E o clássico aconteceu. Com polêmica, pouca gente na arena e vitória timbu

Pernambucano 2014, turno: Náutico 2x1 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O clássico que ninguém queria jogar, que ninguém queria agendar…

Apesar da desorganização, o jogo adiado foi mais animada do que se esperava, com três gols, arbitragem polêmica (ruim mesmo) e um novo líder no Estadual.

O Náutico, após derrubar o rival rubro-negro por 2 x 1, nesta quinta.

No fim das contas, com o carnaval batendo a porta e a cidade travada nas ruas, alvirrubros e rubro-negros se enfrentaram na arena quase às moscas.

Logo aos 9 minutos, Carmona, o camisa 10 alvirrubro, abriu o placar. Toque rápido de Marcus Vinícius e finalização sem firula. Era o real início da noite.

Ainda no primeiro tempo, os rubro-negros reclamaram um pênalti não marcado em Patric. Na etapa complementar, com um público um pouco maior, o Sport devolveu o roteiro, marcando no comecinho, aos 3.

Numa bobeira de Izaldo, após passe de Renê, Ewerton Páscoa encheu o pé.

Pernambucano 2014, turno: Náutico 2x1 Sport. Foto: Heitor Cunha/DP/D.A Press

Com a igualdade, o Timbu, então compactado, tentou se impor um pouco mais em campo. Já o Leão passou a ocupar melhor os espaços e cresceu no jogo.

O visitante ainda reclamaria de outra penalidade não assinalada, aos 25 minutos, – num lance ainda mais claro -, desta vez em Neto Baiano.

Enquanto os leoninos se preocupavam em cobrar o inseguro juiz Gleydson Leite, o Náutico trocou passes curtos e objetivos e Carmona, mais uma vez, girou pra mandar nas redes de Magrão.

Foi o gol da vitória timbu, numa partida que será tema de mesas redondas improvisadas nos próximos dias nas ladeiras de Olinda e no Recife Antigo.

Ainda mais após a ridícula discussão entre Neto Baiano e Lisca no apito final.

Com o placar sacramentado, o sorriso foi mesmo do Náutico…

Pernambucano 2014, turno: Náutico 2x1 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Pernambuco, o dono da maior média de público do país. Com alguns fantasmas

Jogos no Pernambucano: 2014 (América 2x2 Serra Talhada, Ademir Cunha), 2013 (Pesqueira 1x1 Petrolina, Sesc-Mendonção) e 2012 (Central 2x2 América, Lacerdão)

O futebol brasileiro atraiu 18,4 milhões de torcedores aos jogos em 2013.

A média geral no esporte mais popular do país, porém, não condiz com o status. A estatística aponta um índice de apenas 4.672 pessoas a cada partida.

Os dados da Pluri Consultoria levaram em conta o Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores, Sul-Americana, Recopa, Nordestão e os 27 estaduais.

Ao separar a lista por estados e o rendimento de seus respectivos clubes, destaque para Pernambuco, com a maior média (ranking abaixo). Um dado a ser comemorado, mas, na prática, visto apenas no papel.

Considerando os torneios nacionais com os times locais no ano passado – Náutico (A), Sport (B), Santa Cruz (C), Central (D), Salgueiro (D) e Ypiranga (D) -, além dos mandos de campo dos doze participantes do Estadual, a liderança foi estabelecida com uma média 8.481 torcedores.

Vale ressalvar sobre o uso do Todos com a Nota, incluindo os fantasminhas por aí. A prática é recorrente. Aqui, exemplos das últimas três edições do certame. Nas três imagens um público agregado de 19.482 torcedores. Onde estão?

2012 (01/04/12): Central 2 x 2 América – 8.355 pessoas (Lacerdão)
2013 (27/01/13): Pesqueira 1 x 1 Petrolina – 6.004 pessoas (Mendonção)
2014 (08/12/13): América 2 x 2 Serra – 5.123 pessoas (Ademir Cunha)

As denúncias foram feitas pelo blog. O método, entretanto, segue em vigor…

Ranking de público e renda no futebol nos estados brasileiros em 2013. Crédito: Pluri Consultoria

Os esquemas táticos das multidões em busca de um lugar na final regional

Formações titulares de Santa Cruz e Sport na Copa do Nordeste 2014. Crédito: www.this11.com

A vaga pernambucana na decisão do Nordestão será decidida em 180 minutos.

Ilha do Retiro e Arruda, parando o Recife (veja aqui).

Em março, nos dias 12 e 19, tricolores e rubro-negros disputarão um dos mais importantes confrontos da quase centenária história do Clássico das Multidões.

Com a colaboração da equipe do Superesportes, eis os esquemas táticos dos técnicos Vica e Eduardo Baptista no Santa e no Sport, respectivamente.

Ambos contam com centroavantes exercendo a função de pivô (Gamalho e Neto), apoiadores irregulares (Raul e Ailton), zagueiros em boa fase na esquerda (Renan Fonseca e Durval) e ídolos com a camisa 1 (Tiago Cardoso e Magrão).

Na cabeça de área, Sorriso e Páscoa vêm ganhando cada vez mais liberdade para ajudar o setor ofensivo. Podem ser decisivos no duelo. Outros coadjuvantes ainda correm por fora nas duas equipes, sobretudo nas laterais.

Há, claro, espaço para mudanças pontuais nas formações…

Na sua opinião, qual clube irá avançar à última fase da Copa do Nordeste?

Pelo visto, o equilíbrio parece mesmo ser a cara deste mata-mata.