Timbu incapaz diante da disparidade técnica vascaína

Série A 2012: Vasco 4 x 1 Náutico. Foto: CELSO PUPO/FOTOARENA/AE

Uma atuação pra lá de eficiente, esbanjando técnica e objetividade.

Troca de passes com entrosamento visível. As principais peças funcionando em campo. Infelizmente, desta vez nada disso se aplica ao Náutico.

O Vasco foi categórico e impôs ao Timbu um placar de 4 x 2.

Com mais de meia hora de jogo em São Januário, na noite desta quarta, a vantagem cruz-maltina já era de dois gols, através do centroavante Alecsandro e de Felipe.

A defesa do Náutico, lenta e marcando à distância, não foi capaz de parar o ataque dos donos da casa, sob apoio modesto da torcida, com apenas 7.541 presentes.

Os cariocas buscavam manter o desempenho de 100% na Série A. A liderança foi facilmente mantida no segundo tempo, com o domínio do Vasco.

Tentando diminuir o placar a todo custo, o Timbu acabou cedendo espaço. O time da casa aproveitou. Em um cruzamento de Diego Souza, Juninho Pernambucano marcou.

Cara de goleada? O estreante Martinez, num belo gol, diminuiu. Até ali, o Náutico era valente, mas pouco agredia o adversário, com o ataque sem alternativas.

Enquanto isso, o Vasco insistia em campo. E anotou mais um, novamente com Alecsandro, mostrando faro de gol. Diante de uma atuação do Náutico numa noite com grande disparidade técnica e de entrosamento, até porque o Timbu segue em formação.

A derrota já estava consumada, mas, aos 44 minutos, o atacante Rhayner brigou pela bola, roubou e deu uma bela assistência para Araújo que, com tranquilidade, diminuiu.

Não adiantou muito, mas ao menos mostrou o potencial de Rhayner.

O Náutico segue sem vencer no Brasileirão. Começa a grande batalha contra o Z4…

Série A 2012: Vasco 4 x 1 Náutico. Foto: CELSO PUPO/FOTOARENA/AE

 

Os oito moicanos da Taça Libertadores da América

Quartas de final da Taça Libertadores de 2012. Crédito: Conmebol

Oito times seguem em busca da Taça Libertadores da América de 2012. O Brasil será representado por quatro clubes nas quartas de final e pode até fazer a final desta edição, desde que Flu e Santos se classifiquem nesta etapa. Confira uma análise do blog sobre o que vem por aí nos campos sul-americanos…

Fluminense (1 vice, 5ª participação) x Boca Juniors (6 títulos, 23ª part.)
Replay da semifinal de 2008. Na ocasião, o Flu exorcizou o fantasma xeneize. Neste ano, os times se enfrentaram na fase de grupos. Um vitória para cada lado. Curiosamente, os visitantes triunfaram. Chave imprevisível, com um interessante duelo no meio-campo, focado na experiência. Em grande fase, Deco (34 anos) e Riquelme (33).

Universidad de Chile (3 semis, 16ª part.) x Libertad (1 semi, 12ª part.)
Em 2002, o Olimpia venceu a última Libertadores do Paraguai. Naquele ano, começou o domínio do Libertad, sete vezes campeão nacional desde então. Já La U segue em alta após o título da Copa Sul-americana, com um futebol vistoso. Nas oitavas, devolveu o 4 x 1 sofrido na altitude para o Deportivo Quito com um 6 x 0 em Santiago.

Santos (3 títulos, 12ª part.) x Vélez Sarsfield (1 título, 13ª part.)
Com o melhor ataque da competição, o Santos chega com o moral elevadíssimo. Provável tricampeão paulista e com um histórico 8 x 0 sobre o Bolívar. Com sete gols, Neymar segue absoluto. O time argentino, treinado por Gareca, vem com um rendimento consistente, disputando o título argentino há pelo menos três anos.

Corinthians (1 semi, 10ª part.) x Vasco (1 título, 8ª part.)
Mais um mata-mata brasileiro no torneio, reunindo os últimos campeões nacionais, Série A e Copa do Brasil. O Timão pode não dar espetáculo, mas já mostrou ser um time supercompetitivo, com uma marcação impressionante. É a sua arma para o título inédito. Os cariocas da cruz-de-malta vão na cadência, no toque de bola de Felipe e Juninho.

Qual é a sua expectativa sobre os semifinalistas da Libertadores? Comente!

Armários personalizados na Ilha

Novo armário da Ilha do Retiro. Foto: Sport/divulgação

Novidade na estrutura à disposição dos atletas na Ilha do Retiro.

O vestiário rubro-negro passou por uma reforma, com a colocação de armários estilosos, num formato adotado por grandes clubes do país.

São espaços personalizados para cada jogador, com fotos de cada um.

Abaixo, o vestiário de São Januário, outro estádio com mais 70 de anos de história e lampejos de revitalização. A reforma foi concluída em março de 2011.

Na Ilha do Retiro, este ano, gramado novo, pintura, novos aparelhos…

Ainda assim, o estádio do Sport está com os dias contados.

Ficará de pé até o fim da temporada. Mas, pelo visto, com uma despedida digna.

Vestiário do Vasco, em São Januário. Foto: Vasco/divulgação

Veja quantas vezes quiser e siga sem acreditar. Não foi gol

Lance inacreditável… Em um clássico decisivo… Mas nem numa pelada seria possível.

Deivid, atacante do Flamengo, conseguiu realizar esta proeza no duelo contra o Vasco, pela semifinal da Taça Guabanara de 2012, no Engenhão, no Rio de Janeiro.

O Placar? O Vasco venceu o Fla por 2 x 1, de virada.

Acabou a farra da BMG no futebol brasileiro

Uniforme do Sport

Nos últimos anos, o banco BMG se notabilizou em patrocinar vários clubes brasileiros.

Em 2011, a empresa mineira ficou em primeiro lugar entre as marcas mais estampadas nas camisas dos times do país, com 31 agremiações, ou 10,3% dos 301 clubes que participaram da primeira divisão dos campeonatos estaduais. Dados da GSN.

Pois a farra de milhões de reais acabou…

Na surdina, o banco fechou a torneira para novos patrocínios e irá sair do mercado do futebol nacional gradativamente.

São Paulo e Vasco foram os primeiros a não firmar novos acordos. O Santos, que renovou recentemente por R$ 15 milhões, deve ser um dos últimos da fila.

O Sport tinha a marca como patrocínio-master desde a Série B de 2010, ganhando cerca de R$ 350 mil por mês. Agora, também vai buscar um novo patrocinador…

O presidente do Leão, Gustavo Dubeux, confirmou ao blog que a negociação atual se estende apenas até o fim do Pernambucano. Na Série A, um novo investidor.

A saída do banco, no entanto, não pegou o dirigente de surpresa, pois Dubeux já havia sido comunicado sobre a nova diretriz do BMG há um mês.

“Acho que eles já tiveram um resultado satisfatório com o futebol. Agora, querem reduzir os invesimentos, o que é normal em uma empresa de grande porte após o aumento da receita nesse prazo. Estamos negociando com novas empresas.”

Menos dinheiro e mais espaço nas camisas, com o fim da berrante sigla laranja.

Vale destacar que o fundo de investimentos Coimbra, ligado ao BMG, deve seguir por algum tempo, em parcerias com centros de treinamento. O que já ocorre com o Sport…

Qual é a sua opinião sobre a saída da BMG do mercado nacional de futebol?

BMG e os clubes

Mea culpa, Vascão

Copa do Brasil 2011: Náutico 0x3 Vasco. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Em 26 jogos como mandante nesta temporada, o Náutico só foi derrotado uma vez.

Em 13 de abril, nos Aflitos, o Vasco não tomou conhecimento do time alvirrubro, treinado na época por Roberto Fernandes.

Vitória categórica do clube cruz-maltino por 3 x 0, com gols de Dedé, Alecsandro e Bernardo, abrindo larga vantagem nas oitavas de final da Copa do Brasil.

Tocando a bola e envolvendo o adversário pernambucano durante 90 minutos, o Vasco foi soberano. Abaixo, o texto publicado no Diario de Pernambuco no dia seguinte.

A expectativa era impor o futebol ofensivo visto até então nesta temporada. No cartaz do Náutico, 56 gols em 24 jogos. Diante do Vasco, a surpreendente formação com três atacantes e o apoio da torcida nos Aflitos. Em campo, porém, 90 minutos de domínio adversário. Na abertura das oitavas de final da Copa do Brasil, ontem à noite, um duro revés diante do Vasco por 3 a 0. Placar que ficou barato.

De fato, aquele Vasco surpreendeu torcedores pernambucanos, imprensa local e, sobretudo, o técnico Roberto Fernandes, que escalou um Náutico extremamente ofensivo. Contudo, o time foi anulado, sem eficiência na marcação e poder de reação.

Na ocasião o Vasco já se apresentou com a formação atual, num 4-4-2 com os meias Felipe e Diego Souza, com Ricardo Gomes no banco de reservas.

Pois aquele desacreditado time com faixa diagonal no uniforme, que não ganhava um título de primeira divisão desde o Carioca de 2003, evoluiu, conquistou a Copa do Brasil e hoje lidera a Série A, de forma isolada. E agora com Juninho Pernambucano.

Possivelmente, foi o maior erro de avaliação em Pernambuco nos últimos tempos…

Do blog, inclusive.

Camisa comemorativa do Vasco e do novo Rio

Camisa do Vasco pelo título da Copa do Brasil de 2011

Aposta certa! A cada novo título, o dia seguinte com uma camisa especial, comemorativa. O modelo sempre vaza na internet poucas horas após a conquista.

No caso do Vasco, campeão da Copa do Brasil, a camisa só chegará na loja oficial do clube na sexta-feira, mas o modelo já foi divulgado, assim como o preço (R$ 49,90).

Esse troféu pode ser um marco na Guanabara. O título nacional da Cruz-de-malta foi o 5º do futebol carioca nas últimas 11 competições nacionais (Série A e Copa do Brasil).

A “conta” começa em 2006, quando o Flamengo venceu o próprio Vasco na decisão da Copa do Brasil, acabando um jejum de cinco anos do estado em competições nacionais.

Série A: 2009 (Fla) e 2010 (Flu). Copa do Brasil: 2006 (Fla), 2007 (Flu) e 2011 (Vasco).

Assim, o Rio de Janeiro igualou os títulos de São Paulo, também com cinco taças no período. Apenas um título não ficou com esta dupla: em 2008, com o Sport.

Coincidência ou não, a volta da boa fase ocorreu após a saída do polêmico Eduardo Vianna da presidência da Ferj, a “FPF” do Rio.

A camisa comemorativa é do Vasco. Porém, ela marca também a consolidação deste ressurgimento do Rio. Após a zorra da década 1990 e 2000, um mínimo de organização…

81 estrelas douradas nacionais

Campeões nacionais no Brasil de 1959 a 2011

Como já virou tradição no blog, aqui vai a atualização do ranking de títulos nacionais do futebol brasileiro. Além da Copa do Brasil de 2011 para o Vasco, uma outra conquista entrou na lista. Como a CBF ainda não foi notificada pela Justiça Federal sobre “1987”, então o Flamengo acrescenta a Copa União ao ranking, pela primeira vez no blog.

Ao todo, existem 22 clubes campeões nacionais em 81 torneios realizados.

10 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993 e 1994; R: 1967 e 1969; CB: 1998; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9– Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1987, 1992 e 2009; CB: 1990 e 2006; C: 2001)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
7 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999 e 2005; CB: 1995, 2002 e 2009)
6 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997 e 2001)
6 – Cruzeiro (A: 2003; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
4 – Fluminense (A: 1984 e 2010; R: 1970; CB: 2007)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
1 – Atlético-MG (A: 1971)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)

Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).

Os títulos foram somados sem distinção. O blog sabe que as competições têm pesos bem diferentes, é claro. Já a diferença nas posições com clubes com o mesmo número de taças foi estabelecida pelo último título, com vantagem para o mais antigo.

Obs. As competições de elite levadas em consideração foram a Taça Brasil (1959/1968), Robertão (1967/1970), a Série A (1971/2010), a Copa do Brasil (1989/2011) e a Copa dos Campeões (2000/2002). O que todos esses campeonatos têm em comum? Todas eles classificaram os vencedores à Libertadores.

Ao Vasco, o verdadeiro prazer do futebol

Copa do Brasil 2011: Coritiba 3x2 Vasco. Foto: Vasco/divulgação

Após um jogo insosso da Seleção Brasileira, uma final de arrepiar na Copa do Brasil.

Foram 90 minutos de muita emoção em uma disputa por um título inédito. Eram 35 mil pessoas no estádio Couto Pereira, no epílogo escrito por Coritiba e Vasco.

Alecsandro, filho de Lela, herói coxabranca no título brasileiro de 1985, abriu o placar para os visitantes. O atacante havia sido o autor do gol no jogo de ida, no Rio.

O xodó Bill empatou e no fim Davi virou ainda na primeira etapa. Assim, algo ficou garantido: mais emoção no segundo tempo.

Realmente, não faltou… Torcedores de outros clube não ficaram alheios à final.

Mas o copeiro Vasco, em ótima temporada, fazia questão de esfriar o caldeirão. Aos 12, Éder Luís arriscou de longe e o goleiro Edson Bastos tomou um frangaço.

Mas não é que Willian ainda marcou outro para o Coritiba? O sonho seguia vivo.

Nunca uma final de Copa do Brasil havia registrado tantos gols. Eletrizante.

Foram mais 20 minutos de tensão, com vitória paranaense por 3 x 2. Insuficiente…

A glória é carioca. Com muita justiça, o Vasco é o novo campeão da Copa do Brasil.

Após 11 anos estagnado com direito a rebaixamento, o time da Cruz-de-mata volta a ser campeão nacional em um capítulo à parte do futebol do país.

Foi um grande jogo. Sorte de quem assistiu…

Copa do Brasil 2011: Coritiba 3x2 Vasco. Foto: Coritiba/divulgação