A chegada de Ricardo Bueno foi meteórica no Arruda. Destaque no Paulistão pelo São Bento, o atacante optou durante a semana pela proposta do Santa Cruz, em detrimento à oferta do Guarani. Acabou registrado no BID às 17h56 da sexta, no limite para estar em campo no sábado, curiosamente diante do outro interessado. Durante a partida contra o Bugre, no Arruda, Ricardo Bueno viu do banco de reservas um tricolor recorrente na temporada, marcando bem e pouco afeito às jogadas ofensivas, sempre suando para pontuar.
O início até ensaiou uma tarde tranquila. Halef Pitbull abriu o placar logo aos 4 minutos, escorando um cruzamento de Nininho (substituto de Vítor). Depois, o centroavante desperdiçaria ótima chance para ampliar. No segundo tempo, Eutrópio compactou a equipe, quase toda atrás da linha da bola. Deu campo ao Guarani, como havia dado ao Criciúma, há uma semana. E tomou pressão, como há uma semana. É uma tática bem arriscada, embora os resultados, até aqui, a justifiquem. Sem o veterano Fumagalli, o Guarani tentava bolas esticadas, buscando o grandalhão Eliandro, de passagem apagada na Ilha.
Com o placar magro próximo do fim, o treinador coral enfim acionou Bueno, no lugar de Pitbull, aos 32 minutos. Já em campo, ele viu o empate do alviverde campineiro. Num lançamento, Eliandro dividiu com Júlio César e ficou com sobra, empurrando para o gol. Entre os 6.090 espectadores, muitas vaias direcionadas à área técnica, de forma imediata. Pressionado, o mandante reagiu. Então, voltemos ao roteiro semelhante, com uma falha clamorosa do adversário. Desta vez, Caíque, que espirrou mal a bola, com Tiago Costa dominando e cruzando na medida. Na área, Ricardo Bueno subiu no 4º andar e cabeceou com força. Decisivo, como se esperava, 2 x 1. No sufoco, a segunda vitória seguida da cobra coral, 100% no Brasileiro e no G4.