Impressiona a similaridade.
Começa em um viagem mais extensa, com clausura e treinos.
Uma folguinha aqui, outra ali.
E um rápido passeio para conhecer a cidade.
Sem alarde, a volta para o hotel, para dar sequência ao cronograma da comissão, com atividades, alimentação, preleção e vídeos de adversários.
Intertemporadas, torneios, sequência de jogos fora de casa, tanto faz.
Pode ser de um time da quarta divisão brasileira ou até a… Espanha.
Nível cultural e poder aquisitivo podem até separar esses mundos. A libido não.
Não são poucas as histórias no futebol com jogadores em farras suspeitas e declarações desencontradas em seguida, constrangidas.
Instiga num pagode, marcado por um amigo do amigo de um conhecido.
Segue a animação com baralho e dominó, muitas vezes a dinheiro.
Ah, as mulheres. As amiguinhas, presentes em qualquer cidade.
Lotam um carro, ou até dois. Surgem nos corredores do hotel, sob olhares desconfiados da gerência. Esta, aliás, mantém o sigilo.
Nos quartos, festa com doses a gosto até o sol raiar.
O futebol ainda flertava com o profissionalismo e já existiam histórias do tipo.
Veio a era digital, de fácil captação audiovisual, mas não o temor por um flagra.
Mas basta sumir um punhado de euros, dólares ou reais e uma língua soltinha, no sentido cabueta, e a farra vira polêmica.
Esposas, noivas e namoradas atônitas. Algumas até conscientes do perigo, mas sempre envoltas numa cortina de fumaça.
Difícil é explicar no dia seguinte…
Geralmente a coletiva é desmarcada. É preciso blindar o grupo.
Do XV de Novembro de onde Judas perdeu as botas à seleção campeã mundial.