Fim da quinta rodada na divisão de elite do Brasileirão.
Aos 48 minutos do segundo tempo, Ronaldo Alves colocou o Náutico na 10ª posição, a sua melhor até aqui na Série A, e ainda fez com que o time voltasse a vencer o Grêmio.
O Timbu vai bem em casa. Nos Aflitos, três jogos, com duas vitórias e um empate.
Em Pituaçu, em um jogo de nível técnico sofrível, o Sport desperdiçou uma grande chance de pontuar como visitante diante do Bahia.
Depois de jogar mal no primeiro tempo, Leão até melhorou na segunda etapa. Acabou derrotado com um gol impedido e outro num vacilo no fim. Volta pressionado ao Recife.
A 6ª rodada da Série A para os pernambucanos:
23/06 (21h00) – Atlético-MG x Náutico
24/06 (18h30) – Sport x Internacional
Mais do que três pontos. Desta vez, é preciso ir um pouco além das frias estatísticas…
O Náutico termina o domingo com um alívio como há muito não sentia.
Timbu e Grêmio fizeram um duelo bem amarrado nos Aflitos, de muita marcação e com algumas chances esporádicas nos 90 minutos, com leve vantagem para os gaúchos.
Diante de um adversário que não cedia espaços, o Alvirrubro tentava criar na base da superação, com os seus meias se revezando no desarme e na articuação ofensiva.
Até porque o técnico Vanderlei Luexemburgo não poupou ninguém para a partida, mesmo com a Copa do Brasil em andamento. Veio com a força máxima.
Sem desistir e com o apoio da torcida, que já tinha tido uma alegria nesta noite, com a apresentação do atacante Kieza, o triunfo feio aos 47 minutos do segundo tempo.
Com drama, o que parece ser a marca registrada deste confronto.
Exausto, Ronaldo Alves foi à área adversária na cobrança de escanteio. Havia sido convocado pelo capitão Derley para o lance, para enfrentar a alta defesa gaúcha.
Em um lance dramático, no último do jogo, os 14.006 torcedores presentes foram ao delírio com a cabeçada do zagueiro, após cobrança de escanteio.
A comemoração com choro e histeria foi além do resultado positivo nesta difícil Série A, mesmo tendo sido a segunda vitória consecutiva na competição.
Depois de 21 anos, o Náutico voltou a vencer o Grêmio, 1 x 0. Mais. O gol apagou o fantasma criado no dia 26 de novembro de 2005.
Sim, pois o duelo neste 17 de junho de 2012 foi o último entre os dois times nos Aflitos.
Era de fato a chance derradeira. A partir de agora, novos capítulos serão escritos na Arena Pernambuco. Vida nova ao Náutico, com a autoestima retomada.
Agora são 28 jogos sem uma vitória sequer do Rubro-negro como visitante na Série A.
Em Salvador, o Leão não ganha do Bahia desde 1989.
No clássico do Nordeste, Bahia 2 x 1 Sport. A 32ª vitória baiana em 77 jogos…
O jogo em Pituaçu começou com um impedimento claro no gol tricolor. Pior que o Sport, só o auxiliar Marcio Luiz Augusto que não enxergou o atacante Elias bem à frente.
Em desvantagem, o quase acéfalo time rubro-negro até organizou algumas jogadas, taticamente firme, mas errava muitos passes. Foram 18 no primeiro tempo.
Finalizações? Nove, mas apenas duas em direção à meta do goleiro Marcelo Lomba, que até fez uma bela defesa num chute de Marquinhos Gabriel.
Muito pouco para o Sport. Ou, talvez, o máximo de uma formação sem um meia de origem. Por mais que seja batido, não tem como não criticar novamente Thiaguinho.
Improvisado no setor, ele segue sem jogar bem. Não produz, erra bastante e neste domingo foi desarmado com uma facilidade incrível. Não é a peça para esta função.
O técnico Vágner Mancini acabou tirando o atleta e promoveu a volta de Willians na etapa complementar. O jogador, outro bastante criticado pela torcida, até que saiu bem. Pelo menos em relação ao camisa 10 desta tarde. Tem mais qualidade.
Com uma maior posse de bola (54%), algo inédito neste Brasileirão, o Leão evoluiu e criou oportunidades, enquanto o Tricolor de Aço seguia num marasmo daqueles.
Aos 25 minutos, o empate. Rivaldo cruzou e Bruno Aguiar acertou um belo voleio.
Dominando, o Sport praticamente abdicou do ataque justamente no seu melhor momento, como se estivesse satisfeito com o resultado. Só fez chamar o Bahia novamente para o seu campo, na base do tudo ou nada.
Acabou penalizado aos 40, em uma bola alçada na área. Fahel subiu sozinho e cabeceou no cantinho. No giro longe da Ilha, só a certeza de que faltam reforços…
Equilíbrio total e tensão até os últimos instantes no grupo B da Eurocopa.
A Holanda, com a pior situação no grupo até este domingo , marcou o primeiro gol da rodada, em um chutaço de Van Der Vaart, aos 11 minutos. Embolava de vez a chave.
Até que Cristiano Ronaldo conseguiu desencantar na Euro e empatou aos 28.
Enquanto isso, o duelo em velocidade de dinamarqueses e alemães seguia parelho, empatado em 1 x 1 até aquele mesmo instante.
Ao fim dos primeiros 45 minutos, avançavam Alemanha e Dinamarca. No estádio Metalist, na Ucrânia, mais pressão para a turma de Cristiano Ronaldo diante da Laranja.
No 2º tempo, o craque – que balançou as redes nas últimas três Eurocopas e nos dois Mundiais – virou o jogo aos 29, colocando enfim os lusos na zona de classificação às quartas. Portugal 2 x 1. Holanda, atual vice-campeã do mundo, sai com três derrotas…
Com o resultado, bastava um golzinho em Lviv para a Dinamarca despachar o time germânico, o maior campeão europeu, com três troféus.
Esbanjando entrosamento e qualidade, a Alemanha confirmou a sua vaga aos 35 minutos, através de Bender, cravando a terceira vitória na competição: 2 x 1.
Nas quartas, Portugal x República Tcheca e Alemanha x Grécia. Favoritos?
Em 20 jogos, nenhum empate sem gols na Euro. Deveremos ter confrontos animados…
Há 50 anos a Seleção Brasileira conquistava o bicampeonato mundial.
O triunfo em Santiago, no Chile, transformava o Brasil de vez no “país do futebol”.
Quase 70 mil pessoas no estádio Nacional viram o auge de Garrincha, que tomou para si aquela Copa, depois que Pelé se machucou no início da competição.
Com 25 anos, Mané esbanjou habilidade, arte e marcou gols decisivos.
O anjo das pernas tortas liderou tecnicamente um time bem experiente, com a base de 1958. Estavam lá Nilton Santos, de 37 anos, Didi, 34, Djalma Santos, 33, e Gilmar, 32.
A caminhada invicta teve o seu desfecho em 17 de junho de 1962.
Masopust até abriu o placar para a Tchecoslováquia aos 15 minutos, mas o atacante Amarildo, o “Possesso”, empatou dois minutos depois.
Possesso? Sim, este é o célebre apelido dado pelo escritor Nelson Rodrigues àquele que conseguiu substituir Pelé à altura. Apelido com cara de sobrenome.
Na etapa final, Zito virou o jogo aos 24. Aos 33, Vavá cravou o 3 x 1 do título.
Acompanhando a decisão pelo rádio, a torcida brasileira festejou a conquista nas ruas e só pôde assistir ao jogo dois dias depois, no cinema. TV ao vivo, só a partir de 1970.
Desde que o capitão Mauro Ramos ergueu a Taça Jules Rimet, o Brasil mantém o status de maior campeão. Até ali, Itália e Uruguai eram os maiores vencedores, bicampeões.
O tri da Seleção em 1970 só seria igualado em 1982 (Itália) e 1990 (Alemanha). Igualado sim, ultrapassado jamais. Em 1994, o tetra. Em 2002, o penta. Pioneiros.
Portanto, este 17 de junho de 2012 é o jubileu do gigante…
Aos 71 anos, Amarildo segue a sua vida de forma tranquila no Rio de Janeiro. Nas últimas semanas, contudo, o telefone tocou algumas vezes, quebrando a rotina pacata. Gente que nunca o viu em ação nos gramados, ao vivo. Nem mesmo os pais…
Eram pessoas ávidas em recontar com orgulho a história construída pelo atacante, o substituto do insubstituível em plena Copa. Agora um senhor, Amarildo continua simpático ao relembrar os melhores momentos de sua carreira, quando sacudiu o país.
No Superesportes, a tarefa, acompanhada pelo prazer de um apaixonado pelo futebol, coube ao repórter Lucas Fitipaldi, que conseguiu entrevistar o ex-jogador e arrancou detalhes sobre a trajetória do bicampeonato mundial da Seleção, 50 anos depois.
Em 1962, o destino escreveu certo por linhas e pernas tortas. Pelé não deixou de ser Pelé por sua ausência em grande parte da campanha no Chile. Amarildo, porém, jamais seria Amarildo, “O Possesso”, não fosse a lesão do Rei…
Pelé machucado, o que fazer? “Pelé era uma figura respeitada por todos. Ninguém, sob hipótese alguma, queria perdê-lo. A verdade é a seguinte: ele pouco se machucava, e eu nem imaginava jogar aquela Copa. Nunca fui reserva em toda minha carreira. Só naquele time. Não tinha jeito de jogar na frente do Pelé, né?”
Lembrança eterna “Ganhar uma Copa do Mundo é o máximo na carreira de um jogador. As lembranças da final e daquele jogo contra a Espanha são as mais vivas na minha memória. É como um filme. Fica passando pela cabeça o resto da vida. Você não esquece nunca. Guarda.”
Conselho real “Pelé chegou pra mim e falou: ‘Não se preocupe. Você vai jogar com os mesmos caras do Botafogo. Não pense em mim’. Era meio time do Botafogo. Isso me ajudou.”
Com personalidade “Eu nunca tremi. Em jogo nenhum. Sempre tive confiança nas minhas possibilidades. Já era acostumado a jogar com Garrincha, Didi, Zagallo, Nilton Santos… Por isso, não me sentia inferior a ninguém. Nem ao próprio Pelé.”
Encarnando o Possesso “Minha carreira estava em jogo naquele dia. Eu sabia que meu futuro dependia daquela atuação. Se as coisas não dessem certo, se o Brasil fosse eliminado, a culpa recairia sobre mim. Foi um chororô geral quando Pelé se machucou. O país inteiro acusou o golpe. Felizmente, entrei e fiz o que tinha de fazer. Liquidei a classificação.”
Batizado por Nelson Rodrigues “Adorei o apelido. Eu era mesmo um ‘possesso’ dentro de campo. Jogava pro time os 90 minutos. Via cada jogo como uma batalha. Foi um apelido que encaixou direitinho”.
Garrincha, o bicho-papão “Ele saiu da ponta direita e foi jogar em toda a parte. Fez gol de cabeça, de falta, de fora da área. Jogou de centroavante, vinha buscar a bola no meio. Fez de tudo. Eu sei que contribuí muito, mas Garrincha foi o bicho papão daquela Copa. Os adversários o temiam tanto quanto Pelé. Até porque ele já era conhecido no mundo inteiro. Foi, sem dúvida, o jogador mais importante.”
Às futuras gerações “Costumo dizer o seguinte: mais difícil do que chegar ao topo é permanecer por lá. Os jovens como Neymar, por exemplo, precisam ter consciência disso. Depois que subi um degrau na minha carreira, nunca mais desci.”
Início da última rodada nos quatro grupos da Eurocopa, sempre com duelos ao mesmo tempo, para evitar qualquer arrumadinho. Na chave A, neste sábado, chuva, drama, gols perdidos pelos ídolos e uma classificação baseada em um critério pouco ortodoxo.
Avançaram às quartas de final a República Tcheca e a Grécia. Quando poloneses e tchecos já batiam cabeça no segundo tempo, o visitante roubou a bola no meio campo e numa troca de passes em velocidade, Jiracek driblou um defensor e marcou, aos 27.
Somado às chances desperdiçadas por Lewandovski, os tchecos despacharam os donos da casa em Wroclaw ao vencer por 1 x 0. Líder, depois da goleada sofrida na estreia…
Em Varsóvia, o confronto direto, curiosamente nesta mesma partida, definiu a história.
O camisa 10 Karagounis, que completou 120 partidas e tornou-se o atleta com mais atuações pela seleção grega, havia perdido um pênalti na estreia. Desta vez ele foi decisivo a favor do país, que alenta na Euro o desânimo do colapso econômico.
Após uma falha da defesa russa pelo lado esquerdo, ele roubou a bola, invadiu pela diagonal e bateu cruzado, forte. Gol nos descontos no primeiro tempo.
Tento que deixava a Grécia com a improvável classificação. Os russos ainda impuseram uma pressão incrível na etapa final, com até oito jogadores na área. Tudo por causa do complicado sistema de classificação da Euro, com o confronto direto antes do saldo.
Valente e com a mesma “sorte” de 2004, a Grécia venceu por 1 x 0 e avançou.
Russos e gregos terminaram com quatro pontos. Mesmo com dois gols a mais no saldo, a Rússia foi eliminada. Critério bizarro. Que não seja aplicado no Mundial.
Acredite, a simples forma de torcer rendeu uma enquete com resultados completamente distintos entre as três maiores torcidas do futebol local. Fato incomum no blog.
Sem considerar a região de origem, mas apenas a forma de seguir o clube do coração, os tricolores tiveram o maior percentual entre os que frequentam o estádio, com 74%.
Em termos absolutos, os rubro-negros até tiveram mais votos nesta opção (no estádio), mas o dado foi mais modesto devido à forte votação dos torcedores pelo Leão que acompanham o time diante da televisão, com 35%, a maior entre os três clubes.
Já o Náutico foi o que apresentou o maior índice “via rádio ou internet”, com 23%. Características de fato ou dados potencializados pelos torcedores fora da capital?
Considerando os 1.655 votos, os percentuais foram esses: 52,87%, no estádio; 25,56%, pela televisão; 20,72%, via rádio ou internet; 0,85%, não presta muita atenção.
Como você acompanha a maioria dos jogos do seu time?
Sport – 876 votos
No estádio – 43,26%, 379 votos
Pela televisão – 35,28%, 309 votos
Via rádio ou internet – 21,12%, 185 votos
Não presta muita atenção – 0,34%, 3 votos
Santa Cruz – 421 votos
No estádio – 74,11%, 312 votos
Pela televisão – 7,13%, 30 votos
Via rádio ou internet – 17,58%, 74 votos
Não presta muita atenção – 1,18%, 5 votos
Náutico – 358 votos
No estádio – 51,40%, 184 votos
Pela televisão – 23,46%, 84 votos
Via rádio ou internet – 23,46%, 84 votos
Não presta muita atenção – 1,68%, 6 votos
Chuva torrencial em Donetsk. A bola só rolou quatro minutos até que o árbitro holandês Björn Kuipers suspendesse o duelo entre Ucrânia e França, nesta sexta.
Tromba d’água e raios! Pela primeira vez na história da Euro uma partida era suspensa por este motivo. No Mundial, a última vez foi em 1974, no jogo Alemanha x Polônia.
O jogo ficou paralisado por quase uma hora. A chuva diminuiu, fim dos raios e um gramado impecável, com um sistema de drenagem devidamente aprovado.
A longa espera não valeria pelo primeiro tempo, insosso. Destoava apenas Alou Diarra.
Na etapa final, uma França categórica. Em dez minutos, dois gols franceses, com Ménez e Cabaye. O segundo ocorreu em uma falha de posicionamento dos ucranianos.
Vitória por 2 x 0, a primeira dos Bleus na Eurocopa sem os astros Zidane ou Platini.
Completando a 2ª rodada do grupo D e de toda a competição, ingleses e suecos fizeram um jogaço, com duas viradas no placar. Tenso até os descontos.
Partida equilibrada, que começou com o centroavante Andy Carrol abrindo o placar em sua especialidade, a cabeçada. No comecinho do segundo tempo, um gol contra de Johnson e outro de Mellberg deram a vantagem aos suecos, aos 14 minutos.
O English Team acusou o golpe, mas tentou reagir. Com o chuveirinho. Conseguiu o empate cinco minutos depois. O goleiro Isaksson até operou um milagre em uma cabeçada de Terry, mas falhou num chute despretensioso de Walcott.
Aos 33 minutos, o goal da vitória da Inglaterra por 3 x 2, explodindo o estádio em Kyev. Um cruzamento e um gol de costas de Welbeck, tentando dominar a bola. Surreal.
Não confunda. As fotos deste post são realmente de jogos diferentes…
Na prática, qualquer torcida que se preze funciona como o 12º jogador do time.
O incentivo incondicional das arquibancadas empurra a equipe para reviravoltas quase impossíveis. E quando realmente não é possível, a paixão se faz presente na apresentação seguinte.
Nada melhor que aproveitar esse vetor do mercado futebolístico…
Uma jogada tradicional no marketing e sempre eficiente, ainda mais com um motivo especialmente criado para o produto.
O Náutico acaba de lançar uma edição limitada da “camisa 12”, confeccionada especialmente para esta Série A de 2012, a última do Alvirrubro nos Aflitos.
Em parceria com a Penalty, o Timbu confeccionou 1.000 unidades, à venda na Timbushop por R$ 169,90. Saiba mais detalhes clicando aqui.
Uma renda extra de R$ 170 mil não faz mal a clube algum…