Náutico x Flamengo: cota de TV distante, patrimônio próximo

Estádio dos Aflitos

Flamengo e Náutico são os clubes com as receitas de televisão mais distintas  para a Série A 2012. O Fla receberá R$ 84 milhões, contra apenas R$ 18 milhões do Alvirrubro.

O Alvirrubro tem um patrimônio líquido de R$ 108 mi. O do Fla é de R$ 146 mi. Ou seja, enquanto a receita de TV do Flamengo é 366% maior, o patrimônio líquido é 35% maior.

De acordo com os balanços financeiros dos dois clubes, com exercício até 31 de dezembro de 2012, o imobilizado do Timbu é de R$ 170 milhões, enquanto o do Rubro-negro carioca é de R$ 448 mihões. No entanto, esse número foi reavaliado na última temporada. Até 2010, o imobilizado do Fla seria de R$ 201 milhões.

No caso do Náutico, entra na soma o terreno (R$ 115 mi), estádio dos Aflitos (R$ 15 mi), garagem de remo (R$ 1,4 mi), ginásio (R$ 5 mi), piscina (R$ 6 mi), centro de treinamento (R$ 6,3 mi), entre outras posses menores. Confira o balanço timbu aqui.

Os bens do clube do Rio de Janeiro são: estádio da Gávea (R$ 223 milhões), um edifício (R$ 137 mi) e o Projeto Vila Olímpica (R$ 75 mi) e alguns bens de menor porte (totalizando R$ 12 mi). Veja o balanço do Urubu aqui.

Sede do Flamengo. Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem

Os 20 dias mais importantes do Náutico para seguir na elite

Pernambucano 2012, semifinal: Sport 0x0 Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

“Vamos trazer quantos reforços precisarem. A gente não vai medir esforços. Pior do que não trazer é cair. E o Náutico não vai ser rebaixado.”

Declaração do presidente do Náutico, Paulo Wanderley, logo após a eliminação do clube no Estadual desta temporada, que manteve o jejum de taças desde 2004. Mas foi rápido ao projetar o decorrer do ano para o Timbu.

O fim da participação alvirrubra no certame local vem com um “bônus”.

O Timbu, agora com Gallo, terá exatamente 20 dias de descanso até a estreia na Série A, torneio que realmente interessa neste neste ano. Até a estreia contra o Figueirense.

Mais do que uma intertemporada, o Náutico precisa se qualificar. Remontar o elenco.

Vale lembrar que foram 15 contratações para o Campeonato Pernambucano. A grande maioria, que não foi indicada pelo técnico Waldemar Lemos, desagradou. Faxina.

Todo o planejamento da diretoria foi fundamentado para investir no Brasileirão. Pois bem, chegou a hora de utilizar o maior orçamento da história de Rosa e Silva.

Conforme divulgado, o Náutico poderia chegar a um faturamento de até R$ 40 milhões em 2012. Contudo, faltam alguns pontos importantes.

O clube saiu do Estadual sem um patrocinador-master no uniforme. Isso é inadmissível.

A diretoria segue esperando por uma marca de impacto no Nacional, mas acabou abrindo mão de uma receita vital durante quatro meses. Fará falta?

Sobre o contestado time, não há mais tempo para garimpar reforços. O momento é de anunciar as contratações. A dupla de zaga, o goleiro Gideão e algumas peças no meio-campo se salvam. Lá na frente, a situação é crítica…

Lutará para formar um time competitivo, para ficar no mínimo em 16º lugar. Até mesmo para retomar a confiança da torcida, ponto alto do time a partir de agora.

Pernambucano 2012, semifinal: Sport 0x0 Náutico. Foto: Brenno Costa/Diario de Pernambuco

1.530 minutos leoninos diante do timbu na Ilha

Pernambucano 2004: Sport 1 x 3 Náutico. Foto: Gil Vicente/DP/D.A Press

Na Ilha do Retiro, no próximo domingo, um longo tabu estará em ação na segunda parte de um superclássico de 180 minutos. Amplamente favorável aos rubro-negros…

O Sport não perde do Náutico em seu estádio há oito anos. Desta vez, ao Timbu não basta uma simples vitória, mas um resultado por dois gols de diferença.

Curiosamente, foi este o placar no último triunfo, no dia 28 de março de 2004, quando o Timbu cravou 3 x 1 no Leão, nas fotos deste post. Relembre aquele clássico aqui.

A marca já chega a 17 partidas, com 10 vitórias e 7 empates  Confira a lista abaixo.

Última vitória alvirrubra na casa rubro-negra em um confronto eliminatório foi na decisão do primeiro turno em 25 de abril de 1993. Náutico 2 x 1, com 26.244 pessoas.

30/07/05 – Sport 3 x 2 Náutico – Série B

10/02/05 – Sport 1 x 0 Náutico – Pernambucano

12/03/06 – Sport 1 x 1 Náutico – Pernambucano

21/10/06 – Sport 2 x 0 Náutico – Série B

01/04/07 – Sport 2 x 0 Náutico – Pernambucano

26/06/07 – Sport 4 x 1 Náutico – Série A

20/04/08 – Sport 0 x 0 Náutico – Pernambucano

19/10/08 – Sport 2 x 2 Náutico – Série A

14/02/09 – Sport 2 x 0 Náutico – Pernambuco

26/07/09 – Sport 3 x 3 Náutico – Série A

20/02/10 – Sport 1 x 1 Náutico – Pernambucano

05/05/10 – Sport 1 x 0 Náutico – Pernambucano

23/10/10 – Sport 1 x 1 Náutico – Série B

13/02/11 – Sport 1 x 1 Náutico – Pernambucano

24/04/11 – Sport 3 x 1 Náutico – Pernambucano

09/08/11 – Sport 2 x 0 Náutico – Série B

29/01/12 – Sport 4 x 3 Náutico – Pernambucano

Pernambucano 2004: Sport 1 x 3 Náutico. Foto: Gil Vicente/DP/D.A Press

Chinelinhos tricolores, rubro-negros e alvirrubros

Sandálias oficiais de Santa Cruz, Sport e Náutico

Uma contratação de peso, com apresentação oficial concorrida no clube.

Bastante dinheiro na assinatura do contrato, regalias no dia a dia, um salário top no elenco e outras benesses, como um automóvel de luxo até o fim do acordo no BID.

No primeiro jogo, um passe de efeito, muitos gestos, uma ou outra finalização e poucos minutos em campo. É preciso um melhor condicionamento físico.

Nas primeiras rodadas, quase sempre uma bela atuação. Em alguns casos, até mesmo em um clássico. Manchetes nos jornais no dia seguinte e entrevistas na TV, ao vivo.

Vem uma sequência de jogos mais pesada e as apresentações do tal reforço não mantêm o nível daqueles primeiros toques na bola. É a hora da primeira dose de pressão.

O discurso, onipresente, é de que “é preciso conviver com a pressão em um grande clube”. Desde que não seja duradoura, claro.

Existem aqueles conseguem dar a volta por cima, justificando os chutes a peso de ouro. Mas também estão por aí, e como, aqueles que aceitam a má fase com passividade.

As voltinhas no campo, e olhe lá, são o máximo de esforço físico. Nos jogos, a marcação adversária se torna algo quase impossível de vencer. Para este jogador, que fique claro.

Nos grandes duelos, vai de protagonista a coadjuvante em 90 minutos. A lacuna técnica se torna visível. O lugar entre os 11 acaba sendo alvo de contestação.

O contrato, aquele mesmo com cifras generosas, transforma-se em um empecilho para o clube em questão, já tentando repassar o atleta para outra agremiação . Conversas sobre rescisão, acerto das bases financeiras e, enfim, o distrato. Amigável ou não.

Trata-se de um roteiro batido, sobretudo no futebol pernambucano…

Mas ainda há um capítulo especial. Todo esse desempenho quase nunca é levado em consideração pelos rivais. Portanto, não se surpreenda se o mesmo ator for o astro de uma nova contratação de peso algum tempo depois, pelo co-irmão…

Fortaleza alvirrubra para Gallo

Técnico Alexandre Gallo no Náutico em 2010. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Alexandre Gallo, o técnico alvirrubro para o retorno à Série A.

Um nome que sabe extrair de um elenco mediano uma formação compacta, tudo o que o Náutico precisa para a arrancada no Brasileirão, além da reta final do Estadual.

A primeira versão de Alexandre Gallo em Rosa e Silva, em 2010, durou 44 partidas, com 21 vitórias, 8 empates e 15 derrotas, gerando um aproveitamento de 53,78%.

Vice-campeão pernambucano, Gallo foi demitido na 25ª rodada do Brasileiro da Série B, após o revés por 2 x 1 para o São Caetano, nos Aflitos. Da liderança ao 11º lugar.

A decisão foi comunicada em 29 de setembro pelo então presidente em exercício, Paulo Wanderley. Agora efetivo na função, o mandatário recontratou o treinador.

Vale replicar um trecho do post sobre a saída do treinador há dois anos, bem semelhante ao desfecho da passagem de Waldemar Lemos nesta temporada (veja aqui).

“Demitido do Náutico nesta quarta-feira, após longas e cansativas reuniões, o técnico acabou se dando conta que a equipe não rendia mais sob o seu comando.

A qualidade técnica do elenco Timbu não contribui muito para uma mudança drástica no desempenho da equipe no restante da Série B. Um exemplo claro está no ataque, o 4º pior da competição, com apenas 28 gols em 25 jogos.

Enérgico, Gallo deixou o Timbu sem receber uma dinheirama, cerca de R$ 1 milhão. Como em inúmeros casos no futebol nacional, o imbróglio foi parar na Justiça.

Agora, um acordo foi costurado. O próximo passo, não menos trabalhoso, será organizar a equipe vermelha e branca ainda no Estadual. Depois, terá que formar um novo elenco.

Técnico Alexandre Gallo no Náutico em 2010. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Vitória timbu não alivia o vexame geral na Copa do Brasil

Copa do Brasil 2012: Náutico 2x1 Fortaleza. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Não houve reviravolta. O triste cenário se confirmou. Este ano foi o pior desempenho de Pernambuco nas últimas dez edições da Copa do Brasil. Foi um vexame atrás do outro.

O Santa Cruz foi eliminado na primeira fase, diante do minúsculo Penarol do Amazonas.

Depois, o Sport foi derrotado duas vezes pelo Paysandu. Na Ilha, foi goleado.

Agora, o fim melancólico do Náutico na competição.

Goleado na capital cearense, o Timbu até venceu o Fortaleza por 2 x 1 na noite desta quarta, nos Aflitos, com 2.308 testemunhas. Um resultado pra lá de insuficiente. Nem o mais fanático torcedor alvirrubro saiu satisfeito.

O time já entrou aceitando a desclassificação, tamanha era a missão para avançar às oitavas de final do torneio mais importante do primeiro semestre.

Ainda sob o comando de Levi Gomes, o Alvirrubro até tentou um impor uma blitz, mas a falta de uma formação tática mais apurada impediu essa pressão inicial. Só correria.

Pior, o Fortaleza abriu o placar, com o atacante Jailson, após falha do outrora incontestável zagueiro Marlon. Tudo bem que o xerife se redimiu no primeiro minuto da etapa complementar. Porém, já não havia mais o que fazer. Só jogar pela dignidade.

Aos 35 minutos, após cruzamento da direita, Léo Santos escorou meio sem querer e virou o jogo. Uma vitória para gerar um pouco mais de confiança no grupo.

O fato é que Pernambuco já está fora da Copa do Brasil de forma precoce (veja aqui).

Essa vitória timbu  não aliviou o vexame geral do futebol do estado, eliminado nas três oportunidades por clubes de divisões inferiores, sempre no Recife…

Copa do Brasil 2012: Náutico 2x1 Fortaleza. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Especial sobre o 107º aniversário rubro-negro

Sport Club do Recife, 107 anos. Crédito: Sport/divulgação

Aniversário logo em uma decisão? Só o futuro dirá…

Em 2012, o Sport Club do Recife chegará aos 107 anos de história bem no dia da finalíssima do campeonato estadual.

O fato é que site oficial do clube lançou uma série de reportagens sobre o aniversário rubro-negro, em 13 de maio. Confira o especial clicando aqui.

Serão 30 textos ao todo, da fundação do clube às maiores conquistas, passando por episódios inesquecíveis na vida centenária do Leão.

O 40º troféu de presente ou festa para os rivais…?

Aproveitamento da elite antes da elite

Aproveitamento dos clubes da Série A em 2012. Crédito: Rafael Soares/Meu Sport

Em grande parte do país, a primeira fase dos campeonatos estaduais desta temporada acabou no domingo, 15 de abril. A Série A, como se sabe, começará em 19 de maio. Portanto, confira o desempenho dos 20 integrantes da elite até aqui este ano. O detalhado levantamento foi feito pelo site Meu Sport.

O Náutico não está bem, em 18º lugar. Já o Sport , com 70%, aparece em 11º. Pesa contra os pernambucanos a ausência de rivais da própria elite nesses dados, exceção feita, claro, ao Clássico dos Clássicos…

A cara dos rivais centenários na Sexta-feira 13

Charge de Samuca/Diario de Pernambuco

Quarta-feira – Sport (Série A) 1 x 4 Paysandu (Série C).

Quinta-feira – Fortaleza (Série C) 4 x 0 Náutico (Série A).

A 38 dias do início do Campeonato Brasileiro…

Nos traços de Samuca, a charge com os torcedores da dupla centenário.

Mais um vexame pernambucano na conta, agora alvirrubro

Copa do Brasil 2012: Fortaleza 4 x 0 Náutico. Foto: LC MOREIRA

Apenas um gol marcado nos últimos sete jogos. Um. Nenhuma vitória no período. Uma má fase duradoura, que resultou na queda do técnico Waldemar Lemos.

Um time sem confiança alguma, mesmo no Campeonato Pernambucano. A Copa do Brasil parecia uma válvula de escape para o Náutico. Sobretudo para a torcida…

O desempenho pífio dos rivais na competição havia sido o aviso aos alvirrubros. O nível do futebol local não está nada competitivo.

O Santa Cruz foi eliminado pelo desconhecido Penarol do Amazonas ainda na primeira fase. Já o Sport foi humilhado pelo Paysandu em plena Ilha do Retiro.

Na noite desta quinta-feira, com o interino Levi Gomes na área técnica, outro duelo envolvendo um time da elite nacional contra um da Terceirona.

Mais uma goleada. Novamente para o representante da Série C…

Impiedoso, o Fortaleza fez 4 x 0 e praticamente assegurou o seu lugar nas oitavas de final. Festa incrível no caldeirão do estádio Presidente Vargas, com 18.790 pessoas.

Quantos corajosos torcedores irão ao jogo de volta, nos Aflitos…?

O revés deixou não só o Náutico como o futebol pernambucano no ralo. Qual é o fundamento do tal Estadual apontado pela FPF como o melhor do Brasil? Sucesso de público, com grande parte através de subsídios, e fracasso de crítica.

Que o Timbu e o Leão vão contratar para o Brasileirão não se discute. Muito menos que os quatro primeiros meses de 2012 parecem ter sido jogados no lixo.

A verdade é que a preparação da dupla centenária para a Série A incomoda. As 15 contratações alvirrubras nesta temporada se mostraram sem eficiência alguma.

A folha atual é de aproximadamete R$ 850 mil. Para o campeonato nacional o número deverá subir até R$ 1,2 milhão. A cota de erros já está mais que esgotada.

Ao Náutico, a certeza de que um novo time se faz necessário. Para que o vexame na capital cearense não tenha sido só o primeiro fora dos limites de Pernambuco…

Copa do Brasil 2012: Fortaleza 4 x 0 Náutico. Foto: LC MOREIRA