Após a rodada passada, o Náutico ficou a três pontos do 19º lugar e a sete do 16º colodado, o primeiro fora da zona de rebaixamento. Somando mais um revés na Série A, na Fonte Nova, o Alvirrubro afundou ainda mais na lanterna, agora a cinco pontos do vice-lanterna e a nove do primeiro time acima do Z4.
O Timbu talvez tenha agora uma de suas últimas cartadas no Brasileirão. Jogará três partidas seguidas na Arena, contra Atlético-PR (31/08), São Paulo (03/09) e Vasco (05/09). Em relação à liderança, mais uma troca no topo. Beneficiado pela derrota do Botafogo diante do Atlético-PR, o Cruzeiro abriu logo dois pontos.
A 17ª rodada do representante pernambucano
31/08 – Náutico x Atlético-PR (18h30)
Jogos no estado pela elite: 5 vitórias alvirrubras, nenhum empate e 1 derrota.
Quatro partidas foram adiadas pela CBF: Náutico x São Paulo, Internacional x Santos, Santos x Náutico e Atlético-MG x Ponte Preta.
Em um processo acelerado, a Caixa Econômica Federal já estampa a sua marca em onze clubes brasileiros, gerando um aporte anual em patrocínios no futebol de R$ 96,9 milhões. O banco ligado ao governo federal repete o formato massivo de patrocínios no esporte, cíclico.
No final da década de 1980, a Coca-Cola patrocinou quase todos os integrantes do Brasileirão. A companhia de refrigerantes era quase onipresente na televisão. Com isso, conseguiu associar a sua imagem ao esporte. Duas décadas depois, o banco BMG, privado, retomou o processo, com cifras bem maiores.
Na ocasião, o banco, cuja marca ocupava espaços enormes nos uniformes, alcançou 19 clubes. Em 2011, nada menos que metade da Série A foi bancada pela empresa. Das treze agremiações de maior torcida no Brasil, oito eram patrocinadas pela instituição, o que correspondia, na época, a 42% da população nacional. Ao todo, um investimento de R$ 100 milhões por temporada.
Visando o Mundial de 2014, a Caixa vai se estendendo nas mais diversas regiões. Já firmaram com o banco: Flamengo, Corinthians, Vasco, Coritiba, Atlético-PR, Vitória, Atlético-GO, Figueirense, Avaí, Chapecoense e ASA. Ou seja, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Bahia, Santa Catarina, Goiás e Alagoas. Outros estados estão na mira, inclusive Pernambuco.
Algumas negociações estão travadas porque os clubes ainda não conseguiram as certidões negativas de débito, exigidas no processo com um parceiro estatal. São documentos de órgãos públicos declarando que não existem pendências.
No Recife, Sport e Santa Cruz já tiveram contato. O objetivo é assinar contratos entre R$ 3 mi e R$ 6 milhões. Em pelo menos três oportunidades os três grandes locais já foram patrocinados pela mesma empresa ao mesmo tempo: Banorte (anos 1980), Coca-Cola (1993/1994) e Excelsior Seguros (1998/1999).
É cada um por si ou vale negociar em bloco? É preciso observar a tendência do mercado, com o domínio das marcas entre os rivais…
O Náutico voltou a pontuar, mas o empate diante do Galo, campeão da Libertadores, foi insuficiente para tirar o time de Rosa e Silva da última colocação do Brasileirão. Dos quatro integrantes do Z4 nesta rodada, apenas um venceu, a Portuguesa, justamente no clássico contra o São Paulo, em duradoura má fase.
No topo da tabela, os três primeiros colocados tropeçaram nesta 13ª rodada. Melhor para o Corinthians, que entrou no G4, já a quatro pontos da liderança.
A 14ª rodada do representante pernambucano 14/08 – Criciúma x Náutico (19h30)
Jogos em Santa Catarina pela elite: 2 jogos e 2 derrotas alvirrubras.
Quatro partidas foram adiadas pela CBF: Náutico x São Paulo, Internacional x Santos, Santos x Náutico e Atlético-MG x Ponte Preta.
Ainda com dois jogos a menos em relação aos demais clubes, o Náutico segue na última colocação do Brasileiro. Entretanto, apesar do revés no Serra Dourada, a diferença timbu para o 16º lugar, o primeiro time fora da zona de rebaixamento, continuou em quatro pontos. E o tal 16º é justamente o próximo adversário.
Já na liderança da competição, mais uma troca. Cruzeiro e Botafogo inverteram as posições, com o time celeste no topo da tabela. Em 3º lugar, o Coritiba de Alex segue com uma excelente campanha.
A 13ª rodada do representante pernambucano 10/08 – Náutico x Atlético-MG (18h30)
Jogos no estado pela elite: 7 vitórias alvirrubras, 3 empates e 2 derrotas.
Quatro partidas foram adiadas pela CBF: Náutico x São Paulo, Internacional x Santos, Santos x Náutico e Atlético-MG x Ponte Preta.
Mais uma rodada de folga para o Náutico. Após o jogo contra o Colorado, na Arena, o Náutico ficou em 19º lugar, a três pontos do 16º colocado, o primeiro fora da área de degola. Agora, após duas rodadas sem entrar em campo, o time de Rosa e Silva está a quatro pontos, em 20º. O hiato acabará nesta quarta.
A 12ª rodada do representante pernambucano 07/08 – Goiás x Náutico (21h50)
Jogos em Goiânia pela elite: 1 vitória timbu, 2 empates e 9 derrotas.
Quatro partidas foram adiadas pela CBF: Náutico x São Paulo, Internacional x Santos, Santos x Náutico e Atlético-MG x Ponte Preta.
Com as excursões de São Paulo e Santos ao continente europeu, a classificação da Série A passou a apresentar algumas lacunas após a disputa da 10ª rodada. Enquanto o Tricolor Paulista e o Bahia anteciparam um jogo da 11ª rodada, outras partidas foram adiadas, inclusive do Náutico. O Timbu, por sinal, também não irá atuar neste fim de semana.
O time pernambucano só voltará a campo pelo Brasileirão no dia 7 de agosto, no Serra Dourada, contra o Goiás, pela 12ª rodada.
Demorou, mas a primeira vitória alvirrubra como mandante no Brasileiro veio em grande estilo. Goleou por 3 x 0 o então líder do campeonato, o Inter. O resultado tirou o Náutico da lanterna da competição, deixando o time a apenas três pontos de sair da zona de rebaixamento, seu maior objetivo.
No entanto, agora o Timbu terá uma “folga” nas duas próximas rodada. Na quarta-feira o time de Rosa e Silva receberia o São Paulo na Arena. Como o time paulista irá realizar uma excursão na Europa, a CBF adiou a partida.
Na sequência, jogaria no domingo contra o Santos, na Vila Belmiro, mas o Peixe também irá ao Velho Mundo. Assim, o Náutico só voltará a campo no dia 7 de agosto, no Serra Dourada, contra o Goiás, pela 12ª rodada.
Duas rodadas para secar adversários diretos na briga contra o Z4…
Dois jogos foram antecipados (11ª e 12ª rodadas) e um foi adiado, da 8ª
A Copa Sul-americana terá 47 clubes nesta temporada.
O São Paulo, atual campeão, irá estrear em 2013 apenas na terceira fase da competição, o equivalente às oitavas de final.
Os outros oito times brasileiros começarão a jornada na segunda fase do torneio, assim como os hermanos argentinos.
Os representantes dos demais países filiados à Conmebol irão abrir a fase preliminar. No gráfico oficial dos clubes inscritos, o Clássico dos Clássicos.
Sobre o duelo entre Náutico e Sport em solo internacional, clique aqui.
O campeão garante vaga em quatro torneios em 2014: Taça Libertadores, Recopa, Copa Suruga Bank e na própria Copa Sul-americana.
Os direitos econômicos dos 100 jogadores brasileiros mais caros na história do futebol foram comprados por 42 times, dos quais apenas três brasileiros. Corinthians (2), Flamengo (1) e São Paulo (1) são as exceções. Segundo o estudo da Pluri Consultoria, o recordista é o Barcelona, destino de Neymar.
O Barça já adquiriu dez atletas, desembolsando 237 milhões de euros. Sem surpresa, o segundo lugar é o rival Real Madrid. A Espanha, por sinal, é o maior importador. São oito clubes na lista e meio bilhão de euros investidos.
Ao todo, doze países, além do Brasil, claro, receberam as supercontratações.
Abaixo, os vinte jogadores mais valiosos, com os valores originais e corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor da Eurozona. Um exemplo disso é a diferença entre Kaká e Neymar, os primeiros colocados. No valor original, oito milhões de euros. Com o preço corrigido, o hiato sobe para 13,4 mi.
Para ver a lista com os cem brasileiros mais valiosos, clique aqui.
Tenho 33 anos. Isto significa que acompanho futebol com alguma consciência desde o fim dos anos 80. Ali, já sabia o nome dos jogadores, queria ir ao estádio, sofria ouvindo rádio, dava volta no quarteirão quando meu time era campeão, chorava nas piores derrotas. É natural que a visão sobre o esporte e a interpretação dos acontecimentos vá se moldando com o tempo. Mudando. Infância, adolescência, paixão, maturidade, profissionalismo. Em cada uma dessas etapas, o futebol se revela por ângulos diferentes. Mesmo tendo “estudado” a história do nosso esporte, pertenço a uma geração (e quem não pertence?) e a minha percepção do futebol é influenciada diretamente por ela.
Esta (não tão) pequena introdução foi para falar do Atlético/MG. Há uns 7 ou 8 anos virava madrugadas debatendo futebol em fóruns de discussão e comunidades no finado Orkut – fascinado com a nova possibilidade de trocar ideias e visões com torcedores de todos os clubes do país. E não existia polêmica maior (o Brasileiro de 1987 não conta) do que a real existência do conhecido G12. O grupo dos 12 maiores clubes do futebol nacional. Aqueles que todos conhecem. Ou que fomos quase adestrados a conhecer e respeitar. Eram os times que estavam todos os dias na TV, nos brinquedos, por todos os lados. Nos anos 1980, era um verdadeiro milagre encontrar um time de botão com escudos do Sport, Náutico ou Santa. Um caderno, uma toalha, um boneco, um boné… Nada. Eram apenas os quatro do Rio, os quatro de São Paulo, os dois de Minas e os dois do Rio Grande do Sul.
Porém, os tempos mudam. Os costumes, os valores, as pessoas. As fronteiras foram desaparecendo, o foco naturalmente foi sendo ampliado. E nos últimos 13 anos pelo menos sempre defendi a tese de que o tal G12 não existe na prática. Estamos condicionados a aceitá-lo, mas sobram fundamentos para renegá-lo. A distância do São Paulo ou Corinthians – em qualquer aspecto (títulos, torcida, estrutura, dinheiro) – para o Botafogo é incomparavelmente maior do que a do alvinegro carioca para clubes como Coritiba, Atlético/PR, Bahia e Sport – equipes grandes em suas regiões, com títulos nacionais e consideradas (corretamente) intermediárias no futebol brasileiro. O Botafogo – sem estádio, com torcida reduzida e ausente, e dois títulos nacionais bem esporádicos – é tão intermediário quanto os clubes que citei. O que o diferencia? Apenas a geografia e a massificação da mídia, herança dos anos 80. A decadência é visível. Nas pesquisas recentes de torcidas e números de sócios, tornou-se comum aparecer atrás dos principais times fora do eixo RJ/SP/MG/RS.
Não considero que a localização geográfica seja suficiente e determinante para fazer do G12 algo eternamente imutável. Se absolutamente tudo muda ao nosso redor, os velhos conceitos e – neste caso – preconceitos também devem mudar. Gestões, investimento, renovação da torcida, patrimônio e – sobretudo – títulos são fundamentais. Todos somados formam um grande time, assim como a tradição e a história. Costumo colocar o Atlético/MG no mesmo “bolo” de Botafogo, Coritiba e etc. O título da Libertadores pode mudar a minha visão? Claro. As circunstância também. Investimento milionário, jogadores de Seleção…É o que sempre defendi. Não vejo o futebol como uma “sociedade de castas”. Os degraus estão aí para subir e descer. E fundamentalmente: os degraus estão aí para todos.
* Fred Figueiroa é o colunista de esportes do Diario de Pernambuco