O Sport já soma cinco jogos sem vitória na Série B, com quatro derrotas e um empate. Com a desandada em campo, despencou do G4 para a 8ª colocação, a seis pontos de distância do Joinville, que fecha o grupo dos classificados à elite.
Apesar da folha milionária, uma das maiores da segundona, o time apresenta um saldo negativo de gols, agora com a pior defesa da competição.
A 22ª rodada do representante pernambucano
14/09 – Sport x Figueirense (16h20)
Uma atuação vergonhosa do Sport. Não foi a primeira no ano, mas foi emblemática. Diante do lanterna da segunda divisão, o Leão foi goleado.
Derrota por 4 x 2, com amplo domínio do ABC, um carrasco em 2013. Em todos os gols, falhas gritantes da defesa. Posicionamento, lentidão, furada.
O goleiro Magrão, quase sempre contido, não escondeu a irritação com a quantidade de vezes que foi buscar a bola nas redes. Ao todo, já são 37 gols sofridos em 21 partidas. O adversário potiguar, por exemplo, levou 35.
Apesar da briga pelo acesso – que pelo futebol apresentado se parece mais com um sonho -, o Leão conseguiu a proeza de ocupar agora o status de defesa mais vazada da competição.
Na noite desta terça, em Natal, o fraquíssimo primeiro tempo em branco parecia indicar um jogo insosso. Na etapa final, com a desatenção do visitante, os gols do ABC saíram em escala industrial. Marcos Aurélio marcou um gol e acertou a trave três vezes, sendo um pingo de lucidez num mar de ostracismo técnico.
Em relação à marcação, em nenhum momento o esquema com três volantes deu certo. Pior. Fábio Bahia, que entrara no lugar do prata da casa Welton, nulo em campo, ainda foi expulso de forma infantil.
No fim, a certeza de muito trabalho para Neco. Sim, o interino foi efetivado como o técnico para o restante da Série B minutos antes da entrada no gramado.
Opção do presidente Luciano Bivar, que havia se queixado publicamente de Martelotte, por este não concordar com as suas “sugestões” na escalação. Supondo que isso tenha ocorrido já nesta partida, a comissão técnica Neco/Bivar começou da pior forma possível…
Os estádios Luiz Lacerda, em Caruaru, e Presidente Vargas, em Campina Grande, têm alguns pontos em comum. Ambos alvinegros e localizados nas duas tradicionais capitais nordestinas do forró.
Porém, ao entrar nesses locais o torcedor se depara com mais um detalhe, de viés histórico, na mesma mensagem pintada de uma ponta a outra.
“Campeão brasileiro Série B – 1986”
Central e Treze. Os primeiros campeões nacionais de seus estados?
Curiosamente, Patativa e Galo não disputam a posse do mesmo título, até porque Criciúma e Inter de Limeira também entrariam na disputa.
Na verdade, os quatro clubes pleiteiam há quase três décadas a oficialização da disputa, num formato bem polêmico. Em 1986, a segundona nacional, até então chamada de Taça de Prata, foi substituída pelo “Torneio Paralelo da CBF”, dividido em quatro chaves, com nove times cada uma.
Os vencedores ascenderam à elite do Brasileirão no mesmo ano – fato comum naqueles tempos. Não houve uma final entre os quatro clubes, que desde então passaram a considerar a conquista, sem disputa pela exclusividade.
Posteriormente, Central e Treze foram incisivos no movimento à parte da falta de reconhecimento da CBF. Pediram autorização às respectivas federações estaduais para pintar em seus estádios o “título brasileiro”. Foram atendidos.
Já a Internacional de Limeira trata a conquista como Série B, mas ressalva a falta da chancela. O Criciúma, por sua vez, também lembra a trajetória em sua página na web, mas como Torneio Paralelo mesmo.