O 45 minutos analisou o Clássico das Emoções na Arena Pernambuco, num empate insatisfatório para os dois rivais visando a Série B A igualdade manteve o timbu muito distante do objetivo de sair do Z4, com a diferença aumentando. No tricolor, o hiato ao G4 até diminuiu, mas o futebol opaco deixou a torcida reticente. Ao menos, os dois próximos jogos são na mesma arena, agora na condição de mandante. Estou nesta gravação, num debate sobre as questões técnica e tática, além de análises individuais. Ouça!
O empate sem gols na 14ª rodada da Série B deixou a decisão sobre o simbólico título do centenário do Clássico das Emoções para o último confronto do ano. Após sete jogos, são 2 vitórias do Náutico, 2 do Santa e 3 empates, com qualquer placar valendo um destinto diferente para o Troféu Gena. Literalmente. Além da óbvia situação de resultado positivo para cada um, o empate dividira o prêmio. Pois é. Pelo regulamento, o mesmo adotado no Troféu Givanildo Oliveira, no centenário de Sport x Santa em 2016, não há saldo de gols, valendo apenas a pontuação somada em competições oficiais.
A princípio, a FPF só encomendou um troféu, que faz homenagem ao lateral-direito hexacampeão pernambucano pelo alvirrubro (63-68) e tetra pelo tricolor (70-73). Em caso de empate (e, consequentemente, divisão do título), uma peça idêntica seria produzida, com os dois clubes agraciados posteriormente. À parte disso, o Santa Cruz passa ter uma leve vantagem, uma vez que decidirá em casa, além de ter uma campanha melhor no Campeonato Brasileiro, embora o jogo esteja agendado para daqui a quatro meses.
Apesar do ano emblemático, o público não foi bom. Apenas um jogo passou de 10 mil pessoas. Ao todo, 40.884 espectadores, com média de 5.840.
Jogos disputados em 2017 29/01 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz, Estadual (Arena, 4.622) 04/02 – Santa Cruz 1 x 0 Náutico, Nordestão (Arruda, 5.086) 12/03 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz, Nordestão (Arena, 6.692) 10/04 – Santa Cruz 1 x 2 Náutico, Estadual (Arruda, 5.055) 06/05 – Náutico 1 x 2 Santa Cruz, Estadual (Arena, 2.592) 18/05 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico, Estadual (Arruda, 3.387) 15/07 – Náutico 0 x 0 Santa Cruz, Série B (Arena, 13.450)
Jogo a disputar em 2017 04/11 – Santa Cruz x Náutico, Série B (Arruda)
Classificação após 7 clássicos 9 pontos – Náutico (2v-3e-2d) 9 pontos – Santa Cruz (2v-3e-2d)
Após doze jogos, o clássico entre alvirrubros e tricolores acabou em branco, o que não ocorria desde 2014, curiosamente pela mesma Série B. Os dois times saíram devendo no Clássico das Emoções de maior público em 2017, com 13.450 torcedores. Mesmo sem vencer, o Santa Cruz ao menos reduziu a diferença ao G4, de 5 para 4 pontos, graças ao tropeço do Vila Nova. Já o Náutico, mesmo sem perder há três rodadas, não consegue levar essa reação para a classificação, numa caminhada já difícil para escapar do rebaixamento.
Em um campo com sinais de desgaste – após a incomum sequência de jogos do Trio de Ferro em São Lourenço da Mata -, os times entraram sem grandes mudanças. O alvirrubro iniciou num 4-4-2, com o meio num losango, com Giovanni municiando Erick e Alison – era a ideia, mas ele se machucou aos 35/1T. Giva manteve 4-2-3-1 no tricolor, no mesmo padrão desde sua estreia.
O primeiro tempo foi de poucas chances, com 50% de posse para ambos. O tricolor se apresentou um pouco melhor, prendendo mais a bola no campo ofensivo. Teve uma grande chance, aos 21 minutos. Pitbull ganhou do marcador e tocou para João Paulo, que arrumou de calcanhar para Augusto, frente a frente com Tiago Cardoso. Porém, ele finalizou muito mal, chutando em cima do goleiro. À parte disso, passes curtos e pouca objetividade. Pior foi o timbu, que só chegou uma vez, aos 44. E sem perigo, diga-se.
A etapa complementar foi mais animada, com um grau tensão mais elevado no agora centenário duelo. Logo aos 2, outra chance incrível desperdiçada por Augusto. Desta vez na pequena área, escorando mal uma falta. O atacante seria substituído pouco depois por Barbio, mas Givanildo só modificou a estrutura, de fato, aos 27, quando colocou Sheik no lugar de André Luís. O ponta estava mal, mas o substituto tirou a velocidade. No mandante, muitas bolas esticadas, num indício de desespero. Por baixo, Erick tentou carregar demais, sendo desarmado. Extraindo as oportunidades, só uma real, com Alison cabeceando no ângulo de Júlio César, que fez grande defesa. E não saiu do 0 x 0, com a igualdade mantida no Troféu Gena após sete jogos. A “decisão” ficou para o returno, daqui a 19 rodadas, com objetivos incertos…
Histórico do Clássico das Emoções na Série B 13 jogos 6 vitórias do Santa (última em 2014, 3 x 0) 4 empates (último em 2017, 0 x 0) 3 vitórias do Náutico (última em 2015, 3 x 1)
Pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, empates na Série B e vitória na Série A. Começou na terça-feira, numa rodada cheia da segundona. Na Arena, o alvirrubro segurou o líder, e em Lucas do Rio Verde, o tricolor buscou a igualdade no finzinho. Na quinta-feira, encerrando a rodada na elite, o rubro-negro venceu a 4ª partida seguida, subindo na classificação. O 45 minutos analisou os três jogos em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, além de análises individuais. Ao todo, 101 minutos. Ouça!
Em uma “terça-feira cheia”, o G4 e o Z4 da Série B continuaram com os mesmos integrantes, numa rodada em que o Internacional foi o único visitante a ganhar. Entre os pernambucanos, dois empates. Na Arena, o alvirrubro cedeu a igualdade ao líder. Já no interior do Mato Grosso, o tricolor arrancou o empate aos 43 minutos do segundo tempo, numa penalidade. Enquanto o timbu se manteve na lanterna (e pela pontuação seguirá lá a médio prazo), a cobra coral perdeu duas colocações, encerrando em 9º lugar, a 5 pontos do grupo de acesso.
Resultados da 13ª rodada Criciúma 1 x 1 Paysandu Brasil 3 x 1 Oeste Londrina 3 x 1 ABC América 2 x 0 Boa Vila Nova 3 x 2 Paraná Guarani 1 x 0 Goiás Ceará 0 x 2 Internacional CRB 2 x 1 Figueirense Luverdense 2 x 2 Santa Cruz Náutico 1 x 1 Juventude
Balanço da 13ª rodada 6V dos mandantes (18 GP), 3E e 1V dos visitantes (11 GP)
Agenda da 14ª rodada 14/07 (19h15) – Brasil x Figueirense (Bento Freitas) 14/07 (20h30) – Oeste x Paraná (Arena Barueri) 14/07 (21h30) – Criciúma x Goiás (Heriberto Hulse) 15/07 (16h30) – América x Guarani (Independência) 15/07 (16h30) – CRB x Internacional (Rei Pelé) 15/07 (16h30) – Vila Nova x Paysandu (Juscelino Kubitschek) 15/07 (16h30) – Náutico x Santa Cruz (Arena Pernambuco) 15/07 (19h00) – Ceará x Juventude (Castelão) 15/07 (19h00) – Londrina x Boa (Estádio do Café) 15/07 (21h00) – Luverdense x ABC (Passo das Emas)
Histórico do Clássico das Emoções na Série B 12 jogos 6 vitórias do Santa (última em 2014, 3 x 0) 3 empates (último em 2014, 0 x 0) 3 vitórias do Náutico (última em 2015, 3 x 1)
No segundo jogo sob o comando de Givanildo Oliveira, o Santa Cruz manteve o 4-2-3-1, mas não pôde contar com Elicarlos e Roberto. O volante segue machucado. Já o lateral-esquerdo foi desconsiderado de última hora devido a uma negociação com a Chape. E foi justamente no setor onde começou o primeiro gol do Luverdense, antes dos dez minutos de bola rolando. Num cruzamento de Moacir, ex-Sport, Sérgio Mota apareceu na pequena área entre os zagueiros e testou para as redes – ao todo, eram quatro defensores corais no lance. Era o início de uma atuação pouco inspirada do tricolor, que acabou saindo no “lucro” no encerramento da 13ª rodada.
Diante do então vice-lanterna da Série B (e campeão da Copa Verde), o time pernambucano vislumbrava a terceira vitória fora de casa, após Criciúma e Ceará. Não chegou nem perto. Na verdade, até “chegou”, com gols de Jaime e Augusto. Ambos anulados, corretamente, por impedimento. Ao menos, os lances foram sinal de que a troca de passes estava mesmo ajustada, pronta pra pegar a zaga adversária no limite, como foi o caso do gol de empate, em ótima finalização de Augusto (abaixo), logo na retomada da partida no Passo das Emas. Neste caso, com decisão polêmica da arbitragem, pois Barbio, que recebeu a bola antes de dar assistência, pareceu adiantado. De toda forma, a igualdade não durou muito, com o meia Sérgio Mota aparecendo de novo e colocando novamente os mato-grossenses em vantagem.
A partir dos 25, Giva fez três mudanças ofensivas, buscando referências na área. Entraram Parra, Halef Pitbull e Julio Sheik – neste caso na vaga de Ricardo Bueno, apagado. Do trio, a melhor chance foi de Pitbull, num chute cruzado, com a bola batendo nas duas traves! Mas, ironia do destino, o gol que valeu o pontinho saiu através de um zagueiro. Bruno Silva chamou a responsa na cobrança de pênalti, aos 43 minutos, e bateu com categoria, 2 x 2. Em termos de classificação, o resultado afastou o Santa do G4 (de 3 para 5 pontos), mas estabelecer uma sequência neste novo trabalho é fundamental…
A reação dos 5.903 alvirrubros após o apito final, mesmo sem a vitória, mostra que há uma confiança na reação, não pela situação na tabela, crítica, mas pela evolução no futebol nas últimas rodadas. Sob aplausos e aos gritos de “Eu acredito, eu acredito”, no maior público do time na competição, o Náutico ficou num empate em 1 x 1 com o Juventude, o líder da Série B. Nada menos que 20 pontos os separam após 13 rodadas. É muita coisa.
Por este contexto, fica claro que a vitória na Arena Pernambuco seria um ponto fora da curva. O time gaúcho chegou com o melhor ataque (19) e a melhor defesa (7), com apenas um revés. Empolgação à parte, após a vitória em Natal, o confronto seria complicado. Só que o timbu jogou de forma organizada, sobretudo defensivamente, com duas linhas de quatro, com os jogadores atendendo aos apelos de Beto Campos, campeão gaúcho pelo Novo Hamburgo – derrotou o alviverde, durante a campanha, por 4 x 1. Foi no primeiro tempo que o Náutico conseguiu construir as suas melhores jogadas – tendo um susto, num gol corretamente anulado do adversário. Aos 36 minutos, abriu o placar. Autor do gol de cabeça no Frasqueirão, Gilmar concluiu uma bola esticada por Ávila, se antecipando bem ao zagueiro.
Com a vantagem, o time pernambucano jogou de forma mais cadenciada na etapa complementar, com Amaral bem na marcação (Darlan destoou). Acabou tomando o empate aos 14, num chute desviado de Wallacer, após bate-rebate. A zaga timbu vinha muito segura, por cima (Breno) e por baixo (Feliphe). Apesar do vacilo, o visitante não se impôs pela virada. Apesar de ter o lanterna do outro lado, a forma como o jogo transcorreu deixou o resultado ‘aceitável’. Quem pressionou mesmo foi o Náutico, até os 49, já insistindo na bola aérea. Sem sucesso. Mas com o reconhecimento…
Uma semana 100% para o Trio de Ferro. Pela 12ª rodada das Séries A e B do Brasileiro, todos venceram, sem sofrer gols. Começou com o alvirrubro, que arrancou o primeiro resultado nesta segundona lá em Natal. Na arena, Givanildo Oliveira estreou no tricolor com goleada. Finalmente na segunda-feira, na fria Curitiba, o leão também goleou e entrou no G6, a zona da Liberta. O 45 minutos analisou os três jogos em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, além de análises individuais. Ao todo, 112 minutos. Ouça!
04/07 – ABC 0 x 1 Náutico (36 min)
07/07 – Santa Cruz 3 x 0 Brasil de Pelotas (30 min)
Após quatro rodadas sem vitória de clubes pernambucanos, uma rodada bem proveitosa na Série B, com seis pontos. Na terça, o Náutico venceu o ABC, em Natal, conquistando o primeiro triunfo nesta edição. Insuficiente para sair da lanterna, mas foi um alento, pois reduziu de 11 para o 8 pontos a diferença para o 16º, o primeiro time fora do Z4. Na sexta-feira, em São Lourenço da Mata, o Santa goleou o Brasil de Pelotas, ganhando cinco posições – do 12º para o 7º lugar. Reduziu de 5 para 3 pontos a distância ao G4.
Nesta rodada, destaque também para outro tropeço do Inter como mandante, seguindo fora do grupo de acesso, e para a vitória do Juventude no duelo de líder em Caxias do Sul. Com isso, o clube do interior gaúcho abriu três pontos na ponta. Na noite desta terça-feira, o Brasileiro volta a ter uma rodada cheia.
Resultados da 12ª rodada Paysandu 1 x 2 Londrina ABC 0 x 1 Náutico Santa Cruz 3 x 0 Brasil Goiás 3 x 1 Luverdense Paraná 1 x 1 América Figueirense 0 x 2 Ceará Internacional 1 x 1 Criciúma Juventude 2 x 0 Guarani Oeste 2 x 2 Vila Nova Boa 0 x 0 CRB
Balanço da 12ª rodada 3V dos mandantes (13 GP), 4E e 3V dos visitantes (10 GP)
Agenda da 13ª rodada 11/07 (19h15) – Criciúma x Paysandu (Heriberto Hulse) 11/07 (19h15) – Brasil x Oeste (Bento Freitas) 11/07 (19h15) – Londrina x ABC (Estádio do Café) 11/07 (20h30) – América x Boa (Indenpendência) 11/07 (20h30) – Vila Nova x Paraná (Serra Dourada) 11/07 (20h30) – Guarani x Goiás (Brinco de Ouro) 11/07 (20h30) – Ceará x Internacional (Castelão) 11/07 (21h30) – CRB x Figueirense (Rei Pelé) 11/07 (21h30) – Luverdense x Santa Cruz (Passo das Emas) 11/07 (21h30) – Náutico x Juventude (Arena Pernambuco)
Em uma atuação segura, tomando apenas um susto, o Santa Cruz encerrou um jejum de quatro rodadas e venceu o Brasil de Pelotas por 3 x 0, voltando a se reaproximar do G4 da Série B. Em sua estreia, Givanildo Oliveira promoveu poucas mudanças, mantendo o 4-2-3-1, com os pontas, Augusto (assistência) e André Luís (bola na trave), trabalhando bastante.
No segundo dos cinco jogos programados na arena, o tricolor começou com o time marcando forte o adversário gaúcho. A dupla Derley/Elicarlos durou 38 minutos, quando Eli sentiu e acabou substituído por Wellington Cézar – apesar da má temporada, o volante não comprometeu. Quanto a Derley, acabou premiado com um belo gol, abrindo o placar num chute de fora da área, já com meia de hora. Pela sua conhecida característica, sem guardar muito a posição, ele acaba precisando de ‘chamadas de atenção’ durante o jogo. No entanto, a sua entrega, com mobilidade e recomposição, deu um gás ao time, num contexto superior ao do antecessor (já desligado), David.
Àquela altura, o Brasil só tinha chegado uma vez, numa cabeçada de Lincoln, com grande defesa de Júlio César. Um lance esporádico no primeiro tempo. Trocando mais passes e abusando dos cruzamentos (19, a maioria por baixo), o tricolor foi chegando, sempre buscando Bueno, doido pra encerrar o jejum particular – desde o Castelão. Pouco antes do intervalo, aproveitando o espaço deixando pelo visitante, a cobra coral encaixou um bom contragolpe, rápido, com Augusto deixando João Paulo (o meia escolhido na noite) livre para ampliar. Dali em diante, tranquilidade para os 6.009 espectadores.
Em vantagem, o segundo tempo foi de imposição. O Santa finalizou com André, Barbio, João Paulo e Bueno, que transformou a vitória em goleada, em mais um chute de fora da área. Se havia a sensação de que o elenco do Santa é competitivo para buscar o acesso, faltando um treinador mais capacitado, com Giva esse ajuste pode chegar. Sem soluções mirabolantes, focando na confiança. Após cair do 4º para o 12º lugar, ficando a cinco pontos da zona de classificação, o tricolor se reapresenta para a disputa…