A quinta rodada no octogonal, com jogos no sábado e no domingo, livrou matematicamente quatro clubes do perigo do descenso à Série A2 do Campeonato Pernambucano. Salgueiro, Pesqueira, Central e Chã Grande já podem respirar aliviados. A próxima rodada terá o duelo Belo Jardim x Petrolina, que pode rebaixar um dos dois. Ou até ambos em caso de empate…
Pesqueira 5 x 1 Belo Jardim – Mais um goleada da Águia, com onze gols em duas partidas, permanência garantida, mesmo sem jogar “casa” no torneio todo.
Chã Grande 0 x 2 Salgueiro – Os gols no segundo tempo de Alexson e Yerien garantiram o Carcará na elite. Presente na Série D, agora não aspira mais nada.
Porto 0 x 0 Petrolina – No sábado à noite, em Caruaru, o Gavião perdeu uma grande chance de se livrar. Deu uma sobrevida ao time do São Francisco.
Central 3 x 1 Serra Talhada – No único jogo no domingo, Jonathan Goiano marcou 3 vezes, chegou a 14 gols, e pediu a e pediu a música no Fantástico.
Disputar a terceira colocação de um campeonato estadual após uma dura eliminação dentro de casa em um clássico seria difícil para qualquer um.
Por isso não surpreendeu o esforço em Rosa e Silva para buscar ânimo contra o Ypiranga. O apelo era até considerável. Classificados à Copa do Brasil de 2014, ambos disputam um lugar na próxima Copa do Nordeste, com uma premiação ainda maior que a deste ano, sem contar a vaga ao campeão na Copa Sul-americana, que deve se tornar no objetivo dos clubes da região.
Não teve jeito. A tarde deste sábado em Caruaru não atraiu a atenção do público, com o Lacerdão às moscas. No surrado gramado, após o merecido minuto de silêncio em homenagem ao ex-craque timbu Nado, emoção a conta gotas.
Vavá abriu o placar para a Máquina de Costura aos 5 minutos de jogo. No fim do primeiro tempo, aos 39, Elton completou mais uma jogada de Rogério e chegou a 17 gols, ampliando a sua artilharia na competição.
O jogo insosso, no qual o time agrestino teve até mais chances na etapa final, terminou mesmo em 1 x 1. Apesar de poder jogar por um empate sem gols na volta, o placar deixa o Alvirrubro em alerta para a próxima quarta, na última partida dos Aflitos no Pernambucano. Uma decisão de terceiro lugar irá dar um tom melancólico, mas cabe ao Timbu ao menos se garantir no Nordestão.
Os onze melhores jogadores do Campeonato Pernambucano. Alguns renomados, incontestáveis. Outros de brilho fugaz, surpreendentes. Mas todos eles eleitos de forma democrática. A seleção oficial do Estadual foi oficializada pela FPF em 2003, através do Troféu Lance Final, organizado pela Rede Globo. Nas 14 edições, até 2016, foram entregues 154 taças especiais para os mais votados em cada posição, considerando a clássica formação 4-4-2 (lista completa abaixo). Ao todo, onze clubes foram agraciados. Nesta conta, 113 jogadores diferentes levaram a estatueta, alguns mais de uma vez, sendo o zagueiro Durval o recordista, com 7. Cinco atletas conseguiram vencer em clubes diferentes e um, Moacir, ganhou em duas posições distintas.
Ranking de premiações: Sport 63, Santa Cruz 45, Náutico 24, Central 6, Salgueiro 6, Itacuruba 3, Ypiranga 2, Porto 2, América 1, AGA 1 e Vitória 1.
Se fosse possível escalar um time só com os maiores vencedores de cada posição, desempatando a favor do primeiro premiado, eis a formação: Magrão (6); Tamandaré (3), Durval (7), Batata (2) e Dutra (3); Hamilton (4), Daniel Paulista (2), Geraldo (2) e Marcelinho Paraíba (2); Carlinhos Bala (3) e Kuki (3). À parte da seleção, há o grande prêmio anual, para o melhor jogador do campeonato. Kuki e Carlinhos Bala são os únicos eleitos em duas oportunidades.
Craque do campeonato (14 prêmios) – Santa Cruz 5, Sport 5 e Náutico 3.
Em relação ao sistema de votação, nos primeiros anos a escolha era aberta ao público na primeira fase, com uma comissão de jornalistas selecionando os mais indicados numa segunda etapa. Atualmente, são contabilizados apenas os votos dos profissionais da imprensa esportiva no estado nos mais diversos veículos.
2003 – Craque: Kuki, atacante, 32 anos (Náutico)
O baixinho dos Aflitos sequer disputou a final, mas a artilharia da competição, com 16 gols, acabou pesando na pioneira escolha do prêmio, com um carro zero km.
Maizena (Sport); Adriano (Santa Cruz), Gaúcho (Sport), Silvio Criciúma (Sport) e Xavier (AGA); Ataliba (Sport), Fernando César (Sport), Nildo (Sport) e Cléber Santana (Sport); Adriano Chuva (Sport) e Kuki (Náutico). Técnico: Péricles Chamusca (Santa Cruz)
2004 – Craque: Kuki, atacante, 33 anos (Náutico)
Dessa vez foi decisivo, incluindo um gol no histórico 3 x 0 sobre os corais no Arruda. O atacante foi, também, o vice-artilheiro do Estadual, com dez tentos.
Nilson (Náutico); Daniel (Itacuruba), Valença (Santa Cruz), Batata (Náutico) e Xavier (Santa Cruz); Marcelo Cavalo (Itacuruba), Luciano (Náutico), Gil Baiano (Náutico) e Iranildo (Santa Cruz); Kuki (Náutico) e Kelson (Itacuruba). Técnico: Zé Teodoro (Náutico)
2005 – Craque: Carlinhos Bala, atacante, 25 anos (Santa Cruz)
Cria do Mundão, Bala tornou-se, enfim, protagonista no clube, acabando com uma fila de troféus de uma década. Foi o segundo goleador do campeonato, com 12 gols.
Cléber (Santa Cruz); Osmar (Santa Cruz), Roberto (Santa Cruz), Batata (Náutico) e Periz (Santa Cruz); Ramalho (Sport), Neto (Santa Cruz); Cleiton Xavier (Sport) e Marco Antônio (Santa Cruz); Carlinhos Bala (Santa Cruz) e Kuki (Náutico). Técnico: Givanildo Oliveira (Santa Cruz)
2006 – Craque: Carlinhos Bala, atacante, 26 anos (Santa Cruz)
No “bi” da premiação, Bala marcou 20 gols, mais do que o dobro do segundo artilheiro, Valdir Papel, do Estudantes, com 9. Lutou muito, mas foi vice no Estadual.
Rodolpho (Náutico); Osmar (Santa Cruz), Kleber (Sport), Durval (Sport) e Jorge Guerra (Ypiranga); Hamilton (Sport), Flávio (Náutico), Geraldo (Sport) e Rosembrick (Santa Cruz); Carlinhos Bala (Santa Cruz) e João Neto (Central). Técnico: Dorival Junior (Sport)
2007 – Craque: Vítor Júnior, meia, 20 anos (Sport)
Chegou como uma aposta na Ilha. Rápido, o jogador logo se transformou no condutor do time. Rápida também foi a sua passagem, pois foi negociado por R$ 500 mil após o título.
Magrão (Sport); Russo (Central), Marcelo (Central), Durval (Sport) e Bruno (Sport); Everton (Sport), Ticão (Sport), Fumagalli (Sport) e Vítor Júnior (Sport); Carlinhos Bala (Sport) e Marcelo Ramos (Santa Cruz). Técnico: Alexandre Gallo (Sport)
2008 – Craque: Romerito, meia, 33 anos (Sport)
Chegou no ano anterior e viveu bastante tempo com as críticas. Batalhador em campo, passou a ser um vetor ofensivo no torneio local. Fez 10 gols. Fora a Copa do Brasil.
Magrão (Sport); Luizinho Netto (Sport), Vágner (Náutico), Durval (Sport) e Dutra (Sport); Daniel Paulista (Sport), Moacir (Central), Romerito (Sport) e Geraldo (Náutico); Wellington (Náutico) e Edmundo (Ypiranga). Técnico: Nelsinho Batista (Sport)
2009 – Craque: Gilmar, atacante, 25 anos (Náutico)
Variou bastante na criação de jogadas e na função de atacante. Velocista, ainda marcou 14 gols. Não foi campeão pernambucano, mas acabou valorizado.
Magrão (Sport); Moacir (Sport), Thiago Matias (Santa Cruz), Durval (Sport) e Dutra (Sport); Hamilton (Sport), Daniel Paulista (Sport), Paulo Baier (Sport) e Aílton (Central); Marcelo Ramos (Santa Cruz) e Gilmar (Náutico). Técnico: Nelsinho Batista (Sport)
2010 – Craque: Eduardo Ramos, meia, 24 anos (Sport)
Emprestado pelo Corinthians, Eduardo chegou como “segundo volante”. Criativo, logo se destacou um pouco mais à frente, como observou o técnico Givanildo Oliveira.
Magrão (Sport); Gilberto Matuto (Santa Cruz), Igor (Sport), Tobi (Sport) e Dutra (Sport); Derley (Náutico), Zé Antônio (Sport), Eduardo Ramos (Sport) e Élvis (Santa Cruz); Ciro (Sport) e Jadilson (Vitória). Técnico: Dado Cavalcanti (Santa Cruz)
2011 – Craque: Tiago Cardoso, goleiro, 26 anos (Santa Cruz)
A defesa coral sofreu 25 gols em 26 partidas na vitoriosa campanha. Menos de um gol por jogo. Boa parte disso por causa da agilidade do camisa 1, sobretudo nos clássicos.
Tiago Cardoso (Santa Cruz); Roma (América) Leandro Souza (Santa Cruz), Thiago Mathias (Santa Cruz) e Renatinho (Santa Cruz); Everton (Náutico), Hamilton (Sport), Weslley (Santa Cruz) e Marcelinho Paraíba (Sport); Gilberto (Santa Cruz) e Paulista (Porto). Técnico: Zé Teodoro (Santa Cruz)
2012 – Craque: Marcelinho Paraíba, meia, 36 anos (Sport)
Mesmo com a idade avançada, o meia conduziu o Leão em todo o campeonato. Marcando belos gols no Estadual, 14 ao todo, se manteve como artilheiro até a decisão, quando foi ultrapassado pelo atacante tricolor Dênis Marques.
Magrão (Sport); Marcos Tamandaré (Salgueiro), Alemão (Salgueiro), Bruno Aguiar (Sport) e Renatinho (Santa Cruz); Hamilton (Sport), Memo (Santa Cruz), Souza (Náutico) e Marcelinho Paraíba (Sport); Dênis Marques (Santa Cruz) e Joelson (Porto). Técnico: Neco (Salgueiro).
2013 – Craque: Dênis Marques, atacante, 32 anos (Santa Cruz)
Artilheiro na temporada anterior, com 15 gols, DM9 marcou apenas sete gols na segunda participação local. Porém, foi decisivo nas finais, sobretudo nos clássicos.
Tiago Cardoso (Santa Cruz); Éverton Sena (Santa Cruz), William Alves (Santa Cruz), Maurício (Sport) e Tiago Costa (Santa Cruz); Anderson Pedra (Santa Cruz), Rithely (Sport), Lucas Lima (Sport) e Raul (Santa Cruz); Rogério (Náutico) e Dênis Marques (Santa Cruz). Técnico: Marcelo Martelotte (Santa Cruz)
2014 – Craque: Neto Baiano, atacante, 31 anos (Sport)
Com oito gols na competição, o atacante foi sem dúvida o personagem do campeonato, com frase polêmicas. Em campo, brigou por todas as bolas, com muita raça em campo. Marcou um dos gols das finais.
Magrão (Sport); Patric (Sport), Durval (Sport), Ferron (Sport) e Renê (Sport); Ewerton Páscoa (Sport), Elicarlos (Náutico), Pedro Carmona (Náutico) e Zé Mário (Náutico); Neto Baiano (Sport) e Léo Gamalho (Santa Cruz). Técnico: Eduardo Batista (Sport)
2015 – Craque: João Paulo, meia, 24 anos (Santa Cruz)
O meia deu o equilíbrio necessário ao time do Santa, tanto na marcação quanto no apoio, ficando marcando ainda pela garra, como o gol de empate contra o Sport, no hexagonal, sangrando na comemoração.
Luciano (Salgueiro); Marcos Tamandaré (Salgueiro), Durval (Sport), Alemão (Santa Cruz) e Tiago Costa (Santa Cruz); Rithely (Sport), João Ananias (Náutico), João Paulo (Santa Cruz) e Diego Souza (Sport); Candinho (Central) e Betinho (Santa Cruz). Técnico: Sérgio China (Salgueiro)
2016 – Craque: Grafite, atacante, 37 anos (Santa Cruz)
O experiente atacante, que já havia liderado o time no acesso à Série A e na conquista do Nordestão, também teve um papel importante no Estadual. Foram apenas três gols, mas o trabalho na frente, quebrando a marcação e abrindo espaço fomentou os contragolpes corais.
Tiago Cardoso (Santa Cruz); Marcos Tamandaré (Salgueiro), Durval (Sport), Ronaldo Alves (Náutico) e Renê (Sport); Uillian Correia (Santa Cruz), Rodrigo Souza (Náutico), João Paulo (Santa Cruz) e Cássio Ortega (Salgueiro); Keno (Santa Cruz) e Grafite (Santa Cruz)
Tarde de Clássico Matuto em Caruaru, de novo. Nos dois duelos anteriores nesta temporada, goleadas do Central no Lacerdão por 4 x 0, no primeiro turno, e 3 x 0, no segundo. Desta vez, nada de surpresa. Outra goleada do Alvinegro, por 3 x 0, ampliando a liderança isolada, agora com três pontos de vantagem, encerrando a 3ª rodada, das sete previstas.
O campeão do octogonal irá à Série D. Os dois últimos serão rebaixados…
Pesqueira 1 x 2 Chã Grande – Os novatos se enfrentaram pela terceira vez na elite. Desta vez, em Garanhuns, vitória da Raposa. Gols de Claudio e Danilo.
Central 3 x 0 Porto – Na terceira goleada da Patativa sobre o Gavião, Jonathan Goiano marcou duas vezes e chegou a 10 gols. Andrezinho completou.
Petrolina 1 x 1 Salgueiro – A Fera somou o seu primeiro ponto graças ao gol de Cleitinho, aos 31 do 2º tempo. Respira na briga contra o descenso.
Belo Jardim 1 x 1 Serra Talhada – O Calango vencia até os 37 do segundo tempo, quando Júnior Ferrim empatou de pênalti, deixando o Belo Jardim no Z2.
Geral – O Estadual chegou a 118 partidas. Desde o primeiro turno foram anotados 321 gols, com média de 2,72. Elton (Náutico) marcou duas vezes e voltou a se isolar na artilharia do campeonato, agora com 16 gols.
A classificação rubro-negra à final estadual estava assegurada. A apresentação neste sábado seria para cumprir tabela. Ou realizar um treino de luxo.
Não dava para levar a sério a possibilidade de o Ypiranga devolver a goleada por 5 x 1 na Ilha. Desta forma, o técnico Sérgio Guedes, após uma semana de treinamentos, poderia fazer testes na equipe diante dos 14 mil presentes. De cara, promoveu duas mudanças, com Marcos Aurélio e Felipe Menezes.
Com 1 minuto e 21 segundos, Leão 1 x 0. Marcos Aurélio recebeu pelo lado esquerdo e bateu cruzado, firme. Com 4 minutos e 54 segundos, Felipe Menezes ampliou de cabeça. O técnico acertava em cheio na escalação. Só não contava com o relaxamento em campo. Até poderia esperar por isso, natural diante de uma vantagem tão grande, mas não da forma como aconteceu.
A marcação ficou mais frouxa, o Rubro-negro cedeu espaço e a Máquina, valente em campo, conseguiu se impor. Danúbio diminuiu num chute forte, aos 28 minutos. A essa altura, na Ilha o objetivo era evitar o desgaste físico e cartões desnecessários. Porém, Danilo empatou de cabeça ainda no primeiro tempo.
O empate no intervalo trouxe cobranças das arquibancadas. Para não estragar a festa, Marcos Aurélio desempatou aos 8 minutos, num belo gol de fora da área.
Aí sim, o time atuou com mais seridade, sem abrir mão do ataque. Correu, fazendo com que o alviazulino do Agreste se limitasse ao seu campo. No finzinho, Reinaldo definiu o 4 x 2 e a classificação a mais uma final. A última vez em que o Sport não esteve envolvido na briga pelo título foi em 2005.
Na decisão, terá que contornar a pressão natural pelos dois vice-campeonatos seguidos. Nesses jogos o desgaste será enorme. Veremos se poupou energia.
As capas do Diario de Pernambuco pós-semifinal no futebol do estado.
Nas bancas desta segunda-feira, as vitórias de Santa e Sport sobre Náutico (1 x 0) e Ypiranga (5 x 1) na abertura do mata-mata do Estadual, respectivamente, estampam as manchetes do jornal e do caderno Superesportes.
Confira as capas em uma resolução maior aqui e aqui.
O Rubro-negro está em mais uma final do futebol do estado. Como acontece desde 2010, o Sport irá decidir o título do Campenato Pernambucano.
Assim, o Leão mantém o pleno aproveitamento no formato atual, com semifinal e final. No primeiro ano, eliminou o Central. Na sequência, despachou o Náutico em duas temporadas seguidas. Agora, o Ypiranga, aniquilado de véspera.
Sim, o jogo na tarde deste domingo, no surrado gramado do estádio Lacerdão, em Caruaru, foi apenas o primeiro da semifinal entre o Leão e a Máquina de Costura, mas seria hipocrisia negar algo tão evidente, esportivamente falando.
O time de Sérgio Guedes estabeleceu um placar recorde na semifinal, histórico.
A goleada leonina por 5 x 1 foi construída com facilidade no segundo tempo. No primeiro, Diogo Silva até abriu o placar, aos doze minutos, no único momento de pressão do time do interior. No finzinho, Matheus Lima, o substituto de Roger, mostrou oportunismo e empatou, empurrando a bola em cima da linha.
Na etapa final, Tobi (cabeça), Lucas Lima (de fora da área), Felipe Azevedo (escorando cruzamento) e Reinaldo (chute rasteiro) deslancharam. Diante de um rival passivo, o Sport atacou pelos dois lados, enfiado bolas, cruzando. Acredite, o placar poderia ter sido mais elástico, diante de 11.134 torcedores.
Superior técnica e fisicamente, o Sport só não tentará novamente o seu 40º título estadual se houver uma tragédia nunca antes vista diante de times do interior.
Futebol tem espaço para surpresas, é verdade. Mas até para isso há limites.
Serão 360 minutos de futebol com uma regra incomum, surreal até. A semifinal do Campeonato Pernambucano de 2013 terá um critério que vai de encontro ao objetivo clássico desta fase. Mata-mata, disputa eliminatória direta. Não será o caso, uma vez que há a possibilidade até de “sorteio”.
Sim, um sorteio de moedinha pode decidir o classificado de uma semi. Acredite, conseguiram formular esse regulamento para a disputa.
Antes do sorteio, os não menos bizarros cartões.
Sport x Ypiranga e Náutico x Santa Cruz jogarão duas partidas, ida e volta. O formato, como se sabe, é inspirado na Copa do Brasil, dando vantagem ao gol qualificado do visitante em caso de empate.
Então, vamos a uma situação hipotética e nada difícil de acontecer.
Time A 1 x 0 Time B. Depois, Time B 1 x 0 Time A.
Disputa de pênaltis? Jogando a culpa para cima da rede de televisão detentora dos direitos de transmissão, a FPF alegou que não haveria tempo hábil para o encaixe na grade de programação – por mais que na finalíssima, já com outro formato, os pênaltis estejam previstos.
Portanto, o critério será o número de cartões vermelhos nesta fase. Passa quem tiver menos. Em caso de novo empate, a soma de amarelos na semifinal.
Ou seja, a subjetividade estará em campo. Um peso nunca antes visto será dado aos árbitros definidos para as semifinais deste Estadual.
Uma discussão, cartão. Uma falta mais dura? Contemporiza. Simulação na área? Pode ser pênalti e cartão para o zagueiro ou amarelo para o atacante. Dependerá do árbitro, da sua visão, da sua preparação técnica.
Antes mesmo do gol, da cobrança do suposto pênalti, a vaga na final estadual já terá começado a ser decidida. Muito, mas muito incoerente.
Os quatro clubes na disputa a aprovaram essa fórmula, assim como os outros oito que participaram do turno principal. Verdade. Assim como é fato que a FPF apresentou esse regulamento, o que já é fora de propósito, na opinião do blog.
Que as vagas na final do Campeonato Pernambucano sejam decididas até o primeiro critério de desempate, com o gol qualificado.
A partir disso, o futebol local corre um sério risco de ser chacota nacional…
A decisão do Campeonato Pernambucano deste ano terá uma bola exclusiva.
Ao contrário da bola 8 S11 Pró utilizada nos turnos do Estadual, nas cores laranja e azul sobre o branco, essa nova ganhou outros tons, marrom e preto, além do selo “Duelo Final – Campeonato Pernambucano 2013″, diferenciando a peça dos outros dez campeonatos estaduais patrocinados pela Penalty.
A ideia de confeccionar uma bola especial para a final surgiu na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, quando a Adidas criou a dourada Teamgeist Berlin.
Ponto para o marketing no Campeonato Pernambucano.