Roberto Fernandes, o 5º treinador do Náutico em 2017, o 5º perfil diferente

Os 5 técnicos do Náutico em 2017. Fotos: Diario de Pernambuco

Pela 4ª vez em uma década Roberto Fernandes assume o comando do Náutico. O técnico já esteve em diferentes momentos do clube, com destaque para a estreia, em 2007, com uma recuperação sensacional no returno do Brasileirão, evitando a queda. Repetiria isso em 2008 e ainda voltaria em outras oportunidades, mas sem o mesmo rendimento. Agora, um encontro em baixa, tanto do técnico, que estava no Confiança de Sergipe, quanto do próprio Náutico, com o rebaixamento à Série C se aproximando.

Com a missão bem indigesta, para não dizer inglória, o treinador de 46 anos deve chegar focado em arrumar a casa para 2018, quando o time deverá ter a volta do estádio dos Aflitos, no segundo semestre, além de uma temporada nacional mais escassa em termos de direitos de transmissão. Sendo o 5º técnico timbu em 2017, Roberto Fernandes terá 20 jogos até o fim do ano, já descontando a partida comandada pelo eterno interino Levi Gomes.

Se essa visão de reorganização já havia sido aplicada ao antecessor, Beto Campos, por qual motivo seria diferente agora? Resta torcer pelo bom senso em Rosa e Silva, cuja pressão vem findando trabalhos de apenas 10 jogos…

Roberto Fernandes (2007, 2008/2009 e 2010/2011; apto. de 53,2%)
104 jogos
47 vitórias
25 empates
32 derrotas

Os técnicos anteriores do alvirrubro em 2017:

Dado Cavcalcanti (7 jogos no PE, NE e Copa do Brasil; apto. de 33,3%)
2 vitórias
1 empate
4 derrotas

Foi a aposta para a montagem do elenco. Apesar das indicações, não conseguiu encaixar o time, sem transição durante a rápida passagem.

Milton Cruz (12 jogos no PE e NE; apto. 52,7%)
5 vitórias
4 empates
3 derrotas 

Taticamente, foi o melhor nome do ano e os resultados deixam isso claro. Mostrou-se competitivo na semifinal estadual, com um time veloz.

Waldemar Lemos (8 jogos no PE e Série B; apto. de 12,5%)
0 vitória
3 empates
5 derrotas 

Trabalha mais o lado psicológico da equipe, servindo quase sempre como bombeiro. Taticamente, pouco apresenta, além das improvisações.

Beto Campos (9 jogos na Série B. apto. de 22,2%)
1 vitória
3 empates
5 derrotas

Campeão gaúcho em 2017, ele chegou como indicação para remontar a defesa, o setor mais criticado do time. Até melhorou um pouco, mas mexeu mal no ataque.

Dorme no G4 e acorda para secar

Série B 2011: Sport 4 x 0 Americana. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Nos primeiros instantes, um duelo até certo ponto amarrado.

O Sport errava muitos passes, chutava de qualquer maneira.

Estava visivelmente afobado, tenso.

A três rodadas do fim da Série B do Brasileiro, obrigado a vencer em casa, realmente não deveria estar sendo fácil lidar com aquela pressão interna, por mais que a torcida estivesse, enfim, a favor.

Após cerca de 20 minutos, os rubro-negros, então, acertaram o passe.

Passaram a concluir as jogadas com mais objetividade…

E o primeiro tempo do confronto contra a Americana, na noite desta sexta-feira, na Ilha do Retiro, se transformou numa atuação incrível, com uma avalanche de gols.

Marcelinho Paraíba, num golaço por cobertura, aos 25.

Gabriel, de cabeça após escanteio pelo lado direito, aos 36.

Wellington Saci, em uma bela cobrança de falta, aos 40.

Marcelinho Paraíba, novamente, bateu forte e fez o quarto gol, aos 44.

A vitória sobre a equipe de Roberto Fernandes, um jogo-chave, estava selada, 4 x 0.

Desde já, na Ilha, na etapa complementar, a figa para a secação no sábado…

Aos trancos e barrancos, o Leão de Mazola chegou aos G4. Vai ter um sono bom.

Mas, ao acordar no sábado, a dura realidade. Vale a “secada”, vale o sonho…

Série B 2011: Sport 4 x 0 Americana. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Semifinal PE2011: Náutico x Sport

Pernambucano 2011: Sport 1 x 1 Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Mote principal da disputa pelo hexacampeonato em 2011, o Clássico dos Clássicos tinha tudo para ser a decisão do Estadual, devido ao investimento milionário da dupla.

Folhas: R$ 1,2 milhão para os rubro-negros e R$ 800 mil para os alvirrubros.

NáuticoSportChegou a hora! O ano de 1968 está em jogo.

O Náutico, líder, encara o arquirrival que não venceu um clássico sequer. Foram três derrotas e um empate nos clássicos para os leoninos. Agora, é bom lembrar, o regulamento do mata-mata será o mesmo adotado na Copa do Brasil.

O choque vai acontecer na semifinal. Primeiro na Ilha do Retiro, em 24 de abril, e depois nos Aflitos, no dia 1º de maio. Dois domingos que vão parar o Recife!

Confronto de 180 minutos envolvendo uma equipe que ainda busca a sua melhor formação, sem brilho algum durante a competição, e um time que já mostrou o seu potencial, tanto para o bem quanto para o mal. Algum favorito? Não.

Em 5 maio do ano passado o blog publicou o post “A 4 jogos do hexa” (veja AQUI).

O texto segue como uma verdade. Porém, para o Náutico serão apenas dois…

Timbu: 47 pontos, 14 vitórias, 5 empates e 3 derrotas, 48 GP, 25 GC. Apt: 71,2%.
Leão: 37 pontos, 11 vitórias, 4 empates e 7 derrotas, 29 GP, 20 GC. Apt: 56,0%.

Qual é a sua opinião sobre este embate, valendo uma vaga na final do PE2011?

Náutico x Sport
390 jogos no Estadual
151 vitórias do Sport (540 gols)
130 vitórias do Náutico (498 gols)
109 empates

Últimos cincos jogos
18/04/10 – Náutico 2 x 0 Sport
02/05/10 – Náutico 3 x 2 Sport
05/05/10 – Sport 1 x 0 Náutico
13/02/11 – Sport 1 x 1 Náutico (foto 1)
17/04/11 – Náutico 1 x 0 Sport (foto 2)

Pernambucano 2011: Náutico 1x0 Sport. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Timbu veleja para a história

Diario de Pernambuco: 13/04/2011

Último barco de Pernambuco na Copa do Brasil de 2011, o Náutico começa nesta quarta-feira uma regata que poderá virar um marco na história do clube.

Desde 1968, quando acabou a era do hexa, o Alvirrubro só alcançou as quartas de final nas turvas águas nacionais em apenas três oportunidades.

Todas na terra firme das grandes embarcações.

Em 1984, na Série A, atracou em 6º. No embalo, os ventos trouxeram o título estadual.

Depois, em 1990, chegou a ver o porto no fim do horizonte, em plena semifinal da Copa do Brasil, mas acabou afundado pelo Clube de Regatas Flamengo, um gigante na navegação. Na última vez, em 2007, na mesma rota da Copa, um 5º lugar.

Portanto, o choque contra o tradicional almirante Vasco da Gama poderá colocar o Timbu entre os oito melhores em um torneio de elite.

No leme, um carioca de 112 anos e um recifense de 110.

Largando em casa, o agora capitão Roberto Fernandes pode colocar o seu nome entre os grandes comandantes da nau timbu. As velas estão içadas, os canhões armados…

Do Capibaribe até a Guanabara.

Após o sinal, fogo!

Análise da semifinal 2011 – Náutico

Náutico 2011: Eduardo Ramos e Ricardo Xavier. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

Investimento pesado, com o objetivo de evitar o hexa do rival rubro-negro: R$ 800 mil mensais. Com a permanência do técnico Roberto Fernandes, a diretoria alvirrubra aposta na identificação com a torcida, algo que deu certo em 2001, iniciando a “era Muricy”.

Com a união de dirigentes do Náutico para bancar parte da folha, reforços de qualidade chegaram, como Eduardo Ramos, Derley e Ricardo Xavier. Outros, de destaque, permaneceram, como Bruno Meneghel. Rapidamente, o Timbu encaixou o time, que chegou a ficar 11 jogos sem perder.

Nos Aflitos, o time segue invicto e vale lembrar que as 3 derrotas aconteceram com o time reserva. Com a formação principal, o time joga muito rápido, eventualmente com até três atacantes, buscando opções pelos lados dos campos, na mesma intensidade.

Destaque
Eduardo Ramos, candidato a “bi”. Craque do Estadual de 2010, pelo Sport, o meia conhecido outrora pelo extracampo parece ter tomado rumo nos Aflitos. Com qualidade indiscutível no passe e na armação de jogadas – além dos gols -, Eduardo Ramos ganhou a camisa 10 e vem fazendo a diferença.

A aposta
O centroavante Ricardo Xavier aproveitou bem o ritmo mais lento de Bruno Meneghle neste ano. Aproveitou bem o espaço e vem marcando muitos gols. Já tem 9, dois deles belíssimos, contra Cabense (cobertura) e Sport (voleio). Puxa bastante a marcação e abre espaços para rápido ataque timbu.

Ponto fraco
A defesa. Sofreu 25 gols em 21 jogos (média de 1,19), a segunda pior entre os semifinalistas. Roberto Fernandes testou várias opções, num verdadeiro rodízio, mas nenhuma delas emplacou de vez. Apenas o grandalhão Everton Luiz ganhou plena confiança até o momento.

Antítese alvirrubra. Vice-lanterna 4 x 2

Pernambucano 2011: América 4 x 2 Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

No comando, Roberto Fernandes havia avisado que a meta era entrar com força máxima na carga dupla nos Aflitos, contra Vasco (Copa do Brasil) e Sport (Estadual).

Daí, um mistão do Náutico contra o combalido América. Foram seis reservas.

Aguardando um tropeço dos corais no Arruda, o Timbu buscava a primeira colocação do Estadual, após várias rodadas em pé de igualdade.

No embalo do jogo, uma acusação alvirrubra de agressão por parte dos alviverdes.

Fora isso, não havia muito o que esperar no estádio Ademir Cunha neste domingo, ok?

Longe disso! E pelo lado negativo…

A  atitude passou longe dos jogadores de Rosa e Silva. Liderança?! Não era o foco.

O time até ficou duas vezes em vantagem, mas conseguiu sofrer a virada do Mequinha.

Mais. O Alvirrubro apanhou feio, por 4 x 2. Agora sim, a diretoria timbu pode prestar queixa por agressão…

Sem criatividade, velocidade, acerto no passe e mira na finalização, este desinteressado Náutico visto no domingo se tornou de forma surpreendente uma presa fácil para o Alviverde da Estrada do Arraial.

Se o foco estava mesmo na Copa do Brasil, então o trabalho foi bem feito, pois ninguém ficou de olho no jogo em Paulista…

E quem entrou não agradou, diga-se.

Pernambucano 2011: América 4 x 2 Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Abriu o caminho para o craque

Pernambucano 2011: Náutico 4 x 3 Central. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

Eduardo Ramos, 24 anos. Meia de 1,83m e 82 quilos, natural de Caçu/GO.

Técnico, cadenciado e de ótima visão de jogo.

Neste sábado, nos Aflitos, ele marcou dois gols pelo lado direito do Náutico diante de uma Patativa que buscava a recuperação.

No primeiro lance, o camisa 10 recebeu a bola de Ricardo Xaiver, deu um tapa para ajeitar a pelota e tocou com categoria, logo aos 4 minutos.

No segundo tento, recebeu de novo na área, fintou um zagueiro e bateu forte.

Eduardo chegou a 5 gols no Estadual, ajudando o clube num movimentado 4 x 3.

Mais do que isso. O meio alcançou a expressiva marca de 17 jogos invicto em 2011. Em campo, ele não perdeu um jogo sequer pelo Timbu, com 13 vitórias e 4 empates.

Craque da última edição do Pernambucano, quando foi campeão pelo Sport, o jogador acabou deixando a Ilha pelo desgaste do comportamento extracampo.

Neste ano isso parece estar superado, com empenho e dedicação.

Não por acaso, Eduardo Ramos volta a ser destaque no Estadual. A duas rodadas do fim da fase classificatória, ele já aparece como sério candidato ao prêmio mais uma vez.

Consequência “extra” da vitória timbu: classificou alvirrubros e tricolores para a semifinal do Estadual e ainda assegurou o Santa Cruz na próxima Série D do Brasileiro.

O Náutico abriu?! Com 45 gols em 20 partidas na competição, o time treinado por Roberto Fernandes parece mesmo é estar abrindo o caminho para o título…

Pernambucano 2011: Náutico 4 x 3 Central. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

Armado até os dentes

Pernambucano 2011: Náutico 5 x 1 Salgueiro. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

O estádio dos Aflitos recebeu um bom público na noite desta quarta-feira.

O embalado Náutico levou 13.410 torcedores ao duelo contra o Salgueiro, futuro adversário na Série B do Campeonato Brasileiro.

Com um ataque cada vez mais encaixado neste Pernambucano, o Alvirrubou triturou o Carcará.

Mais uma goleada, desta vez por 5 x 1, com quatro gols marcados pelos atacantes.

Pela dupla titular, diga-se.

Dois gols de Ricardo Xavier e outros dois com Bruno Meneghel.

O forte centroavante chegou a nove tentos na competição, dividindo a artilharia e já como um dos destaques da competição, enquanto o xodó timbu tem seis.

São 38 gols alvirrubros em 18 jogos, com média superior a dois por partida (2,11).

Um poder de fogo suficiente para fazer estrago pós-fase classificatória.

Pernambucano 2011: Náutico 5 x 1 Salgueiro. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Non Stop no Rio

Copa do Brasil 2011: Bangu 0x2 Náutico. Foto: Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj)/divulgação

Jogando no Rio de Janeiro, o Timbu contou com a volta de Eduardo Ramos, Bruno Meneghel e Derley, três peças fundamentais no time.

Uma verdadeira espinha dorsal.

Com isso, a meta do Náutico era conquistar a vaga diante do Bangu já na primeira partida da segunda fase da Copa do Brasil, em Volta Redonda.

A noite desta quarta-feira marcou a sequência do caminho. Bonde alvirrubro classificado, com bilhete carimbado às oitavas de final.

Vitória por 2 x 0.

Um primeiro tempo justo, sem gols.

Uma segunda etapa com o time pernambucano mostrando poder de reação e criação, incluindo três bolas na trave.

Gols de Eduardo Ramos, maestro do time e que está voltando a mostrar o futebol que o consagrou como o melhor jogador do Estadual de 2010.

O gol da classificação saiu aos 45 minutos do segundo tempo, merecidamente.

Lance no limite de tempo para começar a pensar na próxima parada…

Rio novamente (Vasco) ou Natal (ABC)? O bonde está nos trilhos.

Passagem só de ida?

Capa do site Superesportes em 16/03/2011Chegou a próxima estação.

O bonde do alvirrubro pernambucano está no Rio de Janeiro. Seria em Bangu, mas o trilho se estendeu até Volta Redonda. De cara, outro alvirrubro.

O time de Moça Bonita, campeão carioca em 1933 e 1966, além de vice-campeão brasileiro de 1985.

Outros tempos.

Atualmente, o Bangu não é sequer a 5ª força do futebol carioca.

Ainda assim, está na elite do Estadual do Rio e classificado à segunda fase da Copa do Brasil. Portanto…

Cuidado aos comandados de Roberto Fernandes no Náutico, já surpreendidos nesta competição pelo Trem/AP.

O Bangu tem um time mais qualificado, que deverá dar mais trabalho.

De qualquer forma, a torcida timbu espera, claro, que o bonde volte da Cidade Maravilhosa, na noite desta quarta-feira, já com a passagem para a estação das Oitavas de final…

Leia a cobertura do Superesportes sobre o próximo compromisso do Náutico no mata-mata nacional clicando AQUI.