Náutico capta R$ 1,5 milhão para reforma dos Aflitos e ação contra a Odebrecht

Ivan Brondi assinando a autorização do empréstimo de R$ 1,5 milhão. Foto: Náutico/instagram (@nauticope)

As eliminações precoces na Copa do Brasil e no Nordestão, ambas na primeira fase, atingiram o caixa do Náutico. O objetivo mínimo era alcançar a terceira fase do torneio nacional e ao menos as quartas do regional. Com isso, teria direito a R$ 1,635 milhão. Curiosamente, o número é próximo ao acordado com o canal Esporte Interativo, num empréstimo agora oficial.

O presidente alvirrubro, Ivan Brondi, assinou a autorização para o pagamento do “contrato de aporte financeiro”, no valor de R$ 1,5 milhão. Não é um adiantamento de cotas, até porque o clube já está fora da próxima Lampions, mas um empréstimo sem juros. O Náutico se comprometeu a pagar cinco parcelas de R$ 300 mil nos próximos cinco anos, sempre em dezembro. O acordo, claro, estreitou as partes, mas sem uma contrapartida clara.

Sobre o destino da receita, são quatro frentes…

R$ 1 milhão – Reforma dos Aflitos (1/3 do mínimo necessário à reabertura)
R$ 200 mil – Parcelas do Profut (dívidas fiscais)
R$ 200 mil – Salários do quadro administrativo
R$ 100 mil – Ação contra a Odebrecht

O último caso se refere à taxa para dar início ao processo contra a construtora que operou a Arena Pernambuco de 2013 a 2016, período em que firmou um acordo de 30 anos com o alvirrubro – que mandaria seus jogos lá. Como o governo rescindiu a parceria público-privada, a empresa fez o mesmo com o clube. Na visão timbu, a rescisão unilateral poderia resultar numa indenização milionária. Agora, será na justiça, através de uma “Câmara de Arbitragem”. Por sinal, o fórum instalado para conflitos no sistema financeiro também foi criado entre a Odebrecht e o governo do estado, para decidir o valor final da construção do estádio, com R$ 241 milhões de diferença entre as partes.

O raio x de lesões do Brasileirão, com quase oito contusões a cada rodada

Sistema de Mapeamento de Lesões da CBF

O Campeonato Brasileiro de 2016 registrou quase oito lesões por rodada. É o que aponta um inédito (e interessante) levantamento apresentado pela CBF, que compilou todas as lesões cadastradas pelos 20 clubes da última edição da Série A, incluindo Sport e Santa Cruz. Contusões na coxa, coluna, cabeça, tornozelo, dedos etc. Ao todo, 299 lesões informadas pelos próprios departamentos médicos dos clubes, a partir de um programa interno para o cadastro, o Sistema de Mapeamento de Lesões da CBF. A intenção da confederação é criar um banco de dados, traçando comparativos entre as edições da competição, incluindo período de jogo e a faixa de campo sobre as incidências – no entanto, segundo comunicado da entidade, nenhum dado individualizado será divulgado, em comum acordo com os clubes.

No primeiro balanço do Brasileirão, as contusões na coxa lideram, de forma disparada. Foram 127 ocorrências, ou 42% do total. Segundo a Comissão Nacional de Médicos do Futebol (CMNF), o dado mais preocupante foi o segundo lugar da lista, com os lances envolvendo choque de cabeça, com 29 registros, sendo 11 com concussão cerebral. Abaixo, o quadro completo e o detalhamento das lesões na coxa, com a lesão ‘esquiotibial’ sendo a mais frequente (68 casos). No futebolês, lesão na parte posterior da coxa.

Relatório de lesões na Série A de 2016. Crédito: CBF/divulgação

Podcast – Análise do empate entre Sport e Bahia no jogo de ida da final nordestina

Copa do Nordeste 2017, final: Sport 1 x 1 Bahia. Foto: Felipe Oliveira/Bahia/site oficial

O Sport não jogou bem no primeiro jogo da final da Copa do Nordeste. O leão só empatou a dez minutos do fim, numa noite de desorganização tática. A partida foi analisada pelo 45 minutos, com o desempenho coletivo dos dois times, com superioridade baiana, sobretudo no meio-campo (povoado). No rubro-negro, o debate ainda se estendeu às atuações individuais (Matheus Ferraz foi o melhor, acredite), além dos caminhos para surpreender na Fonte Nova. Estou nessa gravação com Fred Figueiroa. Ouça!

17/05 – Sport 1 x 1 Bahia (38 min)