (1916-2016) 552 jogos 230 vitórias do Sport (41,66%) 156 empates (28,26%) 166 vitórias do Santa (30,07%)
Clássico dos Clássicos (1909-2016)* 544 jogos 209 vitórias do Sport (38,41%) 155 empates (28,49%) 179 vitórias do Náutico (32,90%) *Um jogo disputado em 29 de março de 1931, no Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.
Maiores públicos Clássico 80.203 – Náutico 0 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 15/03/1998)
Outros adversários (torcida única) 56.875 – Sport 2 x 0 Porto, na Ilha (Estadual, 07/06/1998)
Do pátio da Igreja de Santa Cruz, a diversão de alguns meninos tornou-se o amor de muita gente. Nesses mais de cem anos de futebol, já defenderam a camisa de três cores vários dos melhores jogadores do estado, como Tará, Givanildo, Nunes, Fumanchu, Ricardo Rocha, Zé do Carmo e Tiago Cardoso. Boa parte deles brilhando no Mundão, criado para abrigar o povo.
Mergulhando no acervo de Carlos Celso Cordeiro e atualizando os dados mais recentes, totalizando 104 temporadas que dão consistência à história da Cobra Coral, vamos ao retrospecto geral nas principais competições oficiais disputadas pelo clube, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Entre os dados, a colocação no ranking (quando possível) e o aproveitamento em cada torneio, sempre considerando 3 pontos por vitória, para padronizar o cálculo. Na sequência, o rendimento do Santa atuando no Arruda, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa tricolor e os maiores públicos.
Primeiro jogo: Santa Cruz 7 x 0 Rio Negro, em 08/03/1914, no Derby.
Confira também as estatísticas de Náutico e Sport.
Total (competições oficiais e amistosos*) 1914-2016 4.990 jogos (9.657 GP e 5.783 GC, +3.874) 2.534 vitórias (50,78%) 1.145 empates (22,94%) 1.299 derrotas (26,03%) 58,4% de aproveitamento * 12 jogos com placar desconhecido
Estadual 1915-2016 (ranking: 2º) 2.237 jogos (4.871 GP e 2.253 GC, +2.618) 1.323 vitórias (59,14%) 435 empates (19,44%) 479 derrotas (21,41%) 102 participações (entre 1915 e 2016, 100%) 29 títulos (entre 1931 e 2016) 65,6% de aproveitamento
Copa do Nordeste 1994-2016 (ranking: 6º) 102 jogos (150 GP e 124 GC, +26) 49 vitórias (48,03%) 17 empates (16,66%) 36 derrotas (35,29%) 10 participações (entre 1994 e 2016) Campeão em 2016 53,5% de aproveitamento
Série A 1971-2016 (ranking: 26º) 485 jogos (581 GP e 688 GC, -83) 145 vitórias (29,89%) 151 empates (31,13%) 189 derrotas (38,96%) 21 participações (entre 1971 e 2016) 4º lugar em 1975 40,2% de aproveitamento
Brasileiro unificado 1959-2016 519 jogos (615 GP e 741 GC, -102) 152 vitórias (29,28%) 166 empates (31,98%) 201 derrotas (38,72%) 24 participações (entre 1960 e 2016) 4º lugar em 1960 e 1975 39,9% de aproveitamento
Copa do Brasil 1989-2016 83 jogos (111 GP e 105 GC, +6) 34 vitórias (40,96%) 18 empates (21,68%) 31 derrotas (37,34%) 22 participações (entre 1990 e 2016) Oitavas em 7 oportunidades
48,1% de aproveitamento
Copa Sul-Americana 2002-2016 4 jogos (4 GP e 3 GC, +1) 2 vitórias (50,00%) 1 empate (25,00%) 1 derrota (25,00%) 1 participação (2016) Oitavas em 2016 58,3% de aproveitamento
Histórico em decisões no Estadual Santa Cruz 12 x 12 Sport* Santa Cruz 7 x 9 Náutico *O Tricolor leva vantagem em finais na Ilha (9 x 6)
Santa Cruz no Arruda* (1967/2016) 1.467 jogos 880 vitórias (59,98%) 344 empates (23,44%) 243 derrotas (16,56%)
67,8% de aproveitamento
* Competições oficiais e amistosos
Maiores artilheiros 207 gols – Tará 174 gols – Luciano Veloso 148 gols – Ramon 143 gols – Betinho 123 gols – Fernando Santana
Quem mais atuou Givanildo Oliveira – 599 jogos
Clássico das Multidões (1916-2016) 552 jogos 166 vitórias do Santa (30,07%) 156 empates (28,26%) 230 vitórias do Sport (41,66%)
Clássico das Emoções (1917-2016)* 511 jogos 199 vitórias do Santa (38,94%) 147 empates (28,76%) 164 vitórias do Náutico (32,09%) *O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.
Maiores públicos Clássico 78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport, no Arruda (Estadual 21/02/1999)
Outros adversários (torcida única) 65.023 – Santa Cruz 2 x 1 Portuguesa, no Arruda (Série B, 26/11/2005)
Do remo aos gramados, oito anos depois de sua fundação e já ganhando um clássico na primeira apresentação, o Náutico se faz presente no futebol há mais de cem anos, com nomes de muita técnica e garra, como os irmãos Carvalheira, Bita, Nado, Ivan Brondi (hoje presidente), Jorge Mendonça, Bizu e Kuki. No bairro dos Aflitos, fincou raízes em 1918, adquirindo o terreno de sua sede, já tombada. Lá, obteve seus maiores resultados, tendo hoje a Arena Pernambuco como segunda casa.
Mergulhando no acervo de Carlos Celso Cordeiro e atualizando os dados mais recentes, totalizando 109 temporadas que dão consistência à história do Timbu, vamos ao retrospecto geral do nas principais competições oficiais disputadas pelo clube, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Entre os dados, a colocação no ranking (quando possível) e o aproveitamento em cada torneio, sempre considerando 3 pontos por vitória, para padronizar o cálculo. Na sequência, o rendimento timbu atuando nos Aflitos (palco hoje desativado), os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa vermelha e branca e os maiores públicos.
Primeiro jogo: Náutico 3 x 1 Sport, em 25/07/1909, no British Club.
Total (competições oficiais e amistosos*) 1909-2016 4.668 jogos (8.578 GP e 5.591 GC, +2.987) 2.288 vitórias (49,01%) 1.038 empates (22,23%) 1.339 derrotas (28,68%) 56,4% de aproveitamento * 3 jogos com placar desconhecido
Estadual 1915-2016 (ranking: 3º) 2.220 jogos (4.790 GP e 2.377 GC, +2.413) 1.280 vitórias (57,65%) 432 empates (19,45%) 508 derrotas (22,88%) 101 participações (entre 1916 e 2016) 21 títulos (entre 1934 e 2004) 64,1% de aproveitamento
Copa do Nordeste 1994-2016 (ranking: 11º) 72 jogos (109 GP e 97 GC, +12) 28 vitórias (38,88%) 23 empates (31,94%) 21 derrotas (29,16%) 8 participações (entre 1994 e 2015) Semifinal em 2001 e 2002 49,5% de aproveitamento
Série A 1971-2016 (ranking: 23º) 612 jogos (703 GP, 859 GC, -156) 192 vitórias (31,37%) 144 empates (23,52%) 276 derrotas (45,09%) 27 participações (entre 1972 e 2013) 6º lugar em 1984
39,2% de aproveitamento
Brasileiro unificado 1959-2016 666 jogos (777 GP e 930 GC, -153) 213 vitórias (31,9%) 154 empates (23,1%) 299 derrotas (44,8%) 34 participações (entre 1961 e 2013) Vice em 1967 39,6% de aproveitamento
Copa do Brasil 1989-2016 89 jogos (135 GP e 111 GC, +24) 40 vitórias (44,94%) 20 empates (22,47%) 29 derrotas (32,58%) 21 participações (entre 1989 e 2016) Semifinal em 1990
52,4% de aproveitamento
Taça Libertadores 1960-2016 6 jogos (7 GP e 8 GC, -1) 1 vitória* (16,66%) 2 empates (33,33%) 3 derrotas (50,00%) 1 participação (1968) Fase de grupos em 1968 27,7% de aproveitamento
* O clube venceu 2 jogos, mas perdeu os pontos de um por substituição irregular
Copa Sul-Americana 2002-2016 2 jogos (2 GP, 2 GC, 0) 1 vitória (50,00%) 0 empate (0%) 1 derrota (50,00%) 1 participação (2013) 16 avos de final em 2013 50,0% de aproveitamento
Histórico em decisões no Estadual Náutico 9 x 7 Santa Cruz Náutico 6 x 11 Sport
Náutico nos Aflitos* (1917/2015) 1.768 jogos 1.138 vitórias (64,37%) 336 empates (19,00%) 294 derrotas (16,62%)
70,7% de aproveitamento
* Competições oficiais e amistosos
Clássico dos Clássicos (1909-2016)* 544 jogos 179 vitórias do Náutico (32,90%) 155 empates (28,49%) 209 vitórias do Sport (38,41%) *O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.
Clássico das Emoções (1917-2016)* 511 jogos 164 vitórias do Náutico (32,09%) 147 empates (28,76%) 199 vitórias do Santa (38,94%) *O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.
Maiores públicos Clássico 80.203 – Náutico 0 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 15/03/1998)
Outros adversários (torcida única) 44.424 – Náutico 3 x 0 Palmeiras, no Arruda (Série A, 17/04/1983)