Pela 12ª vez, o Salgueiro jogou como mandante no estádio Ademir Cunha, em Paulista.
Com o apoio dos torcedores pernambucanos da Região Metropolitana do Recife, o Carcará conseguiu, pela primeira vez nesta Série B, vencer dois jogos seguidos.
De virada, o Salgueiro derrotou o Paraná por 2 x 1. Ricardinho e Edmar, no finzinho.
O placar deu um fôlego a mais ao combalido time sertanejo, que irá enfrentar uma longa batalha nas próximas 15 rodadas, para tentar continuar na Segundona.
Mesmo jogando a 500 quilômetros de casa…
Em Paulista, com a vitória na noite desta terça-feira, o time somou 4 vitórias, 2 empates e 6 derrotas. O motivo para o fim por lá foi o péssimo estado do gramado.
O piso foi vetado pela CBF, acredite, e o Salgueiro vai passar a perambular nos estádios dos grandes clubes pernambucanos, no Arruda, na Ilha do Retiro e Aflitos.
Tudo até que a reconstrução do Cornélio de Barros seja concluída.
Que o Salgueiro siga com o apoio da torcida na capital até lá… Pois vai precisar.
No Durival de Britto, o técnico Paulo César Gusmão ocupou com certa tranquilidade um dos camarotes do acanhado estádio em Curitiba.
PC havia acabado de chegar na cidade, depois de embarcar no Aeroporto Internacional dos Guararapes, com contrato fechado às pressas com o Sport.
A expectativa da torcida era de que ele fosse assumir o clube logo contra o Paraná, neste sábado. Não foi o que aconteceu. O treinador carioca não quis passar por cima do trabalho feito por Mazola Júnior para a partida, mesmo com a situação surreal.
Sim, Mazola Júnior. O técnico interino que foi efetivado e, em seguida, rebaixado à interino mais uma vez. Sem apoio algum da torcida. Seguia na área técnica.
Na despedida da função, Mazola e o grupo acertaram um pacto de “atitude” em campo. Nada muito diferente do que já havia ocorrido em outras partidas.
Mas o apelo era por uma vitória fora da Ilha do Retiro, na maior lacuna leonina nesta Série B. O adversário, é bom lembrar, integra o G4. Não seria uma presa fácil.
E não foi! O time pernambucano lutou demais na fria cidade do Sul. Com desfalques importantes, como o meia Marcelinho Paraíba, a formação teve Thiaguinho na criação, para se ter ideia. Tentou acertar a marcação e encaixar contragolpes.
Tudo diante de PC Gusmão, atento, na cabine. Sem perceber, já gesticulava. Orientava.
Modificado, mas impondo velocidade, o Sport abriu o placar aos 21 minutos, quando Thiaguinho lançou a bola para Williams, que girou de forma inteligente sobre o zagueiro e ficou livre de marcação, deslocando o goleiro.
O time criou oportunidades para ampliar, mas os erros de finalização – algo gritante nesta campanha – impediram uma vantagem maior no intervalo, para receio da torcida.
O receio era justificado devido à mudança de postura do Sport sob o comando de Mazola, que por vários vezes não enxergou a variação do jogo adversário.
Aos 19, o receio virou realidade, com o gol de empate. Após cobrança de escanteio, Garroni subiu sozinho e cabeceou sem chances para Magrão. Eram oito rubro-negros na área. Oito. Falha absurda de atenção, injustificada.
Mais uma chance perdida de somar três pontos longe da Ilha? PC só observava…
Já estava consciente do enorme trabalho que terá para tentar levar o Leão ao acesso ainda nesta temporada. Aos 31 minutos, já na reta final, a dose de surpresa.
Até ali, Júnior Viçosa era o jogador mais apagado em campo. Mas não é que o atacante ganhou uma jogada na força (apesar do físico esguio) e mandou para as redes?
Paraná 1 x 2 Sport. Sem deixar a cabine, PC “ganhou” seus primeiros pontos e a chance matemática de colocar o Sport no G4 já na próxima rodada, na Ilha.
Até que a coisa não está tão feia assim, PC. Vamos ver agora, na beira do gramado.
Quando Eduardo Ramos perdeu um pênalti e o Paraná abriu o placar num gol de bicicleta, o jogo na tarde desta sábado, nos Aflitos, virou um drama para o Náutico.
O atacante Kieza, que havia balançado as redes nas duas rodadas anteriores, dessa vez passou em branco. Não marcou gol, mas foi muito importante para o time.
Lutou bastante em campo, correu e sofreu duas penalidades.
Como já foi dito no post, o meia Eduardo Ramos desperdiçou a primeira. No segundo tempo, Peter cobrou bem, deslocou o goleiro e pelo menos cravou o empate em 1 x 1.
Se não possível vencer em casa, novamente, pelo menos o time segue pontuando.
Nas arquibancadas, apenas 6.051 torcedores. Público semelhante àquele da Seleção Brasileira feminina, na noite da última quinta-feira, num toró no Arruda.
Desse jeito, a volta para o Todos com a Nota será a solução, caso ainda seja possível. É preciso voltar a ter o caldeirão dos Aflitos. É preciso voltar a vencer nos Aflitos…
Após bater na porta do G4, o Sport teve uma chance incrível para entrar na zona de acesso à elite.
Teve o clássico nordestino contra o Bahia, na Ilha do Retiro.
Reuniu 27 mil torcedores em sua casa e perdeu… E os demais resultados foram horríveis.
A diferença em relação ao G4 subiu de 2 para 5 pontos.
Todo aquele esforço nos 12 jogos sem perder pareciam ameaçados após uma partida.
Na noite desta terça-feira, uma tarefa indigesta.
Era tentar pontuar contra o Paraná Clube, em Curitiba, para não se distanciar ainda mais dos primeiros colocados neste suado e imprevisível Campeonato Brasileiro.
A torcida leonina estava com um olho no estádio Durival de Britto e o outro nas outras partidas desta rodada completa da Série B, a 25ª.
Com uma tranquilidade impressionante, o Sport dominou o jogo. Marcou duas vezes no primeiro tempo, com Wilson (pênalti) e André Leone (zagueiro estreante).
Mudou o esquema no 2º tempo, mais precavido e encaixando bem os contra-ataques. Magrão voltou a fazer boas defesas e o ataque criou bastante.
O time pecou nas finalizações, é verdade. Desta vez, não fez falta. Desta vez!
Bahia e América/MG perderam em casa. A Ponte Preta empatou.
Consequência: o G4 voltou a ficar perto, agora a 3 pontos do Rubro-negro.
Em seguida, uma sequência de dois jogos na Ilha do Retiro, contra América/RN e Ipatinga, ambos na zona de rebaixamento. Seriedade, mas com o foco nos 6 pontos.
O Diario de Pernambuco trouxe em sua edição de terça-feira um número constrangedor para o Sport: o início do Leão na Série B do Brasileiro era a pior largada da história do clube em uma competição oficial.
Informação que não deixava dúvida alguma sobre a importância de vencer pela primeira vez na Segundona de 2010, na estreia de Toninho Cerezo. A chegada do técnico foi tratada como último recurso para tentar mudar o panorama no Brasileiro.
A sorte mudou? Ciro abriu o placar contra o Paraná Clube logo aos 2 minutos de jogo.
Vantagem por 1 x 0. Uma verdadeira “goleada” no Recife.
Apesar de um Leão mais ligado (e disposto) em campo, foram 94 minutos de sufoco para os 8 mil torcedores presentes na Ilha…
Último ato: 5 minutos de acréscimo. Até o apito final.
O “improvável” aconteceu. O Rubro-negro venceu!
Não convenceu, obviamente. Mas, pelo menos por uma noite, isso não importa. O time precisava de um mínimo de fôlego para a segunda etapa da missão pré-Copa do Mundo.
No sábado, em Natal, o Sport jogará as suas fichas para poder assistir ao Mundial com o mínimo de tranquilidade. Se vencer. Repito: se vencer.
Filmado há 30 anos, “O Iluminado” é uma obra prima do diretor Stanley Kubrick, com uma atuação espetacular do astro Jack Nicholson. Só na madrugada desta segunda assisti a película pela primeira vez. Recomendo desde já. Após 1h57min, não pude evitar um certo paralelo…
Um escritor em busca de espaço… De um ambiente propício para as páginas de uma nova história.
Para isso, o isolamento. Como zelador. Acompanhado da família, Jack Torrance vai trabalhar em um hotel deserto, durante todo o pesado inverno dos Estados Unidos. No meio do nada.
Um técnico em busca de espaço… De um ambiente propício para se reinserir no mercado brasileiro.
Para isso, o desafio. Como salvador da pátria. Acompanhado de sua história, Toninho Cerezo chega para trabalhar em clube devastado, no meio da tenebrosa Série B. No fim da tabela.
Jack é alertado sobre o passado do hotel. No passado, afetado pela “Síndrome da Cabana”, o antigo zelador matou a própria família e depois se suicidou.
Cerezo recebe todos os avisos possíveis sobre a Ilha, tão isolada quanto o hotel. No passado bem recente, quatro derrotas em cinco jogos. O pior início da história do Sport na Segundona.
Torrance cai na armadilha… E perde a noção.
Cerezo acaba de entrar na armadILHA. Terá salvação?
De retomar aquele clima instigante, decisivo, vencedor.
Uma pressão difícil de suportar.
Para o rival suportar!
Funcionou em 2008.
Obra do acaso? Possivelmente.
Mas foram 6 vitórias em 6 jogos no inferno da Ilha do Retiro.
Uma situação única na história do estádio. Nunca a casa doSport foi tão importante numa conquista. Um título que se confunde com a própria a Ilha, diga-se.
Talvez por isso digam que ela tem vida própria…
Nem sempre dá certo, é bom lembrar. Por isso, é bom que o time rubro-negro faça a sua parte também. Entre aceso, como o mata-mata exige. É regra.
O apoio contra o Paraná na noite desta quarta-feira está mais do que garantido.
A morosidade do Pernambucano pede licença e cede o espaço à emoção.
Os indicados para o prêmio Craque do Brasileirão 2009 foram divulgados nesta terça (veja os finalistas abaixo). A festa com a entrega da premiação acontecerá no dia 7 de dezembro, no Rio de Janeiro, um dia após a 38ª rodada. Apesar do Campeonato Brasileiro da Série A ser disputado desde 1971, a CBF organizou a festa com os melhores do ano apenas em 2005, quando o argentino Carlos Tevez venceu o prêmio de craque daquele ano com folga.
Minha seleção em 2009 (só na base do chute 😎 ): Marcos (Palmeiras); Léo Moura (Flamengo), André Dias (São Paulo), Ronaldo Angelim (Flamengo) e Júlio César (Goiás); Guiñazu (Internacional), Hernanes (São Paulo), Diego Souza (Palmeiras) e Petkovic (Flamengo); Tardelli (Atlético-MG) e Adriano (Flamengo). Técnico: Silas (Avaí). Revelação: Fernandinho (Barueri). Craque da galera: Petkovic (Flamengo)
Finalistas do prêmio de 2009:
Goleiro: Bruno (Flamengo), Marcos (Palmeiras) e Victor (Grêmio) Lateral-direito: Jonathan (Cruzeiro), Léo Moura (Flamengo), Vítor (Goiás) Zagueiro direito: André Dias (São Paulo), Chicão (Corinthians), Danilo (Palmeiras) Zagueiro esquerdo: Miranda (São Paulo), Réver (Grêmio), R. Angelim (Flamengo) Lateral-esquerdo: Armero (Palmeiras), Julio César (Goiás), Kléber (Internacional) Volante esquerdo: Guiñazu e Sandro (ambos do Inter), Maldonado (Flamengo) Volante direito: Hernanes (São Paulo), Pierre (Palmeiras), Willians (Flamengo) Meia direita: Cleiton Xavier, Diego Souza (ambos do Palmeiras), Souza (Grêmio) Meia esquerda: Conca (Fluminense), M. Paraíba (Coritiba), Petkovic (Flamengo) 1º atacante: Tardelli (Atlético-MG), Fernandinho (Barueri), Fred (Fluminense) 2º atacante: Adriano (Flamengo), Iarley (Goiás), Ronaldo (Corinthians) Técnico: Silas (Avaí), C. Roth (Atlético-MG), Andrade (Flamengo) Revelação: Fernandinho (Barueri), Giuliano (Internacional), Ganso (Santos)
E a sua “seleção” do campeonato…? Opine!
Abaixo, todos os vencedores do prêmio.
2005 Seleção: Fábio Costa (Corinthians); Gabriel (Fluminense), Lugano (São Paulo), Gamarra (Palmeiras) e Gustavo Nery (Corinthians); Marcelo Mattos (Corinthians), Tinga (Internacional), Roger (Corinthians) e Petkovic (Fluminense); Tavez (Corinthians) e Rafael Sóbis (Internacional). Técnico: Muricy Ramalho (Internacional) Melhor jogador: Tevez (Corinthians); Troféu Rei do Gol: Romário (Vasco), 22 gols
2006 Seleção: Rogério Ceni (São Paulo); Souza (São Paulo), Fabão (São Paulo), Fabiano Eller (Internacional) e Marcelo (Fluminense); Lucas (Grêmio), Mineiro (São Paulo), Zé Roberto (Botafogo) e Renato (Flamengo); Souza (Goiás) e Fernandão (Internacional). Técnico: Muricy Ramalho (São Paulo) Melhor jogador: Rogério Ceni (São Paulo); Craque da torcida: Renato (Flamengo); Troféu Rei do Gol: Souza (Flamengo), 17 gols
2007 Seleção: Rogério Ceni (São Paulo); Leonardo Moura (Flamengo), Breno (São Paulo), Miranda (São Paulo) e Kléber (Santos); Hernanes (São Paulo), Richarlyson (São Paulo), Ibson (Flamengo) e Valdivia (Palmeiras); Acosta (Náutico) e Josiel (Paraná). Técnico: Muricy Ramalho (São Paulo) Melhor jogador e craque da torcida: Rogério Ceni (São Paulo); Troféu Rei do Gol: Josiel (Paraná), 20 gols; Revelação: Breno (São Paulo)
2008 Seleção: Vitor (Grêmio); Leo Moura (Flamengo), Thiago Silva (Fluminense), Miranda (São Paulo) e Juan (Flamengo); Hernanes (São Paulo), Ramires (Cruzeiro), Diego Souza (Palmeiras) e Alex (Internacional); Kléber Pereira (Santos) e Alex Mineiro (Palmeiras). Técnico: Muricy Ramalho (São Paulo) Melhor jogador: Hernanes (São Paulo); Craque da torcida: Thiago Silva (Fluminense); Troféu Rei do Gol: Keirrison (Coritiba), Kléber Pereira (Santos) e Washington (Fluminense), 20 gols; Revelação: Keirrison (Coritiba)
Ranking de premiações
20 – São Paulo
8 – Flamengo
6 – Corinthians, Fluminense e Internacional
4 – Palmeiras
3 – Santos
2 – Paraná, Grêmio e Coritiba
1 – Botafogo, Goiás, Náutico e Cruzeiro
O custo de estádios modernos, com o conceito “arena”, já atingiu um nível estratosférico. A Arena Recife-Olinda (que, apesar de secreta, 😎 segue como o projeto oficial do estado para 2014) tem um orçamento total de cerca de R$ 235 milhões.
Esse valor é 903 vezes maior que o custo do novo estádio do J.Malucelli (PR), que adotou outro conceito para erguer o seu campo. Nada de modernidade extrema nem enorme capacidade de público. O clube inaugurou em 7 de julho de 2007 o Eco-Estádio (“Jota” 1 x 0 Cianorte). Trata-se do primeiro estádio ecológico do Brasil, em Curitiba. São 6 mil cadeiras em uma arquibancada de grama.
A execução do projeto seguiu à risca a linha do “ecologicamente correto”. A arquibancada foi escavada num barranco no Parque Barigui (local que recebe mais de 40 mil visitas aos domingos).
A madeira veio de uma área de reflorestamento, enquanto o ferro utilizado no Eco-Estádio foi retirado de uma ferrovia desativada. Tudo no estádio é rústico. Desde o banco de reservas até o placar eletrônico (foto).
O próximo jogo oficial no Eco-Estádio será no dia 24 de janeiro, entre J.Malucelli e Paraná Clube, na abertura do Estadual. Leia mais sobre o campo mais ‘Greenpeace’ do Brasil clicando AQUI.
Post com a colaboração de Anna Stubert, torcedora do Paraná Clube