Batalha dos Aflitos – Parte IV

DVD do Grêmio - Inacreditável - A batalha dos AflitosO fantasma existe. É grande.

E não há como negar.

Surgiu em 2005.

Derrota ainda na Série B, por 1 x 0. Perdendo 2 pênaltis e diante de um adversário com apenas 7 jogadores.

Revés que atrasou a volta do Náutico à elite nacional. Mas o time voltou no ano seguinte.

Em 2007, novo encontro. Nova derrota. Um 2 x 0 fácil, numa fase na qual o Timbu estava afundado na classificação. No fim, conseguiu se safar da queda.

Em 2008, a vitória nas mãos. O alívio pronto. A glória de um jogo só. E o empate tricolor aos 48 minutos do segundo tempo.

Em 2009, a chance de ouro de espantar o fantasma do Sul. Teria sido a 5ª vitória seguida em casa, e contra um rival desta década, que se tornou Imortal fazendo justamente o Alvirrubro de coadjuvante.

O Grêmio, o time que nesta temporava ainda não havia vencido fora de casa. Eram 3 empates e 8 derrotas.

Jogo contra um Náutico se arrumando com Geninho, que botou banca e disse “Nunca fui rebaixado”, e que havia conseguido tirar o time da ZR após 15 rodadas.

Mas não teve jeito… Não dessa vez. Na “Batalha dos Aflitos – Parte IV”, o mesmo final de sempre. Inglório para os pernambucanos. 😯

Um 2 x 0 com direito a Jonas marcando um gol e assumindo a artilharia da Série A com 12 gols. Usando o Náutico como escada, assim como o flamenguisa Adriano, que fez o mesmo com o Sport.

Definitivamente, essa saga só vai acabar quando sair a primeira vitória do Náutico em casa. Já passou da hora. Ou então vai acabar virando “Sexta-feira 13 – Parte 12”.

Abaixo, o primeiro episódio, que quase sempre é o mais comentado em qualquer série…

Gols gremistas nos Aflitos: Anderson (2005), Tuta e Carlos Eduardo (2007), Rever (2008), Souza e Jonas (2009)

Enquete: ‘Hoje não! Hoje sim…” ou Nelsinhogate?

Nelsinho Piquet, após a batida proposital no GP de Cingapura, em 2008

A maior polêmica do esporte na última semana aconteceu na Fórmula 1, envolvendo o brasileiro Nelsinho Piquet.

Uma batida de propósito no GP de Cingapura, em 2008, com o objetivo de favorecer o agora ex-companheiro de equipe Fernando Alonso.

Processo de investigação na FIA… Troca de acusações, com o chefe da Renault, Flavio Briatore, insinuando que o piloto seria gay.

Vexame. 😕

O amigo Fred Figueiroa, editor-assistente do Diario e colaborador do blog, levantou uma discussão envolvendo outros casos polêmicos na maior categoria do automobilismo (veja AQUI).

Puxando como exemplo o caso de Rubens Barrrichello, que deixou o seu então companheiro de Ferrari, Michael Schumacher, ultrapassá-lo na última reta do GP da Áustria, em 2002, qual teria sido pior? Iguais?

Aquele caso de 2002, por sinal, proporcionou uma narração histórica de Cléber Machado (veja abaixo).

Nova enquete: Qual foi o maior vexame brasileiro na Fórmula 1?

  • Rubens Barrichello, pisando no freio na última reta do GP da Áustria, em 2002, para favorecer o companheiro de equipe (Schumacher)
  • Nelsinho Piquet, que bateu o carro de propósito, no GP de Cingapura, em 2008, favorecendo o companheiro de equipe (Alonso)

Última enquete: A Copa Pernambuco deveria valer vaga na Série D?

  • Sim, pois motivaria ainda mais a competição (55%, 32 votos)
  • Não, já que é um campeonato semi-amador (45%, 26 votos)

Total de votos: 58

Nota do blogueiro:  Na minha opinião, a Copa PE poderia valer, no máximo, uma chance de um mata-mata (por exemplo) com o segundo classificado do Pernambucano do ano seguinte para a Série D. Vaga direta? Sem chance

Quando o Náutico já entra campeão

Nesse torneio, o Náutico já começa como o vencedor. É de praxe. Faz parte da regra.

E é mesmo um campeonato em duas cores, com a mesma paixão. Mas, ainda assim, contaminado pela eterna rivalidade que uma “pelada” é capaz de proporcionar.

O branco e o vermelho do Náutico, com uniformes de todos os modelos. Listrados na vertical ou horizontal, com faixa diagonal, todo branco, todo vermelho etc. 😯

Mais de 350 “craques” (e muita cerveja), divididos em 24 times de futebol society e inscritos na 8ª Copa Alvirrubra, que começou neste sábado, na Cia do Futebol (veja o site oficial AQUI). O time da Timbunet é o atual bicampeão.

Alguns nomes: Timbunet, Canáutico, Hexa é Luxo, Timberwolve, Timbulombra ( 😎 ), Timbuzeiro, Timbuxudos, Hertha Timbu, Colorados no Timba, Audax Timbu e o sugestivo “Tou na Primeira”.

Será que é possível sair pelo menos UM jogador pra fazer um teste no próprio Náutico no futuro? A conferir.

Sobre meninos e lobos

Lobo em pele de cordeiro

Por Fred Figueiroa*

Nas noites que antecederam o meu aniversário de 6 anos, lembro da minha tia debruçada sobre a mesa da sala, desenhando e pintando um circuito de Fórmula 1. Lembro que todos lá em casa entraram pela madrugada fazendo as caixinhas com os nomes das equipes e dos pilotos. A minha caixinha foi a da Brabham de Nelson Piquet.

Fórmula 1 foi o tema da festa do meu aniversário de 6 anos e lembrei disso hoje ao ler a repercussão sobre a confissão de Nelsinho Piquet – ironicamente o filho de um dos grandes ídolos da minha infância – que assumiu ter provocado um acidente no GP de Cingapura de 2008, atendendo a um pedido da sua equipe (Renault) dentro de um acordo que lhe garantiria a renovação de contrato para mais uma temporada.

É até desnecessário comentar a atitude de Nelsinho no GP de Cingapura. O que me fez voltar 24 anos no tempo e me sentar em frente ao computador para escrever este texto aqui não foi a revolta com a falta de ética do jovem piloto brasileiro, nem mesmo a constatação de que, moralmente, a Fórmula 1 ruiu.

Acho que qualquer pessoa que acompanha a F-1 com um certo distanciamento (como é o meu caso) já está meio que anestesiado a armações do tipo.

Mas o que definitivamente me causou um sentimento de indignação foi a reação de grande parte das pessoas à confissão de Nelsinho. A começar pela entrevista de Rubens Barrichello. Com que cara Barrichello vem a público falar que o outro deveria sair da F-1? Como é que Rubinho tenta se posicionar como um defensor da moralidade do esporte se foi o próprio que desmoralizou a F-1 ao fazer aquela inesquecível cena na reta final do GP de Áustria de 2002, praticamente parando o seu carro para que o “companheiro” Schumacher passasse e vencesse a corrida.

Naquela manhã, eu estava diante da TV, já em pé, nervoso, torcendo, esperando o azarado Rubinho passar logo pela linha de chegada. Lembro de Cléber Machado narrando: “Hoje não! Hoje não! Hoje sim?…”. Desliguei a TV e prometi pra mim mesmo que nunca mais acordaria cedo para ver uma corrida de F-1. Não cumpri a promessa. Mas entendi o recado implícito (ou seria explícito?) de Barrichello: Ao reduzir a velocidade da sua Ferrari nos últimos metros da corrida ele mostrava ao mundo que a F-1 não era regida pelos princípios esportivos. Que a ética de um piloto era limitada pelo interesse da sua equipe ou até mesmo do seu adversário.

A história recente da categoria é repleta de comportamentos que, na essência, são iguais ao de Nelsinho. Qual a real diferença entre uma batidinha com riscos calculados só para deixar o carro atravessado na pista e frear o carro na reta de chegada?

Para mim, nenhuma. Principalmente, porque na questão ética, o erro é o mesmo. Ambos feriram a alma do esporte em detrimento próprio para servir aos interesses da equipe, de um adversário e – claro – da sua renovaçãozinha de contrato no final da temporada.

Sinceramente, também não consigo ver tanta diferença assim entre a batida proposital de Nelsinho Piquet e as já lendárias batidas também intencionais de Senna, Prost e Schumacher – que valeram títulos mundiais para os próprios. Esses três “gênios” da F-1 abusaram do recurso de provocar acidentes para interferir no que seria o resultado natural das corridas…

E eis que, de repente, todos parecem se contagiar por um surto de moralidade ou de hipocrisia e se mostram chocados com o fato de um piloto provocar intencionalmente um acidente.

Os motivos são diferentes? Na essência, não. O objetivo em todos esses casos era o mesmo: interferir no curso natural da corrida. Não importa se em benefício próprio ou atendendo aos interesses da equipe. Não existe “ética” pela metade.

Assim, nesta triste história de corrupção moral e financeira, me parece ainda mais condenável a hipocrisia de Barrichello e tantos outros. Isto sim ainda parece capaz de chocar até os mais anestesiados pela falta de princípios esportivos da F-1.

*Fred Figueiroa é editor-assistente do Diaro, blogueiro, e colaborador deste blog

A ira do führer

Sempre tem um gaiato na internet para criar algum vídeo mandrake… Abaixo, o führer Adolf Hitler (sim, ele mesmo) revoltado com a transferência do atacante Cristiano Ronaldo do Manchester United para o Real Madrid.

Veja AQUI Hitler indignado com a possível negociação de Lampard, do Chelsea, para a Internazionale, da Itália. 😎

Ilhas em guerra

Brasão de armas da Nova ZelândiaBrasão de armas do BahreinDos 32 países que vão disputar a próxima Copa do Mundo, 11 já garantiram vaga na África.

Na quarta, as tradicionais Inglaterra (campeã mundial em 1966) e Espanha (atual campeã europeia) se classificaram, chegando a 8 vitórias em 8 jogos nos seus grupos.

Uma das 21 vagas que restam, porém, sairá num confronto pra lá de incomum. Duas nações/ilhas muito, mas muito diferentes. Acima, os brasões de armas dos agora rivais Bahrein (esquerda) e Nova Zelândia (direita).

Em 2006, o Bahrein esteve pertinho de ir para o Mundial da Alemanha. Mas acabou sendo eliminado na mesma repescagem internacional (veja o video abaixo). E também por uma ilha (no caso, duas), Trinidad e Tobago. Já a Nova Zelândia participou da Copa de 1982, quando fez turismo na Espanha. Foi goleada 3 vezes na primeira fase.

Curiosidades sobre as duas seleções…

Nova Zelândia
Mais jogos: Steve Summer (105)
Maior artilheiro: Vaughan Coveny (30 gols)
Saiba mais AQUI

Bahrein
Mais jogos: Abdulrazzaq Mohamed (102)
Maior artilheiro: A’ala Hubail (30)
Saiba mais AQUI

O time classificado na repescagem asiática contra o campeão da Oceania. Lembrando que a Nova Zelândia conseguiu isso após a saída da Austrália, que foi liberada pela Fifa para se filiar à federação da Ásia (só isso já seria surreal 😯 ).

Abaixo, o playoff, cuja ordem dos jogos foi definida pela Fifa.

10/10/09 – Bahrein x Nova Zelândia, Estádio Nacional, em Riffa
14/10/09 – Nova Zelândia x Bahrein, no Westpac Stadium, em Wellington

Bahrein
Área: 665 km² (175º)
População: 688 mil de habitantes (157º)
PIB: US$ 19,6 bilhões (94º)

Arquipélago com 35 ilhas e ilhotas, no Golfo Pérsico

Nova Zelândia
Área: 268.000 km² (73º)
População: 4,2 milhões de habitantes (122º)
PIB: US$ 111 bilhões (58º)

Arquipélago formado por 2 ilhas principais (Norte e Sul) e inúmeras ilhotas.

E se o Arapiraca for campeão…

ASA de Arapiraca

A música “E se”, de Chico Buarque e Francis Hime, fala sobre coisas impossíveis de acontecer. Nela, os cantores eternizaram a suposta ruindade do ASA no verso “E se o Arapiraca for campeão”, já que o time alagoano nunca ganhava nada e era um verdadeiro saco de pancadas.

A sorte do ASA começou a mudar no final da última década. Primeiro, em 1998, o time arapiraquense teve o título de 1953 reconhecido, após longa pesquisa. O regulamento era simples: o campeão do interior, o ASA, enfrentaria na final o campeão da capital, o Ferroviáro, que não quis jogar (achou parecido com outra história?).

Depois, em 2000, o título alagoano em pleno Rei Pelé, em Maceió, após vitória por 1 x 0 sobre o CSA. E veio a sequência de taças no estado, em 2001, 2003, 2005 e 2009. Festa para os 208 mil moradores de Arapiraca, a 128 km da capital.

O time – uma das maiores zebras da história da Copa do Brasil, ao eliminar o Palmeiras, em 2002 – finalmente alcançou o status de ‘maior’ de Alagoas no Campeonato Brasileiro desta temporada. O CSA não conseguiu passar da 1ª fase na Série D. Assim como o CRB, que segue na Terceirona.

Não o ASA… O Alvinegro, que joga no estádio Coaracy da Mata Fonseca, estará na Série B de 2010. O time conseguiu uma das 4 vagas desta Série C, ao lado do cearense Icasa (outro orgulho do Nordeste), do paulista Guaratinguetá e do mineiro América.

E o ASA foi alem. Após o empate em casa na semifinal contra o Icasa, a “Asa Gigante” foi até Juazeiro do Norte e arrancou uma vitória por 3 x 2, de virada, com direito a pênalti perdido pelo adversário! 😯

Assim, o time está na final, ao lado do América/MG, que é treinado pelo pernambucano Givanildo Oliveira. É gratificante ver novamente um time do Nordeste numa final de Brasileiro, independentemente da divisão. A última vez foi em 2007, quando o Bahia foi o vice na mesma Série C.

O time alagoano jogou 12 vezes para chegar até a final, com 6 vitórias, 4 empates e 2 derrotas. Marcou 20 gols e sofreu 13. O time é treinado por José Luiz Mauro e fez a velha mistura de jogadores com alguma experiência, como o volante Paulo Foiani (33 anos), e algumas promessas da região. E isso tudo com bastante apoio da torcida!

Para continuar com a força da arquibancada, o ASA aguarda uma ajuda da prefeitura de Arapiraca, que já sinalizou positivamente para reformar o estádio local, já que o time está ameaçado de não jogar em casa na próxima Série B. Seria um castigo.

Obs. Apesar de Givanildo ser pernambucano e ter uma grande história no futebol, estou na torcida pelo ASA nesta final da Terceirona. No entanto, o América/MG é, de fato, o favorito… Os jogos serão disputados nos dois próximos domingos. Primeiro em Arapiraca. A conferir. 😎

Ghostbusters

Praia

A última rodada do Brasileirão teve uma rodada curiosa, com Sport e Náutico enfrentando os também ameaçados Botafogo e Fluminense. No fim, o Timbu conseguiu chegar na segunda-feira fora da ZR.

Neste fim de semana, outra rodada emblemática para os pernambucanos.

No sábado, no Maracanã, o veeeelho jogo envolvendo os protagonistas Campeonato Brasileiro de 1987, o mais polêmico de todos os tempos. Flamengo x Sport, valendo uma “volta definitiva” do rubro-negro do Recife ao Nacional.

No entanto, o Sport terá que superar o fato de ter um péssimo desempenho fora de casa nesta Série A. São 3 empates e 8 derrotas… Nada de vitórias.

No domingo, nos Aflitos, a eterna Batalha dos Aflitos, que desde 2005 vem reservando enredos surpreendentes. Desde aquele fatídico 26 de novembro há quatro anos, pela Segundona, Náutico e Grêmio se enfrentaram 5 vezes (somando os jogos em Porto Alegre), com, 4 vitórias gremistas e 1 empate.

Agora, porém, o Timbu terá a seu favor o fato de que o Grêmio vem muito mal fora de casa. São 3 empates e 8 derrotas. Nenhuma vitória (déjà vu)…

Cada um com o seu fantasma, com a sua motivação, com o seu limite, com o seu sonho, com o seu objetivo… E a história ao lado dos dois. 😈

Uma rodada de arrepiar. Uma rodada na qual os 3 pontos viriam acompanhados daquela sensação de alívio sobre um “rival”. Tanto no Maracanã quanto nos Aflitos.

Independência em 2010

Dia da IndependênciaDia Independência e Grito dos Excluídos no mesmo 7 de setembro.

Perfeito.

O primeiro se aplica ao Náutico, que após 15 rodadas se livrou da zona de rebaixamento do Brasileiro.

O segundo é a cara do Sport, que mesmo com muita luta estaria fora da elite em 2010 caso a Série A terminasse nesta segunda-feira.

Mas nem o Náutico está livre nem o Sport está rebaixado. É claro… 😎

Mas a briga entre os dois pode ser, também, a força motriz para essa briga até a última rodada. Durante o plantão na redação do Diario, no domingo, percebi isso de perto.

Eu estava torcendo para que o Atlético-MG vencesse o Santo André, para ajudar os pernambucanos na classificação. Vibrei com os gols do Galo, que virou o jogo no fim.

Já os rubro-negros que estavam na redação ficaram irados. O fato de o time paulista não ter somado pontos ajudou sim, mas… mas também tirou o Náutico da ZR. O suficiente para desanimá-los por uma semana. 😯

Independência ou morte… Nem que seja por uma temporada apenas! A de 2010.