Hora da matemática no Brasileirão. A quinze rodadas do fim, começa a surgir uma série de projeções sobre as chances de cada time na elite nacional.
Aqui no blog, vamos focar até o fim da competição a corrida para evitar o rebaixamento à Série B da próxima temporada. Vale a atenção dos dois representantes locais.
À tarde, no Rio de Janeiro, o Náutico começou desatento, sofreu dois gols e tentou a recuperação. Fez um e ficou pertinho do empate. No fim, Botafogo 3 x 1.
À noite, o Sport lutou bastante para voltar a vencer em casa. Levou um gol com 8 minutos, numa bobeira da zaga, mas virou o placar sobre o Cruzeiro, 2 x 1, com gols de Rithely e Gilbeto.
O Náutico, ainda numa posição confortável, está queimando a gordura fora de casa. Na Ilha, o Sport tenta o contrário, criar um lastro em seu rendimento no Brasileirão.
A 24ª rodada da Série A para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:
12/09 (20h30) – Sport x Bahia
No Recife (13 jogos): 4 vitórias rubro-negras, 3 empates e 6 derrotas
13/09 (21h00) – Grêmio x Náutico
Em Porto Alegre (13 jogos): nenhuma vitória timbu, 3 empates e 10 derrotas
Com um desempenho pífio na Ilha do Retiro no primeiro turno da Série A, com duas vitórias em dez jogos, o Sport só poderia almejar uma recuperação na competição com uma melhora significativa no rendimento em casa.
No primeiro jogo desta etapa, contra o Santos, uma suada vitória por 2 x 1. Na segunda apresentação no Recife no returno, novo 2 x 1, ainda mais batalhado. De virada.
Na noite deste domingo, pressionado pelas goleadas de Coritiba e Bahia, aumentando a distância sobre o Z4, o Leão precisou insistir bastante para vencer a meta mineira.
Com apenas oito minutos, o zagueiro Diego Ivo praticamente “entregou” o gol do Cruzeiro, numa saída de bola completamente sem noção.
Esperto, o atacante mineiro roubou a bola e Wallyson tocou rasteiro, entre as pernas do goleiro Saulo, substituto de última hora de Magrão,com uma contratura na coxa.
Se em outras jornadas o time acusou o golpe, dessa vez recebeu o apoio – ainda que o público tenha sido de apenas 13.562 torcedores – e criou oportunidades. Hugo e Diego Ivo perderam ótimas chances em bolas alçadas na área.
Aos 28, Edcarlos chegou a testar para as redes, mas o gol foi anulado por impedimento. Não estava, ainda que a distância fosse mínima. Dois minutos depois, enfim o empate.
William Rocha fez um longo lançamento e o volante Rithely, na entrada da área, cabeceou no ângulo. Sim, Rithely, em seu 48º jogo pelo clube. De contestado a elemento-surpresa. De perdedor de gols a salvador da noite.
O lance entusiasmou de vez a torcida e a equipe, que seguiu martelando. A virada no placar, contudo, saiu apenas no segundo tempo. Após a blitz, o gol aos 19.
Gilberto, que acabara de entrar no lugar do esforçado Gilsinho, foi acionado no meio-campo e tabelou com Rithely, que deu uma bela assistência, deixando G9 livre para finalizar. Depois da vantagem estabelecida, haja sufoco, o que seria natural.
A situação na tabela ainda é bem complicada. Com os pontos começando a aparecer na Ilha, porém, pelo menos a expectativa para deixar a zona de risco e torna mais otimista.
Sem Kieza e Martinez, o Náutico foi armado para tentar conter o empolgado Botafogo, neste domingo. Gallo estruturou o time de forma compacta, tendo como escape as subidas de Lúcio e Patric, pelos lados esquerdo e direito, respectivamente.
Na preleção, pedidos de atenção, sobretudo no meia Seedorf. Pontuar no Rio de Janeiro era importante para não queimar rapidamente a gordura na classificação acumulada no primeiro turno. Agora, esqueça tudo isso. As conversas, a organização tática. Tudo.
Com 52 segundos de jogo o Fogão já vencia o Timbu no surrado gramado do Engenhão.
Andrezinho, cercado por dois jogadores, foi até a linha de fundo, sem sofrer combate algum, e cruzou para o atacante Elkeson, que mandou de letra. Golaço provocado por uma “indiferença” do sistema defensivo dos alvirrubros.
Atrás no placar, então, bola pra frente. O time pernambucano até manteve a posse de bola superior ao do mandante, mas sem convicção.
Aos 33 minutos, já com a partida equilibrada, novo vacilo. Com Dadá estático e Ronaldo Alves sem ação, Elkeson marcou outro belo gol. Nos dois tentos, uma irritante apatia.
No vestiário, nova conversa no intervalo, mais pedido (cobrança) por atenção e aplicação tática, posicionando a marcação mais à frente. De cara, mais um gol no comecinho. Desta vez a favor do Náutico, aos 9 minutos do segundo tempo.
Na ocasião, Souza forçou um avanço na área, caiu e o árbitro marcou pênalti. Araújo, deslocando o goleiro, colocou o time de Rosa e Silva novamente no páreo.
Aos 34 e aos 36 minutos, Rogério e Araújo ficaram muito perto do empate.
Apesar do esforço, da pressão exercida, uma derrota por 3 x 1. Pois é. Nos descontos, num contragolpe, Andrezinho bateu fraco e Gideão não segurou.
Falha do goleiro à parte, o mau resultado foi (des)construído pela desatenção do restante da equipe com menos de 60 segundos de bola rolando…
Inacreditável a falha cometida pelo goleiro Michel Alves, do Criciúma, no jogo contra o América Mineiro, neste sábado, no interior catarinense, pela Série B.
Assista, veja de novo e confira no replay…
Não é ficção.
É um dos lances mais bizarros da história do futebol. Com o devido exagero, claro.
Em 2009, a cobertura do jogo Brasil x Paraguai atraiu 900 profissionais no Arruda.
Em 2012, Brasil x China englobará 580 credenciados, com uma queda de 35%.
Na conta das duas partidas, narradores, comentaristas, repórteres, cinegrafistas, fotógrafos, técnicos etc. Televisão, rádio, jornal, web…
Há três anos, um recorde na cobertura de um evento esportivo no Recife (veja aqui).
Em 2009, o Diario de Pernambuco credenciou cinco repórteres e dois fotógrafos.
Para esta oportunidade, quatro repórteres (Cassio Zirpoli, Lucas Fitipaldi, Alexandre Barbosa e Stênio José) e dois fotógrafos (Ricardo Fernandes e Helder Tavares).
Seguindo a lógica que será implantada na Copa do Mundo, os jornalistas entram com papéis específicos na área de atuação. Na coletiva, por exemplo, apenas 40 lugares.
Será que a relação na queda do interesse na cobertura do jogo do Brasil terá algum paralelo com a presença de público no estádio José do Rego Maciel, nesta segunda?
O triunfo verde e amarelo sobre os paraguaios foi visto por 56 mil espectadores. Nesta suposição, o público diante dos chineses teria que ser de no máximo 36.400 pessoas.
Que o Mundão mantenha a tradição de casa cheia para a Canarinha.
Com o aval da CBF, a Copa do Nordeste de 2013 será lançada oficialmente no dia 13 de setembro, em Fortaleza. De volta, revitalizada e capitalizada.
Serão 16 clubes divididos em quatro grupos de quatro equipes.
Bahia, Sport, Vitória e Santa Cruz são os cabeças de chave. O Timbu está fora.
Turno e returno nos grupos. Após seis rodadas, os dois melhores de cada chave avançam para as quartas de final. Daí até a decisão em jogos de ida e volta. Simples.
Para o calendário oficial do futebol brasileiro, nem tanto.
A princípio, o Nordestão é o único torneio regional chancelado pela CBF. A tradicional competição nordestina irá disputar datas com o Campeonato Pernambucano (veja aqui).
O embate entre as federações estaduais por datas é algo histórico, mesmo que gere um entrave na formação em uma agenda mais lucrativa para os clubes.
A 200ª enquete do blog quer medir o grau de interesse das torcidas sobre os dois campeonatos, que vão se misturar no calendário pelos próximos dez anos, segundo o acordo jurídico firmado entre CBF e Liga Nordeste.
Na prática, duas taças mais próximas da realidade.
À parte das competições nacionais, qual será o torneio mais valorizado em 2013?
Rubro-negros e alvirrubros preferem o atual modelo de gestão dos clubes, com dois anos de mandato no comando executivo e a possibilidade de reeleição. Pelo menos é o que aponta a enquete do blog, que teve 456 participações ao todo.
Enquanto isso, os tricolores parecem ter aprovado a mudança votada no Arruda, com um presidente durante três anos e a chance de se reeleger.
Por falta de quórum no conselho deliberativo coral, a mudança no estatuto foi desfeita. Apesar disso, a tendência é que o novo formato ganhe adesões na próxima assembleia.
Confira o resultado geral da enquete.
Qual é a melhor estrutura organizacional para os mandatos dos presidentes dos clubes do Recife?
Sport – 259 votos
2 anos de mandato, com reeleição – 48,26%, 125 votos
2 anos de mandato, sem reeleição – 13,89%, 36 votos
3 anos de mandato, com reeleição – 24,71%, 64 votos
3 anos de mandato, sem reeleição – 13,12%, 34 votos
Santa Cruz – 113 votos
2 anos de mandato, com reeleição – 27,43%, 31 votos
2 anos de mandato, sem reeleição – 4,42%, 5 votos
3 anos de mandato, com reeleição – 53,98%, 61 votos
3 anos de mandato, sem reeleição – 14,15%, 16 votos
Náutico – 84 votos
2 anos de mandato, com reeleição – 44,04%, 37 votos
2 anos de mandato, sem reeleição – 22,61%, 19 votos
3 anos de mandato, com reeleição – 17,85%, 15 votos
3 anos de mandato, sem reeleição – 15,47%, 13 votos
Na abertura da rodada, na quarta, o Timbu até que tentou. Finalizou 24 vezes contra a meta vascaína, mas apenas seis chutes foram na barra adversária. Apenas um entrou. Com Gideão estático debaixo da trave, o Náutico ficou no empate em 1 x 1.
Na quinta-feira, no complemento da rodada, o Leão teve uma noite infeliz. Mal ofensivamente e extremamente desatento na defesa. Após o primeiro tempo sem gols, os rubro-negros sofreram três em 20 minutos. No fim, Palmeiras 3 x 1.
A 23ª rodada da Série A para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:
09/09 (16h00) – Botafogo x Náutico
No Rio de Janeiro (8 jogos): 1 vitória alvirrubra, 2 empates e 5 derrotas
09/09 (18h30) – Sport x Cruzeiro
No Recife (16 jogos): 6 vitórias rubro-negras, 5 empates e 5 derrotas
Com o Pacaembu cheio, tomado por 30.463 torcedores, o Palmeiras foi no embalo da pressão da arquibancada. Os alviverdes buscaram bastante o gol, usando as laterais.
No primeiro tempo foi um festival de bolas alçadas na área do Sport. Para ser mais exato, foram 15 cruzamentos do time paulista. Apenas seis do visitante pernambucano.
Uma dessas raras chances leoninas surgiu aos 46 minutos, na única boa finalização.
No momento em que conseguiu tocar a bola com um pouco mais de ritmo, o Leão assustou. Hugo cruzou, Felipe Azevedo subiu bem e exigiu uma ótima defesa de Bruno.
Até ali, quem aparecia nesta quinta, para “variar”, era Magrão.
Quando não salvou, a trave ajudou, num lance incrível de Obina, aos 27 minutos. Oportunidade articulada numa falha de posicionamento dos leoninos.
Era preciso mudar a postura do Sport, facilmente envolvido pelo time de Felipão.
No início da etapa final, o jovem Welton, surpresa na escalação, vacilou na marcação e Luan por pouco não marcou. O número 30 nas costas parecia o peso da camisa.
Aos 7 minutos, o primeiro gol palmeirense. Curiosamente, não foi na pressão.
A jogada começou nos seguidos passes errados do Sport, sem consistência na meiuca. Numa estocada, um chute de longa distância de Corrêa. Falha grave de Magrão.
Com o time abdicando do ataque, a reação seria difícil. Só na base da vontade.
Ou, então, em um lance fortuito. Aconteceu. Aos 16, o canhoto Rivaldo mandou um míssil de pé direito. Acertou o ângulo e empatou.
A festa durou um minuto. Em falha de atenção incrível de Welton após um lançamento, Tiago Real dominou na área e desempatou. Nervoso, o garoto de 20 anos não marcava.
Aos 22, acredite, mais uma bola em cima do frágil lado direito do Leão. Obina se aproveitou e decretou a vitória dos paulistas, por 3 x 1. Lutaram pela boa vantagem.
Dar chance à base é necessário para qualquer clube. No entanto, existe o momento para isso. Um jogo tenso, entre duas equipes desesperadas, não parecia o ideal…
Faltou personalidade em São Paulo. Dos mais experientes ao novo profissional.