Uma extensa planilha de contabilidade foi publicada pelo Náutico no Diário Oficial do Estado desta terça-feira com o balanço completo das finanças do clube de 2011 a 2012. Confira a tabela numa resolução maior aqui.
Apesar da participação na Série A, a dívida timbu cresceu na última temporada. O número passou de R$ 62.442.207, somando o passivo circulante com o não circulante, para R$ 71.978.517. Um acréscimo nas dívidas de 15%.
Já a receita operacional, como o ex-presidente André Campos havia estimado ainda em novembro de 2011, foi a maior da história timbu, com R$ 41 milhões.
Para se ter ideia do que isso representa, basta dizer que o orçamento na Série A foi 113% maior que o faturamento absoluto no ano anterior, na Série B.
Da campanha Todos com a Nota, o Alvirrubro recebeu 6,3 milhões de reais. Vale citar ainda o imobilizado líquido, com terreno, estádio, sede, piscina, garagem de remo, centro de treinamento etc, estimado em R$ 171 milhões.
Aguardando os balancetes de Santa e Sport. O futebol precisa de clareza.
“Vou confessar. Perder pra esse time de pobre preto e puta me incomoda.”
De cabeça quente, numa brincadeira de mal gosto ou num círculo de amigos. Descabido. Não foi num estádio, mas no universo virtual.
A declaração postada em uma rede social após o desfecho entre alvirrubros e tricolores na semifinal do campeonato estadual, no domingo, não passou batida.
A mensagem direcionada ao Santa Cruz foi replicada centenas de vezes por torcedores de outros times, não importando a bandeira.
Indignação de tricolores, rubro-negros e até alvirrubros, pois os três rivais contam com torcedores nas camadas sociais mais baixas. Não há demérito.
A resposta oficial saiu nesta terça-feira, com a direção coral acionando o Ministério Público de Pernambuco para que seja investigada a autoria e veracidade das declarações de preconceito racial (veja aqui).
Twitter, Facebook, Google+ e Orkut podem ser espaços virtuais para brincadeiras no futebol, debates acalorados, mas para tudo há um limite. Casos de processos na internet não são raros no país.
Pois é. É preciso ter o mínimo de responsabilidade ao escrever, além de educação e inteligência, até mesmo para compreender o termo “rede” com a proliferação das mensagens de forma muito maior do que a vida real.
Uma frase dita após mais uma dura eliminação pode ser “ouvida” por milhares de pessoas minutos depois. E o preço pode ser enorme….
O projeto da nova arena do Sport ainda tramita na burocracia da prefeitura do Recife. No estágio atual, os rubro-negros estão buscando soluções para as exigências do poder público sobre a mobilidade urbana na Ilha do Retiro. Só depois da autorização o Leão poderá iniciar megaobra.
Vale lembrar o valor do projeto. No início, em 2011, apenas com o estádio, o orçamento era de R$ 400 milhões. No ano passado, já com empresariais e edifício-garagem, o custo disparou para R$ 750 milhões.
A capacidade de público seria a mesma, de 45 mil lugares. É para tanto? Esse é o questionamento levantado indiretamente pela consultoria Arenaplan, que produziu um relatório sobre futuras arenas de clubes sem contratos firmados com consórcios país afora. Entre os nove times está o Sport.
A previsão anual de faturamento do estádio, segundo o estudo, seria de R$ 32 milhões, incluindo eventos, naming rights e camarotes – e seriam 250, em vez dos atuais 147. Contudo, a capacidade traz uma discussão interessante.
O número “ideal” para o novo estádio seria de 35 mil lugares, numa previsão baseada nas médias de público do clube no Campeonato Brasileiro (veja aqui).
As projeções consideram apenas os valores dos estádios, sem anexos. No caso pernambucano – cujo custo por cada assento seria o segundo mais caro, devido aos camarotes -, o preço foi estimado em R$ 262 milhões.
Até a década de 1990 era comum ver o Arruda, a Ilha do Retiro e o estádio dos Aflitos divididos ao meio nos grandes clássicos recifenses.
Tentando contornar a insegurança, a CBF articulou no seu regulamento geral de competições uma limitação para a torcida visitante de apenas 10%.
Em 2009, o então presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira, decidiu que os clássicos no estado teriam que ter uma divisão diferente.
Estabeleceu 80% para mandante e 20% para o visitante.
“Eu não quero essa história de ‘torcida única’ nos estádios no Pernambucano não. Isso acontece no Campeonato Brasileiro, mas aqui nós colocaremos 20%”.
A medida segue em vigor até hoje.
Como se sabe, o Estadual poderá terminar em uma partida extra (veja aqui).
No dia 19 de maio, caso seja necessária a terceira partida para o título de 2013, no Arruda ou na Ilha do Retiro, a divisão do público será meio a meio.
A decisão foi tomada pelo atual mandatário da federação, Evandro Carvalho, junto aos presidentes de Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, e Sport, Luciano Bivar.
Portanto, 50% para tricolores e 50% para rubro-negros.
No Mundão, 27.500 ingressos para cada um. Na Ilha, 16.250 bilhetes.
A arrecadação na bilheteria, claro, seria compartilhada pelos rivais.
Seria um clássico como nos velhos tempos. Se a polícia militar fizer bem o seu trabalho de contenção e o público também colaborar, será uma baita festa.
A Arena Pernambuco deve entrar no roteiro de pontos turísticos do Grande Recife, como Marco Zero, praia de Boa Viagem, sítio histórico de Olinda etc.
As primeiras visitas guiadas ao moderno estádio têm sido numerosas, com as três torcidas marcando presença nos domingos com as suas camisas. Até porque o local deverá abrigar jogos importantes dos três clubes.
O Náutico, de contrato assinado, jogará todas as suas partidas durante três décadas por lá. Paralelamente aos últimos dias dos Aflitos, como mando de campo do Timbu, os alvirrubros já se empolgam com a nova casa.
Neste vídeo, gravado pelo torcedor Hugo Leonardo durante a visita, um dos primeiros gritos por lá. O primeiro de muitos…
A volta olímpica do Campeonato Pernambucano de 2013 será dada na Ilha do Retiro, em 12 de maio, ou no dia 19, em um estádio a ser escolhido pela FPF através de um critério técnico, acordado nesta segunda. Se houver igualdade nos pontos após os dois jogos, o saldo de gols definirá o mando, seguido de gol na casa do adversário. Nova igualdade? Sorteio. Confira o ato oficial aqui.
Alheio a essa polêmica, confira os locais das 98 voltas olímpicas anteriores no Estadual, de acordo com os dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro.
Várias conquistas aconteceram sem a necessidade de uma final, com o campeão ganhando de forma antecipada ou na final de um turno, por exemplo. Até hoje, os estádios dos três grandes clubes da capital registraram a história máxima em 71 oportunidades, ou 72,4% de todas as competições locais. E olhe que a primeira festa foi apenas em 1940.
No interior foram apenas duas vezes, mas com triunfos dos recifenses. Como curiosidade nos dados vale destacar a lista apenas com as taças erguidas em finais de campeonato. A estatística geral deve ganhar um novo palco a partir de 2014, com a inclusão da Arena Pernambuco. A FPF pretende obter o mando de campo da decisão, antes mesmo de um jogo extra.
Post atualizado às 20h25.
Volta olímpica (98 campeonatos)
Ilha do Retiro (35)
Sport (21, com 60%) – 1942, 1943, 1948, 1956, 1958, 1961, 1962, 1981, 1988, 1991, 1992, 1994, 1996, 1998, 1999, 2000, 2003, 2006, 2007, 2008 e 2010
Santa Cruz (8, com 22%) – 1940, 1946, 1957, 1971, 1973, 1986, 1987 e 2012
Náutico (5, com 14%) – 1945, 1952, 1954, 1964 e 1965
Amérca (1, com 2%) – 1944
Aflitos (19)
Náutico (8, com 42%) – 1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1967, 1968 e 1974
Sport (6, com 31%) – 1941, 1949, 1953, 1955, 1975 e 2009
Santa Cruz (5, com 26%) – 1947, 1959, 1969, 1972 e 1978
Arruda (17)
Santa Cruz (8, om 47%) – 1970, 1976, 1979, 1983, 1990, 1993, 1995 e 2011
Náutico (6, com 35%) – 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004
Sport (3, com 17%) – 1977, 1980 e 1982
Jaqueira (13)
América (3, com 23%) – 1919, 1922 e 1927
Santa Cruz (3, com 23%) – 1931, 1933 e 1935
Sport (3, com 23%) – 1920, 1928 e 1938
Tramways (2, com 15%) – 1936 e 1937
Torre (1, com 7%) – 1929
Náutico (1, com 7%) – 1939
Avenida Malaquias (8)
Sport (3, com 37%) – 1923, 1924 e 1925
América (2, com 25%) – 1918 e 1921
Torre (1, com 12%) – 1930
Santa Cruz (1, com 12%) – 1932
Náutico (1, com 12%) – 1934
British Club (2)
Flamengo (1, com 50%) – 1915
Sport (1, com 50%) – 1916
Aflitos Liga (2)
Sport (1, com 50%) – 1917
Torre (1, com 50%) – 1926
Antônio Inácio, Caruaru (1)
Sport (1, com 100%) – 1997
Paulo Coelho, Petrolina (1)
Santa Cruz (1, com 100%) – 2005
Final do Estadual (64 edições)
Ilha do Retiro (26) Sport (15, com 57%) – 1948, 1961, 1962, 1981, 1988, 1991, 1992, 1994, 1996, 1998, 1999, 2000, 2003, 2006 e 2010
Santa Cruz (8, com 30%) – 1940, 1946, 1957, 1971, 1973, 1986, 1987 e 2012
Náutico (2, com 7%) – 1954 e 1965
América (1, com 3%) – 1944
Arruda (15) Santa Cruz (7, com 46%) – 1970, 1976, 1983, 1990, 1993, 1995 e 2011
Náutico (6, com 40%) – 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004
Sport (2, com 13%) – 1977 e 1980
Aflitos (14)
Náutico (7, com 57%) -1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1968 e 1974
Sport (4, com 28%) – 1949, 1953, 1955 e 1975
Santa Cruz (3, com 21%) – 1947, 1959, 1969
Jaqueira (3)
Sport (1, com 33%) – 1920
Santa Cruz (2, com 66%) – 1933 e 1935
Avenida Malaquias (3)
América (1, com 33%) – 1921
Santa Cruz (1, com 33%) – 1932
Náutico (1, com 33%) – 1934
British Club (2)
Flamengo (1) – 1915
Sport (1) – 1916
As capas do Diario de Pernambuco após a tensa semifinal nos Aflitos.
Nas bancas desta segunda-feira, a classificação do Santa Cruz à terceira decisão seguida do campeonato estadual contra o Sport, após o duelo contra os alvirrubros, estampa as manchetes do jornal e do caderno Superesportes.
Confira as capas em uma resolução maior aqui e aqui.
A eliminação alvirrubra na semifinal, a terceira consecutiva, ampliou o jejum de títulos pernambucanos para nove anos. Já é o segundo maior do clube.
Campeão em 1989, o Náutico só voltaria a erguer a taça em 2001. Portanto, de 1990 a 2000 foram onze campanhas sem conquistas, no maior período de seca.
No levantamento do blog foi considerando o intervalo entre títulos estaduais. A explicação é necessária pois o Santa disputou o Pernambucano de 1915 a 1930 sem ganhar uma edição, mesmo fato ocorrido com o Náutico de 1916 a 1933.
No maior jejum entre os grandes clubes recifenses, o Sport ficou sem vencer estaduais justamente no período que marcou a maior série de triunfos do Náutico, o hexacampeonato, e do Santa Cruz, o penta. Contudo, no intervalo de troféus locais, o Leão conquistou o Torneio Norte-Nordeste de 1968.
Sport (1962/1975) – 12 anos
Sport ( 1928/1938) – 9 anos
Náutico (1989/2001) – 11 anos
Náutico (1974/1984) – 9 anos
Náutico (2004 / presente) – 9 anos
Santa Cruz (1947/1957) – 9 anos
Santa Cruz (1959/1969) – 9 anos
Santa Cruz (1995/2005) – 9 anos
Jejuns dos demais clubes campeões pernambucanos:
América (1944 / presente) – 69 anos
América (1927/1944) – 16 anos
Torre (3 títulos), Tramways (2) e Flamengo do Recife (1) estão extintos.
Tarde de Clássico Matuto em Caruaru, de novo. Nos dois duelos anteriores nesta temporada, goleadas do Central no Lacerdão por 4 x 0, no primeiro turno, e 3 x 0, no segundo. Desta vez, nada de surpresa. Outra goleada do Alvinegro, por 3 x 0, ampliando a liderança isolada, agora com três pontos de vantagem, encerrando a 3ª rodada, das sete previstas.
O campeão do octogonal irá à Série D. Os dois últimos serão rebaixados…
Pesqueira 1 x 2 Chã Grande – Os novatos se enfrentaram pela terceira vez na elite. Desta vez, em Garanhuns, vitória da Raposa. Gols de Claudio e Danilo.
Central 3 x 0 Porto – Na terceira goleada da Patativa sobre o Gavião, Jonathan Goiano marcou duas vezes e chegou a 10 gols. Andrezinho completou.
Petrolina 1 x 1 Salgueiro – A Fera somou o seu primeiro ponto graças ao gol de Cleitinho, aos 31 do 2º tempo. Respira na briga contra o descenso.
Belo Jardim 1 x 1 Serra Talhada – O Calango vencia até os 37 do segundo tempo, quando Júnior Ferrim empatou de pênalti, deixando o Belo Jardim no Z2.
Geral – O Estadual chegou a 118 partidas. Desde o primeiro turno foram anotados 321 gols, com média de 2,72. Elton (Náutico) marcou duas vezes e voltou a se isolar na artilharia do campeonato, agora com 16 gols.
Pela primeira vez o Clássico das Multidões irá decidir o título estadual por três temporadas consecutivas. Em toda a história do futebol local, isso só havia acontecido uma vez, envolvendo alvirrubros e tricolores de 1983 a 1985.
Neste ano teremos outra vez as duas maiores torcidas em ação. Somando os jogos de ida e volta das finais dos dois anos anteriores, foram 168.492 torcedores no Arruda e na Ilha, com média de 42 mil pessoas. Campeões de audiência. A Cobra Coral, aliás, vai em busca do tri, não alcançado desde 1971.
Esta será a 23ª edição decisiva do clássico entre Sport e Santa, a final mais comum na história do Campeonato Pernambucano desde 1915. Já no ano seguinte houve a primeira decisão, justamente na primeira disputa entre ambos.
No antigo campo do British Club, diante de quatro mil recifenses, o Leão goleou o Tricolor por 4 x 1, em 24 de dezembro do longíquo ano de 1916. Até 1996, quando o Rubro-negro iniciou o seu primeiro pentacampeonato, a vantagem era coral (8 x 7). Na década de 1990, o Sport embalou e virou o retrospecto geral.
O Leão conquistou 30% dos seus títulos locais sobre a Cobra Coral, que por sua vez ergueu 38% de suas taças sobre o rival da Ilha. Como curiosidade, o placar na era do futebol profissional, a partir de 1937, com 10 x 9 para os tricolores.
Confira o retrospecto dos três clássicos nas finais do campeonato estadual:
Clássico das Multidões (22)
Sport (12) – 1916, 1917, 1920, 1949, 1953, 1962, 1980, 1996, 1999, 2000, 2003 e 2006
Santa Cruz (10) – 1940, 1957, 1969, 1971, 1973, 1986, 1987, 1990, 2011 e 2012
Clássico das Emoções (16)
Náutico (9) – 1934, 1960, 1974, 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004
Santa Cruz (7) – 1946, 1959, 1970, 1976, 1983, 1993 e 1995
Clássico dos Clássicos (16)
Sport (10) – 1955, 1961, 1975, 1977, 1981, 1988, 1991, 1992, 1994 e 2010
Náutico (6) – 1951, 1954, 1963, 1965, 1966 e 1968
Ao todo, onze finais diferentes já decidiram o Pernambucano. Em 34 edições o campeão saiu de forma direta. Chegou a hora de escrever mais um capítulo…