Certamente, o torcedor já chamou a divisão de elite do nosso futebol de Campeonato Brasileiro. E de Série A? Quase sempre. Está na boca do povo e na imprensa.
Brasileirão? Também é um apelido popular. Campeonato nacional, mais formal.
Eis então o Brasileirão Petrobras.
Pois é. Quase ninguém fala. Quase ninguém escreve. Quase ninguém lê.
Acredite, esse é o nome oficial da competição, através do contrato de naming rights.
A gigante estatal de economia mista paga R$ 18 milhões por ano a CBF para associar a sua marca ao torneio. No entanto, a empresa de petróleo encontra uma dificuldade comum no mercado, que é a inserção de um novo nome junto ao público.
Nos estádios dos vinte clubes, placas de publicidade mostram o nome. Fica nisso.
Várias competições vêm sendo realizadas com o naming rights, sofrendo o mesmo golpe, como a Copa Kia do Brasil e o Estadual, que fez a sua estreia no ano passado, com a Coca-Cola. No certame local, uma verba anual de R$ 600 mil para o Pernambucano.
Daí, o questionamento com as cinco competições exibidas nesta postagem.
Você já chamou algum desses torneios pelo nome “oficial”?
Será que os patrocinadores estão dispostos a manter esse investimento, mesmo com o retorno de mídia desvirtuado pela não aceitação do nome fantasia?
Complica um pouco a transição de marcas, fato ocorrido com as duas principais copas internacionais do continente, a Libertadores e a Sul-americana (veja aqui).
Nesse amplo segmento, aplicado também em estádios e até mesmo em equipes, há quem tenha se consolidado, como a Fifa, com sete contratos na Copa do Mundo.
Vale destacar que nenhum deles engloba o nome do torneio, mas sim outros tópicos com uma relação direta, como bola oficial, cronômetro e prêmios individuais (veja aqui).
Nos Estados Unidos, meca do naming rights, a prática começou em 1970, na NFL.