Oportunidades para um marco zero no futebol são raras. Valem até uma reflexão.
Eis, então, um exemplo genuinamente pernambucano…
Doze dispensas em um dia.
Em quase todas, os contratos dos jogadores seriam encerrados já no fim deste ano.
Ou seja, não houve o interesse pela prorrogação do vínculo.
Em alguns, por sinal, seria necessário renovar o empréstimo junto a outros clubes.
Pagando caro por isso. Menos um motivo para estender o acordo.
Tratando a motivação da lista exclusivamente pelo “critério técnico”, o Sport fez, nesta sexta-feira, uma das maiores vassouradas da história do clube.
A saída dos nomes ocorreu durante todo o dia. De cara, dez atletas. Depois, mais dois.
Nomes de peso no grupo, como Wellington Saci, Maylson, Robston, Gabriel e até o autor do gol do acesso, Bruno Mineiro. Nenhum deles, no entanto, se firmou.
Isso é a pauta do dia do Leão. Mas é, também, a pauta do ano na Ilha do Retiro.
Enfim, o Rubro-negro irá reformular o seu elenco, desgastado após três anos sem padrão de jogo. A classificação à Série A não apagou a campanha irregular na competição.
A instência no mesmo grupo se tornava cada vez mais um erro de planejamento.
Passaram no período treinadores como Nelsinho Batista, Leão, Péricles Chamusca, Givanildo Oliveira, Geninho, Hélio dos Anjos, PC Gusmão… Todos com algo em comum.
Nenhum deles teve uma chance tão grande de montar um plantel como Mazola Júnior.
Efetivado e com carta branca, o técnico do Sport tem uma responsabilidade gigantesca.
Há espaço de sobra para reforços. O dinheiro pode até não competir com os gigantes do Sudeste, mas também não há aquele liseu. Há caixa e diálogo com o mercado.
Houve coragem para reformular o Sport. Algo vital em momentos tão distintos.
Resta saber, agora, se haverá competência para formar um novo Sport…