O preço mínimo para o ingresso, uma exigência no regulamento do Brasileiro

Regulamento sobre o preço dos ingressos na Série A de 2016. Crédito: CBF

Os regulamentos oficiais das duas principais divisões do Campeonato Brasileiro de 2016 têm uma regra ainda incomum no futebol do país: o preço mínimo de ingresso. Divulgados em março, os documentos são idênticos quanto ao formato de disputa, com vinte clubes e pontos corridos, mas diferindo sobre as vagas internacionais, acessos e rendimentos, naturalmente. Na questão da venda de bilhetes, o menor valor da Série A deve ser R$ 40, com direito à meia-entrada, de acordo com o artigo 15. É o dobro do estipulado à Segundona, conforme o artigo 13 do regulamento específico da competição. A ideia foi implantada pela confederação em 2015, se estendendo às demais séries.

Como não houve alteração no segundo ano, fica a dúvida sobre a execução de fato da norma, pois a direção de competições já abriu espaço para promoções, inclusive do Sport, com desconto na venda antecipada aos seus sócios. Na Ilha, em 2015, a prática comum foi R$ 60 (inteira), R$ 30 (sócio) e R$ 10 (sócio). Ainda no Recife há outro exemplo sobre o assunto. Para esta temporada, o Santa, também presente na elite, criou um setor (sul inferior) de livre acesso ao sócio, com mensalidade de R$ 30. Ou seja, a regra acaba tendo uma influência maior sobre os ingresso cobrado aos visitantes – cuja norma não é especificada no regulamento. Em tempo: a renda líquida de cada partida é do mandante.

Preços mínimo do ingresso no Brasileiro:
Série A – R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Série B – R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Série C – R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)*
Série D – R$ 10*

* Valores de 2015, segundo o artigo 19 de cada regulamento. A CBF ainda não divulgou os documentos de 2016.

Todos os campeões da Taça das Bolinhas

Todos os campeões da Taça das Bolinhas, de 1975 a 1992

De símbolo-mor do Campeonato Brasileiro a sinônimo de polêmica. Durante 18 anos, a Taça das Bolinhas foi entregue ao capitão do clube campeão na imagem definitiva de cada temporada do nosso futebol. O tradicional troféu, batizado de “Copa Brasil”, foi criado em 1975 num oferecimento da Caixa Econômica Federal. Obra do artista plástico Maurício Salgueiro, com 60 centímetros e 5,6 quilos, numa composição de 156 esferas, sendo uma de ouro, banhadas a ródio para proteger a prata. Todas suspensas numa base de madeira de lei de jacarandá. Apesar da volta olímpica, a taça acabava voltando ao cofre do banco, com o clube recebendo uma réplica em tamanho reduzido, de 30 centímetros.

A curiosidade era o regulamento específico para a posse definitiva do troféu original: era preciso vencer a competição em três anos seguidos ou cinco vezes de forma alternada. Atlético Mineiro (1971), Palmeiras (1972 e 1973) e Vasco (1974) não receberam taças retroativas. Logo, a história começou com o Inter. E a primeira foto reuniu os ídolos Manga e Figueiroa, num  Beira-Rio com 82.568 torcedores. Fortíssimo, o Colorado seria bicampeão em 1976, ficando a um ano da posse. Entretanto, a má campanha em 1977 (25º lugar) acabou com a chance. Ao todo, onze clubes ganharam a Taça das Bolinhas, até 1992.

Só um não recebeu no campo, o Grêmio. Em 1981, após o triunfo no Morumbi, o tricolor fez a festa sem a taça. Tudo por causa de um recurso do Botafogo, eliminado na semifinal, evitando a homologação, o que aconteceria semanas depois, em uma entrega de faixas no Olímpico. Entre 1980 a 1985, os times também receberam um outro troféu, de mais de um metro, devido ao nome do nacional na época, “Taça de Ouro”. Voltando à Taça das Bolinhas, ela saiu de cena em julho de 1992, no Maracanã, quando o Flamengo, liderado por Júnior, sagrou-se campeão brasileiro mais uma vez. O rubro-negro carioca alegava ter sido aquela a sua quinta conquista, colocando até faixa de pentacampeão no palco, com a presença de Ricardo Teixeira, então presidente da confederação.

Ficaria mesmo na propriedade da Gávea? Como o notório imbróglio de 1987 seguia no tribunal – a decisão da Justiça Federal, a favor do Sport, só viria em 1994 -, a CBF instituiu um novo troféu no ano seguinte. Assim, o objeto de desejo da Série A foi esquecido. Até 2007, quando o São Paulo ganhou o seu quinto título e pleiteou (e recebeu) a Taça das Bolinhas. Ato administrativo logo desfeito após uma liminar do Fla, alegando que o troféu não estava mais em jogo naquele ano – de fato, a visão tem sentido. Ainda que 1987 já tenha um posicionamento do Supremo Tribunal Federal, o troféu segue fora do alcance…

Campeões da Taça das Bolinhas:
4 – Flamengo (1980, 1982, 1983 e 1992)
3 – Internacional (1975, 1976 e 1979) e São Paulo (1977, 1986 e 1991)
1 – Guarani (1978), Grêmio (1981), Fluminense (1984), Coritiba (1985), Sport (1987), Bahia (1988), Vasco (1989) e Corinthians (1990)

CBF mantém o bizarro critério de classificação à Sul-Americana 2017

Regulamento da Série A de 2016. Crédito: CBF

Em 2013, numa redistribuição das vagas brasileiras à Copa Sul-Americana, a CBF atrelou a classificação ao torneio internacional, na época com a “pré-vaga” no Brasileiro, também à eliminação precoce na Copa do Brasil. Tudo por uma questão de calendário, uma vez que as duas copas ocorrem simultaneamente no segundo semestre. Acabou por esvaziar as duas, na visão do blog.

Para um clube jogar a Sula, não podia chegar nas oitavas da Copa do Brasil, tendo que ser eliminado até a terceira fase. Ser eliminado para ir à Sula? Incompreensível. Logo, o formato tornou-se alvo de críticas de clubes, torcedores e imprensa, com a direção da CBF avaliando a possibilidade de mudança. Esperava-se um novo critério para 2017, mas não será possível. A entidade divulgou o regulamento oficial do Brasileirão de 2016, com o artigo 6º mantendo a fórmula sobre a classificação da Sula. São seis vagas via campeonato nacional e outras duas no Nordestão e na Copa Verde.

E olhe que a CBF criou, em 18 de fevereiro, um comitê de reformas composto por 17 integrantes com o objetivo de avaliar mudanças na estrutura do futebol do país. Infelizmente, essa pauta, pra lá de importante, ainda não foi analisada…

Pernambucanos classificados à Sula (e eliminados na Copa do Brasil):
2013 – Náutico (12º na A de 2012) e Sport (17º na A de 2012)
2014 – Sport (Copa do Nordeste 2014)
2015 – Sport (11º na A de 2014)

Confira a “fila de espera” da Sula 2016, com Sport e Santa, clicando aqui.

Após 81% dos jogos, média de público do Campeonato Pernambucano é de 1.808

Pernambucano 2016, 7ª rodada: Sport 4x0 Central. Foto: João de Andrade Neto/DP

A sétima rodada do hexagonal do título reuniu somente 10.361 torcedores em três jogos, com o maior público registrado no interior, com 4.292 no Cornélio de Barros. No Recife, arquibancadas esvaziadas na Ilha do Retiro e no Arruda, com mando timbu. Com isso, a média do Campeonato Pernambucano praticamente não saiu do lugar, ficando em 1.808 pessoas – ainda lutando para não ser a pior da história, com 2.080 testemunhas em 1997. E olhe que já foram realizadas 75 partidas em 2016, ou 81% de toda a competição.

No ranking de público, o Sport segue à frente do Santa (8,7 mil x 6,9 mil), mas dificilmente irá segurar a ponta, pois o clube rubro-negro já disputou dois clássicos, levando apenas seis mil espectadores nos jogos contra os times intermediários. Enquanto isso, o Tricolor ainda terá dois clássicos. Já em relação à arrecadação, com R$ 2 milhões, a FPF já recolheu R$ 164.833, fazendo valer a taxa de 8% sobre todas as bilheterias.

Dados atualizados até 15 de março, com a 7ª rodada do hexagonal do título e a 10ª rodada do hexagonal da permanência.

1º) Sport (4 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 35.128 torcedores
Média de 8.782 
Taxa de ocupação: 32,01%
Renda: R$ 748.463 
Média: R$ 187.115
Presença contra intermediários (2 jogos): T: 6.025 2.786 / M: 3.012 2.786

2º) Santa Cruz (3 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 20.741 torcedores
Média de 6.913 
Taxa de ocupação: 13,68%
Renda: R$ 205.030
Média de R$ 68.343
Presença contra intermediários (3 jogos): T: 20.741 / M: 6.913

3º) Náutico (4 jogos como mandante, sendo 3 na Arena e 1 no Arruda)
Público: 22.060 torcedores
Média de 5.515
Taxa de ocupação: 11,72%
Renda: R$ 519.025
Média de R$ 129.756
Presença contra intermediários (2 jogos): T: 5.723 / M: 2.861

4º) Salgueiro (4 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 14.932 torcedores
Média de 3.733
Taxa de ocupação: 30,92%
Renda: R$ 48.942
Média: R$ 12.235

5º) Central (6 jogos como mandante, no Lacerdão)
Público: 17.017 torcedores
Média de 2.836
Taxa de ocupação: 14,18%
Renda: R$ 333.675
Média de R$ 55.612

6º) América (5 jogos como mandante, sendo 3 no Ademir, 1 na Ilha e 1 no Arruda*)
Público: 4.581 torcedores
Média de 916

Taxa de ocupação: 3,96%
Renda: R$ 80.290
Média de R$ 16.058 
* Ainda houve mais um jogo de portões fechados

Geral – 74 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 133.838
Média: 1.808 pessoas
Arrecadação: R$ 2.060.415
Média: R$ 27.843
* Foram realizadas 75 partidas, mas 1 jogo ocorreu de portões fechados.

Fase principal – 21 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 106.978
Média: 5.094 pessoas
Arrecadação: R$ 1.836.935
Média: R$ 87.473

As médias das fases principais anteriores (hexagonal do título e mata-mata):
2015 – 10.122 pessoas (38 jogos)
2014 – 11.859 pessoas (38 jogos)

Ranking dos pênaltis e das expulsões (7)

Pernambucano 2016, 7ª rodada: Salgueiro 3x0 Santa Cruz. Foto: Vandinho Dias/SG10

O jogo no Cornélio de Barros, entre Salgueiro e Santa Cruz foi o único da rodada a alimentar o ranking feito pelo blog, com os pênaltis e cartões vermelhos no hexagonal do título do Pernambucano de 2016. No Sertão, um pênalti polêmico a favor do Carcará, em mais uma discussão sobre bola na mão/mão na bola. No mesmo jogo, uma expulsão irresponsável de Bruno Morais, num carrinho no goleiro sertanejo nos descontos, com o jogo decidido.

Confira a atualização do blog após a 7ª rodada do Pernambucano 2016:

Pênaltis a favor (7)
3 pênaltis – Náutico e Salgueiro
1 pênalti – Santa Cruz

Sem penalidade – Sport, Central e América

Salgueiro desperdiçou um pênalti
Santa Cruz desperdiçou um pênalti

Náutico evitou uma penalidade e desperdiçou outra
América evitou duas penalidades

Pênaltis cometidos (7)
3 pênaltis – América
2 pênaltis – Santa Cruz
1 pênalti – Náutico e Sport

Sem penalidade – Salgueiro e Central

Cartões vermelhos (7)
1º) Salgueiro – 2 adversários expulsos, nenhum vermelho
2º) Sport – 1 adversário expulso, nenhum vermelho
3º) Santa Cruz – 2 adversários expulsos, 2 cartões vermelhos
4º) Náutico – 1 adversário expulso, 1 vermelho

5º) Central – nenhum adversário expulo, 1 vermelho
6º) América – 1 adversário expulso, 3 vermelhos

Mapeamento municipal de torcidas: Salgueiro (Plural/2016)

Pesquisa de torcida em Salgueiro, em março de 2016. Crédito: Plural Pesquisa

Historicamente, os grandes clubes do Recife perdem torcida na proporção da distância da BR-232, que corta o estado, em relação ao Marco Zero. A partir de Caruaru, a curva fica mais acentuada, com pequena influência no Sertão, caindo 68,7% no Grande Recife para 11,2%, segundo o Instituto Opine, em 2008. Contudo, pesquisas na região sertaneja são mais raras em termos de amostragens. Daí, a importância do levantamento feito pela Plural Pesquisa somente no município de Salgueiro, hoje o maior centro de futebol da mesorregião, a 515 quilômetros do litoral. O instituto foi contratado para fazer um levantamento particular, ouvindo 300 pessoas, e no embalo – com a autorização do contratante – adicionou a pergunta “Qual é o time de futebol que você torce?”.

Profissionalizado há apenas dez anos, o Salgueiro ostenta uma regularidade na Série C, tendo ascendido uma vez à Segundona, e na década atual vêm brigando quase sempre no mata-mata local. Assim, ganhou força e apoio. O vice-campeão estadual de 2015 apareceu como a maior torcida, desbancando o Flamengo, tido como hegemônico há muito tempo. Hoje, quase 1/5 de Salgueiro torce pelo time da casa, que não por acaso criou uma campanha de sócios – a maior dos times do interior, com mais de duas mil adesões. Curiosamente, Salgueiro e Flamengo se enfrentaram na Copa do Brasil de 2015, com classificação carioca, na maior bilheteria do Cornélio de Barros: R$ 570.200.

Quanto ao Trio de Ferro, nota-se uma fraca representatividade no estudo, não chegando a 4%, ou 2.390 pessoas. O Sport, o melhor colocado, é apenas o sexto lugar na lista geral, enquanto o Santa Cruz não alcançou sequer 1%. Se os times da capital seguem distantes, o lado (bastante) positivo é o fortalecimento do Salgueiro, com um raríssimo domínio municipal no interior.

Plural / Salgueiro 2016
Período: 2 a 6 de março de 2016
Público: 300 entrevistados
Margem de erro: 5,66%
População estimada (IBGE/2015): 59.769

1º) Salgueiro – 19% (11.356)
2º) Flamengo – 18% (10.758)
3º) São Paulo – 13% (7.769)
4º) Corinthians – 10% (5.976)
5º) Palmeiras – 5% (2.988)
6º) Seleção Brasileira – 2% (1.195)
6º) Sport – 2% (1.195)
8º) Vasco – 1% (597)
8º) Náutico – 1% (597)
8º) Santos 1% (597)

Outros times (inclui o Santa Cruz) – 1% (597)
Sem clube – 29% (17.333)

* A soma pode não chegar ou mesmo ultrapassar os 100% por causa com arredondamento, via Statistical Package for the Social Sciences (SPSS).

Resumo da 7ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2016, 7ª rodada: Náutico 5x0 América, Salgueiro 3x0 Santa Cruz e Sport 4 x 0 Central. Fotos: Ricardo Fernandes/DP (Arruda e Ilha do Retiro) e Vandinho Dias/SG10 (Cornélio de Barros)

No sábado, com 3.239 pessoas na Ilha, Sport goleou o Central. Líder. No domingo, com 4.292 espectadores no Cornélio de Barros, o Salgueiro goleou o Santa Cruz. Líder. Na segunda-feira, com 2.830 torcedores no Arruda, o Náutico goleou o América. Líder, definitivo, com o time de Gilmar Dal Pozzo à frente devido ao confronto direto contra o Salgueiro. Apesar de esvaziada, a rodada foi bem movimentada, com doze gols, terminando com Timbu e Carcará já garantidos na semifinal, com a Patativa de Caruaru virtualmente eliminada.

Hoje, as semifinais seriam Náutico x Santa Cruz e Salgueiro x Sport. 

Em 21 jogos nesta fase do #PE2016 saíram 50 gols, com média de 2,38. Em relação à artilharia, que a FPF considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Jhon, do Salgueiro, e Ronaldo Alves, do Náutico, lideram com 4 gols.

Sport 4 x 0 Central – Após um primeiro tempo fraco, o Leão acordou e teve uma boa atuação diante do adversário ideal, a frágil Patativa deste hexagonal.

Salgueiro 3 x 0 Santa Cruz – O time sertanejo manteve o rendimento de 100% em casa jogando um bom futebol, dominando o time de Martelotte o jogo inteiro.

Náutico 5 x 0 América – Com extrema facilidade, o Timbu alcançou o placar necessário para a liderança. Ganhou moral para o Clássico das Emoções.

Destaque – Marcos Tamandaré. Perto de completar 35 anos, o lateral-direito do Salgueiro ganhou todas contra Tiago Costa, o ala esquerdo do Santa.

Carcaça – Bruno Moraes. O atacante tricolor entrou no intervalo. Nos descontos, com o jogo decidido, deu um carrinho no goleiro e foi expulso.

Próxima rodada
19/03 (18h30) – América x Sport, Arruda
20/03 (16h00) – Santa Cruz x Náutico, Arena Pernambuco
20/03 (16h00) – Central x Salgueiro, Lacerdão

A classificação atualizada do hexagonal do título após a 7ª rodada.

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2016 após 7 rodadas. Crédito: Superesportes

Náutico aplica a maior goleada, volta à ponta e se garante na semifinal estadual

Pernambucano 2016, 7ª rodada: Náutico x América. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O Náutico entrou no Arruda precisando de uma goleada para recuperar a liderança. Não um placar qualquer, mas um chocolate a partir de 5 x 0 em cima do América. Tinha mais técnica e coletividade. Precisaria, então, manter a pegada o jogo inteiro. Pelo tempo dos gols, é possível afirmar que isso aconteceu no estádio coral, com mando timbu por uma noite devido à curiosa exigência de preservação do gramado da arena visando a Seleção.

Com 29 segundos os alvirrubros estavam à frente, após uma cabeçada de Renan Oliveira. Tão rápido que o técnico do Mequinha, Charles Muniz, sequer viu, pois ainda estava pegando uma capa de chuva para se proteger do mau tempo. Sem ter muito o que fazer, além de esperar algum lance de efeito de Carlinhos Bala, ele viu o Náutico ampliar com extrema facilidade. Aos 11, um gol contra, com Danilo desviando um cruzamento de Walber. A cara de goleada foi consolidada aos 35, com Rony tocando na saída de Delone.

O placar poderia ter sido maior caso Thiago Santana tivesse aproveitado as chances, tanto que conseguiu sair num misto de vaias e aplausos. O gol mais bonito da noite foi Caíque, mandando no ângulo esquerdo, já no segundo tempo. Faltava um golzinho para passar o Salgueiro (no confronto direto). Mesmo com o campo pesado, o time insistiu até o último lance, quando Ronaldo Alves recebeu na área e estufando as redes. O gol da liderança e da artilharia do zagueiro, tendo como adversário novamente o Carcará, com Jhon. E assim a disputa deve seguir no hexagonal. Ah, a vaga na semi já está garantida…

Pernambucano 2016, 7ª rodada: Náutico x América. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Bruno Moraes em dia de Superstar Soccer

Nos descontos do jogo no Sertão, o atacante tricolor Bruno Moraes deu um carrinho irresponsável no goleiro Mondragon. Àquela altura, o Salgueiro já vencia o Santa Cruz por 3 x 0, numa partida decidida há tempos. O jogador recebeu o cartão vermelho direto. Nem os companheiros reclamaram.

O lance lembrou bastante uma “apelação” em um dos game de futebol mais populares, o International Superstar Soccer, sucesso do Super Nintendo em 1995. Jogo conhecido por Allejo, o maior craque da história. Compare.

Realidade…

 

Videogame…

 

Salgueiro domina o Santa Cruz do começo ao fim e goleia no Sertão

Pernambucano 2016, 7ª rodada: Salgueiro x Santa Cruz. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz (divulgação)

O Santa não viu a cor da bola no Sertão. O atual campeão estadual foi goleado pelo Carcará, que vai mostrando as garras para fisgar a inédita taça. O domínio foi tamanho que a primeira finalização tricolor, sem perigo, só aconteceu aos 16 do segundo tempo. Àquela altura, com o sol ainda incomodando, o Salgueiro já vencia por 3 x 0, abusando das jogadas pela direita, com a velocidade de Tamandaré, na beira dos 35 anos. O fato de Martelotte ter poupado alguns jogadores nem serve como desculpa, pois Sérgio China fez o mesmo.

O primeiro gol foi a única polêmica da tarde. Aos 30, o árbitro José Woshington, o mesmo do último clássico, marcou mão na bola do zagueiro Leonardo, que estava de costas, com a bola indo em direção oposta ao gol. Até então, a impressão era de que a “recomendação da CBF” não estava valendo no Estadual, mas a falta de critério deixa jogadores, torcedores e jornalistas sem saber ao certo o que vale. Sobre a cobrança, o meia Rodolfo Potiguar, que faz mais uma bom ano no Cornélio, mandou uma bomba no meio e abriu o placar.

Melhor em campo, o mandante ampliou no último lance antes do intervalo. Desta vez, a queixa da torcida coral foi sobre a postura do time, completamente envolvido. Tamandaré avançou na lateral – foram cinco vezes somente no primeiro tempo – e tabelou com Cássio, que bateu firme. Recomeçou o jogo e o Carcará seguiu usando os lados. Por lá, chegou ao terceiro gol, com uma jogada de linha de fundo para Jhon, embaixo da barra, empurrar para as redes. O centroavante assumiu a artilharia, com quatro tentos. Vai longe esse Carcará?

Pernambucano 2016, 7ª rodada: Salgueiro x Santa Cruz. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz (divulgação)