Há dez anos, Constantino Junior circula no Santa Cruz de forma ativa, sendo nome recorrente na direção de futebol. Ganhou notoriedade a partir de 2011, numa sequência vencedora mesmo com a escassa receita. Outrora chamado de ‘estagiário’, num tom pejorativo do rubro-negro Gustavo Dubeux, Tininho empilhou taças, com um título nordestino e cinco títulos estaduais, além de três acessos. Porém, também esteve envolvido diretamente no novo declínio coral, com dois rebaixamentos seguidos, já na condição de vice-presidente.
Agora, aos 38 anos, terá o comando executivo. Terá também, claro, a maior responsabilidade de sua vida como tricolor. Na visão do blog, a eleição de Constantino, que venceu com folga Albertino dos Anjos e Fábio Melo (812 x 250 x 190), justifica o empenho do dirigente nesta década. Já poderia ter encabeçado a chapa em 2014, mas o então presidente Antônio Luiz Neto acabou indicando Alírio Moraes como seu sucessor. O próprio ALN seria o candidato agora, visando o triênio 2018-2020, mas acabou saindo de cena por problemas de saúde. Abriu caminho para Tininho, que chega à presidência num momento turbulento da situação, com uma crise administrativa-financeira difícil de ser respaldada pela torcida. Mas, através do voto do sócio, foi.
Em seu primeiro ano de mandato, tem como principal missão a saída imediata da Série C, utilizando o Estadual como preparatório e as copas (do Nordeste e do Brasil) como captadoras de receita. A folha do Santa Cruz não deve passar de R$ 250 mil, num cenário já conhecido pelo agora presidente.
Confira o plano de trabalho da candidatura vencedora clicando aqui.
Os maiores bate-chapas do Santa Cruz 1º) 1.787 votos – 2012 (Antônio Luiz Neto eleito com 1.636, ou 91.5% 2º) 1.435 votos – 2010 (Antônio Luiz Neto eleito com 1.134, ou 79.0%) 3º) 1.405 votos – 2006 (Edson Nogueira eleito com 731 ou 52.0%) 4º) 1.387 votos – 1975 (José Nivaldo de Castro eleito com 1.195, ou 86.1%) 5º) 1.337 votos – 2004 (Romerito Jatobá eleito com 895, ou 66.9%) 6º) 1.252 votos – 2017 (Constantino Júnior eleito com 812, ou 64.8%)
A análise do Podcast 45 minutos sobre o resultado da eleição coral
A Arena Pernambuco receberá o time de ex-craques do Barcelona, num amistoso festivo em 2018. Trata-se do ‘Barcelona Legends’, equipe criada pelo clube catalão para levar o nome blaugrana mundo afora. O time master do Barça tem uma premissa interessante: para fazer parte, o ex-jogador precisa ter conquistado ao menos um título da Champions League vestindo a camisa do clube, campeão em 1992, 2006, 2009, 2011 e 2015.
Segundo uma fonte ouvida pelo blog, a partida está agendada para o dia 14 de abril, às 20h, contra uma seleção master do futebol pernambucano. Batizada oportunamente de ‘Pernambuco Legends’, terá nomes que brilharam no Náutico, Santa e Sport. Os nomes estão sendo contatados pelo ex-zagueiro Sandro. Já no Barcelona, que tem Edmílson e Belletti como embaixadores, o clube ainda divulgará a lista de estrelas que virão ao Recife – na estreia do Legends na América do Sul. Neste ano, em amistosos na Espanha e na África, o time contou com Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho.
Quais jogadores pernambucanos devem ser ‘convocados’? E no Barça?
O esquema de ingressos será divulgado no dia 11 pela arena, que já assinou o contrato de locação com o Grupo Manga, o promotor do evento.
Jogos disputados 28/04/2017 – Barcelona Legends 3 x 2 Real Madrid Legends 30/06/2017 – Barcelona Legends 1 x 3 Manchester United Legends 02/09/2017 – Barcelona Legends 2 x 2 Manchester United Legends 20/09/2017 – Barcelona Legends 2 x 3 Stoichkov e amigos 11/11/2017 – Barcelona Legends 1 x 0 Mambas All Stars
14/04/2018 – Barcelona Legends x Pernambuco Legends (Arena PE)
Descrição oficial do Barcelona “Barça Legends é um projeto do FC Barcelona que tem como objetivo valorizar a imagem dos jogadores que vestiram a camisa do clube. Além disso, ajuda a contribuir com a globalização da marca Barça e seus valores através dos seus ex-jogadores. O projeto prevê a disputa de vários jogos e eventos paralelos em diferentes lugares do mundo.”
Pela terceira vez, o Supremo Tribunal Federal se posicionou sobre o título do Campeonato Brasileiro de futebol de 1987. Na esfera máxima do poder judiciário do país, o Flamengo recorreu da decisão do STJ, que havia confirmado o Sport como único campeão, respeitando a sentença transitada em julgado desde 1999. Mantendo a sequência desde a primeira decisão na justiça comum, há 23 anos, o STF foi favorável ao rubro-negro pernambucano.
Após negar o provimento do ‘agravo regimental’ sobre o recurso extraordinário impetrado pelo clube carioca, tanto de forma monocrática quanto na Primeira Turma, com a participação de quatro ministros, agora foi a vez da negativa ao ‘embargo de declaração’, que pedia a revisão da decisão, incluindo os ‘efeitos infringentes’, com a possibilidade de mudar o resultado – para dois campeões.
Em relação aos nomes da decisão anterior, apenas uma mudança, com a ausência de Luís Roberto Barroso. Curiosamente, o único que havia votado a favor do Fla. Os outros três nomes, Marco Aurélio Mello, o relator, Rosa Weber e Alexandre de Moraes mantiveram os seus votos, com o resultado unânime. Somando o caso original (1988-1994) e o imbróglio vigente (2011-2017), são 8 decisões, todas a favor do Sport. Desta vez, o Flamengo ainda foi multado. Terá que pagar ao leão pernambucano 2% do valor da causa.
Andamento do Campeonato Brasileiro de 1987 08/09/1987 – Reunião na CBF, com o Clube dos 13, define quadrangular 11/09/1987 – Início do Módulo Verde 13/09/1987 – Início do Módulo Amarelo 13/12/1987 – Flamengo campeão do Módulo Verde (1 x 0 no Inter) 13/12/1987 – Sport e Guarani dividem o Amarelo (11 x 11 nos pênaltis) 14/01/1988 – Justiça exige unanimidade no Conselho para mudar fórmula 15/01/1988 – Conselho Arbitral extraordinário não consegue unanimidade 22/01/1988 – Guarani abdica oficialmente do título do Módulo Amarelo 24/01/1988 – Inter não comparece ao jogo na Ilha. Sport vence por W.O. 27/01/1988 – Fla não comparece ao jogo na Ilha. Sport vence por W.O. 07/02/1988 – Sport 1 x 0 Guarani, a final do Campeonato Brasileiro
10/02/1988 – Sport entra com ação pedindo o reconhecimento do título
Resultados do caso original 02/05/1994 – 1 x 0 (10ª Vara da Justiça Federal, juiz Élio Wanderley) 24/04/1997 – 1 x 0 (Tribunal Regional Federal, juiz Abdias Patrício) 23/03/1999 – 1 x 0 (Superior Tribunal de Justiça, ministro Waldemar Zveiter) 16/04/2001 – Fim do prazo à ação rescisória
21/02/2011 – Decisão administrativa da CBF declara dois campeões em 1987
Resultados do segundo caso, após a divisão da CBF 01/03/2011 – Sport entra com ação pedindo a anulação do ato administrativo 27/05/2011 – 1 x 0 (10ª Vara da Justiça Federal, juiz Edvaldo Batista) 08/04/2014 – 4 x 1 (Superior Tribunal de Justiça, Terceira Turma) 04/03/2016 – 1 x 0 (Supremo Tribunal Federal, ministro Marco Aurélio Mello) 18/04/2017 – 3 x 1 (Supremo Tribunal Federal, Primeira Turma – agravo) 05/12/2017 – 3 x 0 (Supremo Tribunal Federal, Primeira Turma – embargo)
Encerrada a temporada 2017, vamos ao balanço econômico dos principais clubes do Nordeste, considerando o desempenho esportivo de cada um nas competições oficiais. Ao todo, em calendários de 45 (Fortaleza) a 80 jogos (Sport), o “G7” apurou R$ 188.568.165. Neste contexto, se aplicam as premiações recebidas por fases e/ou títulos, além dos recursos recebidos pela transmissão de cada torneio, sem a bilheteria. Apesar da tradição, há de se considerar a distância interna, pois os três cotistas da televisão na região (Bahia, Sport e Vitória) concentram 86,4% do montante, com 163 milhões de reais. Na condição de cotistas, mantêm as receitas no Campeonato Brasileiro mesmo em caso de rebaixamento, com redução de 25% somente após o segundo ano fora da elite. Quanto aos demais, a queda das cotas, como foi o caso do Santa, de 23 mi na A, em 2016, para 6 milhões na B, em 2017.
A maior arrecadação coube ao Bahia, o campeão da Lampions. Mas não exatamente pela orelhuda dourada, mas sim devido ao pay-per-view no nacional. Com o repasse a partir dos dados de uma pesquisa encomendada pela Rede Globo junto aos institutos Ibope e Datafolha, o tricolor de aço acaba tendo uma estimativa de quase 10 milhões a mais que o leão pernambucano. Por sinal, o cálculo para o PPV mudará em 2018, adotando o óbvio, a soma de assinantes cadastrados em cada clube do país. Até porque é, de fato, a plataforma mais ascendente. À parte disso, o rubro-negro só conseguiu reduzir a diferença graças às cotas obtidas nos nove mata-matas disputados pelo clube nos âmbitos nacional e internacional, com R$ 8,3 mi. Em terceiro na lista, o Vitória segue próximo aos dois rivais regionais.
Em seguida, um abismo separando o trio das outras forças do Recife e de Fortaleza. Em Pernambuco, alvirrubros e tricolores ganharam cotas estaduais maiores que os alencarinos e também faturaram mais na Série B, devido ao novo cálculo – que considerou a campanha no ano anterior, 2016. E o Santa ainda recebeu a cota de participação nas oitavas da Copa do Brasil, onde estreou devido ao título nordestino – numa “compensação” da CBF, uma vez que a vaga original seria na Sul-Americana, retirada numa canetada. Para 2018, entretanto, a situação mudará drasticamente, com Náutico e Santa na terceira divisão, Ceará na elite e o Fortaleza enfim de volta à B, após oito anos. O vozão deverá ter a maior arrecadação entre os quatro, mas ainda longe do trio, companheiro no Brasileirão.
Maiores arrecadações em cotas/premiações em 2017 (R$) 1º) Bahia – 57,6 milhões 2º) Sport – 54,0 milhões 3º) Vitória – 51,3 milhões 4º) Santa Cruz- 9,8 milhões 5º) Náutico – 7,6 milhões 6º) Ceará – 6,3 milhões 7º) Fortaleza – 1,7 milhão
Maiores médias de cotas por jogo (R$) 1º) Bahia – 874.126 2º) Vitória – 755.500 3º) Sport – 675.379 4º) Santa Cruz – 153.182 5º) Náutico – 129.774 6º) Ceará – 108.812 7º) Fortaleza – 37.777
Bahia Total: R$ 57.692.335 Média por jogo (66): R$ 874.126 Estadual (BA) – R$ 850 mil (valor fixo, vice) Nordestão – R$ 2,85 milhões (campeão) Copa do Brasil – R$ 1,12 milhão (39º lugar, 64 avos) Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões Série A (TV ppv*) – R$ 16,65 milhões Série A (premiação) – R$ 1.222.335 (12º lugar) Desempenho: 30V, 19E e 17D, com índice de 55,0% * Estimativa a partir do cálculo de 2015
Sport Total: R$ 54.030.320 Média por jogo (80): R$ 675.379 Estadual (PE) – R$ 950 mil (valor fixo, campeão) Nordestão – R$ 2,15 milhões (vice) Copa do Brasil – R$ 3,88 milhões (10º lugar, oitavas) Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões Série A (TV ppv*) – R$ 6,75 milhões Série A (premiação) – R$ 850.320 (15º lugar) Sul-Americana – R$ 4,45 milhões (8º lugar, quartas) Desempenho: 32V, 20E e 28D, com índice de 48,3% * Estimativa a partir do cálculo de 2015
Vitória Total: R$ 51.374.030 Média por jogo (68): R$ 755.500 Estadual (BA) – R$ 850 mil (valor, fixo, campeão) Nordestão – R$ 1,6 milhão (4º lugar) Copa do Brasil – R$ 2,83 milhões (20º lugar, 16 avos) Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões Série A (TV ppv*) – R$ 10,35 milhões Série A (premiação) – R$ 744.030 (16º lugar) Desempenho: 32V, 16E e 20D, com índice de 54,9% * Estimativa a partir do cálculo de 2015
Santa Cruz Total: R$ 9.803.703 Média por jogo (64): R$ 153.182 Estadual (PE) – R$ 950 mil (valor fixo, 3º lugar) Nordestão – R$ 1,6 milhão (3º lugar) Copa do Brasil – R$ 1,05 milhão (15º lugar, oitavas) Série B (TV*) – R$ 6.203.703 (18º lugar) Desempenho: 21V, 20E e 23D, com índice de 43,2% * O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV
Náutico Total: R$ 7.656.666 Média por jogo (59): R$ 129.774 Estadual (PE) – R$ 950 mil (valor fixo, 4º lugar) Nordestão – R$ 600 mil (9º lugar) Copa do Brasil – R$ 300 mil (67º lugar, 128 avos) Série B (TV*) – R$ 5.806.666 (20º lugar) Desempenho: 16V, 14E e 29D, com índice de 35,0% * O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV
Ceará Total: R$ 6.311.111 Média por jogo (58): R$ 108.812 Estadual (CE) – R$ 800 mil (valor fixo, campeão) Primeira Liga – sem cota (10º lugar) Copa do Brasil – R$ 300 mil (67º lugar, 128 avos) Série B (TV*) – R$ 5.211.111 (3º lugar) Desempenho: 31V, 16E e 11D, com índice de 62,6% * O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV
Fortaleza Total: R$ 1.700.000 Média por jogo (45): R$ 37.777 Estadual (CE) – R$ 800 mil (valor fixo, 3º lugar) Nordestão – R$ 600 mil (13º lugar) Copa do Brasil – R$ 300 mil (59º lugar, 128 avos) Série C – sem cota* (vice) Desempenho: 20V, 17E e 8D, com índice de 57,0% * A TV paga apenas as despesas de viagem, hospedagem e arbitragem