Foi apenas a terceira vez que o Náutico não venceu como mandante na Série B. Não venceu, mas se manteve invicto na Arena. Ficou no 1 x 1 com o Sampaio, recalculando o seu aproveitamento em casa para 83%, ainda elevadíssimo. Talvez se encerre aí o “lado positivo” da apresentação na 23ª rodada.
Partindo do óbvio, ou seja, do princípio, o Alvirrubro entrou desatento como há muito não se via. A Bolívia Querida impôs um ritmo veloz, trocando passes. Criou bastante nos primeiros minutos, chegando duas vezes na cara do gol em cinco minutos, com uma boa dose de sorte aos pernambucanos para manter o zero. E acabou ali, pois no minuto seguinte, Diones fez de cabeça, deixando o Paio na liderança àquela altura, para deixar claro que não era uma partida simples. Lisca sabia disso. Não faz um ano foi que comandou o Sampaio.
À parte do gol timbu (três dedos de Hiltinho, assistência de cabeça de Douglas e categoria de Patrick Vieira ), o jogo foi mesmo complicado, com uma pressão maior na meta de Júlio César, irritado com a lenta recomposição. Somente na base do abafa o Timbu travou o adversário, mas sem força para ganhar pela décima vez em casa. No fim, poucas vaias em São Lourenço. Havia a insatisfação com o empate, que afasta o time do G4, ainda mais com duas partidas fora do estado, onde o rendimento é pífio. Mas o motivo real das poucas vaias foi numérico mesmo. Eram apenas 2.954 torcedores.
Apenas uma hipótese. A queda do público nos jogos do Náutico e do Santa Cruz podem estar relacionados a violência no futebol. Mesmo nos últimos meses não ter acontecido agravantes maiores, mas os que marcaram podem ser uma consequência do baixo público nos estádios.
Mesmo o Sport estando ma série A e tendo um bom público é válido analisar se houve algum baixa em comparação com anos anteriores