O nível de concentração num clássico é, corriqueiramente, maior. Associando isso à intensidade, com nível proporcional, talvez seja possível compreender a morosidade do Náutico diante do Vitória. Atuando como ‘visitante’ na Arena Pernambuco, uma vez que o tricolor das tabocas não está podendo atuar no Carneirão, vetado neste Estadual, o timbu até arriscou um sistema de jogo semelhante ao da goleada sobre o Sport, mas não conseguiu encaixar jogadas com velocidade e objetividade. Uma postura de 90 minutos.
Seguindo a lógica de ‘jogar sem a bola’, embora desta vez com 47% em vez de 30%, como na apresentação anterior, o alvirrubro parecia esperar um adversário que naturalmente se contentaria com o empate. E o Vitória, na prática, nem colaborou para isso, pois começou o jogo muito mal, sobretudo tecnicamente. Daí, a surpresa com o gol de Thomas Anderson, aos 19/1T, se aproveitando de uma indecisão da dupla de zaga, Breno/Camutanga. De fora da área, limpou e bateu colocado. Logo, não haveria mais contragolpes.
Do outro lado, o meia Wallace Pernambucano ficou isolado, lembrando as primeiras rodadas do time, com Daniel Bueno, já (merecidamente) no banco. O empate só viria no 2T, também aos 19 minutos, num pênalti sofrido por Camutanga. Coube a Wallace, ‘centroavante’ há duas partidas, bater com tranquilidade, 1 x 1. O jogo seguiria sem grandes chances, com Roberto Fernandes fazendo mudanças. Talvez, consciente do ritmo na temporada, sendo este o 7º jogo oficial do Náutico em apenas três semanas. E precisa ter mesmo gás para o 8º, nesta quarta. Afinal, trata-se de um compromisso de R$ 600 mil, o valor da cota da segunda fase da Copa do Brasil, em caso de classificação diante do Cordino. Uma receita essencial para o clube.
Histórico de Náutico x Vitória (todos os mandos)*
55 jogos
32 vitórias alvirrubras (58,1%)
12 empates (21,8%)
11 vitórias tricolores (20,0%)
* Considera Desportiva Vitória (1991-2007) e Acadêmica Vitória (2008-2018)
Contando só a versão atual: 7 jogos, com 5V do timbu, 1E e 1V do taboquito