Cinco gols, quatro bolas na trave e virada no placar. A semifinal estadual entre Náutico e Salgueiro, na Arena Pernambuco, foi emocionante, com tensão até o apito final do árbitro Tiago Nascimento. Com vitória alvirrubra, 3 x 2, mantendo a alma copeira desta equipe, que superou os seis mata-matas disputados no ano, entre Pernambucano (2), Nordestão (1) e Copa do Brasil (3). Classificado à decisão após quatro edições, o timbu se projeta para um título esperado há quase 14 anos. Decidirá em casa, novamente com a arena cheia, como foi nas quartas (18.136) e na semi (20.446)
No domingo, o técnico Roberto Fernandes armou o Náutico com um volante e cinco peças ofensivas. Queria emular o 2T contra o Afogados, após o cadeado no 1T. Contudo, à parte da bola na trave de Rafael Assis, o timbu insistiu no jogo aéreo, sem sucesso. Para completar, o visitante marcou aos 21, num pênalti de Camacho no também zagueiro Maurício – bem convertido por Dadá. Em desvantagem e atuando fora de sua característica, o timbu até criou chances, mas já impaciente diante do paredão azul. O cenário só mudou no vacilo do capitão do Salgueiro, Luiz Eduardo. Após lançamento de Gabriel Araújo, o defensor cortou de cabeça para o próprio gol e encobriu Mondragon – curiosamente, o mesmo beque marcara o 1º gol da arena, também contra, quando defendia o Náutico, em 2013. Apesar do baque, o carcará ainda acertou a trave, com o sinal de alerta ligado no intervalo nos dois lados.
Na retomada, o paraguaio Ortigoza fez a diferença. A principal contratação do Náutico chamou a responsabilidade na criação de jogadas e ainda guardou quando teve a chance para definir. Embora o Salgueiro tenha acertado o travessão numa falta de Fabiano, o Náutico foi superior, com o adversário apresentando desgaste e pouca inspiração ofensiva. Na bola aérea, tão utilizada, o Náutico virou aos 18, com Ortigoza cabeceando após um desvio no escanteio. Na sequência, o time poderia ter ampliado com Rafael Assis, que desperdiçou a ótima assistência de Ortigoza. Mas o terceiro gol efetivamente saiu, aos 45, com Camacho. Ainda deu tempo para um susto, com Maurício diminuindo aos 47 e o jogo seguindo até os 50. Porém, o Náutico se manteve soberano na arena em 2018: 10V, 2E e 0D.
Náutico x Salgueiro (todos os mandos)
31 jogos
15 vitórias alvirrubras (48,3%)
5 empates (16,1%)
11 vitórias salgueirenses (35,4%)
Náutico no Estadual na era do mata-mata
2010 – Final (vice)
2011 – Semifinal (3º lugar)
2012 – Semifinal (4º lugar)
2013 – Semifinal (3º lugar)
2014 – Final (vice)
2015 – Fase principal (6º lugar)
2016 – Semifinal (3º lugar)
2017 – Semifinal (4º lugar)
2018 – Final (a definir)