Sportivo Luqueño ou Independiente Medellín no caminho recifense na Sula

Sportivo Luqueño ou Independiente Medellín no caminho pernambucano na Sula?

O vencedor do inédito confronto internacional entre Sport e Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana, irá viajar a Assunção (3.079 km), no Paraguai, ou Medellín (4.784 km), na Colômbia. Um trajeto longo. Para enfrentar o Sportivo Luqueño ou para medir forças com o Independiente. Os dois clubes se classificaram para a segunda fase do torneio, etapa onde os brasileiros estreiam, buscando as vagas como visitantes. O primeiro foi ao Uruguai e despachou o tradicional Peñarol, pentacampeão da Libertadores, devido ao gol qualificado (0 x 0 e 1 x 1). No dia seguinte foi a vez do time colombiano. Havia empatado em casa com o Universidad Católica do Equador, mas conseguiu vencer por 1 x 0 na volta.

Seja qual for a composição da chave nas oitavas de final, o jogo será o terceiro duelo internacional na Sula com um time recifense, após Sport x Libertad-PAR em 2013 e Sport x Huracán-ARG em 2015. Eliminado em ambos.

Alguns dados dos possíveis adversários do representante pernambucano:

Sportivo Luqueño
Fundação: 01/05/1921 (95 anos)
Apelido: El Chanchón, Kure Luquue
Cores: amarelo e azul
Títulos: 2 (1951 e 1953)
Última participação nacional: 8º lugar
Participações na Sula: 2 (2015 e 2016)
Estádio: Feliciano Cáceres, 26 mil lugares (Sport jogou lá em 2013, contra o Libertad, também pela Copa Sul-Americana), na Grande Assunção

Deportivo Independiente Medellín
Fundação: 14/11/1913 (102 anos)
Apelido: El Poderoso, El Equipo del Pueblo, DIM
Cores: vermelho, branco e azul
Títulos: 6 (1955, 1957, 2002, 2004, 2009 e 2016)
Última participação nacional: 1º lugar
Participações na Sula: 2 (2006 e 2016)
Estádio: Atanasio Girardot, 45 mil lugares (palco da final da Libertadores 2016, com o título do grande rival, o Atlético Nacional)

Os rivais das multidões se enfrentam nos dias 24 e 31 de agosto, na Arena Pernambuco. Duas quartas-feiras à noite, primeiro com mando coral e depois com mando leonino, definindo a divisão de ingressos e a ordem para possíveis “gols qualificados”. Além da cota de participação nas oitavas, de 375 mil dólares (R$ 1,2 milhão), o time irá carimbar o passaporte. Algum pitaco para o duelo?

Qual será a chave nas oitavas da Sul-Americana 2016?

  • Sport x Independiente Medellín (46%, 510 Votes)
  • Santa Cruz x Independiente Medellín (29%, 323 Votes)
  • Sport x Sportivo Luqueño (15%, 169 Votes)
  • Santa Cruz x Sportivo Luqueño (9%, 100 Votes)

Total Voters: 1.102

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Abaixo, a festa de Luqueño e Independiente nas classificações obtidas na fase preliminar. Em breve, um deles desembarcará no Aeroporto dos Guararapes…

Sportivo Luqueño ou Independiente Medellín no caminho pernambucano na Sula? Fotos: Sportivo Luqueño/site oficial e Sul-Americana/facebook

Final olímpica entre Brasil e Alemanha no viés da imprensa alemã. Quase sem 7 x 1

No Brasil, é quase impossível dissociar a final olímpica de 2016 entre Brasil e Alemanha da tragédia (para os brasileiros) na semifinal da Copa do Mundo de 2014. A pauta é clara, quase obrigatória, mas com um mínimo de discernimento, naturalmente. Revanche ou não (e não é, efetivamente, na visão do blog), vamos ao outro lado desta cobertura, com algumas manchetes alemães após a confirmação do duelo no Maracanã. O blog printou os sites de três jornais das cidades mais populosas do país, do diário de maior circulação e do principal jornal esportivo. A pauta “2014” apareceu, mas em doses homeopáticas…

Kicker (diário esportivo)
O Kicker, o principal jornal especializado em futebol no país, traz em sua manchete: “Sonho perfeito final: Alemanha encara o Brasil!”. Entretanto, apesar da empolgação, não há uma contextualização com o Mundial de 2014, mas com o fato de enfrentar o anfitrião na decisão.

Jornal alemão anunciando a final olímpica de futebol: Brasil x Alemanha

Bild (jornal nacional)
No Bild, o jornal de maior circulação na Alemanha, a chamada sobre a classificação alemã é direta em relação ao Mineirazo. “Adeus ao 7 x 1”, no alto do link, seguido do título numa fonte enorme: “Brasil quer revanche na final no Rio”. Ou seja, lembraram do episódio, mas num (curioso) viés brasileiro.

Jornal alemão anunciando a final olímpica de futebol: Brasil x Alemanha

Berliner Morgenpost (jornal de Berlim)
O Morgenpost já classifica a campanha da jovem equipe alemã como “Sucesso Olímpico”, seguindo com “homens jogam pela primeira vez pelo ouro”. Na reportagem há a ressalva que a informação trata da seleção unificada, pois a Alemanha Oriental foi campeã olímpica em 1976, nos Jogos de Montreal.

Jornal alemão anunciando a final olímpica de futebol: Brasil x Alemanha

Die Zeit (jornal de Hamburgo)
Em Hamburgo, uma manchete mais fria, até mesmo para os padrões germânicos: “Seleção Alemã alcança a final”. No texto, contudo, há sim uma referência à Copa do Mundo, mas deixando claro o peso de cada confronto. “Dois anos após o triunfo da Copa do Mundo, a equipe júnior da Alemanha vai disputar o ouro olímpico”.

Jornal alemão anunciando a final olímpica de futebol: Brasil x Alemanha

Abend Zeitung (jornal de Munique)
Em Munique, terra do Bayern, o “Jornal da Noite” também destaca o fato de seleção do país ser formada por atletas mais novos: “Agora a jovem seleção alemã enfrentar o Brasil, pelo ouro”. E nada de Copa.

Jornal alemão anunciando a final olímpica de futebol: Brasil x Alemanha

Brasil x Alemanha no Maracanã, pelo ouro olímpico e por um lampejo de revanche

Olimpíada 2016, final: Brasil x Alemanha. Foto: Fifa/twitter (@FIFAcom)

Neymar e Gabriel Jesus, atacantes. Lukas Klostermann e Niklas Süle, defensores. Os jovens jogadores brasileiros e alemães festejaram as vitórias sobre Honduras e Nigéria e avançaram à decisão dos Jogos Olímpicos do Rio. No sábado, às 17h30, Brasil e Alemanha terão formações bem distintas em relação ao já antológico confronto de 2014. Em vez do Mineirão, o Maracanã. Em vez de Copa do Mundo, a Olimpíada. E em vez do 1 x 7? A conferir.

Não se trata de uma revanche para os brazucas. Não mesmo. O peso daquela partida provavelmente jamais será igualado. Mas, em termos de rivalidade, pode servir, sim, para aliviar um pouco aquela frustração. Até mesmo pelo ineditismo do ouro olímpico para os brasileiros – os próprios alemães só ganharam uma vez e numa época dividida, com a Alemanha Oriental levando a melhor em 1976.

Apesar da descrição no início do texto, com atacantes brasileiros e defensores alemães, os números deste torneio olímpico dizem o contrário. A (sempre) organizada seleção germânica tem o melhor ataque, com 21 gols marcados – quase metade diante da frágil equipe de Fiji -, enquanto o time verde e amarelo chega à final sem ter sido vazado. Começou mal, é verdade, empatando com sul-africanos e iraquianos, mas engatou boas vitórias desde então, sobretudo a partir da entrada de Luan, encaixando o ataque de Micale.

Mineirazo à parte, a final de 2016 tende a ser um jogo bem interessante…

Campanhas até a decisão…

Mannschaft: 5 jogos, 3 vitórias, 2 empates, 21 GP, 5 GC
Artilheiros: Petersen e Gnabry, 6 gols

Grupo C – Alemanha 2 x 2 México (Fonte Nova)
Grupo C – Alemanha 3 x 3 Coreia do Sul (Fonte Nova)
Grupo C – Alemanha 10 x 0 Fiji (Mineirão)
Quartas – Alemanha 4 x 0 Portugal (Mané Garrincha)
Semifinal – Alemanha 2 x 0 Nigéria (Arena Corinthians) 

Seleção: 5 jogos, 3 vitórias, 2 empates, 12 GP, 0 GC
Artilheiros: Neymar, Gabriel Jesus e Luan, 3 gols

Grupo A – Brasil 0 x 0 África do Sul (Mané Garrincha)
Grupo A – Brasil 0 x 0 Iraque (Mané Garrincha)
Grupo A – Brasil 4 x 0 Dinamarca (Fonte Nova)
Quartas – Brasil 2 x 0 Colômbia (Arena Corinthians)
Semifinal – Brasil 6 x 0 Honduras (Maracanã) 

O Brasil na final olímpica… 

1984 – Brasil 0 x 2 França (Rose Bowl, 101.799)
1988 – Brasil 1 x 2 União Soviética (Olímpico de Seul, 73 mil)
2012 – Brasil 1 x 2 México (Wembley, 86.162)
2016 – Brasil x Alemanha (Maracanã, até 76 mil)

As medalhas de brasileiros e alemães (1900-2012)… 

Brasil – 3 pratas (1984, 1988 e 2012) e 2 bronzes (1996 e 2008)
Alemanha Oriental – 1 ouro (1976), 1 prata (1980) e 1 bronze (1972)
Alemanha Ocidental – 1 bronze (1988)
Alemanha – 1 bronze (1964)

Maracanã nas Olimpíadas

Gol mais rápido da história olímpica abre o caminho para a 4ª final da Seleção

Olimpíadas 2016, semifinal: Brasil 6 x 0 Honduras. Foto: Ministério do Esporte/twitter (@minesporte)

As filas eram enormes nos portões do Maracanã, com milhares de torcedores tentando entrar, quando Neymar dividiu com o goleiro hondurenho e marcou o primeiro gol da Seleção Brasileira na semifinal olímpica. Em apenas 14 segundos o atacante abriu o caminho para mais uma decisão, em uma tranquila goleada por 6 x 0, na melhor apresentação da equipe após o início cambaleante. Sobre o lance, com o jogo iniciando às 13h num dia de sol forte no Rio de Janeiro, Neymar quebrou uma marca estabelecida nesta mesma Olimpíada.

Na primeira rodada do torneio feminino, a canadense Beckie balançou as redes em vinte segundos, superando o recorde de Oribe Peralta, algoz brasileiro na final masculina em Londres. O primeiro torneio olímpico masculino foi disputado em 1900, mas os gols só passaram a ser registrados pela Fifa com segundos (e não só minutos) a partir de 1976, em Montreal. Já a competição feminina, que integra a contagem do gol mais rápido, foi implantada em 1996, em Atlanta.

Antes da mudança, o gol mais rápido pertencia ao iugoslavo Galic, no primeiro minuto da final contra a Dinamarca, em 1960. O seu país venceu por 3 x 1.

Os gols mais rápidos nos Jogos Olímpicos*
14s – Neymar (Brasil 6 x 0 Honduras, 2016, masculino)
20s – Janine Beckie (Canadá 2 x 0 Austrália, 2016, feminino)
29s – Peralta (México 2 x 1 Brasil, 2012, masculino)
* Dados desde 1976

Será a quarta decisão olímpica da seleção masculina de futebol, repetindo as campanhas de 1984, 1988 e 2012, esta com o mesmo Neymar presente. Em todas, a prata. Desta vez, em casa, espera-se um desfecho diferente…

Olimpíadas 2016, semifinal: Brasil 6 x 0 Honduras. Foto: Rio 2016/twitter (@Rio2016)