O pior público da história do Campeonato Pernambucano foi registrado em 21 de fevereiro de 2015, matematicamente impossível de ser batido. A vitória do Atlético sobre o Vera Cruz, por 2 x 0, teve um público zero. Sem o alvará de funcionamento dos Bombeiros para o estádio Paulo Petribu, em Carpina, o clube foi impedido de liberar a carga de 6.800 ingressos.
Até então, o alvará era provisório. Porém, com a exigência de um definitivo, não houve tempo hábil para mudar o local da partida, como já ocorreu com outros clubes – como o Chã Grande atuando em Vitória de Santo Antão, por exemplo. Daí, a necessidade de jogar de portões fechados. Mesmo sem punição do TJD.
Na primeira divisão do futebol local, a FPF enumera os públicos do campeonato estadual desde 1990. Já houve borderô oficial com menos de 50 pessoas, em jogos envolvendo Íbis, Santo Amaro, América… Zero, não.
Curiosamente, jogos com portões fechados já haviam ocorrido em campeonatos bem mais importantes, como Série A, Taça Libertadores e Copa do Brasil. Agora, o Estadual figura nesta lista. Pior. Independentemente da presença da torcida, havia várias contas a pagar. Arbitragem, INSS, transporte etc. No fim, uma “receita líquida” negativa: R$ – 3.682.
O jogo em Carpina já entrou na história local. No pior sentido, obviamente.
A primeira camisa especial do Sport produzida pela Adidas chegou nas lojas antes do lançamento oficial do clube. As imagens do uniforme foram compartilhadas pelos próprios torcedores rubro-negros, com fotos de modelos presentes nas vitrines dos shoppings da cidade (R$ 149). A existência do padrão já havia sido informada no catálogo da Adidas, da serie Adidas Originals.
Veja a possível nova camisa rubro-negra numa resolução maior aqui e aqui.
Uma diferença no padrão é a ausência das estrelas (duas douradas e uma prateada), além das listras maiores, três vermelhas e três pretas, como na década de 1980. Não por acaso, a camisa tem alguns elementos da primeira passagem da Adidas no Sport, em 1981 e 1982. Compare abaixo.
Em 2014, entre maio e dezembro, a fabricante alemã vendeu cerca de 100 mil produtos oficiais do Sport. O resultado motivou mais lançamentos em 2015.
Atualização: O Sport confirmou a veracidade da nova camisa poucas horas depois. Conforme imaginado, o padrão tenta recriar os modelos produzidos pela Adidas há três décadas. Desta forma, outro padrão especial deve ser lançado em maio, homenageando os 110 anos do Leão. Segundo a projeção do catálogo, a camisa teria listras amarelas no ombro e o número 110 nas costas.
A primeira fase do Nordestão de 2015 chegou à metade, com todos os vinte clubes realizando três partidas. Ninguém conseguiu vencer nas três rodadas. A melhor campanha, com duas vitórias e um empate, foi do Bahia, que suou bastante, marcando gols nos últimos minutos em duas partidas.
Vamos, então, a um pequeno balanço dos cinco grupos da Copa do Nordeste, que só voltará no dia 3 de março, com as três rodadas finais.
Lembrando que irão se classificar os cinco líderes e os três melhores segundos colocados. Além da cota de R$ 365 mil na primeira fase, exceção feita aos maranhenses e piauienses, que só receberão as premiações a partir das quartas. Por sinal, passar à etapa seguinte valerá mais R$ 250 mil a cada um.
Na sua opinião, quais clubes devem passar às quartas de final?
A liderança dividida entre América de Natal e Vitória corrobora com a expectativa da chave. Com seis pontos, os finalistas da edição de 1998 aumentam as chances de uma classificação dupla, uma vez que o time baiano é o segundo colocado com mais pontos até aqui. A única zebra foi a vitória do Confiança sobre o Rubro-negro (1 x 0).
A derrota do Sport para o Sampaio Corrêa, na estreia, foi um aviso de que o grupo não seria tão fácil assim para o Leão. Hoje, o atual campeão estaria fora das quartas pois tem a quarta campanha entre os vice-líderes. A diferença de um ponto em relação ao líder acabou sendo uma dose de sorte, com os dois empates seguidos do Sampaio.
Coube ao Carcará a melhor campanha pernambucana no “primeiro turno” dos grupos. Por sinal, o Salgueiro seria o único local classificado, mesmo com apenas uma vitória (goleada sobre o Moto, 3 x 0). O Náutico, vice-líder, pode (e precisa) se beneficiar no returno com os dois jogos seguidos na Arena Pernambuco.
O Ceará é mais uma vez um dos que mais investiram, alimentando o sonho do título inédito. Porém, se vê numa ferrenha disputa com o rival Fortaleza, com quem terá outro clássico, e o surpreendente River, empatados em pontos (5) e saldo (+1). Diante do Botafogo, o único zerado da copa, um tropeço poderá significar a eliminação.
Nos minutos finais, o argentino Maxi Biancucchi marcou duas vezes e o Bahia virou para cima do Globo. Valeu a melhor campanha geral até aqui. Também aumentou para cinco pontos a diferença para o 3º lugar e dois para o 2º. No returno, o Tricolor ainda jogará duas vezes em casa. Só uma zebra tiraria o campeão de 2001 e 2002.
Quadro geral
Mais vitórias: América-RN, Vitória e Bahia (2)
Mais derrotas: Botafogo-PB (3)
Melhor ataque: América-RN (7)
Pior ataque: Piauí e Campinense (0)
Melhor defesa: Coruripe (1)
Pior defesa: Serrano (9)
Artilheiros: Kieza (Bahia) e Robert (Sampaio Corrêa) – 3 gols
A 103ª edição do podcast 45 minutos detalhou os jogos dos grandes clubes pernambucanos no hexagonal. Vitória do Sport, empate do Náutico e derrota do Santa Cruz, diante de Serra Talhada, Central e Salgueiro, respectivamente. O debate, logo após a rodada, já levanta a bola para a sequência de Clássicos das Emoções, quarta e domingo. A gravação teve 1h13min. No programa, lembrando, o compartilhamento no facebook ou no twitter o credencia a participar do sorteio de camisas oficiais de Náutico, Santa, Sport, Central, Recife Mariners e ingressos VIP para a Arena. Nesta edição, o padrão do Central.
Estou neste podcast ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
O fim de semana registrou dois cartões vermelhos e uma penalidade marcada no Pernambucano. Os dados da 4ª rodada do hexagonal do título “turbinaram” as listas de 2015, atualizadas pelo blog. A curiosidade fica por conta do jogo no Arruda, que pela segunda vez teve duas expulsões de uma vez, uma para cada time. Já o pênalti foi a favor do Sport, contra o Serra. Bem convertido por Régis.
Confira os rankings de pênaltis e cartões atualizados após 12 jogos.
Pênaltis a favor (3)
2 pênaltis – Sport
1 pênalti – Salgueiro
Sem penalidade: Náutico, Santa Cruz, Central e Serra Talhada
Salgueiro desperdiçou um pênalti Sport evitou uma penalidade
Pênaltis cometidos (3)
1 pênalti – Santa Cruz, Sport e Serra Talhada
Sem penalidade, Náutico, Central e Salgueiro
Cartões vermelhos (4)
1º) Santa Cruz – 2 adversário expulsos, 2 cartões vermelhos
2º) Sport – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
2º) Salgueiro – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
Nenhum cartão: Náutico, Central e Serra Talhada
O Leão ampliou a liderança do hexagonal do título do Pernambucano, abrindo cinco pontos de diferença sobre o segundo lugar. Pode “agradecer” ao Náutico, que evitou a vitória do Central no apagar das luzes em Caruaru. O resultado deixou a briga pela semifinal empolgante, com dois times grandes ameaçados – fato raríssimo neste modelo. O Santa Cruz segue na lanterna, numa campanha pífia. Apenas três pontos. E já estamos quase na metade da fase…
Saíram 28 gols nos 12 jogos desta fase do #PE2015, com média de 2,33. Em relação à artilharia, na qual a FPF só considera o hexagonal e o mata-mata, o atacante Élber (Sport) segue na liderança isolada, com 3 gols.
Hoje, as semifinais seriam: Sport x Salgueiro e Central x Náutico.
Santa Cruz 0 x 1 Salgueiro – O Carcará não havia feito um gol no hexagonal. O primeiro, com Jefferson Berger, bastou para uma vitória importante no Arruda.
Sport 4 x 2 Serra Talhada – O número de gols não condiz com o ritmo do jogo, lento. O Leão marcou quatro, mas foi vazado pela primeira vez no torneio.
Central 1 x 1 Náutico – Dois belos gols no Lacerdão. O último sorriso foi alvirrubro, com João Paulo marcando aos 48 do 2º tempo. Embolou a tabela.
Destaque: Sérgio China. Mudou o Salgueiro durante o jogo contra o Santa para buscar a vitória no Arruda. Uma ousadia rara no interior. Deu certo.
Carcaça: Cláudio Mercante. Como se não bastasse ainda fazer parte do quadro da FPF, o árbitro segue cometendo os mesmos erros. Sem critério.
Próxima rodada:
25/02 (20h00) – Serra Talhada x Salgueiro (Nildo Pereira)
25/02 (22h00) – Náutico x Santa Cruz (Arena Pernambuco)
26/02 (19h30) – Sport x Central (Ilha do Retiro)
Alguns torcedores já tinham deixado o Lacerdão, outros tantos só esperavam o apito final. A esperança resistia. Com o relógio marcando 48 do segundo tempo, João Paulo tentou resolver sozinho, como qualquer jovem na hora do sufoco. Teve estrela. Cercado por quatro alvinegros, o atacante saiu da marcação, avançou e chutou forte, de fora da área. Belo gol, salvador. Central 1 x 1 Náutico.
Em Caruaru, tivemos uma partida nervosa, valendo a vice-liderança do hexagonal. O Alvinegro, que abriu o placar em outro golaço, anotado por Jucemar, chegaria aos nove pontos. Seria um passo gigante rumo à semifinal, o que não ocorre por lá desde 2010. Ficou no sete e ganhou uma dor de cabeça com dois jogos seguidos contra o Sport, um algoz de longa data.
Já no Náutico, o objetivo era deixar o ambiente tranquilo para uma semana com dois clássicos contra o Santa, na Arena. Tudo o que não estava acontecendo até o último lance do jogo. O suado empate deixou o clube com cinco pontos, longe do que se imagina para o clube, mas o contexto foi positivo, fato.
Com um desempenho razoável (e olhe lá), Moacir Júnior segue sem muito prestígio junto à torcida. Não importa se o time é jovem ou se as principais peças não jogaram. A falta de um plano tático incomoda, mas isso só melhorará com o tempo. Ainda estamos em fevereiro e a equipe só disputou sete partidas oficiais. O resultado no interior deu lastro ao trabalho, no apagar das luzes.
Sem aperreio, o Sport se manteve 100% no hexagonal. Antes dos 15 minutos, numa tranquila tarde de domingo, o Leão já vencia o Serra Talhada por dois gols de vantagem, com Joelinton, aproveitando um vacilo daqueles do goleiro Gleibson (o pior do jogo), e Rithely. O time sertanejo começou atordoado, mas aos poucos foi tocando a bola. Só não conseguiu evouir até a meta de Magrão.
O Serra terminou o primeiro tempo com 52% de posse. Uma aula do que não fazer com a bola nos pés, num falso domínio. Enquanto isso, o Sport se mostrava o mesmo time eficiente do campeonato pernambucano – não o do regional, frisando. Sem brilhar, mas sem vacilar.
Num ritmo mais lento no início da segunda etapa, o dono da casa viu o Cangaceiro diminuir, com direito à comemoração com selfie. Não houve reação, pois o capitão Durval e o meia Régis ampliaram na Ilha do Retiro. No fim, João Carlos ainda marcou de falta para os sertanejos. Sport 4 x 2.
Com quatro vitórias em quatro jogos, o Rubro-negro encaminha a já esperada classificação à semifinal e já aparece como franco favorito à liderança do hexagonal. Portanto, é possível dizer que o bicampeonato estadual passa pelo mata-mata e só. No Leão, é preciso que a campanha da Copa do Nordeste seja equiparada, ao menos com a vaga no mata-mata. Lá, o time ainda está aperreado. E já merece uma atenção maior, quase exclusiva.
O Santa Cruz finalizou mais de 20 vezes. Só o atacante Betinho acertou a trave em três oportunidades. Não foi um primor de futebol no Arruda, é verdade, mas o volume foi bem maior em relação ao adversário. Pois é, Salgueiro 1 x 0.
Empenho à parte no sábado, o Tricolor foi derrotado pela 3ª vez em 4 partidas. Uma campanha pífia, ocupando a lanterna do hexagonal do Estadual. A pressão sobre o time, em formação, chega ao limite ao se dar conta de que os dois próximos jogos serão contra o Náutico. Dois clássicos na Arena Pernambuco.
Em 2005, no quadrangular final da Série B, os corais patinavam na disputa até emplacar duas vitórias nos embates contra o Alvirrubro. Imaginar o mesmo agora seria o alívio necessário para o momento tenso. Do contrário, a temporada de 2016 (sim, 2016) ficará seriamente comprometida, com a possível exclusão do Nordestão – e até da Copa do Brasil, pois dependeria do ranking nacional. Considerando apenas a participação na primeira fase dos dois torneios, neste ano, o clube deixou de receber R$ 565 mil em cotas.
Claro, o Timbu terá a chance devolver aquela frustração uma década depois. Sem dúvida, entrará em campo ciente de que pode eliminar um grande rival do mata-mata, o que faciltaria bastante o caminho ao título. Ou seja, a pressão no Santa Cruz só aumenta a confiança nos demais…
Alfredo Santos, Pedrinho e Tará. Cada um vestido com um dos três padrões oficiais presentes no estatuto do Santa Cruz. Um trio eternizado em um mural.
No Arruda, no setor de arrecadação, o Tricolor criou um setor para homenagear os seus principais ídolos, com fotos históricas. O espaço, aberto aos torcedores corais em direção às sociais no Mundão, foi inaugurado em 2014 com a presença de ídolos “pintados na parede”, como o zagueiro Alfredo Santos e o atacante Ramón, que brilharam na década de 1970, a mais vitoriosa do clube.
O passado mais recente também foi destacado, com Dênis Marques, Tiago Cartdoso e Caça-Rato, nomes do tricampeonato estadual de 2011 a 2013. Lá está até o argentino Mancuso, uma grande contratação em 1999. O painel não ficou restrito ao futebol. Também foram mencionados nomes de outras modalidades, como Pampa, do vôlei.
O marketing coral patinou em diversas áreas no centenário, fato, mas neste mural o trabalho foi bem executado. Para que ninguém esqueça o tamanho da tradição tricolor.