O Santa Cruz foi protocolar diante do Rio Branco. Segurou a vantagem mínima construída em Cariacica e avançou à segunda fase da Copa do Brasil. Porém, não escapou das vaias, ecoando num Arruda com apenas 2.690 pessoas. Reflexo do mau futebol, sem qualquer intensidade ou imposição tática. De fato, o técnico Milton Mendes escalou um time alternativo, semelhante ao montado pelo ex, Marcelo Martelotte, no jogo de ida, mas desta vez o que se viu foi um adversário (fraco e em má fase) criando mais chances reais de gol.
O empate em 0 x 0 garantiu a cota de participação de R$ 480 mil pela segunda fase – que poderá ser um clássico contra o Náutico – , engordando a conta com os R$ 420 mil pelo primeiro mata-mata. A atuação nesta noite quase pôs a perder a necessária receita, uma vez que o adversário capixaba chegou com perigo três vezes, uma delas num verdadeiro gol de cego. Dos jogadores que ganharam oportunidade, poucos aproveitaram a chance. Edson Kolln foi um deles, mas na prática não faz tanta diferença, pois o dono da posição é simplesmente Tiago Cardoso. Everton Sena parecia mais ligado que Alemão. Já Léo Moura entrou no meio-campo, mas custou a acertar um passe vertical.
Na frente, Bruno Moraes teve outra atuação apagada, pior que no Castelão. Também vale o registro para os 19 minutos em que Ítalo esteve em campo. O atacante entrou aos 37 do primeiro tempo, como lateral, e foi substituído aos 11 do segundo, numa troca que a torcida não aceitou – por expor o jogador, claro. No fim, acabou sendo um teste com alguma dose não esperada de perigo. Um preparatório para uma sequência de decisões, sem direito a apatia.