O 45 minutos detalhou a apresentação do Santa Cruz diante do América. Além das projeções de pontuação na Série B, o foco foi no time, com a disputa no ataque (Aquino pode perder a vaga, com Luisinho e Lelê nas pontas?), tendo a certeza de Grafite, e as seis opções possíveis para a defesa, ainda um calo no time de Martelotte. Em seguida, comentamos mais uma partida ruim do Náutico como visitante, com o esquema travado. O rendimento fora da Arena caiu para 18%. Cadê as duas contratações (as “balas guardadas”) ditas há um mês? Por fim, o balanço sobre o marketing do Sport, com direito a Robben apresentando a camisa nova. Fora a resenha de sempre na gravação…
Confira um infográfico com as principais atrações da gravação aqui.
Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
A camisa azul do Sport já havia sido vazada no mercado, mas o lançamento oficial acabou surpreendendo. A parceria com a Adidas acabou viabilizando a participação do astro holandês Arjen Robben, do Bayern, ambos patrocinados pela marca alemã. A escolha do garoto-propaganda se deveu à justificativa da nova camisa, uma homenagem à ligação histórica entre o Recife e a Holanda.
Falando em inglês, num vídeo gravado em Munique, o jogador de 31 anos, vice-campeão mundial em 2010, mandou um recado de “boa sorte na temporada” ao Leão, devidamente vestido com o novo uniforme do Rubro-negro.
“Muito obrigado por ter sido o primeiro a receber essa camisa”.
A atual campeã caiu de forma vexatória em Salvador. No replay da final da Copa do Mundo de 2010, a vice Holanda foi à forra, dando olé.
Até sofreu um gol de cara em outro pênalti mandrake – “sofrido” pelo brasileiro Diego Costa -, mas, com muita qualidade técnica no setor ofensivo, reagiu e virou para incríveis 5 x 1, com vaga pra mais. Show de Van Persie e Robben.
Quando foi campeã na África, a Espanha tomou dois gols em sete jogos. Quatro anos depois, o Rojo chegou de novo como favorito ao título. Ou o maior segundo a imprensa local. Segue o toque de bola incessante. Só não é mais mistério…
A marcação forte na intermediária seguida de uma rápida troca de passes parece desmanchar a estrutura tática de Del Bosque. Ao menos funcionou para a Holanda, impiedosa na meta de Casillas no primeiro jogaço da nossa Copa.
A título de curiosidade, só um país foi campeão mesmo sofrendo uma goleada no mesmo torneio. Em 1954, a Alemanha perdeu da Hungria por 8 x 3 na primeira fase. Na decisão, os germânicos venceram a própria Hungria por 3 x 2.
A Espanha terá que se reinventar para repetir o feito 60 anos depois…
Era uma vez o craque, na acepção da palavra. Era uma vez extremo talento combinado com rara personalidade. Era uma vez Romário, Zidane, Ronaldo, Rivaldo… espécies em extinção. Os craques da moda são apenas midiáticos. A galeria dos monstros sagrados fechou pra balanço.
O que dizer de Cristiano Ronaldo, Messi, Rooney, Lampard… Kaká? Fenômenos do marketing? Suas belas performances nas peças publicitárias realmente são de cair o queixo. Até mesmo a realidade clubística tem sido benevolente com alguns. O problema é um certo livro, onde somente os grandes têm a honra de rabiscar eternidade.
As últimas páginas dos pergaminhos da Copa foram escritas por um singelo francês; craque, doce e explosivo. Antagônico. Quando veremos outra atuação como a de Zinedine Zidane diante do Brasil, em 2006? Que privilégio presenciar a magia do esplendor individual; um homem e a capacidade de definir a trajetória de uma equipe. Capaz de sobrepor esquemas táticos e outras asneiras do pragmatismo teórico. Raridade ontem, hoje e sempre.
A epidemia devastou a todos. Não sobrou nenhum para nos brindar na África. É a vez do triunfo coletivo, frio. Particularmente, prefiro ler sobre heróis e suas epopeias. Como a de um certo Baixinho desbocado, cheio de marra e auto-confiança. Cheio de ilusão a nos oferecer. Como se tivesse molas nos pés, saltava como anjo no meio dos gigantes. Messias, copiava o milagre de multiplicar, em vez de pães e peixes, pequenos espaços.
O francês referido tinha outros atributos especiais. Mutante, parava o tempo. Hipnotizava companheiros e adversários, todos no ritmo de sua cadência mágica. Jogava em câmera lenta para que pudéssemos desfrutar cada segundo do seu balé.
O magro desengonçado também aprontava. Tinha o dom da farsa. Enganava os que mordiam a isca e se atreviam a questioná-lo. Puro encanto. Capricho santo. Lá estava estava ele, sempre presente a honrar a tradição da camisa 10 amarela.
Seu fiel escudeiro era o highlander de chuteiras. Imortal. Usava o truque da invisibilidade para estar sempre no lugar certo, na hora certa. Nasceu virado pra lua, de menino selou pacto com as redes. Fenômeno, na acepção da palavra. Antimarketing.
*Lucas Fitipaldi é o repórter do Diario enviado para a Copa-2010 e colaborador do blog
Acabou a chance sul-americana de voltar a erguer a Taça Fifa. O Uruguai lutou muito, como era esperado, mas perdeu da Holanda por 3 x 2, na semifinal desta terça-feira.
A Celeste Olímpica, que alimentava o sonho do tri, chegou a igualar o marcador em 1 x 1, mas Sneijder e Robben decidiram novamente. Agora na arena Green Point, na Cidade da Copa.
A Laranja Mecânica chega à sua 3ª final em uma Copa do Mundo. Acaba com um hiato de 32 anos. Antes, dois vice-campeonatos.
Com a vaga holandesa, a Europa garante por antecipação o título mundial. O seu 10º em 19 Copas. Assim, desempata a corrida com a América do Sul, que estava em 9 x 9.
A Uefa havia ficado em vantagem pela última vez em 1954.
Na quarta-feira, Alemanha e Espanha decidem a segunda vaga do Velho Mundo para a finalíssima na África do Sul, em 11 de julho. Como em 2006, com Itália x França.
O nosso carrasco já está lá. Segue 100% no Mundial, agora com seis jogos e seis vitórias. Como também venceu os oito jogos das Eliminatórias, a Holanda está a uma vitória de igualar um recorde brasileiro: o timaço de 1970 foi o único a ganhar todos as partidas, entre Eliminatórias e Copa do Mundo. Estrago completo…
Um clássico nas quartas de final do Mundial: Laranja Mecânica x Canarinha. O aguardado duelo entre Sneijder e Robben contra Kaká e Robinho está marcado.
Holanda x Brasil
Estádio Nelson Mandela
Port Elizabeth, sexta-feira (02/07), às 11h
A partida na África do Sul será o 4º duelo entre as duas seleções na Copa. Até hoje, somente clássicos decisivos. Em 1974, no quadrangular semifinal, a Laranja Mecânica do craque Johan Cruyff venceu por 2 x 0 e foi à decisão. Em 1994, o lateral-esquerdo Branco acertou uma cobrança de falta sensacional, nas quartas de final, cravando o nosso 3 x 2. Em 1998, uma semifinal nos pênaltis… Não lembra? Reveja abaixo.
Em tempo: Dunga estava presente nas vitórias de 94 e 98. Como capitão.
A Holanda segue 100%. Brilhar, não brilhou. Mas é um time eficiente e preciso.
Nesta segunda, a Laranja Mecânica garantiu a sua vaga nas quartas de final do Mundial de 2010 com quatro vitórias em quatro jogos. Uma campanha que colocou a equipe no patamar histórico de países com pelo menos 20 triunfos em Copas.
Eu esperava uma Eslováquia mais agressiva em Durban. Mas o time do leste europeu foi apático, longe da equipe vibrante que conseguiu uma empolgante vitória sobre a Itália.
Aproveitando seus valores individuais, a Holanda matou o confronto. No lance do primeiro gol, o craque Arjen Robben arrancou de maneira incrível bem antes da linha do meio-campo. Belo gol. Sneijder ampliou.
No fim, o atacante Vittek marcou, de pênalti, o gol de honra e se tornou artilheiro da Copa ao lado de Higuaín (ambos com quatro gols). Mas deu Holanda: 2 x 1.
A Holanda segue a sua caminhada rumo ao primeiro título mundial. Um alento já é claro para a torcida dos Países Baixos. Desta vez a Laranja não enfrentará o jostamente o anfitrião na decisão, como em 1974 (Alemanha) e 1978 (Argentina).
Rooney (Inglaterra), Kaká (Brasil), Messi (Argentina), Cristiano Ronaldo (Portugal) e Robben (Holanda). Os candidatos a craque da Copa do Mundo de 2010. Pelo menos esta é a opinião da Fifa sobre o Mundial da África do Sul (veja AQUI).
Você concorda…?
Esse post será um espaço aberto no blog para o internauta debater sobre a expectativa do Mundial. Vou participar, respondendo aos comentários.
Dê a sua opinião sobre as seleções candidatas ao título e também sobre os jogadores que vão arrebentar, no bom sentido, na Copa.
É o ano do hexa brasileiro? E a possível zebra?
Itália rumo ao penta? Argentina acabará com o jejum de 24 anos? Ou será a volta da poderosa Alemanha? França, de novo!
Temas que sempre geram opiniões divergentes, mas que acabam funcionando para um melhor entendimento da maior competição de futebol.