Mensalão olímpico

Charge Olimpíada 2012/Mensalão. Arte: Jarbas/Diario de Pernambuco

Se a Olimpíada vem dominando a mídia esportiva, no cenário político nacional o julgamento do “mensalão” é medalha de ouro.

Fazendo um paralelo sobre os dois temas, os chargistas do Diario de Pernambuco produziram vários desenhos nessas duas semanas.

Com doses de crise econômica na Europa e eleições no país.

Mistura de humor com assuntos bem sérios e outro pra lá de atrativo.

Confira no post oito charges de Samuca e Jarbas Domingos.

A 100ª medalha olímpica do Brasil

Medalhas

São 92 anos de história brasileira nos Jogos Olímpicos.

No pódio, a estreia foi com a equipe de tiro, em Antuérpia, em 1920.

Ao todo, 12 modalidades já renderam medalhas para o país.

Atletismo, natação, esportes coletivos, artes marciais etc.

A centésima medalha do Brasil saiu neste 8 de agosto de 2012, com a pugilista Adriana Araújo, bronze na categoria até 60 quilos, na estreia feminina do boxe.

Até hoje, o boxe só contava com um bronze de Servílio de Oliveira, em 1968.

Medalha histórica em todos os sentidos…

Confira o quadro de medalhas brasileiras, considerando a ordem tradicional, ouro, prata e bronze, e a posição da modalidade na escala internacional.

Essa gama de medalhas olímpicas foi alcançada por 284 atletas.

Acima, os dois ouros, as duas pratas e o bronze conquistados pelo velejador Robert Scheidt, em cinco Olimpíadas consecutivas. É o maior atleta olímpico do país.

Entre as 100 primeiras medalhas brasileiras, oito modalidades conquistaram o ouro. Apesar de ser o principal esporte da nação, o futebol segue devendo…

As 100 medalhas olímpicas do Brasil. Crédito: wikipedia

Para transformar a história de prata nos Jogos

Após 24 anos, a Seleção está de volta a uma final olímpica no futebol masculino. É a única conquista que falta à galeria brasileira, com troféus expostos desde 1914.

Abaixo, as duas tentativas anteriores na última etapa da competição.

Em 1984, derrota diante da França, que começaria uma série incrível de triunfos diante do Brasil, que permanece até hoje, incluindo três Mundiais.

Em 1988, Romário bem que se esforçou. Foi o artilheiro do torneio, com sete gols. O último deles na decisão, quando o atacante abriu o placar. A Canarinha sofreu a virada.

Vídeos para relembrar que a terceira decisão do país não será nada fácil.

Que o registro histórico a ser escrito no duelo contr o México, em Wembley, apresente outro metal para os brasileiros no pódio. De preferência no topo do pódio.

De três em três gols, a vaga na decisão futebolística

Olimpíada 2012: Brasil 3x0 Coreia do Sul. Foto: Fifa/divulgação

Ofensivamente, a Seleção Brasileira vem convencendo no torneio olímpico de futebol.

Em todos os cinco jogos, uma curiosa marca. Três gols marcados.

Contra  Egito, Bielorrússia, Nova Zelândia, Honduras e agora Coreia do Sul.

Na semifinal contra os asiáticos, nesta quarta, um gol de Rômulo, revelado pelo Porto de Caruaru, e dois do atacante Leandro Damião, que tomou à força a titularidade de Hulk.

O craque do Inter assumiu a artilharia da competição, com seis gols, decisivos…

A vitória por 3 x 0 em Manchester foi definida no comecinho da etapa complementar, transformando o restante da partida em um jogo seguro, sem aperreio algum.

Então, esses números indicam que o desempenho vem sendo fora de série?

Na campanha geral, o Brasil chegou a passar algum aperreio, sobretudo na defesa, cujo goleiro (Neto ou Gabriel) não inspira confiança.

Porém, o time de Mano Menezes contou com um Neymar mais solidário, um Oscar esbanjando inteligência tática e um Damião matador.

Tecnicamente, o time é bem superior aos adversários enfrentados até aqui.

Cumprindo o status de favorito absoluto, o Brasil chega a sua terceira final olímpica.

Vai brigar pelo ouro contra o México, que despachou os japoneses por 3 x 1. Agora sim, um rival qualificado, que ultimamente vem dando trabalho à Canarinha.

Ouro em jogo no estádio de Wembley, neste sábado, às 11h. O país vai parar.

Que a média de gols da equipe verde e amarela continue generosa.

Pelo fim da obsessão futebolística brasileira…

Olimpíada 2012: Brasil 3x0 Coreia do Sul. Foto: Fifa/divulgação

As bandeiras dos Aflitos, da Ilha e do Arruda em Londres

Sport em Londres

Durante a Olimpíada em Londres, as câmeras da televisão captaram várias vezes as bandeiras dos clubes de futebol, uma mania do torcedor brasileiro.

E não foi nada incomum o surgimento dos pavilhões dos grandes clubes do estado, sobretudo nos ginásios de vôlei e basquete, nas apresentações da Seleção Brasileira.

Bandeira do Sport em Londres 2012. Foto:  Efraim Vilella/divulgação

Não bastasse o registro das bandeiras, os torcedores presentes no estado fizeram a sua parte e compartilharam as imagens inúmeras vezes nas redes sociais.

No post, exemplos de Náutico, Sport e Santa Cruz, entre “curtidas” e “tuitadas”.

Uma paixão que não mede distância e nem modalidade.

Santa Cruz em Londres

Usain Bolt e as mulheres no Instagram

Usain Bolt no Instagram

Na prova mais nobre dos Jogos Olímpicos, os 100 metros rasos no atletismo, Usain Bolt reinou novamente, com o bicampeonato, correndo em 9s63.

Recorde olímpico, mais um ouro, e o teatro de sempre, que cativa o público.

A empatia do jamaicano acabou se estendendo aos outros competidores, sempre com alguma “marra” diante das câmeras no anúncio da prova.

Mas o pioneiro Bolt segue mesmo imbatível.

Vitória à parte, Usain está curtindo bem a vida na Vila Olímpica.

A foto acima foi publicada pelo próprio atleta no Instagram (veja aqui).

Medalha de ouro de boa companhia…

O maior medalhista olímpico brasileiro

Todas as medalhas de Robert Scheidt

Perto de completar 40 anos de idade, o velejador paulista Robert Scheidt ostenta agora o status de maior atleta olímpico do Brasil.

São cinco medalhas, mesmo número alcançado pelo também velejador Torben Grael, mas com metais mais nobres em sua galeria.

Em Londres, ele figurou no pódio pela quinta vez consecutiva.

Em 1996, em Atlanta, ouro na classe laser.

Em 2000, em Sydney, prata na mesma categoria.

Em 2004, em Atenas, encerrando o seu ciclo na laser, mais um ouro.

Em 2008, na classe star, na companhia de Bruno Prada, a prata em Beijing

Em 2012, com a mesma formação de quatro anos atrás, o bronze.

A classe star não fará mais parte do programa olímpico em 2016, no Rio de Janeiro.

Portanto, caso não ocorra alguma reviravolta na federação internacional de vela, Robert Scheidt terá que mudar novamente de categoria para ampliar a sua marca…

Na Baía de Guanabara, Robert Scheidt pode se isolar como maior medalhista do país.

Abaixo, todas as medalhas conquistadas por quem não teme o vento…

Todas as medalhas de Robert Scheidt

O reboot de Blade Runner ao vivo no Estádio Olímpico

Oscar Pistorius nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. Foto: COI/divulgação

Em mais de um século de história, a Olimpíada proporcionou imagens inesquecíveis.

Uma glória inesperada. Um protesto com um gesto simples, com o punho cerrado para o alto. Um abraço entre lágrimas de vencedor e vencido. Exemplos não faltam.

Não mesmo, pois surgem novos e emocionantes episódios a cada quatro anos.

São scripts dignos de Hollywood, com atos de superação, heróicos. Alguns surreais.

Então, o que dizer de Oscar Pistorius? Com apenas onze meses foi submetido a uma cirurgia. Em 1987, o sul-africano teve as duas pernas amputadas na altura dos joelhos.

Havia nascido em Johannesburgo com uma alteração ortopédica raríssima, chamada de hemimelia fibular. Costuma ocorrer uma vez em cada 40 mil nascimentos.

Cresceu, estudou, tornou-se atleta. Com próteses produzidas com fibra de carbono, passou a correr, e muito. Quis competir nos 400 metros rasos na Olimpíada de Beijing, em 2008, mas o pleito foi rejeitado pelo Comitê Olímpico Internacional.

Acredite, o órgão alegou que as próteses poderiam resultar em uma vantagem, devido ao peso. Foi à justiça e ganhou a causa no Tribunal de Arbitragem Desportiva (TAD). Só não conseguiu a marca mínima para a competição. Medalha de ouro nas Paraolimpíadas.

Esperou e perseverou, como tudo em sua vida. Alcançou a marca para 2012. Neste sábado, estreou na disputa, numa cena desde já antalógica, daquelas de cinema.

Inspirada em uma ficção como Blade Runner. Não por acaso, este é o seu apelido…

Futebol na beira do pódio, a 180 minutos do ouro

Olimpíadas 2012: Brasil 3x2 Honduras. Foto: CBF/divulgação

Em sua 12ª participação nos Jogos Olímpicos, a Seleção Brasileira alcança pela sexta vez a vaga na semifinal do torneio de futebol masculino.

De virada, o Brasil derrotou Honduras por 3 x 2 no estádio do Newcastle, com dois gols de Leandro Damião e um outro de Neymar.

O que parecia uma parada fácil se tornou em um panorama tenso neste sábado.

A Canarinha encontrou muitas dificuldades, com Oscar bem marcado e com o goleiro Gabriel bem desatento. E olhe que a Seleção jogou com um a mais desde os 32 minutos, depois que Wilmer Crisanto recebeu o segundo a cartão amarelo.

Na etapa complementar, quando Honduras fez 2 x 1 com apenas dois minutos, o Brasil novamente deu sorte, com o pênalti (duvidoso) marcado e convertido por Neymar.

Por sinal, o craque do Santos, vaiado do começo ao fim pela torcida inglesa devido ao cai-cai, se mostrou bem disposto em campo, atuando de forma coletiva.

Haja fôlego para continuar vaiando o camisa 11, o ponto alto e decisivo até aqui.

O ouro, como todos estão cansados de saber, nunca veio. Mas o Brasil está novamente na rota até o alto do pódio. Faltam dois jogos.

A vida do time verde e amarelo nunca foi fácil na semifinal. Na cinco participações anteriores, apenas duas classificações à decisão. Em ambas, no sufoco (veja aqui).

1976 – Brasil 0 x 2 Polônia
1984 – Brasil 2 x 1 Itália
1988 – Brasil 1 x 1 Alemanha (3 x 2 nos pênaltis)
1996 – Brasil 3 x 4 Nigéria
2008 – Brasil 0 x 3 Argentina

Retomar a confiança desgastada no duelo contra Honduras será primordial para a penúltima etapa da medalha mais deseja pelo país na Olimpíada.

Atualização às 18h: Brasil x Coreia do Sul, na terça. Na outra chave, México x Japão

Olimpíadas 2012: Brasil 3x2 Honduras. Foto: Fifa/divulgação

A força caseira nos Jogos Olímpicos

Jogos Olímpicos

Historicamente, o país que organiza os Jogos Olímpicos consegue alcançar um bom desempenho no quadro de medalhas.

O apoio do público e o aumento no investimento para a preparação dos atletas são os principais pontos para uma postura bem acima da média ao competir em casa.

Das 26 edições das Olimpíadas, em apenas quatro a nação da cidade-sede não ficou entre as dez primeiras colocadas na classificação geral.

Só o Canadá conseguiu a proeza de não ganhar uma medalha de ouro sequer, em 1976.

Em 1968, o México ganhou apenas nove medalhas, a menor quantidade de um anfitrião.

Por outro lado, o que dizer dos Estados Unidos em 1904? Ganhou 239 medalhas de 280 possíveis, o que corresponde a 85% dos pódios.

Em nove oportunidades o país comemorou a vitória absoluta nos Jogos Olímpicos.

A Grã-Bretanha vem tendo a sua chance nesta temporada, pela terceira vez.

Em 2016, no Rio de Janeiro, fica a expecativa sobre o desempenho brasileiro…

Desempenho dos anfitriões nos Jogos Olímpicos de 1896 a 2008