Santa Cruz empata com a Chapecoense e pontua pela quarta vez consecutiva

Série A 2016, 4ª rodada: Chapecoense 1 x 1 Santa Cruz. Foto: Giba Pace Thomaz/Chapecoense

O Santa Cruz esteve perto da vitória em Chapecó. Vencia até os 38 minutos do segundo tempo, quando Lucas Gomes empatou de cabeça. A torcida tem o direito de lamentar o resultado, mas precisa ficar consciente que, em três temporadas, fazer o resultado na Arena Condá não é uma tarefa fácil. Organizado, o time da Chapecoense usufrui bastante do seu mando de campo, essencial para a surpreendente sequência na elite nacional.

Portanto, o gosto amargo do 1 x 1 tende a passar a rápido, com o tricolor, na verdade, consolidando uma excelente arrancada, vencendo em casa e empatando fora. Apesar do cenário com o inédito confronto valendo a liderança, o objetivo seguia o mesmo para ambos: a permanência. Da partida na fria noite catarinense, também foi possível fazer outras observações. Uma delas, a eficiência do ataque, com 10 dos 11 gols do time. Finalizou pouquíssimo, apenas duas vezes na barra. Contudo, num lance repetido e esperado saiu o gol, um cruzamento de Keno para Arthur. Jogar por uma bola? Bem trabalhada, ok.

O outro ponto vai para uma situação também evidente, mas que acabou um pouco relegada devido aos resultados iniciais: reposição. O time do Santa está encaixado, o esquema está claro, sem tanta posse de bola, mas com muita marcação e contragolpes. Porém, a cada desgaste, Milton Mendes precisa fazer malabarismos para tentar manter a estrutura, podendo levar bastante pressão (o que ocorreu). Terminar o jogo com 5, 6 atacantes, vários deles desempenhando outras funções, pode até parecer uma saída brilhante. Também pode ser um grito por reforços, essenciais para manter a pegada do time, pontuando.

Série A 2016, 4ª rodada: Chapecoense 1 x 1 Santa Cruz. Foto: Giba Pace Thomaz/Chapecoense

A 4ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 4 rodadas. Crédito: Superesportes

Duas vitórias em casa, duas derrotas fora. O Náutico goleou o Sampaio Corrêa na arena, confirmando o mando mais uma vez. Assim, voltou a subir na classificação. Até agora, o clube vive uma gangorra, natural na Série B. Para consolidar uma arrancada, só em caso de um bom resultado fora. Hoje, com seis pontos, voltou a ficar pertinho do G4, a um de distância. Na verdade, cinco clubes somam sete, um deles o Bahia, próximo adversário alvirrubro

1ª rodada – 15º (0 pt)
2ª rodada – 11º (3 pts)
3ª rodada – 15º (3 pts)
4ª rodada – 8º (6 pts)

No G4, um carioca, um goiano, um catarinense e um gaúcho.

A 5ª rodada do representante pernambucano
21/05 (19h15) – Bahia x Náutico (Fonte Nova, em Salvador)

Real Madrid, hendecacampeão da Europa

Champions League, final: Real Madrid x Atlético de Madri (gol de Sérgio Ramos). Foto: Champions League/twitter (@ChampionsLeague)

O Real Madrid é o clube mais vencedor da história do futebol. Sem discussão.

Alcançou o hendecacampeonato da Liga dos Campeões da Uefa.

1956 – Real Madrid 4 x 3 Stade Reims (campeão)
1957 – Real Madrid 2 x 0 Fiorentina (bi)
1958 – Real Madrid 3 x 2 Milan (tri)
1959 – Real Madrid 2 x 0 Stade Reims (tetra)
1960 – Real Madrid 7 x 3 Eintracht Frankfurt (penta)
1966 – Real Madrid 2 x 1 Partizan (hexa)
1998 – Real Madrid 1 x 0 Juventus (hepta)
2000 – Real Madrid 3 x 0 Valencia (octo)
2002 – Real Madrid 2 x 1 Bayer Leverkusen (enea)
2014 – Real Madrid 4 x 1 Atlético de Madri (deca)
2016 – Real Madrid (5) 1 x 1 (3) Atlético de Madri (hendeca)

Há dois anos, em Lisboa, o zagueiro Sérgio Ramos foi no terceiro andar para cabecear e empatar a final da Champions contra o Atlético, no último lance. Dois anos depois, num clássico agora em Milão, o capitão do Real foi novamente um dos nomes da conquista continental. Marcou aos quinze minutos, concluindo o desvio de Bale. Impedido, é verdade. Indicava um jogo sem drama, engano.

Champions League, final: Real Madrid x Atlético de Madri (gol de Sérgio Ramos). Foto: Champions League/twitter (@ChampionsLeague)

Armado por Simeone para compactar o jogo e tentar ser letal, o Atlético acabou retraído, mas nunca duvide desse time. Os colchoneros tiveram uma chance de ouro no primeiro minuto da etapa complementar, num pênalti mandrake, com Pepe sofrendo falta de Fernando Torres, o inverso da marcação. Griezmann acertou o travessão. O lance abateu o time. Mas na reta final, com o jogo já pendendo para o Real, com CR7 e Bale desperdiçando boas chances, Yannick Carrasco, acionado no decorrer da decisão, completou um cruzamento e empatou. Beijou a namorada, Miss Bélgica, na comemoração (isso mesmo).

Na prorrogação, um jogo com os times esgotados. Zidane já havia feito as três mudanças, com os atletas se arrastando, com câimbras. Com uma troca, Simeone deu fôlego ao time, mas não adiantou. A decisão sairia nos pênaltis, pela 11ª vez na história, inédita a ambos. Com cinco cobranças perfeitas, numa série finalizada por Cristiano Ronaldo, o Real fez 5 x 3, manteve a supremacia histórica no clássico (145 x 69) e levou a orelhuda mais uma vez ao Bernabéu.

Depois de La Décima, numa busca de doze anos, já chegou a Undecima.

Agora começa a saga incessante pelo 12º título. Ou “duodecacampeonato”…

Champions League, final: Real Madrid x Atlético de Madri (gol de Sérgio Ramos). Foto: Champions League/twitter (@ChampionsLeague)

As maiores invencibilidades do futebol pernambucano, brasileiro e mundial

Time do ASEC Abidjan em 1990, durante a histórica sequência invicta de 108 jogos na Costa do Marfim. Foto: Asec/site oficial (www.asec.ci)

Entre 1989 e 1994, o aurinegro ASEC Abidjan estabeleceu uma sequência sem precedentes no futebol, com uma invencibilidade de 108 partidas no campeonato nacional da Costa do Marfim. Foram 96 vitórias (uma delas por 11 x 0) e 12 empates, ganhando quatro vezes a competição no período. A marca só seria quebrada em 19 de junho de 1994, num revés diante do Armée, por 2 x 1, na capital Yamoussoukro. A marca passou à margem do mundo, com os olhos voltados para a Copa do Mundo nos EUA, que naquele mesmo dia viu o empate entre Suécia e Camarões, no Rose Bowl. No país africano, não. Lá, a turma acompanhou o Les Mimosas, até porque o clube tem um domínio absoluto da torcida, com 8 milhões de torcedores entre os 20 milhões de habitantes (40%). 

Já tinha ouvido falar deste recorde? Talvez bata a dúvida devido à presença do Steaua, com 106 partidas, com uma cobertura mais efetiva, e compartilhada, devido ao CEP na Europa. Com mais de 150 anos de bola rolando, detalhar as maiores invencibilidades não é uma tarefa fácil. Por causa do desencontro de informações, pela pluralidade de critérios, pelo alcance mundial do esporte, com sequências em lugares remotos. Portanto, as listas abaixo (separadas entre campeonatos nacionais, jogos oficiais e absoluta, incluindo amistosos) não são definitivas, mas apenas uma tentativa de aproximar a realidade sobre as maiores sequências sem derrota dos clubes.

Para elaborar o ranking, o blog fez um apanhado do site RSSSF, de onde se faz presente o recorde do ASEC, dos jornalistas Celso Unzelte/ESPN, Fernando Olivieri/Yahoo e Rodolfo Rodrigues/Uol, do site oficial da Uefa, além de pesquisa pessoal, cruzando dados. O levantamento desconsiderou marcas ainda em análise. O Santos, por exemplo, busca o reconhecimento de uma sequência de 1960 a 1963, que somaria 54 jogos. Seria o recorde nacional. 

Listas atualizadas até 28/05/2016

As maiores invencibilidades, considerando apenas campeonatos nacionais
1º) ASEC Abidjan (Costa do Marfim) – 108 partidas (1989/1994)
2º) Steaua Bucareste (Romênia) – 106 partidas (1986/1989)
3º) Lincoln (Gibraltar) – 88 partidas (2009/2014)
4º) Espérance (Tunísia) – 85 partidas (1997/2001)
5º) Al-Ahly (Egito) – 71 partidas (2004/2007)
6º) Sheriff Tiraspol (Moldávia) – 63 partidas (2006/2008)
6º) Mazembe (Congo) – 63 partidas (2008/2012
8º) Celtic (Escócia) – 62 partidas (1915/1917)
9º) Levadia Tallin (Estônia) – 61 partidas (2008/2009)
10º) Union Saint-Gillose (Bélgica) – 60 partidas (1933/1935)
11º) Boca Juniors (Argentina) – 59 partidas (1924/1927)
11º) Shirak (Armênia) – 59 partidas (1993/1995)
11º) Pyunik (Armênia) – 59 partidas (2002/2004)
11º) Sunrise Flacq (Ilhas Maurício) – 59 partidas (1993/1997)
15º) Olympiacos (Grécia) – 58 partidas (1972/1974)
15º) Milan (Itália) – 58 partidas (1991/1993)
15º) Skonto (Letônia) – 58 partidas (1993/1996)
18º) Al-Hilal (Sudão) – 57 partidas (2011/2013)
19º) Benfica (Portugal) – 56 partidas (1976/1978)
20º) Shakhtar Bonetesk (Ucrânica) – 55 partidas (2000/2002)
20º) Porto (Portugal) – 55 partidas (2010/2012)

Saindo da fronteira, o recordista ASEC perdeu algumas pelejas na Liga dos Campeões da África, como nas oitavas em 1991, e nas semifinais em 1992 e 1993. Idem com os romenos do Steaua, que conseguiram ficar invictos de fato, no período, por no máximo 29 jogos, ao somar os jogos da Champions.

As maiores invencibilidades entre as maiores ligas*, com todos os torneios
1º) Juventus (Itália) – 43 partidas (2011/2012)
2º) Milan (Itália) – 42 partidas (1992/1993)
3º) Nottingham Forest (Inglaterra) – 40 partidas (1978)
4º) Barcelona (Espanha) – 39 partidas (2015/2016)
5º) Milan (Itália) – 36 partidas (1991/1992)
6º) Real Madrid (Espanha) – 34 partidas (1988/1999)
7º) Manchester United (Inglaterra) – 33 partidas (1998/1999)
8º) Arsenal (Inglaterra) – 28 partidas (2007)

O Top 5 da Europa, em nível técnico e investimento, é formado por Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália. Nesta conta “geral”, entram a liga nacional, copa nacional, supercopa nacional, Liga dos Campeões da Uefa, Liga Europa, Supercopa da Europa e Mundial/Intercontinental.

As maiores invencibilidades do Brasil, somando todos os jogos
1º) Botafogo – 52 partidas (21/09/1977 a 20/07/1978)
1º) Flamengo – 52 partidas (22/10/1978 a 27/05/1979)
3º) Desportiva – 51 partidas (1967/1968)
4º) Santa Cruz – 48 partidas (1978/1979)
4º) Bahia – 48 partidas (1982)
4º) Grêmio – 48 partidas (1931/1933)
7º) São Paulo – 46 partidas (1975)
8º) Grêmio – 42 partidas (1981)
9º) Sport – 40 partidas (1960)
10º) Internacional – 39 partidas (1984)
11º) Internacional – 38 partidas (1975)
11º) Botafogo – 38 partidas (1960/1961)

Renato Sá é um personagem marcante nas marcas brasileiras. Coube ao ponta-esquerda por fim nas duas maiores sequências, de Botafogo e Flamengo. Em 1978, defendendo o Grêmio, ajudou na goleada por 3 x 0, brecando o alvinegro, então com 52 jogos. Acabou se transferindo para a própria estrela solitária, onde marcou o gol da vitória no clássico contra o Fla, que teve na partida a chance de superar a marca. Um jogo diante de 139.098 torcedores no Maracanã.

As maiores invencibilidades da Série A do Brasileiro
1º) Botafogo – 42 partidas (16/10/1977 a 16/07/1978)
2º) Santa Cruz – 35 partidas (7/12/1977 a 23/07/1978)
3º) Palmeiras – 26 partidas (13/12/1972 a 18/11/1973)
4º) Internacional – 23 partidas (06/08/1978 a 23/12/1979)
5º) Atlético-MG – 22 partidas (16/10/1977 a 29/03/1978)
6º) Cruzeiro – 21 partidas (20/09/1987 a 25/09/1988)
7º) Grêmio – 19 partidas (04/06/1978 a 03/10/1979)
7º) Corinthians – 19 partidas (17/10/2010 a 20/07/2011)
9º) América-MG – 18 partidas (20/10/1973 a 20/1/1974)
9º) Bangu – 18 partidas (24/03/1985 a 31/07/1985)
9º) Atlético-PR – 18 partidas (28/07/2004 a 17/10/2004)
9º) São Paulo – 18 partidas (20/08/2008 a 07/12/2008)
9º) Sport – 18 partidas (02/11/2014 a 05/07/2015)

Considerando a marca dentro de uma mesma edição, a maior pertence ao Santa Cruz, com 27 dos 35 jogos realizados em 1978, quando acabou em 5º lugar, sofrendo a primeira derrota apenas nas quartas de final, para o Inter.

As maiores invencibilidades no Campeonato Pernambucano
1º) Sport – 49 partidas (1997/1999)
2º) Sport – 48 partidas (2008/2010)
3º) Náutico – 42 partidas (1974/1975)
4º) Náutico – 36 partidas (1963/1965)
5º) Náutico – 35 partidas (1966/1968)
5º) Santa Cruz – 35 partidas (1973)
7º) Tramways – 29 partidas (1936/1937)
8º) Santa Cruz – 24 partidas (1932/1933)
8º) Santa Cruz – 24 partidas (1978/1979)

Todas séries locais foram marcadas por períodos de títulos. O único ano sem taça foi em 1975, com o Náutico, que no fim perderia a decisão para o Sport.