O Sport ganhou o jogo no intervalo, contrariando um tabu no futebol

Série A 2014, 18ª rodada: Sport x Criciúma. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Sport venceu o Criciúma neste domingo no intervalo, numa mexida.

Saída de Zé Mário e entrada de Patric.

O improdutivo meia havia sido acionado aos 9 minutos de jogos após uma (preocupante) lesão muscular de Diego Souza.

Não havia qualquer meritocracia naquela modificação. O jogador quase nada fez nas partidas nas quais entrou com a camisa rubro-negra.

Lento, facilmente desarmado e com pouco poder de finalização.

Para a surpresa de ninguém na Ilha, com 12 mil presentes (exceto na visão do técnico Eduardo Batista, claro), Zé Mário voltou a atuar mal.

No finzinho do primeiro tempo, o Tigre ainda mandou duas bolas na trave, deixando a torcida da casa ainda mais tensa. A vaia não foi pequena.

No intervalo, a bronca necessária e o reconhecimento tático. Tirar um jogador que já entrou no decorrer da partida é quase um tabu no futebol. Como se o atleta ficasse “queimado” por causa desse contexto.

Neste domingo, o treinador não podia ficar preso a esse estigma. E não ficou, optando por Patric, preterido para a entrada de Vitor na direita. Só que Patric voltou numa nova função…

Não é o jogador mais inteligente do mundo, mas tem volume de jogo e muita força. Faltava isso ao Sport, nada vibrante até ali.

Na volta para o segundo tempo, um novo perfil. Em dez minutos, jogo decidido.

Dois gols seguidos, com Neto Baiano (aleluia) e Danilo, 2 x 0.

No fim, aplausos. Foi a primeira vez que o Sport venceu por dois gols de diferença neste Brasileirão. Uma vitória construída no vestiário, com convicção.

Série A 2014, 18ª rodada: Sport x Criciúma. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Podcast 45 minutos (54º) – Revés leonino na Sula e prognóstico na Série B

O revés do Leão na estreia da Copa Sul-Americana foi o tema principal da nova edição do 45 minutos. Além da análise sobre o público fraco e o desempenho ainda pior dos rubro-negros em campo, temos um debate sobre os jogos de Santa Cruz e Náutico na Série B, na sexta e no sábado, respectivamente.

O 54º podcast teve 1h22min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!

Sem alarde, a Arena vai atraindo Náutico, Santa e Sport, mas a meta segue longe

Arena Pernambuco na Copa do Mundo de 2014. Foto: Fifa/divulgação

A Arena Pernambuco foi concebida com a promessa, do governo do estado, de levar os 20 principais jogos de Náutico, Santa Cruz e Sport. Seria a forma de viabilizar economicamente o empreendimento milionário.

Do oito cenários levantados pela consultoria inglesa Comperio Research, num estudo de viabilidade encomendado pelo consórcio, o mais vantajoso era justamente aquele com o trio. Com as 60 partidas e outros eventos (shows e convenções), o faturamento anual chegaria a R$ 86,2 milhões.

R$ 86,2 milhões – Sport, Santa Cruz e Náutico
R$ 64,4 milhões – Sport e Santa Cruz
R$ 60,4 milhões – Santa Cruz e Náutico
R$ 60,1 milhões – Sport e Náutico
R$ 31,6 milhões – Sport
R$ 30,1 milhões – Santa Cruz
R$ 27,3 milhões – Náutico
R$ 5,7 milhões – Nenhum clube

Como se sabe, apenas a direção do Timbu firmou um contrato, e não para 20, mas para todos os jogos. Contudo, o estudo mostrava um maior avanço justamente em caso de presença dos outros dois rivais.

Batendo o pé, ambos demoraram a pisar na arena como mandantes. Acabaram “obrigados” pela nova redação do Todos com a Nota, que regula a manutenção do programa subsidiado à disputa de pelo menos dois jogos no local.

Agora, um novo cenário, que já dá margem para outra interpretação…

Em seu segundo ano de operação, a direção do consórcio que administra o estádio passou a negociar pacotes de jogos em vez de tempos mais longos – provavelmente, entenderam as posições de rubro-negros e tricolores. O primeiro foi o Sport, com 6 jogos no Brasileiro – o clube só deve firmar outro tipo de contrato quando começar a obra de sua própria arena.

Agora é a vez do Santa anunciar a sua ida à arena, com quatro partidas na segundona. Em 2014, o clube já cumpriu os seus dois jogos pelo TCN (Porto e Luverdense). O novo foco é na renda bruta mesmo.

Então, o ano já tem ao menos 29 jogos do Náutico, 6 do Santa e 6 do Sport.

Segue longe da proposta máxima (e ideal), mas, sem larde, o cenário melhorou, ao menos no número de partidas realizadas.

Na parceria público-privada, o governo terá que suprir o rombo no faturamento anual caso a receita seja abaixo de 50% da previsão de R$ 73,2 milhões, segundo o aditivo assinado em 21 dezembro de 2010. Nota-se que o montante é inferior ao do estudo supracitado, mas mesmo assim a meta segue distante.

Até porque falta aumentar também a taxa de ocupação. Aí, será preciso concluir a estrutura de mobilidade. Acredite, isso hoje é o mais difícil…

Classificação da Série A 2014 – 17ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 17ª rodada. Crédito: Superesportes

A dura derrota sofrida no Rio de Janeiro derrubou o Sport também na classificação, do 6º para o 8º lugar. A diferença em relação ao Z4, que chegou a ser de 11 pontos, agora é de 8 pontos. É uma marca que é sempre bom ficar atento.

No G4, o Cruzeiro aproveitou as derrotas e de Inter e Corinthians e ampliou para sete pontos a diferença para o vice-líder, que agora é o São Paulo. A duas rodadas do fim do turno, o time mineiro já garantiu a liderança do 1º turno, garantindo assim o Troféu Osmar Santos, oferecido pelo jornal Lance!. No segundo turno é o Troféu João Saldanha.

A 18ª rodada do representante pernambucano
31/08 – Sport x Criciúma (18h00)

Jogos no estado pela elite: 3 vitórias leoninas, 1 empate e nenhuma derrota.

Podcast 45 minutos (53º) – O fiasco leonino no Maracanã contra o Flu

Edição especial do 45 minutos apenas sobre o Sport. Após a gravação no sábado, com os jogos de Santa e Náutico, agora a análise foi sobre o Leão, derrotado pelo Fluminense no Rio de Janeiro por 4 x 0. Críticas, sugestões e debate sobre a Sul-Americana, o próximo compromisso do time.

O 53º podcast teve 1h05min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!

Apatia no Maracanã e a terceira goleada sofrida pelo Sport no Brasileirão

Série A 2014, 17ª rodada: Fluminense x Sport. Foto: Nelson Perez/Fluminense/Flickr

O Sport foi goleado no Maracanã, sem pena. Fluminense 4 x 0, com dois gols de Fred, o mesmo que durante a semana chegou a ameaçar nem entrar em campo por causa das agressões de uma facção uniformizada do tricolor carioca. Concentrado no jogo, nos dois lances ganhou de Oswaldo na bola aérea.

Mas vamos avaliar o jogo em um lance específico, aos 28 minutos do primeiro tempo.

Num ótima bola recebida de Patric, Felipe Azevedo ficou cara a cara com o goleiro, mas o seu poder de finalização é muito baixo, quase nulo. Como acontece quase sempre, desperdiçou. No rebote, Patric ainda mandou na trave.

Antes, Rithely havia cabeceado para fora uma bola na pequena área. De fato, o Sport parecia fazer uma apresentação melhor que a última no estádio Mário Filho, contra o Fla – quando também perdeu, diga-se.

Nesta tarde, além de Felipe Azevedo, outra peça destoou. Zé Mário, contratado após um bom Estadual com a camisa do Náutico, ainda não teve uma atuação que justificasse a contratação. Lento e facilmente desarmado. Com ambos em campo, o Sport pouco fez a partir do gol perdido, pois o Flu não teve pena. Marcou duas vezes no primeiro tempo, uma na largada no segundo e outro com Fred, perto do fim, definindo o placar.

Contra o Palmeiras, o Leão virou pela primeira vez o placar nesta Série A. Uma grande atuação, mas contra um dos piores times do campeonato. Na ocasião, seu ataque perdeu pelo menos seis vezes – incluindo Neto Baiano, vale o registro. Já o Flu mostrou o quanto o poder de finalização faz a diferença. Aproveitando quase todas as chances claras na tarde deste domingo, venceu com sobras.

E o Leão acabou goleado pela terceira vez no Brasileirão. Um revés até estava na conta no Rio, não a apatia geral. Será preciso juntar os cacos para a Sul-Americana.

Série A 2014, 17ª rodada: Fluminense x Sport. Foto: Nelson Perez/Fluminense/Flickr

Classificação da Série A 2014 – 16ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 16ª rodada. Crédito: Superesportes

Vencendo pela primeira vez de virada na competição, o Sport subiu do 9º para o 6º lugar na classificação. O triunfo por 2 x 1 sobre o Palmeiras encerrou uma série de três jogos sem vitória do leão pernambucano.

No G4, uma mudança. O São Paulo brecou a série de cinco vitórias seguidas do Inter, ao fazendo 1 x 0 e entrando na zona de classificação à Libertadores por causa da derrota do Flu em Chapecó. Na liderança, o Cruzeiro abriu cinco pontos de vantagem. Apesar da vitória magra sobre o Grêmio (1 x 0), mantém uma média acima de dois gols.

A 17ª rodada do representante pernambucano
24/08 – Fluminense x Sport (16h00)

Jogos no Rio pela elite: 4 vitórias leoninas, 3 empates e 10 derrotas.

A ressonância financeira dos 28 maiores clubes do país

Os três grandes clubes pernambucanos estão entre 28 times avaliados pela Pluri Consultoria, que publicou um estudo com numa “ressonância financeira” do futebol brasileiro a partir dos balanços oficiais de 2013.

O levantamento traz dados comparativos entre todos os clubes. Em relação às receitas operacionais, eis o ranking local: Sport 19º, Náutico 20º e Santa 26º.

Abaixo, a íntegra do levantamento, com 22 páginas.

Confira também os balanços de Sport, Náutico e Santa Cruz.

Podcast 45 minutos (51º) – Vitórias na Arena de Náutico e Sport e empate coral

Mais uma edição do 45 minutos no ar, com análises sobre os jogos dos times pernambucanos neste meio dee semana, com as vitórias de virada de Náutico e Sport na Arena e o empate do Santa em São Luís.

O 51º podcast teve 1h24min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!

Uma vitória convincente do Leão na primeira virada no Brasileiro

Série A 2014, 16ª rodada: Sport 2x1 Palmeiras. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Sport venceu pela 7ª vez na Série A, mais uma vez por um gol de diferença.

Exceção feita ao jogo contra o Atlético Mineiro, de muito empenho, pela primeira vez o Leão jogou com domínio absoluto sobre o adversário.

Por 70 minutos foi assim na Arena Pernambuco, com quase 23 mil torcedores.

É verdade é que o time pernambucano entrou sonolento, com algumas vaias ao lateral Patric e Magrão sendo exigido duas vezes, até o gol do Palmeiras.

O lance acordou a equipe, que àquela altura havia sofrido outro baque, com a saída de Régis, com lesão muscular. O grupo parou, pensou e passou a tocar a bola, a usar bem os seus volantes, com Wendel bastante seguro e Rithely novamente como elemento surpresa, acertando o passe.

Se os pontas só faziam correr, incluindo as chances incríveis desperdiçadas por Felipe Azevedo, o meio-campo começava a mudar o cenário.

Série A 2014, 16ª rodada: Sport 2x1 Palmeiras. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Colaborou demais a falha do goleiro Fábio, numa saída constrangedora, socando a bola para o próprio gol. Na sequência, numa blitz, Patric virou num chutaço. A partir daí, o Alviverde – perdido no campeonato – não faria mais nada.

O Sport venceria por 2 x 1, mas teve tudo para impor um 5 x 1, sem exagero. Foram muitas chances, com Neto Baiano e o próprio Patric, duas vezes cada. Chegou com facilidade à meta paulista, invertendo o jogo o tempo todo.

No segundo tempo, Eduardo Batista ainda conseguiu promover as entradas de Ibson (bem com e sem a bola) e Diego Souza, que pouco fez, mas entregou a bola melhor do que recebeu em todas as oportunidades.

A recuperação do Leão no Brasileiro veio de forma convincente. De certa forma, deu tranquilidade para a estreia na Copa Sul-Americana, quinta que vem, ao diminuir a pressão de domingo, contra o Flu, ainda na Série A.

Série A 2014, 16ª rodada: Sport 2x1 Palmeiras. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press